ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA 22/11/2015
TÍTULO: “O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO"
TEXTO ÁUREO – Rm 13.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 9.1-13
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA 22/11/2015
TÍTULO: “O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO"
TEXTO ÁUREO – Rm 13.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 9.1-13
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
I - INTRODUÇÃO:
A
dispensação do Governo Humano - Gn 8.5 a 11.19.
A
duração desta dispensação foi de 427 anos, desde o tempo do dilúvio até o dia
da dispersão dos homens sobre toda a superfície da terra - Gn 10.25; 11.10-19.
II - A
ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ:
Gn
8.20-22; 9.9-17 - Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se
aproximou de Deus levantando o altar, com o sacrifício de sangue. Deus atendeu
a Seu servo, concedendo-lhe os termos de uma nova aliança com o homem. A
primeira cláusula continha três provisões.
(1ª) -
Deus não amaldiçoaria mais a terra.
(2ª) -
Deus não mais feriria todo o ser vivente, como acabava de fazer.
(3ª) -
Enquanto durasse a terra, haveria sementeira e ceifa, dia e noite, frio e
calor, verão e inverno - Gn 8.21-22,
Como
sinal de que não mais destruiria a terra por água, Deus fez aparecer o
arco-íris. Foram instituídas duas mudanças na natureza:
(1ª) -
O medo do homem foi instilado nos animais, facilitando dessa maneira o domínio
do homem sobre eles.
(2ª) -
Apresentada a dieta de legumes, foi dada a carne para comer, havendo apenas uma
restrição: O sangue do anima seria retirado antes.
III - A INSTITUIÇÃO DO GOVERNO HUMANO:
No
século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha
liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho.
Mesmo
rejeitando o Caminho, não havia refreio contra o pecado.
O
primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um vingador - Gn 4.15,
Sucessivos
homicidas, (Lameque, por exemplo), exigiram semelhante proteção - Gn 4.23-24.
Os
homens, durante séculos, haviam abusado do amor e da graça de Deus e gastaram
seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e de vícios.
Após o
dilúvio, o Caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permanecia aberto
diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas, se o
rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de
punição imediata por parte de seus contemporâneos, pois Deus instituiu um
governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem
divina está em Gn 9.6.
A pena
capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus
concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as
demais funções de governo foram conferidas.
O
governo humano assim constituído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi
e é sancionado pelo próprio Deus como meio de deter os desobedientes - Rm
13.1-7; I Tm 1.8-10.
A
investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do
novo pacto de Deus com os homens, após o dilúvio.
É
notável que desde o tempo de Noé nunca mais tem Deus tratado com alguém que
represente a raça humana em sua totalidade entregando-lhe novos termos duma
aliança afeta a toda humanidade. Por isso, desde os dias de Noé e até que
chegasse o tempo de Deus dar novas leis à humanidade, a aliança com Noé
continuaria em vigor. Só no milênio, sob o governo de Cristo, haverá outra
aliança que substituirá a de Noé.
IV - A GRANDE FALHA NA ALIANÇA COM
NOÉ:
O
coração corrupto do homem não rejeitou o Caminho da redenção, como também
deliberadamente desobedeceu ao mandamento especial que e os homens se
espalhassem sobre terra. Antes, começaram a construir cidades e agregar-se.
Nimrode, neto de Cão por Cush, foi o primeiro a ser poderoso. O princípio do
seu reino foi Babel, mas construiu mais sete cidades - Gn 10.10-11.
O
governo humano foi instituído por ordem divina, mas o Imperialismo de Nimrode e
de outros daquele tempo já era diferente, sendo um plano de satanás que visava
unir o mundo e fazer guerra contra o Senhor Jesus Cristo - Apc 16.14; 19.19.
Mesmo
em tempos tão remotos os homens uniram-se para fazer planos para não se
espalharem, planos pelos quais poderiam fazer para si um nome - Gn 4.17; 11.4.
O ponto
alto desses planos para engrandecer o nome do homem foi a construção da Torre
de Babel nas planícies de Sinear (Mesopotâmia), torre que imaginavam chegaria
até o céu (Gn 11.4; II Tm 3.1-4; Sl 49.11-13.
V - O
JUÍZO - A DISPERSÃO:
Novamente
a Trindade conferenciou entre Si - Gn 3.22; 6.7. O Juízo sobre essa geração
ímpia foi determinado - Gn 11.5-7. Veio na forma de confusão de línguas,
tornando-se o meio utilizado por Deus para obrigar os homens a se espalharem
sobre a superfície da terra. Serviu para refrear o seu caminho pecaminoso e
suas ambições carnais. Só durante a grande tribulação virá a plena medida de
juízo sobre o mundo pós diluviano.
Convém
observar que esta diversidade de línguas que resultou, não foi porque os homens
se espalhassem cada família para região diferente, e, sim, foi a confusão de
línguas que provocou a dispersão - Gn 11.6. Foi uma intervenção milagrosa da
parte de Deus que produziu a grande diversidade de centenas ou milhares de
línguas.
Em
contraste com o fenômeno citado no
parágrafo anterior, temos no Capítulo 2 do Livro de Atos dos Apóstolos, a
miraculosa concessão do dom de línguas no Dia de Pentecoste, cujo grande alvo
era espalhar as bênçãos do Evangelho a toda criatura em todas as partes da
terra. Podemos ainda concluir que, sendo a diversidade de línguas em forma de
juízo sobre o homem, uma vez que todos aceitarem a Jesus como Redentor e o
pecado for afastado, então haverá uma só língua pura sobre a terra - Sf 3.9.
A
dispersão aconteceu cerca de 100 a 300 e poucos anos depois do dilúvio,
PROVAVELMENTE, nos dias de Pelegue - Gn 10.25; 11.16-19. É impossível
estabelecer com exatidão em que data isso teria acontecido, pois Pelegue viveu
340 anos. Mas, certamente foi por volta do ano 2000 antes de Cristo. A
dispersão não significou o fim da dispensação do governo humano, pois a mesma
vigorou até a chamada de Abraão - Gn 12.1.
Como
terminou essa dispensação? Será que os homens tornaram-se mais santos?
Apesar
das restrições impostas por Deus, e a instituição de governo, os homens
seguiram o caminho e o espírito de Caim. Venceram o obstáculo da diversidade de
línguas, e, ajuntando-se em alianças, estabeleceram o imperialismo - Gn 14.1-9.
O Senhor
Deus ainda tolerará esse imperialismo até o mesmo chegar ao seu apogeu na pessoa
do anti-cristo - Dn 2 e 7. Então, como nos dias de Noé, visitará este mundo com
o castigo terrível que será a grande tribulação, e marcará o fim do presente século
pós-diluviano.
VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O governo
humano é uma instituição divina. Foi criado pelo Senhor objetivando levar a civilização
a cumprir seus objetivos, até que o Seu Reino seja instaurado entre nós através
de Jesus Cristo, Seu Filho.
Enquanto
isso, todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que
estes não baixem leis que contrariem à Palavra de Deus, que está acima de todas
as legislações humanas - At 5.29.
FONTES
DE CONSULTA E PESQUISA:
O Plano Divino Através dos Séculos -
CPAD - N. Lawrence Olson
Lições Bíblicas CPAD - 4º Trimestre de
2015 - Comentarista: Claudionor de Andrade
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