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22 de nov. de 2011

4º TRIMESTRE DE 2011 - LIÇÃO Nº 09 - 27/11/2011 - "A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 09 - DATA: 27/11/2011
TÍTULO: “A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO”
TEXTO ÁUREO – Ne 12:43
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ne 12:27-31, 43
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Lv 19:1-2; I Pe 1:15-16 - Ser Santo é uma exigência de Deus! Quem é, pode exigir! Por isso, para quem afirma que a santificação era somente para a o tempo da Lei, Deus diz: “PORQUE EU, O SENHOR, NÃO MUDO” (Ml 3:16).


II – O MINISTÉRIO SACERDOTAL:

• SUMO SACERDOTE = O principal dos sacerdotes. No sistema levítico, era o responsável pelo culto, adoração e sacrifício na congregação dos filhos de Israel. Mas a sua maior função era representar os israelitas diante de Deus. A intercessão era a tônica de seu ministério. Chamado de: O sacerdote (Ex 29:30; Ne 7:65); Sumo-sacerdote de Deus (At 23:4); Príncipe do povo (Ex 22:28 cf At 23:5)

• SACERDOTE = Ministro divinamente designado, cuja principal função era representar o homem diante da divindade.

• Vejamos alguns itens bíblicos acerca destes dois ministros:

• (1) – Especialmente chamados por Deus – Ex 28:1-2; Hb 5:4

• (2) – Consagrados para seu ofício – Ex 40:13; Lv 8:12

• (3) – O ofício era hereditário – Ex 29:29

• (4) – Ofereciam dons e sacrifícios – Hb 5:1

• (5) – Acendiam e conservavam em ordem as lâmpadas do santuário – Ex 27:20-21; 30:8; Lv 24:3-4; Nm 8:3

• (6) – Tomavam conta do tabernáculo – Nm 18:1, 5, 7

• (7) – Conservavam sempre aceso o fogo do altar - Lv 6:12-13

• (8) – Queimavam incenso – Ex 30:7-8; Lc 1:9

• (9) – Colocavam e removiam os pães da proposição – Lv 24:5-9

• (10) – Abençoavam o povo – Nm 6:23-27

• (11) – Purificavam os imundos – Lv 15:30-31

• (12) – Decidiam os casos de ciúmes – Nm 5:14-15

• (13) – Decidiam casos de lepra – Lv 13:1-59; 14:34-35

• (14) – Julgavam os casos de controvérsia – Dt 17:8-13; 21:5

• (15) – Ensinavam a lei – Dt 33:8-10; Ml 2:7

• (16) – Transportavam a arca – Js 3:6, 17; 6:12

• (17) – Encorajavam o povo a ir à guerra – Dt 20:1-4

• (18) – Tocavam as trombetas em várias ocasiões – Nm 10:1-10; Js 6:3-4

• (19) – Não podiam se casar com mulheres divorciadas ou impróprias – Lv 21:7

• (20) - Não podiam beber vinho (Lv 10:9; Ez 44:21)

• (21) - Enquanto estivessem imundos, não podiam realizar qualquer serviço (Lv 22:1-2 cf Nm 19:6-7)

• (22) - Enquanto estivessem imundos, não podiam comer das coisas santas (Lv 22:3-7)


III – O MINISTÉRIO DOS LEVITAS:

• LEVITA = Natural da tribo de Levi. Esta tribo foi escolhida por Deus para exercer o sacerdócio (Ml 2:4). Isto não significa, porém, que todo o levita fosse sacerdote. No entanto, todo sacerdote tinha de ser, necessariamente, levita. Entre os levitas, o Senhor Jeová suscitou notáveis profetas como Jeremias (Jr 1:1) e Ezequiel (Ez 1:3).

• Eis os serviços dos levitas:

• (1) - Ministrar ao Senhor (Dt 10:8)

• (2) - Ministrar aos sacerdotes (Nm 3:6-7; 18:2)

• (3) - Ministrar ao povo (II Cr 35:1-6)

• (4) - Vigiar pelo santuário (Nm 18:3; I Cr 23:1-4)

• (5) - Guardar os instrumentos e os vasos sagrados (Nm 3:8; I Cr 9:28-29)

• (6) - Guardar o azeite, a farinha, etc (I Cr 9:29-30)

• (7) - Guardar os tesouros sagrados (I Cr 26:20)

• (8) - Guardar dízimos, ofertas etc (II Cr 31:11-19; Ne 12:44)

• (9) - Fazer o serviço do tabernáculo (Nm 8:19, 22)

• (10) - Desarmar, arrumar e carregar o tabernáculo, etc (Nm 1:50-51; 4:5-33)

• (11) - Preparar os sacrifícios para os sacerdotes (II Cr 35:10-12)

• (12) - Preparar os pães da proposição, regulando pesos e medidas (I Cr 9:31-32; 23:29)

• (13) - Purificar as coisas santas (I Cr 23:28)

• (14) - Ensinar o povo (II Cr 17:7-9; 30:22; 35:3; Ne 8:7)

• (15) - Abençoar o povo (Dt 10:8)

• (16) - Guardar os portões do templo (I Cr 9:17-26; 23:5; II Cr 23:4; 35:15; Ne 12:25)

• (17) - Dirigir a música sagrada (I Cr 23:5-30; II Cr 5:12-14; 35:15; Ne 12:24-27, 43)

• (18) - Entoar louvores perante o exército (II Cr 20:21-22)

• (19) - Julgar e decidir controvérsias (Dt 17:9; II Cr 19:8)

• (20) - Os dízimos eram dados para seu sustento (Nm 18:21, 24; II Cr 31:4-5; Ne 12:44-45 cf Hb 7:5)

• (21) - Recebiam uma parte das ofertas (Dt 18:1-2)

• (22) - Tinham que dar os dízimos dos dízimos aos sacerdotes (Nm 18:26-32)


IV – CULTO RACIONAL:

• Leiamos I Cor 14:26; Ef 5:18-21; Cl 3:16-17 e analisemos:

• (1) - SALMOS – Hinos do Antigo Testamento cantados ao som de instrumento de cordas, como a harpa.

• (2) - DOUTRINAS – Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente. O seu texto fundamental é a Palavra de Deus.

• (3) - REVELAÇÃO – Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta.

• (4) - LÍNGUAS – Capacidade de se falar de maneira sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, visando a consolação, exortação e edificação dos santos. Foi outorgado primariamente à Igreja com o objetivo de servir de sinal aos incrédulos. Serve tanto para edificação individual quanto coletiva. Individualmente, quando desacompanhada de interpretação. Mas, quando interpretada, adquire personalidade profética.

• (5) – DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, cujo principal objetivo é transformar as línguas estranhas numa mensagem de edificação, exortação ou consolação à Igreja.

• (5.1) - INTERPRETAÇÃO – Exposição, explicação e esclarecimento de um determinado texto das Sagradas Escrituras.

• (6) - HINOS – Cânticos de louvor a Deus.

• (7) - CÂNTICOS ESPIRITUAIS – Hinos cantados em línguas estranhas que, quando interpretados, continham palavras de exortação. A partir da interpretação, a Igreja Primitiva usava-os nos cultos.


V – AS PARTES LITÚRGICAS DO CULTO:

• LITURGIA vem do grego "leiturgia" = SERVIÇO DIVINO. Significa, primariamente, o serviço que prestamos a Deus. Com a evolução dos séculos, passou a designar a linguagem, gestos e cânticos usados no culto cristão.

• (1) - ADORAÇÃO DE UM DEUS QUE É SOBERANO, SANTO E JUSTO – Esta parte do culto consta de orações e expressões de glorificação e exaltação do nome de Deus através de leituras da Bíblia. O início do culto é uma preparação, um verdadeiro convite ao homem para se colocar reverentemente diante de Deus (Apc 19:1-7).

• (2) - O RECONHECIMENTO DE NOSSO ESTADO DE PECAMINOSIDADE E A NECESSIDADE DE SENTIRMOS O PERDÃO DE DEUS – (Is 6:5; Sl 51) – A presença de um Deus santo nos leva a sentir a realidade de nosso pecado e a confessá-lo diante dEle.

• (3) - MOMENTO CONGRATULATÓRIO – Esta é a parte do culto em que expressamos diante de Deus os nossos sentimentos mais profundos de gratidão a Ele por todas as dádivas do Seu amor para conosco: bênçãos materiais diárias e constantes (Tg 1:17); perdão de nossos pecados (I Jo 2:1-2); pela salvação alcançada através de Cristo (Rm 8:28-30) e pelas bênçãos espirituais recebidas por intermédio de Cristo (Ef 1:3) – Essa gratidão pode ser expressa através de leitura de textos bíblicos que falam de gratidão, de orações e cânticos de ação de graças.

• (4) - MOMENTO DE EDIFICAÇÃO – Este é clímax do culto, pois é o momento em que Deus fala de maneira especial e o homem ouve. É o momento da revelação da vontade do Senhor através da leitura da Sua Palavra ou da interpretação do texto bíblico pelo pregador. É a hora do comissionamento de Deus ao indivíduo particularmente ou à comunidade de uma maneira geral e coletiva. Este comissionamento tem os seguintes objetivos: convidar os ouvintes a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor (At 2:37-40; Mt 11:28-30); convidar o ouvinte a participar do processo de sua edificação espiritual e consequentemente da edificação do corpo de Cristo (I Cor 14:4-5, 17-26); convidar o ouvinte a participar do ministério do Senhor (Is 6:8; Mt 28:18-20; Lc 9:1-2; Jo 20:21; At 13:4; 22:21; Rm 10:15).

• (5) - MOMENTO DE DEDICAÇÃO – Esta parte do culto é a resposta do homem àquele comissionamento de Deus. Após ouvir a mensagem o ouvinte pode tomar várias atitudes: dizer “não”; dizer “depois”; ficar indiferente; aceitar a Cristo como seu Salvador; consagrar-se ao serviço de Deus para uma vida de mais piedade cristã, para dedicar os seus bens, o seu tempo e o seus dons ao Senhor e para participar do ministério da Igreja e da obra missionária do Senhor.

• (6) - A CONCLUSÃO DO CULTO – Esta é a última parte do culto, que deve ser rápida e impressionante, a fim de deixar no ouvinte o sabor de todo o processo do culto e no seu coração despertar aquele desejo de maior comunhão com o Senhor. A conclusão do culto é o desfecho final que deve deixar o ouvinte impregnado e impressionado com as realidades da vida espiritual, através de um apelo, de um hino, de uma oração e depois disso, segue-se a bênção e o amém.


VI - OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DO CULTO:

• Culto é liturgia. Os elementos do culto são:

• (1) - A BÍBLIA SAGRADA - É o elemento mais importante do culto cristão, pois TODOS OS ATOS DE ADORAÇÃO DEVEM ESTAR BASEADOS NELA. As verdades bíblicas devem modelar o ato de culto, bem como as idéias e o comportamento do adorador (I Sm 15:22-23; Mt 15:9).

• A explanação da Palavra é uma necessidade imensa do povo de Deus e um dos principais motivos para a sua reunião coletiva. Se existe a igreja local (grupo com o devido governo constituído pelo Senhor), é, precisamente para que haja o ensino da Palavra de Deus, tarefa primordial do ministério na casa do Senhor (At.6:2, 4). Esta é a parte referente à doutrina mencionada por Paulo em I Cor. 14:26, o que deve ser gotejado incessantemente sobre a igreja (Dt. 32:2). Eis a razão por que é requisito indispensável para a separação de alguém para o ministério a sua capacidade de ensinar as Escrituras (I Tm. 3:2).

• (2) - A ORAÇÃO - É indispensável que a igreja busque a Deus em oração, para que tenhamos uma verdadeira adoração e a presença de Deus se faça sentir no meio dos crentes. Cada crente deve, assim que chegar à igreja, buscar a face do Senhor, orar para que o nome do Senhor seja glorificado na reunião. Nos dias antigos, o povo de Deus, ao chegar à casa do Senhor, dobrava seus joelhos e, numa atitude de reverência, orava ao Senhor até o início da reunião. Hoje em dia, aproveitamos este período para falar da vida alheia, rever os amigos, marcar encontros, entabular negócios e tantas outras coisas, menos para buscar a Deus.

• Além deste momento de oração antes do início da devoção coletiva, deve haver alguns momentos de oração durante a reunião, onde são publicadas as necessidades dos santos à igreja local, para uma intercessão, bem assim comunicados os agradecimentos pelas bênçãos recebidas. Também, neste momento, deve-se abrir oportunidade aos irmãos que queiram testemunhar das maravilhas que o Senhor tem feito em suas vidas.

• Orar é cumprir uma ordem do Senhor (Lc 18:1; I Ts 5:17); o cristão deve praticá-la individual e coletivamente (Mt 6:5-8; At 12:12 cf Rm 8:15; Gl 4:6). A Bíblia ensina que a oração faz parte do culto particular e público.

• (3) - A MÚSICA - Também se destaca como um elemento indispensável ao culto. A Igreja sempre usou hinos e cânticos na expressão do seu culto (Rm 15:9; I Cr 14:15; Ef 5:19; Cl 3:16; Tg 5:13; Apc 5:9; 14:3; Mt 26:30)

• Hb 13:5 - Há critérios que devem ser observados quanto ao louvor por ocasião de nossas reuniões devocionais. Sendo assim, o louvor não pode ser igual, tampouco semelhante à música que é seguida e observada pelo mundo sem Deus e sem salvação. O louvor a ser entoado deve ter respaldo bíblico, não só com relação à letra, mas, e principalmente, com respeito à melodia e harmonia. Devemos fazer distinção entre o santo e o profano (Ez. 22:26; 44:23). É interessante, também, observar que, embora o salmo seja uma parte importante e indispensável da devoção coletiva, não é a que deve ocupar a maior parte do tempo da reunião. Infelizmente, estamos vivemos o tempo do “louvorzão” e da “palavrinha”…

• (4) - OS SACRAMENTOS – São um conjunto de cerimônias e ritos; santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus, para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nEle. HÁ SOMENTE DOIS SACRAMENTOS INSTITUÍDOS POR JESUS:

• (4.1) - O BATISMO - Mt 28:19; e

• (4.2) - A SANTA CEIA - Mt 26:26-30.

• (5) - OFERTAS E DÍZIMOS - Também faz parte da devoção coletiva a parte referente à contribuição financeira para o sustento da obra do Senhor. As ofertas e os dízimos são parte de nossa devoção a Deus, de nosso compromisso com a pregação do Evangelho. São parte integrante e indissociável da nossa adoração, posto que sempre foram elementos integrantes da adoração a Deus e uma expressão de fidelidade (Dt 12:4-7; Ml 3:10; Mc 12:41-44; II Cr 8:12-18; Hb 13:16). Nosso progresso espiritual depende de ofertarmos a Deus – I Cor 9:5, 10.


VII- CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente – Sl 96:9

• Não podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do Seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com ordem e decência – I Cor 14:40


FONTES DE CONSULTA:

1) Revista Educação Cristã - volume IX - Imprensa da Fé

2) Idem - volume I

3) Dicionário Teológico – CPAD – Claudionor de Andrade

4) Revista e Educação Cristã Volume IX – SOCEP – Sociedade Cristã - Evangélica de Publicações Ltda

5) A Mensagem de I Coríntios – ABU –Editora S/C – David Prior e John R. W. Stott

6) Novo Comentário Contemporâneo – Efésios, Colossenses e Filemom – Editora Vida – Arthur G. Patzia

7) A Bíblia Vida Nova

8) Lições Bíblicas CPAD - 4º Trimestre de 2011 - Comentarista: Elinaldo Renovato