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11 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 03 - 15/01/2012 - "OS FRUTOS DA OBEDIENCIA NA VIDA DE ISRAEL"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 03 - DATA: 15/01/2012
TÍTULO: “OS FRUTOS DA OBEDIENCIA NA VIDA DE ISRAEL”
TEXTO ÁUREO – Rm 9:20
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 12:13-21
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Deus quer fazer prosperar o Seu povo e, para isso, deu-lhe muitas promessas. Todavia, é uma verdade também que as bênçãos prometidas estão condicionadas a uma vida obediente aos princípios esposados na Sua Palavra. O segredo, pois, de um viver abençoado e próspero, é um correto relacionamento com Deus.


II – A OBEDIENCIA COMO FONTE DE BÊNÇÃO:

Leiamos Gn 22:1-19 – A expressão “tentou Deus a Abraão” é traduzida na versão ARA (Almeida Revista e Atualizada) como “pôs Deus Abraão à prova”. Deus testa a obediencia do crente! A Bíblia diz que Abraão obedeceu e que foi abençoado. Então, o que está no caminho da bênção?

(1) – UM “ISAQUE” PARA SACRIFICAR – Gn 22.2 – Toda bênção tem um preço! Querer ser abençoado sem, contudo, entregar “o Isaque” para o sacrifício, é impossível. Infelizmente, multiplica-se o número de crentes que estão correndo atrás da bênção, mas que não demonstram, no seu dia a dia, uma vida submissa aos princípios do evangelho.

Quando Abraão demonstrou mesmo que ia sacrificar o seu único filho, a quem amava, o Senhor reconheceu a sua obediencia – Gn 22.18.

Vale ressaltar: Sob a lei mosaica, o sacrifício era de um animal morto; sob a graça, o sacrifício é do crente vivo – Rm 12.1-2.


(2) – UM “MORIÁ” PARA ESCALAR – Gn 22.2 - É necessário “subir o Moriá” de Deus e encontrar a bênção no seu cimo!

Hoje está na moda subir o “monte” como um lugar místico em busca da bênção. Mas a Palavra de Deus mostra que, como princípio, subir o monte está associado à necessidade de buscar ou subir até a presença de Deus, e não à geografia de um lugar – Jo 4.20-24 - O monte pode ser o nosso quarto, ou o templo da igreja, ou, ainda, qualquer outro lugar – Mt 6.6; At 16.13, 16.

Quem ora hoje no monte Sinai, no monte Moriá, ou em outro monte qualquer, não leva nenhuma vantagem sobre quem, por exemplo, ora numa pequena cidade do sertão nordestino, ou numa baixada. A geografia não é o mais importante e, sim, a esfera e a atitude em que a oração acontece, isto é, no Espírito – Ef 6.18; I Tm 4.7.

Leiamos I Rs 20.23-28 - Os servos do rei Ben-Hadade disseram que Israel só tinha obtido vitória porque o Deus de Israel era apenas Deus dos MONTES; se eles pelejassem contra Israel na planície, ou seja, no VALE, certamente Israel seria derrotado e destruído. Pelejaram contra Israel novamente, desta vez no VALE. Deus usou um profeta e falou para o rei de Israel: “Vou mostrar e provar para eles que Eu Sou Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES”. Travaram outra batalha e Israel venceu. Nosso Deus é Deus em todos os lugares! Não importa onde estejamos: Se no vale, ou no monte. O que importa é a presença do Senhor na nossa vida! Ele é Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES.


(3) – UM ALTAR PARA EDIFICAR – Gn 22.9 – Abraão era um adorador; aonde chegava, construía um altar – Gn 22.5, 17 – Possuir bens, riquezas ou posses só faz sentido de fato se o Senhor é reconhecido como sendo a fonte delas. O que se observa é que muitos cristãos querem, a todo custo, ser abençoados, mas fracassam em se submeter ao senhorio do Senhor. Para estes, qualquer evangelho que fale em sacrificio ou renúncia, é tido como legalista. Guardemos: A obediencia a Deus é a chave para a construção de um relacionamento sadio com o Senhor.

Deus quer a obediencia de um filho, e não de um escravo. O filho obedece porque ama; o escravo, porque é obrigado! Abraão foi obediente a Deus, mesmo vivendo 430 anos antes da Lei de Moisés.


III – A DESOBEDIENCIA COMO FONTE DE MALDIÇÃO:

Sob diferentes ângulos, podemos observar que as maldições no A.T. estão associadas a algumas situações específicas. Vamos a alguns exemplos:

(A) – Em Gn 3.14, 17, a maldição vem como uma declaração de punição e como consequencia da queda do primeiro casal;

(B) – Em Jr 11.3, a maldição aparece como um proferir de ameaças e como consequencia da quebra da aliança com o Senhor; e

(C) – Em Dt 27.15-26 e 28.16-19, a maldição aparece como uma proclamação de leis e como consequencia da quebra da aliança com o Senhor.

Desta forma, assim como a bênção está associada à obediencia a Deus, a maldição vem associada à desobediencia, ocorrendo quando há uma quebra da aliança.

O A.T. é rico em ilustrações que revelam situações em que o afastamento da palavra de Deus provocou derrota, caos e maldições. Vejamos algumas:

(1) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS ESTÁ PERDIDA DENTRO DA CASA DO SENHOR – II Cr 34.14-15 cf II RS 22.8-13 – O Livro da Lei era, mais especificamente, o livro de Deuteronômio. A pena destas maldições (Dt 28) era frequentemente citada para chamar Israel de volta à adoração a Jeová. Provavelmente foi a leitura de Dt 28 que alarmou o rei Josias e resultou em suas grandes reformas.

No período em que o povo de Israel perdera completamente o contato com a Palavra do Senhor, ocorreram os pecados mais grosseiros – II Cr 33.3, 22.

É lamentável quando temos a Palavra de Deus, mas ela se encontra perdida dentro da Casa do Senhor! Muitos possuem a Palavra, poucos a leem e uma minoria a pratica.

(2) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS SE TORNA ESCASSA – I Sm 3.1 – A expressão “de muita valia” possui o sentido de “raridade”. A ideia é que, nos dias do profeta Samuel, a Palavra de Deus não era muito popular entre o povo. As consequencias da ausencia da Palavra do Senhor são vistas no estado de anarquia que as tribos de Israel se encontravam. Eli já não exercia influencia nem mesmo sobre a sua família – I Sm 3.13

(3) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS É DESPREZADA – Jr 35.1-19 – A história dos recabitas causa impacto pelo zelo demonstrado por esta família. Deus a tomou como modelo para confrontar a desobediência do Seu povo.

Os recabitas receberam ordens por parte de seu pai para não beberem vinho, tampouco habitarem em tendas.

O Senhor instruiu o profeta Jeremias para testar a fidelidade dos recabitas, oferecendo-lhes vinho para beber.

Mesmo diante da prova, eles não desobedeceram à ordem do pai.

O Senhor revela ao profeta que isso não acontecia com o Seu povo, que embora recebendo ordem direta do próprio Deus para deixarem a idolatria, ainda assim continuavam seguindo outros deuses. Ao contrário dos recabitas, eles não valorizavam a Palavra de Deus. Os recabitas eram um modelo de obediencia, pois, tendo recebido uma ordem apenas humana, obedeceram; os judeus, ao contrário, mesmo recebendo um mandamento divino, não obedeceram!


IV – ALGUMAS ADVERTENCIAS:

Fazendo-se uma análise entre a primeira e segunda parte do capítulo 28 de Deuteronômio, observamos um enorme contraste:

(A) – Na primeira metade, encontramos o caminho para as bênçãos; na segunda, nos deparamos com a maldição como o inverso de tudo isso;

(B) – Na primeira parte, as bênçãos são prometidas; na segunda, são retiradas;

(C) – Na primeira parte, as bênçãos são acrescentadas; na segunda, são subtraídas.

Todas as maldições são acrescidas àquelas já enumeradas no capítulo 27. A razão que é dada na Bíblia para justificar a perda da bênção, é a desobediencia à Palavra de Deus. Por isso:

(1) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA ESPIRITUAL – Dt 27.15 – A idolatria é colocar qualquer coisa ou pessoa em lugar de Deus. A maldição, vez por outra, alcançava o povo de Deus no Antigo Pacto porque o Senhor era preterido em Seu culto. O texto destaca que esse ídolo, quando adorado, ficava no lugar oculto. Os ídolos gostam de ficar em lugares secretos, no recôndito do coração.

(2) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA SOCIAL – Dt 27.16 – O desprezo pelos pais é um pecado tão odioso que é posto próximo ao desprezo do próprio Deus. Se um homem abusasse de seus pais, ou em palavra ou ação, ele caía sob a sentença do magistrado, e era posto à morte – Ex 21.15, 17 – Mas lançar luz através do seu coração, era uma coisa da qual o magistrado não podia tomar conhecimento, e então é posto aqui debaixo da maldição de Deus que conhece todos os corações.

Os pais, quer sejam ou não evangélicos, devem ser honrados e respeitados. Quem não honra seus pais ou familiares, está sujeito à maldição. Aqueles que são crentes, mas possuem pais descrentes, devem tratá-los de forma honrada.

Por outro lado, observemos que o mandamento divino também adverte acerca do engano contra o próximo (Dt 27.17); contra o deficiente visual, o estrangeiro e a viúva (Dt 27.18-19)

(3) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA SEXUAL – Dt 27.20-23 – O pecado sexual escraviza. Nesta época de TV digital e internet sem fio, devemos manter vigilancia total para que a nossa sexualidade não se transforme em um instrumento do pecado. O Senhor é bom e nos manda fugir da impureza – I Cor 6.18.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Em Dt 28.15-68 vemos uma extensa lista de infortúnios para aqueles que quebrassem a aliança do Antigo Pacto. A intenção evidente dessa passagem é advertir o povo sobre as graves consequencias que o pecado de desobediencia poderia trazer no futuro. As consequencias seriam de quatro naturezas:

(A) – MATERIAIS – Prejuízo no campo e nos animais – Dt 28.18, 20, 22-23;

(B) – FÍSICAS – pestes e doenças – Dt 28.20-22;

(C) – EMOCIONAIS E ESPRITUAIS – derrotas, loucura, depressão, angústia – Dt 28.25, 28, 52.

O cristão, debaixo da Nova Aliança, não necessita participar de nenhum ritual de quebra de maldição, posto que as Escrituras afirmam que Cristo já nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós – Gl 3.13 cf Ef 1.3 – Somos abençoados e não amaldiçoados. Entretanto, embora o cristão não esteja mais debaixo de maldição, o N.T. traz a lei da semeadura e da colheita, através da qual seremos responsabilizados diante de Deus por nossas ações – Gl 6.7.

Assim, pudemos ver que o A.T. associa a desobediencia como causa primaria para o julgamento divino. O principio por trás das advertencias de castigo era levar o povo de Deus a um desejo de relacionamento mais íntimo com o Senhor. Nem as bênçãos, nem os castigos ocorriam de forma mecânica.

Quando alguém, por exemplo, quebrava um mandamento, mas demonstrava arrependimento por sua ação, o Senhor o perdoava e suspendia o julgamento, muito embora as consequencias do erro e do pecado permanecessem – II Sm 12.13; II Cr 33.9-13.


FONTE DE CONSULTA:

A Prosperidade à Luz da Bíblia - CPAD - José Gonçalves