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27 de jun. de 2009

LIÇÃO N° 01 - 05/07/2009 - "A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO"

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL LIÇÃO 01 - DIA 05/07/2009 TÍTULO: “A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO” TEXTO ÁUREO – II Tm 3:16 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Jo 1:1-4 PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
  • I – INTRODUÇÃO:
  • I Jo 2:12-14 - A Primeira Carta de João foi escrita pelo já encanecido apóstolo, no ano 90 depois de Cristo, provavelmente em Éfeso. Ao contrário dos outros apóstolos, ele não dirige sua epístola a nenhuma Igreja ou pessoa em particular. Escreve para todos os cristãos, velhos e moços. Ele os chama pelo terno nome de “teknia”, que quer dizer “FILHINHOS”, “CRIANCINHAS”. Nesta Carta, Deus trata com Seus filhos nascidos de novo.
  • II - JOÃO, O DISCÍPULO DO AMOR:
  • Era filho de Zebedeu e Salomé, vindo, ao que parece, de uma família abastada, pois tinha empregados e sua mãe também serviu a Jesus(Mc 1:19-20; 15:40-41).
  • Inicialmente, João era conhecido como um dos “filhos do trovão” – Mc 3:17, que em diversas ocasiões agira com intolerância, caráter vingativo e espírito de intrigas (Mt 20:20-21; Mc 9:38; 10:35; Lc 9:49, 54).
  • Mesmo assim, João foi o discípulo a quem Jesus amava e foi o poder de Cristo que transformou este Galileu típico em “O APÓSTOLO DO AMOR”.
  • Ficou junto a Jesus na cruz do Calvário – Jo 19:25-27.
  • Contemplou o túmulo vazio na manhã da ressurreição – Jo 20:1-8.
  • Em Patmos foi arrebatado pelo Espírito e viu uma porta aberta para o céu – Apc 1:9-10; 4:1-2.
  • I Jo 1:1-4, 7; 2:13-14; 5:13 - João apresenta-nos o testemunho desses fatos, não havendo possibilidade de dúvidas quanto a eles. Ele dá-nos a prova daquilo que conhece. Ele tinha ouvido, visto e apalpado com as mãos a Palavra da vida. Ele deseja levar os leitores a essa íntima comunhão com o Pai e com Seu Filho, para que a alegria deles seja completa.
  • III - O GNOSTICISMO:
  • Gnosticismo (do Gr. Gnostikós = conhecimento) – Escola teológica que floresceu nos primórdios do Cristianismo. Contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam que a humanidade de Cristo era apenas aparente. Os gnósticos foram muito combatidos pelo apóstolo João que, em suas epístolas, fazia questão de mostrar ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
  • O Gnosticismo defendia, particularmente, que :
  • 1) O conhecimento é superior à virtude;
  • 2) O verdadeiro significado das Escrituras está no sentido não literal e que só podem ser compreendidas por alguns poucos seletos;
  • 3) O mal no mundo impossibilita que Deus seja o criador;
  • 4) A encarnação é coisa incrível porque a divindade não pode se ligar a nada que seja material – tal como o corpo; e
  • 5) Que não existe a ressurreição da carne.
  • Esta doutrina resultou no Docetismo, ascetismo e antinominianismo.
  • O Docetismo extremo defendia que Jesus não era humano sob qualquer aspecto, mas uma teofania meramente estendida, enquanto o Docetismo moderado considerava Jesus o filho natural de José e Maria, sobre o qual Cristo veio no momento do batismo. Ambas as formas da heresia foram atacadas por João na Primeira Epístola (I Jo 2:22; 4:2-3; 5:5-6).
  • Alguns gnósticos praticavam o ascetismo porque criam que toda a matéria era má. O ascetismo é largamente praticada por monges de todas as ordens religiosas. Constitui numa série de exercícios que tem como objetivo levar o homem à realização plena da virtude e à mortificação de certos desejos da carne. O ascetismo não preenche os requisitos bíblicos de uma vida verdadeiramente santificada (I Ts 5:23).
  • O antinominianismo, ou a anarquia religiosa, era a conduta dos outros, uma vez que consideravam o conhecimento superior à virtude (I Jo 1:8; 4:20).
  • IV - OBJETIVOS DA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO:
  • Três vezes, na primeira epístola, João indicou o seu propósito em escrevê-la:
  • 1. Para tornar o seu gozo completo (I Jo 1:4);
  • 2. Para advertir seus leitores para não caírem no pecado (I Jo 2:1); e
  • 3. Para dar aos fiéis, dentre os seus leitores, a certeza de que possuíam a vida eterna (I Jo 5:13).
  • Porém, é necessário ir além destas expressões de objetivo, a fim de estabelecer mais compreensivamente os vários objetivos, além dos declarados em mente, ao enviar esta carta para as Igrejas. Tais objetivos podem ser declarados como se segue:
  • 1. Advertir contra falsos mestres, cujas idéias distorcidas, a respeito de Jesus, o Cristo, ameaçavam romper a comunhão – I Jo 2:18-25; 4:1-3.
  • 2. Pelo simples gozo de partilhar a maravilhosa experiência que tivera de associação pessoal com Jesus – I Jo 1:4.
  • 3. Estabelecer alguns importantes testes de discipulado e, desta forma, propiciar critérios pelos quais os seus leitores pudessem orientar a certeza de salvação e a posse da vida eterna. Os testes são estes:
  • (A) Andar na luz, que é a mesma coisa que obedecer aos mandamentos de Cristo (I Jo 1:7; 2:3-6);
  • (B) Guardar o superimportante mandamento de amar os irmãos (I Jo 2:9-11; 3:10, 15-16; 4:7, 20; 5:1-2);
  • (C) Ter fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus (I Jo 2:23; 4:15; 5:1, 5, 10, 12-13);
  • (D) Viver uma vida de vitória sobre o pecado (I Jo 3:4-10; 5:18);
  • (E) Reconhecer a presença do Espírito de Deus na vida (I Jo 3:24; 4:13).
  • 4. Deixar como um legado à posteridade a sua interpretação do amor que ele havia experimentado na vida e ensino de Jesus (I Jo 4:8, 16).
  • V - VISÃO PANORÂMICA DA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO:
  • Alguns dos falsos mestres negavam a humanidade de Jesus – eles se recusavam a crer que Cristo havia vindo em carne.
  • Por outro lado, havia os que negavam a divindade de Cristo – eles declaravam que o homem Jesus não era o Cristo, o Filho de Deus.
  • Esses falsos mestres, a quem João procurava atacar com veemência, eram os precursores dos gnósticos consumados do segundo século. Por isso, a fé e a conduta estão fortemente entrelaçados nesta carta.
  • Os falsos mestres, aos quais João chama de “anticristos”, apartaram-se do ensino apostólico sobre Cristo e a vida de retidão.
  • De modo semelhante a II Pedro e a Judas, a Primeira Carta de João refuta a conduta e condena com veemência os falsos mestres com suas crenças e condutas destruidoras (I Jo 2:18-26; 4:1-5).
  • Do ponto de vista positivo, esta Primeira Carta de João expõe as características da verdadeira comunhão com Deus e revela cinco evidências específicas pelas quais o crente poderá saber, com confiança e certeza, quem tem a vida eterna.
  • 1. A evidência da verdade apostólica a respeito de Cristo (I Jo 1:1-3; 2:21-23; 4:2-3, 15, 10, 20);
  • 2. A evidência de uma fé obediente que guarda os mandamentos de Cristo (I Jo 2:3-11; 5:3-4);
  • 3. A evidência de um viver santo, isto é, afastar-se do pecado para comunhão com Deus (I Jo 1:6-9; 2:3-6, 15-17, 29; 3:1-10; 5:2-3);
  • 4. A evidência do amor a Deus e aos irmãos na fé (I Jo 2:9-11; 3:10-11, 14, 16-18; 4:7-12, 18-21); e
  • 5. A evidência do testemunho do Espírito Santo no crente (I Jo 2:20, 27; 4:13).
  • Por fim, João afirma que a pessoa pode saber com certeza que tem a vida eterna, quando estas cinco evidências são manifestas na sua vida (I Jo 5:13).
  • VI – ESBOÇO DA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO:
  • CAPÍTULO 1:
  • O apóstolo dedica sua epístola aos crentes em geral, com evidente testemunho de Cristo para promover a felicidade e o gozo deles – I Jo 1:1-4;
  • Demonstra que a vida de santidade é necessária para se ter comunhão com Deus – I Jo 1:5-10.
  • CAPÍTULO 2:
  • O apóstolo se dirige à expiação de Cristo como ajuda contra as fraquezas pecaminosas – I Jo 2:1-2;
  • Os efeitos do conhecimento salvador para produzir obediência e amor para com os irmãos – I Jo 2:3-11;
  • Os cristãos são tratados como filhinhos ou criancinhas, jovens e pais – I Jo 2:12-14;
  • Todos são advertidos contra o amor a este mundo e contra o engano – I Jo 2:15-23;
  • Exortação a permanecer firmes na fé e na santidade – I Jo 2:24-29.
  • CAPÍTULO 3:
  • O apóstolo admira o amor de Deus ao tornar os crentes Seus filhos – I Jo 3:1-2;
  • A influência purificadora da esperança de ver a Cristo – o perigo de ter esta pretensão, vivendo em pecado – I Jo 3:3-10;
  • O amor aos irmãos é o caráter é o caráter do verdadeiro cristão – I Jo 3:16-21;
  • Esse amor é demonstrado por seus atos – I Jo 3:22-24;
  • O benefício da fé, do amor e da obediência – I Jo 3:22-24.
  • CAPÍTULO 4:
  • Os crentes são advertidos contra dar atenção a qualquer um que tenha a pretensão fingida de ter o Espírito – I Jo 4:1-6;
  • O amor fraternal está em vigor – I Jo 4:7-21.
  • CAPÍTULO 5:
  • O amor fraternal é o efeito do novo nascimento que torna grato obedecer a todos os mandamentos de Deus – I Jo 5:1-5;
  • Referências às testemunhas que concordam em provar que Jesus, o Filho de Deus, é o verdadeiro Messias – I Jo 5:6-8;
  • A satisfação que o crente tem por Cristo e pela vida eterna por meio dEle – I Jo 5:9-12;
  • A certeza de que Deus ouve e responde as orações – I Jo 5:12-17;
  • A feliz condição dos verdadeiros crentes e a ordenança de renunciar à idolatria – I Jo 5:18-21
  • Fontes de consulta:
  • Comentário Bíblico Moody – vol. 5 – Charles F. Pfeiffer e Everett F. Harrison – Imprensa Batista Regular
  • Comentário Bíblico Broadman - JUERP
  • Dicionário Teológico – CPAD – Claudionor Corrêa de Andrade
  • Estudo Panorâmico da Bíblia – Editora Vida – Henriquetta C. Mears
  • Comentário Bíblico de Matthew Henry - CPAD
  • Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD