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14 de mar. de 2015

1º TRIMESTRE DE 2015 - LIÇÃO Nº 11 - 15.03.2015 - NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ 
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 15/03/2015 
TÍTULO: “NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO"
TEXTO ÁUREO – Ex 23.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 20.16; Dt 19.15-20
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO









I - INTRODUÇÃO:



O pecado da língua é um dos piores pecados, pois os resultados são muito abaladores e sérios.




II - OS PECADOS DA LÍNGUA:



Leiamos Tg 3.4-6, 11 - Quantos filhos de Deus sucumbiriam chorando amargamente, se pudessem ver a amplitude e as consequências dos seus pecados da língua!



Nm 12.1, 15 - Esse falar de Miriã contra o servo de Deus foi cas­tigado, sendo que ela tornou-se leprosa. Que tragédia: centenas de milhares de crentes foram detidos em sua marcha para a terra prometida Canaã, por­que uma mulher tinha pecado com a sua língua.



III - O TROPEÇO NA PALAVRA:



Tg 3.2 - A língua fala o que vem do pensamento; por isso, deve­mos vigiar para não tropeçar em palavras.

Tg 3.1-4,7-10 - Nesta lição somos exortados a respeito do mal uso das palavras. Tiago nos aconselha a manter nossa língua sob irrestrita vigilância. É muito difícil dominar a língua. Muitos são os crimes cometidos com ela. Tanto podemos com ela bendizer, como também amaldiçoar. Mas se quisermos atingir o perfil de varão perfeito, teremos que controlar nosso ímpeto e evitarmos o tropeço na palavra. Que Deus nos ajude a disciplinarmos nossa língua para que sirva de instrumento à Sua exaltação.




IV - A DIFICULDADE EM DOMINAR A LÍNGUA:



É muito difícil alguém não tro­peçar em palavras. Às vezes, dize­mos algo que não gostaríamos que saísse de nossos lábios. Quando per­cebemos, já é tarde. É o que se, cha­ma de ato falho, pois revela o que está no interior da pessoa e, muitas vezes, causa sérios problemas a quem diz e a quem ouve. Por isso, precisamos vigiar, santificando a lín­gua, para que não venhamos a tro­peçar por palavras.



(1) - Mais duro juízo aos mestres - Tg 3.1 - Tiago aconselha que muitos não de­vem querer ser mestres, pois para estes está reservado mais duro juízo. Os mestres são "os pastores, dirigentes de igreja, professores da Escola Dominical, missionários, pregadores da Palavra ou qualquer pessoa que en­sine às congregações. O professor precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que aqueles que ensinam as Sagradas Escrituras. No juízo, os mestres cristãos serão julgados com mais rigor e mais exigência do que os demais crentes.



(2) - O mestre tem que ser exem­plo - Tg 2,12 - É tarefa difícil ensinar na Igreja do Senhor. As pessoas empolgam-se com os ensinos bem ministrados, fundamentados e ilustrados, mas, depois, olham para a vida do prega­dor.



(3) - O varão perfeito - Tg 3.2 - O apóstolo diz que "todos tropeçamos em muitas coisas". Ele se incluía en­tre os que falhavam em muitas coisas, crescentando que "se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo". E isso não é fácil. Contudo, entregando nosso eu ao controle do Espírito Santo, Ele pode refrear nossos impulsos, inclu­sive a compulsão no falar.



(4) - É mais fácil dominar animais e navios - Tg 3.3-4, 8 - Tiago diz que os cavalos e navios são dominados pelo homem. Só há uma solução: san­tificar a língua dizendo como Davi no Sl 141.3.




V - OS MALES PROVENIENTES DA LÍNGUA:



(1) - A língua é um fogo - Tg 3.5-6a - Tiago usa essa figura para mostrar que, assim, como um pequeno fogo pode incendiar um grande bosque. Realmente, na vida quotidiana, vemos que a língua serve de instrumento para propaga­ção da mentira, das falsas doutrinas, da intriga, da inveja, das agressões verbais, dos impropérios, da fofoca, que tantos males têm causados às igrejas.



(2) - A dubiedade da língua - Tg 3.8-12 - É pre­ciso muito cuidado no falar, pois com a mesma língua com que "ben­dizemos a Deus e Pai", "amaldiçoa­mos os homens, feitos à semelhança de Deus". Infelizmente, da mesma língua podem sair a bênção e a maldição. Não nos esqueçamos de que um dia cada um dará contas a Deus até das palavras ociosas.




VI - OS CRIMES COMETIDOS COM A LÍNGUA:



(1) – A calúnia – Pode ser feita atra­vés da mentira, falsidade e invenção contra alguém. É de admirar que em muitas igrejas, quem calunia não sofre qualquer ação disciplinar e com isso o mal se avoluma, pois o caluniador é assim estimulado na sua tarefa maligna e destruidora dos valores alheios. Outros, da mesma índole, têm prazer em relembrar, comentar e espalhar fraquezas, imperfeições e pecados dos outros, servindo-se da língua.



A Bíblia condena a calúnia Sl 101.5 cf Êx 20.16; Êx 23.7; Dt 5.20; Pv 19.9.



Hoje, há pessoas que estão desviadas dos caminhos do Senhor, porque foram vítimas de calúnia de algum irmão.



(2) - A difamação - Da mesma for­ma, é crime contra a honra, previsto no Código Penal Brasileiro. É peri­goso o tropeço na palavra, falar con­tra a honra de alguém. Muitas vezes, o obreiro "passa a mão por cima" do difamador para não dar escândalo. Se alguém fuma é "cortado" da comu­nhão. Fumar é pecado contra o corpo, mas será isso mais grave que di­famar alguém? - Tg 4.11.



(3) - A injúria - Mt 5.22 - Há uma atitude de dois pesos e duas medidas, em muitas igrejas, quan­do só são punidos aqueles que adulteram ou roubam, mas ficam totalmente impunes os calunia­dores, injuriadores e difamadores. Alguém responderá por isso no juízo de Deus.




VII - OUTROS TROPEÇOS NA PALAVRA:



(1) - O boato - Palavra de origem latina boatu, significando "mugido ou berro de boi". Hoje, significa "notícia anônima, que corre publicamente sem confirmação; balela; rumor, zum-zum-zum".



Há um demônio espalhando esse tipo de coisa em muitas igrejas. É o "ouvi dizer...", o "disse-me-disse", sinônimos de mexerico. A Palavra de Deus condena esse tipo de mal uso da língua (Lv 19.16; Êx 23.1). Tenhamos cuidado com esse "mugi­do de boi" do Diabo!



(2) - A murmuração - Murmurar significa "dizer em voz baixa; segre­dar; censurar disfarçadamente; conversar, difamando ou desacreditan­do".



Os demônios da murmuração estão soltos no meio de muitas igre­jas. É crente falando contra o pastor e sua família e vice-versa; é obreiro falando contra outro; é esposa de obreiro murmurando contra esse ou aquele crente; só quem gosta disso é o Diabo, causando tristeza e dissensões nas igrejas. Devemos ter cuida­do, pois Deus ouve as murmurações - Êx 16.7,8; Sl 31.13 cf Fp 2.14.



(3) - As palavras torpes - Ef 4.29 - São palavras chulas, ou grosseiras; pornofonias (palavras ou expressões obscenas); pornografias. Ou seja: aquilo relativo à prostituição, a coi­sas obscenas, (sejam por revistas, fil­mes, etc.), piadas grosseiras; anedo­tas que ridicularizam as coisas de Deus. Tudo isso leva o crente a tro­peçar na palavra, usando a língua para agradar ao Diabo e entristecer o Espírito Santo.

(4) - Mexericos ou Fofocas - Mexericos normalmente encobrem-se com aceitáveis convenções, como: 'Você ouviu.. ?" ou "Você sabia... ?" ou "Me contaram..." ou "Eu não te contaria. Só estou contando porque sei que você não passará adiante”. É claro que a mais infamante maneira de racionalização nos meios cristãos é: "Estou lhe contando para que você possa orar”. Esta atitude parece tão piedosa mas o coração que se alimenta ao ouvir notícias maldosas é uma arma do inferno e deixa chamas em seu rasto.



(5) - A Insinuação - Uma prima do mexerico é a insinuação. Considere o imediato de um navio que, após uma farra, teve registrado pelo capitão, no diário de bordo: "Imediato bêbado hoje". A vingança do imediato? Alguns meses mais tarde ele escreve em suas próprias anotações: "Capitão sóbrio hoje". Então, ele parte com a palavra não dita, o silêncio, com as sobrancelhas levantadas, com aparência problemática - carregado com a miséria do inferno.



(6) - A Bajulação - Mexerico envolve dizer por trás de uma pessoa aquilo que você não teria coragem  de dizer na frente. Bajulação significa dizer na frente o que você diria por trás. As Escrituras alertam repetidamente contra os bajuladores, porque são pessoas destrutivas que carregam uma legião de motivos imorais: Pv 29.5; Pv 26.28; Sl 12.3-4.



(7) - O Criticismo - Encontrar erros parece epidêmico na igreja cristã. Talvez isto seja por causa de um sabor de retidão que pode ser pervertido em um senso de vanglória, de autorretidão e um julgamento sem precedente.



(8) - A Depreciação - Tg 4.11 - Tiago proíbe qualquer comentário (verdadeiro ou falso) que depre­cie outra pessoa. Certamente nenhum cristão deveria tomar partido em qualquer calúnia, impondo falsos comentários sobre a reputação alheia. Ainda assim, o fazem. Porém, ainda mais pungente é o desafio para conter qualquer comentário que pretenda diminuir alguém, mesmo que seja totalmente verdadeiro. Pessoal­mente, posso pensar em alguns mandamentos que vão de encontro às con­venções comumente aceitas mais que este, já que a maioria das pessoas acha correto transmitir informações negativas se são corretas. Nós sabemos que mentir é imoral. Mas transmitir verdades danosas também é imoral? Parece quase uma responsabilidade moral! Por este raciocínio, o criticismo por trás de outra pessoa é visto como correto, desde que se baseie em fato. Da mesma forma, o mexerico que denigre (é claro que nunca é chamado de mexerico!) é visto como correto, se a informação é verdadeira. Desta forma, muitos crentes usam a verdade como uma licença para diminuir a reputação de modo justificado. Apontar erros é, para eles, um dom espiritual - uma licença para levar a cabo missão de procura e destruição.



Existem muitas razões pecaminosas, pelas quais irmãos em Cristo depreciam-se uns aos outros. A reação a algum menosprezo, real ou imaginário, pode ser motivação para difamação "cristã". Outros imaginam que sua espiritualidade e sensibilidade os habilita a puxar os outros de seus pedestais e desmascaram suas hipocrisias.




Diminuir os outros também pode vir da necessidade de elevar-se a si mesmo - como o fariseu que agradeceu a Deus por não ser ele como os outros pecadores "nem como este publicano" (Lc 18.11). Desta forma nós desfrutamos da duvidosa pretensão de sermos capazes de pisar nas feridas alheias.





VIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:



Diante do que temos visto, o crente só pode combater o tropeço na palavra, lendo a Palavra de Deus, deixando-se dominar pelo Espírito Santo, vigiando e disciplinando o falar. Usemos a língua para o bem (Ef 4.29), pois somos cidadãos dos céus e não devemos descer a linguagem ao nível diabólico. Devemos usar a língua para encorajar outros, louvar a Deus, e levar a mensagem do evangelho aos perdidos. Assim fazendo, dificilmente tropeçaremos em palavras.



Discipline sua língua com o propósito da religiosidade: Aquele que controla a língua, controla sua alma.






FONTES DE CONSULTA E PESQUISA:

Oração e Despertamento – Obra Missionária Chamada da Meia-noite – Wim Malgo

Disciplinas do Homem Cristão – CPAD – R. Kent Hughes

Lições Bíblicas CPAD – 1º Trimestre de 1999 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima