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27 de ago. de 2012

COMUNICADO AOS INTERNAUTAS


C  O  M  U  N  I  C  A  D  O

Meus prezados irmãos em Cristo Jesus. 

A paz do Senhor. 

A partir desta semana estamos impossibilitados de publicarmos os subsídios da Lições da EBD, em face de uma cirurgia que a que estaremos sendo submetidos no próximo dia 30/08/12. A internação far-se-á  no dia anterior. 

Por isso, solicito e agradeço a compreensão de todos e rogo a ajuda das suas orações, para que o nosso Deus possa realizar o milagre,  alcançarmos a vitória o mais rápido possível e, assim, voltarmos à atividade, divulgando a santa e poderosa Palavra do Senhor. 

Agradecemos a todos, em nome de Jesus.




PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

14 de ago. de 2012

3º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 08 - 19/08/2012 - "A REBELDIA DOS FILHOS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA: 19/08/2012
TÍTULO: “A REBELDIA DOS FILHOS”
TEXTO ÁUREO – Pv 22.6
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Sm 2.12-14, 17, 22-25
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Não é com prazer que os pais usem a vara da correção. Entretanto, mesmo contrariando os seus efeitos paternais, os genitores devem corrigir os filhos para o bem destes, como meio de livrá-los de costumes ou comportamentos prejudiciais ao seu futuro (Pv 22:15; 23:13-14; 29:17).


II – A PALAVRA “DISCIPLINA”:

DISCIPLINA significa: “Instrução”; “Direção”; “Governo”; “Imposição de autoridade e métodos correicionais”; “Discípulo”; “Aprendiz”.

O alvo da verdadeira disciplina é ajudar a outrem a ser um bom discípulo.

Por outro lado, todo bom discípulo deve ser amigo da disciplina.

Assim, a disciplina pode ser aplicada por meio da...:

(1) - INSTRUÇÃO – Não há dúvida de que o melhor meio dos pais persuadirem os filhos à prática do bem é mediante o ensino da Palavra de Deus e da conscientização do dever. A instrução também deve ser dada através de exemplos, que deverão ser imitados pelos filhos.

(2) - DEMONSTRAÇÃO OU SINCERIDADE – Até a maneira de disciplinar pode levar a criança a não acreditar nos pais. O principal objetivo ao aplicar a disciplina a uma criança é ganhar o seu respeito e saber mantê-lo. Falar sempre a verdade e cumprir o que se promete, fortalece a autoridade dos pais sobre os filhos. Não são convenientes as ameaças, mas as promessas (até mesmo de castigo) devem ser cumpridas.

(3) - CORREÇÃO – A correção não deve ter o efeito de uma trovoada sem relâmpago, em noite escura, em que o viajante não vê a estrada. O estrondo do trovão pode assustar e causar terror. O relâmpago pode trazer luz para o caminho. A correção não deve faltar o ensino (que produz consciência do que está errado) de como fazer o que é certo. Antes de qualquer castigo, os pais devem deixar bem claro, com bastante antecedência, quais as regras convenientes. Devem esclarecer o que é e o que não é comportamento aceitável. Quando a criança, deliberadamente, prefere desafiar os limites que lhe foram impostos, e o faz de maneira atrevida, é tempo de levá-la a lamentar o seu feito desobediente, aplicando-lhe a devida correção.

A demonstração de autoridade, por parte dos pais, produz respeito como nenhum outro meio de disciplina, e a criança, amiúde, revela o seu afeto aos pais, depois de sofrer a correção.

À luz da doutrina bíblica, a disciplina é apresentada como uma expressão do amor de Deus, isto é, o amor divino em ação. Assim deve ser também a expressão do amor de um pai extremoso para com seus filhos. O pai que realmente ama a seus filhos, não pode abandoná-los à loucura de uma vida sem governo. A disciplina paterna é um elemento necessário às relações entre pais e filhos. O fato do próprio Pai celeste disciplinar Seu filhos, embora a correção, no presente momento, não pareça ser motivo de prazer, ensina-nos a grande verdade de que o prazer momentâneo não é o alvo da vida.


III – QUANDO UM PAI NÃO DISCIPLINA SEUS FILHOS:

A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual: - Hb 12.5-11 cf Pv 3.11.

(1) - UM PAI DA BÍBLIA QUE CORRIGIA OS FILHOS SÓ COM PALAVRAS - Alguns escolhem simplesmente a correção verbal, e nada mais. O sacerdote Eli, por exemplo, criou os filhos no sacerdócio e, quando se tornaram homens, cometiam pecados contra Deus, inclusive violando os sacrifícios oferecidos a Ele - I Sm 2.12-13, 17, 22-25.

Eli via os pecados de seus filhos e, como todo pai bonzinho, não ficava em silêncio. Ele sempre abria a boca para dar uma bronca neles.

Há pais que se calam diante de pecados horríveis dos próprios filhos, nem ousando mencionar para eles que parem seu comportamento sexual errado. Essa fraqueza, pelo menos, Eli não tinha. Ele apontava os erros no nariz dos filhos. No entanto, a Palavra de Deus revela claramente a reação dos filhos de Eli às repreensões do pai e a reação do Senhor à desobediência e teimosia deles.

(2) - DEUS, EM SEU AMOR, FAZ VISITAÇÕES PROFÉTICAS A ELI - Como sacerdotes do Senhor, tanto Eli quanto seus filhos conheciam muito bem a Palavra de Deus. Mesmo assim, os filhos de Eli estavam decididos a desobedecer ao Senhor e ao seu pai. No entanto, Eli estava decidido a não disciplinar ninguém — limitando-se, no máximo, a passar um sermão. Já que todos estavam assim decididos contra as ordens e conselhos da Palavra de Deus, o Senhor também resolveu decidir: A a solução para os filhos de Eli era a pena de morte.

Apesar de que Eli estava entristecendo muito a Deus pela sua falta de ação, o Senhor sempre demonstrou misericórdia, na esperança de que Eli pudesse se arrepender e, finalmente, assumir a postura de um pai que age.

Através de mensagens proféticas, Deus deixou bem claro para Eli que Ele queria muito mais do que só palavras. Se os filhos teimavam em desobedecer, a obrigação de Eli era, além de repreender, tomar medidas concretas. Foi nesse ponto que Deus mandou um profeta a Eli - 1 Samuel 2:27-36.

Deus já havia decidido que a penalidade para as ofensas que os sacerdotes Hofni e Finéias estavam cometendo era a morte. Mas, como Eli não queria cumprir sua responsabilidade como pai e, como supremo sacerdote, de punir severamente as maldades deles, a maldição e pena de morte que estavam sobre Hofni e Finéias, cairiam sobre a família inteira de Eli. Deu até usou o menino Samuel para avisar - 1 Samuel 3:11-14.

Depois de tal repreensão divina, um homem sábio se prostraria diante de Deus, agradeceria sua visitação sobrenatural, pediria perdão e se comprometeria, diante do Senhor, a agir de acordo com a Palavra de Deus, castigando quem merecia ser castigado, mesmo que envolvesse um castigo de pena capital. Mas qual foi a reação de Eli quando Samuel lhe entregou o recado profético? - 1 Samuel 3:18.

Em outras palavras, Eli quis dizer: “Se Deus quiser agir e fazer o que eu mesmo não estou fazendo, Ele pode fazer; mas eu não vou agir. Que Deus aja sozinho”.

Como se diz, Eli tirou o corpo fora, não aceitando a chance de colaborar com o Senhor na ordem da família de Deus e na própria família dele! Eli queria simplesmente continuar tratando seus filhos adultos do mesmo jeito que os vinha tratando desde a infância: sem lhes ministrar castigo físico.

(3) - CONSEQUENCIAS DA NEGLIGÊNCIA DE UM PAI - Eli evitou sua responsabilidade de castigar, e as maldições sobre Hofni e Finéias se cumpriram, atingindo muito mais do que suas próprias vidas: afetou a nação inteira de Israel.

Quando Israel enfrentou seus terríveis inimigos filisteus em batalha — sob a liderança “espiritual” de Hofni e Finéias —, houve grande derrota. Os israelitas descobriram, da pior forma, que estavam sem proteção espiritual - 1 Samuel 4:17-18.

Eli não se preocupou muito com a morte dos filhos, pois ele já sabia que não havia outro destino para eles. Ele se preocupou mais com o destino da arca. Contudo, se ele tivesse agido energicamente, sua família não receberia maldição, tampouco a arca seria tomada.

Poucos anos depois, praticamente toda a família sacerdotal de Eli foi brutalmente assassinada pelo rei Saul (1 Samuel 22).

A teimosia de um pai em não punir a teimosia e maldade dos próprios filhos removeu a segurança espiritual que poderia proteger os netos, bisnetos e outros familiares de Eli contra a fúria cega e assassina de Saul anos depois.


IV - A GRAÇA DE DEUS NÃO É AUTOMÁTICA:

O profeta Samuel, em sua infância e juventude, viu tudo o que aconteceu com Eli e seus filhos. Ele viveu no ambiente sacerdotal de Eli, mas a diferença é que Samuel não era filho de Eli.

Ana, uma esposa israelita estéril, havia orado muito a Deus pedindo um filho. Deus respondeu dando-lhe a bênção de conceber Samuel em seu ventre. Depois do nascimento de Samuel, Ana o levou à casa de Deus — onde Eli ocupava a função de supremo sacerdote — e o entregou e consagrou ao serviço de Deus, separando-se fisicamente dele - 1 Samuel 1.

Do ponto de vista humano, o menino Samuel corria o risco de sofrer o mesmo tipo de deficiência educativa que Eli havia dado a seus próprios filhos — pois os filhos de Eli não sabiam o que era castigo físico.

Do ponto de vista divino, tudo o que Ana e seu marido não podiam fazer por seu filho Samuel, Deus faria. Aliás, Deus soberanamente preencheu, com Sua maravilhosa graça, toda a deficiência e má influência de Eli na criação e educação de Samuel. Ou seja, mesmo sendo criado sem nenhum castigo físico, Samuel milagrosamente não se tornou o tipo de adulto que eram os filhos de Eli.

Samuel viu que a graça de Deus o tinha livrado de toda contaminação e dano. Daí ele pode ter concluído que é possível educar crianças sem a aplicação da disciplina física. Sem dúvida alguma, a falta de dano foi obra exclusiva da graça de Deus, porém Samuel pode bem ter pensado que ele poderia “sustentar” essa obra em sua família, sem jamais precisar recorrer a uma surra. A Palavra de Deus fala muito sobre Samuel e sua integridade, mas não fala muito sobre seus filhos, e o pouco que fala revela que eles não herdaram a integridade do pai - 1 Samuel 8:1-6.

Samuel só tinha dois filhos, e eles eram corruptos — provavelmente porque o pai lhes deu a mesma educação (humanamente deficiente) que recebeu. A graça de Deus que trabalhou na vida de Samuel — sem a necessidade do uso da disciplina física — não trabalhou na vida de seus filhos. A graça de Deus não é uma bênção que nós escolhemos, nem é automática. Deus é que soberanamente escolhe e dá.

Samuel deve ter agido como sua mãe Ana, entregando seus filhos para a graça de Deus, achando que somente isso bastava. O que ele fez não é errado, mas as situações eram distintas. Na criação de Samuel, não havia um pai para discipliná-lo. Na criação dos filhos de Samuel, havia um pai para discipliná-los, porém esse pai tentou um caminho de fé que acabou não funcionando.

Seu exemplo serve de lição para nós hoje. Os pais podem e devem entregar seus filhos a Deus e depender da graça de Deus, mas jamais podem deixar de cumprir os mandamentos específicos de Deus sobre educação e correção de filhos. Usar a graça de Deus como desculpa para evitar a responsabilidade da disciplina física é dar um salto no escuro — arriscando mandar os filhos para o mesmo destino e abismo de corrupção dos filhos de Samuel!

O mesmo Deus que em situações especiais concede soberanamente Sua graça, também orienta o Seu povo sobre o método divino de castigo físico para a educação das crianças. A graça de Deus pode agir em situações em que a criança por um motivo ou outro não recebe castigo físico, principalmente na ausência dos pais, mas é arriscado e errado fechar deliberadamente os ouvidos para as orientações de Provérbios e “deixar para a graça de Deus” um trabalho e responsabilidade que Deus deu diretamente aos pais. Deus pode trabalhar quando os pais não estão presentes, exatamente como aconteceu na infância de Samuel. Mas, quando os genitores estão presentes, eles devem agir conforme já está bem claro na Palavra de Deus.

Enquanto formos seres humanos, temos necessidades humanas. Algumas dessas necessidades são disciplina, correção e castigo, que fazem parte tanto da família natural quanto da família espiritual. Para ajudar os pais na importante e difícil tarefa da disciplina, Deus nos deixou o Livro de Provérbios, que contém muitas passagens sobre o assunto.


V - O QUE A SABEDORIA DE DEUS ENSINOU A SALOMÃO:

O Livro de Provérbios foi, em grande parte, escrito por Salomão, filho de Davi. Sendo o autor principal, como foi que Salomão conseguiu escrever tanto sobre disciplina física de crianças? Foi por causa do exemplo de seu pai? Foi com o que aprendeu em seu lar na infância?

Salomão não aprendeu princípios de disciplina por experiência própria, nem com o que via ao seu redor, pois no próprio lar em que cresceu ele nunca levou uma surra corretiva do pai.

Por algum motivo, Davi nunca corrigia a teimosia e desobediência de seus filhos. Ele falhou nessa área. Ele foi um homem justo em muitas áreas, porém a Palavra de Deus mostra seu fracasso no desempenho de seu papel como pai. Quando seu filho Amnom estuprou a própria irmã, a maioria das versões bíblicas se limita a dizer que Davi ficou furioso quando soube da violência sexual - II Sm 13.21.

Outra passagem da Bíblia revela como Davi agia com seu filho Adonias - 1 Reis 1:6a.

Talvez Davi não tenha sofrido castigos divinos tão fortes quanto os castigos que Eli recebeu porque Davi estava casado com várias mulheres e não tinha, como rei, tempo para administrar sua imensa família. Tal fraqueza pode não lhe ter custado as maldições que Eli colheu, porém não o livrou de problemas sérios com seus filhos.

Seu filho Absalão, que nunca apanhou, tomou o seu trono e quase o matou, agindo com extrema violência, estuprando as concubinas do próprio pai! O caso de Absalão mostra o engano dos que acreditam que só as crianças criadas com disciplina se tornam violentas. O oposto foi verdade no caso de Absalão. Seu irmão Amnom, criado sem nunca levar uma surra, cometeu um ato violento, estuprando a própria irmã!

A chave então para não sofrer problemas semelhantes na família não é seguir a moda de hoje de evitar a disciplina física, mas adotar uma postura equilibrada: uma criança criada de modo violento ou sem castigo físico pode acabar cometendo violências, mas uma criança criada com o uso sábio da disciplina física terá muito mais chance de levar uma vida marcada por um comportamento bom e correto.

Passando toda a sua infância no lar de Davi, vendo Amnom, Absalão e Adonias em seus maus comportamentos, Salomão sabia o que era a falta de disciplina por experiência própria. Aliás, ele sofreu na própria pele as conseqüências da falta de disciplina do lar de seu pai, pois seu mimado irmão Adonias tentou tomar o governo das mãos de Salomão, e papai Davi não fez nada. O mimado Adonias estava disposto a matar Salomão para ficar com o trono.

Salomão também conhecia o caso trágico de Eli, através do que seu pai Davi lhe contava. Davi soube dos problemas internos da família de Eli através do próprio profeta Samuel, que era seu amigo. Assim também, através de Davi, Salomão conhecia até a situação dos filhos de Samuel.

Talvez seu pai Davi não tenha se importado muito com a falta de castigo físico com que Eli, Samuel e ele mesmo criaram seus filhos, porque aquelas gerações de modo geral não educavam crianças de outro jeito. Pelo fato de que grandes líderes espirituais daquela época como Eli, Samuel e Davi não viam nada de errado com a falta de disciplina física na educação de filhos, é bem possível que em Israel a educação sem castigo físico fosse bem mais comum do que se poderia imaginar.

Provavelmente, o próprio Salomão nunca colocou em prática os princípios de disciplina de filhos que ele escreveu em Provérbios quando ainda era jovem, muito temente a Deus e não tinha esposa e filhos. Por exemplo: Roboão, filho de Salomão, seguiu a tradição da família de Davi de filhos mimados e maus.

Mas só porque Salomão não conseguiu obedecer significa que todos os homens de Deus também não conseguirão ter somente uma esposa e educar e corrigir os filhos conforme os excelentes princípios de Provérbios?


VI - O QUE DEUS FALA AOS PAIS ATRAVÉS DE PROVÉRBIOS:

Nas muitas orientações que escreveu sobre correção de filhos, Salomão não foi influenciado por costumes de sua família, nem pela cultura ao seu redor. Ele estava sem condições de escrever com base na própria experiência, pois ele e seus irmãos não sabiam o que era receber disciplina do pai. Foi a inspiração direta de Deus que o levou a sustentar a posição (não de seu pai, nem de sua cultura, nem de seu próprio coração, mas de Deus) na questão da disciplina física. A sabedoria de Deus o capacitou a entender e ver o que seu pai e Samuel não viram.

Deus, através da sabedoria de Salomão em Provérbios, ensina diversas vezes sobre a aplicação da disciplina: Pv 13.24; 20.30; 22.15; 23.13-14; 29.15.

Contudo, embora favoreça surras com vara, a Palavra de Deus não apóia o excesso e a violência: Pv 19.18.

Portanto, a Palavra de Deus não aceita nenhum tipo de excesso — nem falta de disciplina, nem surras violentas que colocam a vida da criança em risco.

A falta de disciplina pode representar derrota em muitas áreas para pais cristãos negligentes, que abrem a boca para repreender e mais nada. Embora os meios de comunicação freqüente e insistentemente destaquem os abusos de pais que utilizam a violência no lugar da disciplina, não há espaço igual para alertar o público sobre os perigos da falta de disciplina.

Aliás, a elite liberal e esquerdista — dona dos meios de comunicação — escolheu o radicalismo no lugar do bom senso, preferindo apoiar esforços para proibir toda forma de castigo físico em crianças, tornando a falta de disciplina a norma em toda a sociedade.

O ponto preocupante é que se a falta de disciplina em lares cristãos fortes pode provocar grandes prejuízos, o que poderia ocorrer então a uma sociedade inteira que se deixou seduzir pela propaganda enganadora de que toda disciplina física equivale à violência?

A Palavra de Deus pode não ter sido escrita por especialistas em psicologia, mas uma Mente Sábia está por detrás de suas orientações. Trocar essas orientações por conselhos e leis da moda, podem trazer alívio e acomodação no presente, mas também o espectro de um futuro incerto e sombrio, pois não há indivíduo ou sociedade que tenha experimentado sucesso rejeitando as orientações da Palavra de Deus.

Certos entendidos da Bíblia gostam de afirmar que algumas passagens a não são mais válidas, porque, na opinião deles, sua aplicação só tem relevância para a cultura e sociedade do passado. Por exemplo, se Eli e Davi utilizassem a vara para disciplinar seus filhos, esses entendidos concluiriam, conforme seus próprios desejos, que o uso da vara como instrumento de correção no lar tinha uma aplicação cultural para aquela época, que hoje não mais tem.

Mas a realidade é bem outra, de modo que seria muito interessante ver esses estudiosos se contorcendo para interpretar, contra seus próprios gostos, que a falta de disciplina é uma prática cultural do antigo Israel, sem valor para os dias de hoje! Mas esses estudiosos não agem assim. Só quando lhes é conveniente é que eles reinterpretam a Bíblia utilizando o argumento cultural.


VII - A DISCIPLINA E OS CASTIGOS FAZEM PARTE DA FAMÍLIA ESPIRITUAL E HUMANA:

Assim como Deus disciplina Seus próprios filhos espirituais, Ele também quer que os pais aqui na terra disciplinem seus próprios filhos.

Embora as medidas de Deus contra a teimosia, rebelião e desobediência de Seu povo sejam extremamente enérgicas e duras, Ele limitou as ações enérgicas dos pais à utilização da vara, em casos de necessidade.

No Novo Testamento, o Senhor Jesus se utiliza de repreensões e castigos para lidar com a desobediência de algumas Igrejas. Uma das delas recebeu a censura do Senhor: - Apc 2.20-23.

Deus cuida de Sua família espiritual, educando-a, treinando-a e castigando-a, e Ele nos deixou o Livro de Provérbios a fim de que também eduquemos, treinemos e castiguemos nossos filhos. A educação de crianças de Provérbios pode ser resumida num só versículo: - Pv 22.6

Com os conselhos sábios de Provérbios, os pais podem treinar seus filhos a andar no caminho do comportamento bom e certo, e até o fim da vida eles praticarão o que aprenderam e evitarão os maus comportamentos.

Ninguém é mais sábio do que Deus em matéria de criação de filhos. Nenhum livro da Bíblia fala tanto de sabedoria quanto Provérbios. E ninguém na terra foi mais sábio do que Salomão, pois sua sabedoria vinha de Deus. Assim, a sabedoria de Deus produziu os conselhos mais sábios que os pais precisam para desempenhar a responsabilidade de treinar seus filhos no bom caminho.

Os “sábios” deste mundo — que são verdadeiros tolos diante de Deus — só aceitam o que seus amigos “sábios” ensinam. Mas os verdadeiros sábios aceitam o que a Mente mais sábia do Universo, o Mestre dos mestres, ensina no Livro de Provérbios – Pv 12.15; 13.20.


VIII - EDUCAÇÃO SEM CASTIGO FÍSICO ESTÁ NA MODA DESDE OS TEMPOS DE ELI:

A propaganda da moda, que segue o método de Eli, de conversar e repreender sem usar uma vara, prega que a disciplina física leva a violência aos lares e à vida dos filhos. Hofni, Finéias, Amnom, Absalão e Adonias — onde quer que eles estejam hoje — jamais concordariam com esse tipo de opinião! Eles se tornaram maus e violentos e agora estão pagando um elevado preço, sofrendo castigo eterno.

Quem acha que o método de criação e educação de filhos sem castigo físico é invenção moderna superando práticas passadas, não conhece a vida de Eli e Davi. Esse método não foi inventado pelos especialistas de psicologia de hoje. Foi inspirado pelo Deus Todo-Poderoso no coração humano e está em vigor há milhares de anos.

Assim como no caso de Salomão, que não escreveu sobre disciplina baseado nas experiências de infância que teve na casa de seu pai, muitos lares há onde os pais não acreditam na eficácia dos castigos físicos. Acreditam, apenas, no método de Eli, jamais tolerando que uma criança leve uma palmadinha para corrigir atos de teimosia e rebelião.

Aliás, em muitos lares, além de abundantes revistas “especializadas” em criação de filhos com abundantes conselhos psicológicos ao modo de Eli, há também um manual do Dr. Benjamin Spock, responsável pela moderna rejeição em massa ao uso da disciplina física.

Os livros do Dr. Spock são vendidos há mais de meio século — criando pelo menos três gerações inteiras de pais que amam e seguem suas teorias como se fossem tão ou mais sagradas do que todas as orientações do Livro de Provérbios.

Hoje, apesar de toda essa tradição no meio de várias famílias, acreditamos na Palavra de Deus, que está acima das experiências, tradições, modismos e opiniões humanas — até mesmo de cristãos bem intencionados, que são uma bênção em muitas áreas, mas seguem os passos de Davi e Eli, quando falam e ensinam sobre criação de filhos.

O melhor manual de criação de filhos sempre foi e sempre será a Bíblia, e o maior mestre não é o Dr. Benjamin Spock; é, sim, o Autor da Bíblia e da Vida: DEUS.

É claro que Ele não aceita abusos de autoridade. Porém não é certo utilizar os casos de violência e excessos para anular as orientações do Livro de Provérbios para os pais, pois a Palavra de Deus é clara: justamente a falta da aplicação de castigos físicos é que pode levar as famílias e seus filhos a destinos trágicos. Essas tragédias poderão ter um grande aumento em toda a sociedade, pois a meta do governo é proibir os pais de disciplinar os filhos. Essa proibição inevitavelmente tornará ilegal e crime obedecer às orientações de Deus contidas no Livro de Provérbios.


IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Eli morreu há mais de três mil anos, porém seus seguidores hoje são muitos, principalmente entre educadores, psicólogos e defensores dos “direitos” das crianças.

Infelizmente, o que esses “doutores” não querem pensar é que Eli e seus filhos podem estar sofrendo castigo eterno por não reconhecerem o valor do castigo físico aqui na terra. Pai e filhos podem estar pagando o mesmo preço, na eternidade, por causa de seus pecados.

Não sejamos apenas ouvintes da Palavra de Deus, mas praticantes: Provérbios 23:13-14.

A disciplina não é meramente o fruto de uma filosofia humana... mutável...; mas, sim, é um preceito divino, indispensável e eterno!



FONTES DE CONSULTA:

Lições Bíblica Maturidade Cristã – CPAD – 3º Trimestre de 1987 – Comentarista: Estevam Ângelo de Souza

Estudo Bíblico: “Quando um pai não disciplina o seu filho” – Pr. Valtair Freitas

8 de ago. de 2012

3º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 07 - 12/08/2012 - "A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 07 - DATA: 12/08/2012
TÍTULO: “A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR”
TEXTO ÁUREO – I Pe 3.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Cor 7.12-16
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/

I – INTRODUÇÃO:

- Feliz o lar onde marido e mulher comungam a mesma fé; onde ambos são crentes fiéis a Cristo. Há, entretanto, casos em que apenas um dos cônjuges crê no evangelho. No entanto, veremos que o nosso Deus anseia que todos os lares, independentemente de serem evangélicos ou não, apliquem os ensinamentos contidos em Sua santa e gloriosa Palavra: A Bíblia Sagrada.


II A INFLUÊNCIA ESPIRITUAL DO CÔNJUGE CRENTE:

- Leiamos I Cor 7.12-16

(1) - A IMPORTÂNCIA ESPIRITUAL DA MULHER CRISTÃ - Paulo destaca a influência espiritual da mulher cristã nestas palavras: "O marido descrente é santificado pela mulher". Em tais circunstâncias ela deve confiar que não está lutando só; Deus está interessado em dar-lhe a vitória (At 16.31).

(2) - A INFLUÊNCIA DO MARIDO CRENTE - Do mesmo modo, a mulher descrente pode ser santificada pelo marido. A condição aqui é a mesma. O marido tem que exercer a sua influência espiritual andando conforme as Escrituras. Neste particular, tanto homem como mulher têm conseguido grandes vitórias, levando seus lares à felicidade da salvação em Cristo.

(3) - OS FILHOS BENEFICIADOS - Não podemos elogiar a "espiritualidade" dos cônjuges crentes que, levados por fanatismos, escandalizam os filhos e os afastam do evangelho, tornando o lar um tremendo fracasso. O processo para a santificação dos filhos é o mesmo, visto que eles dependem da genuína influência espiritual dos pais para levá-los a Cristo. Assim, pela pregação do evangelho, pela paciência e pelo exemplo de fé e obediência a Deus os pais santificam seus filhos (At 16.32-34).

(4) - A ATITUDE DO CÔNJUGE CRENTE NO LAR - Em um lar onde uma só pessoa é crente, esta deve considerar-se como a única luz, no velador, com a missão de iluminar o seu ambiente. Por isso, a atitude do crente deve ser a de quem tem uma missão a cumprir, uma luta a vencer, uma vitória a conquistar. O que não deve acontecer é o crente acomodar-se e tornar-se infrutífero (Jo 15.16; Mc 4.18,19).

A propósito, podemos observar dois fatos:

(A) – Um lar constituído legalmente não deixar de ser um lar, pelo fato do marido e mulher não serem cristãos.

(B) – A expressão: “marido descrente é santificado pela mulher”, não significa que contato ou convívio, em si, transmita santidade da mulher ao marido, e, sim, que a fé e o comportamento da mulher crente podem despertar no marido o desejo de aceitar a Cristo, e assim ser santificado. É a maneira de ganhar sem palavras – I Pe 3.1-2.


III - OS DEVERES DO MARIDO, CRENTRE OU NÃO CRENTE:

(1) - AMAR A ESPOSA COMO CRISTO AMOU A IGREJA - (Ef 5:25). O amor de Cristo para com a Igreja é o padrão do amor que o marido deve a sua esposa. Jesus amou a Sua Igreja...

- voluntariamente - Gl 2:20

- profundamente - Jo 15:13

- sacrificialmente - Jo 19:1, 16-18

- com amor eterno - Jr 31:3 cf Jo 17:26

- Não havendo amor, o marido pode abusar de sua autoridade, levando a esposa a um complexo de inferioridade que pode conduzi-la a aflições e amarguras. É o amor a base peculiar das afeições, da confiança e da fidelidade (I Jo 4:18 – A esposa deve estar presa ao marido, não pelo temor ou pelas ameaças, mas pelo amor e pela gentileza).

(2) - NÃO SE IRRITAR CONTRA ELA - Cl 3:19 - Isso quer dizer que os maridos não devem ficar impacientes com as suas esposas, não provocá-las ou ficar irado contra elas

(3) - COABITAR COM ENTENDIMENTO, DANDO HONRA À MULHER - I Pe 3:7 - A vida do casal deve ser pacífica, onde prevalecem o diálogo, a paciência, a compreensão, a estima e a dignidade (Am 3:3)

(4) - CONSULTAR A ESPOSA - Gn 31:3-8, 14-16 - Jamais o marido deve tomar decisões sem antes consultar a esposa. A prática deste gesto demonstra amor, prudência e sabedoria.

(5) - ASSISTI-LA MATERIAL E ESPIRITUALMENTE - Ef 5:28-29 – A palavra ALIMENTAR = NUTRIR, como quem cria filhos. Assim sendo, o homem deve tratar sua esposa tal como cuida de si mesmo ou de uma criança sua, a quem alimenta e nutre (tratamento de saúde, vestimenta e calçados, casa, alimentação, dar-lhe dinheiro); (ajudá-la em oração, levá-la à Igreja, animá-la a participar de atividades na Igreja e estudarem juntos a Palavra de Deus)

(6) - PROTEGÊ-LA FÍSICA E MORALMENTE – O marido não deve considerar-se apenas o senhor do lar, e, sim, o protetor, a começar pela esposa.

PROTEÇÃO FÍSICA: - É claro que, acima de tudo, a vida e a saúde de qualquer pessoal dependem de Deus, o Autor da vida. Porém, de outras maneiras, dependem também do trato do marido, especialmente assegurando à esposa um ambiente de paz, tranqüilidade e alegria. Estes são fatores de vida, saúde e até de beleza (Pv 15:13).

PROTEÇÃO MORAL: - Vai desde o encorajamento que o esposo proporciona à esposa, até aos modos de defender a sua honra. Isto pode consistir em ocultar as suas faltas e destacar as suas virtudes. Como Cristo purifica e santifica a Sua Igreja perdoando-lhe as faltas e imperfeições, com os mesmos sentimentos e virtudes deve o esposo praticar para com sua esposa.

(7) - DAR-LHE CARINHO - Gn 26:8 cf Pv 5:18; Ec 9:9 - A falta de carinho entre o casal torna a vida monótona, sem graça e infeliz

(8) - VIVER COM ELA ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE - Mt 19:3-9 - Casamento é coisa muito séria. Deus não está interessado nas desculpas que alguém possa dar quando parte para uma separação matrimonial. Problemas tais como: incompatibilidade de gênios, idade, saúde, ciúmes e etc, podem ser plenamente resolvidos, desde que haja lugar para Cristo e a Sua Palavra dentro do lar, na vida do casal.


IV - OS DEVERES DA ESPOSA, CRENTE OU NÃO CRENTE:

(1) - SER SUBMISSA AO MARIDO COMO AO SENHOR - Ef 2:22

III.1 - O QUE É SUBMISSÃO:

- A palavra SUBMISSÃO é formada de duas palavras: “SUB” = DEBAIXO DE; e “MISSÃO” = VOCAÇÃO ou PROFISSÃO.

- Logo, uma das melhores definições da palavra SUBMISSÃO é É A ADESÃO ESPONTÂNEA DA VONTADE DE ALGUÉM À DE OUTREM.

- Assim, a esposa tem que estar consciente de que A SUA ADESÃO ESPONTÂNEA ESTEJA CONTRIBUINDO PARA A MISSÃO DE SEU MARIDO.

- Não é apenas a mulher que deva submeter-se - Esta ordem é dada ao marido, à esposa, aos pais, aos filhos, aos empregados e aos patrões - Ef 5:1-2, 11-17


III.2 - O QUE NÃO É SUBMISSÃO:

- Não é que a mulher seja inferior ao homem - Gl 3:26-28 cf I Pe 3:7 - Tanto o esposo quanto a esposa são herdeiros da mesma graça.

- Não é que a mulher seja incapaz de realizar grandes coisas - Elas eram líderes (Jz 4:4; Mq 6:4); profetisa do Senhor (II Rs 22:16-20); enfrentavam emergências (I Sm 25:18-35); praticavam a filantropia (At 9:36); colaboravam e cooperavam com a obra do Senhor (Rm 16:1-2, 6, 12; I Tm 5:10; I Cor 16:14-20; Fp 4:1-3);

- Não é que a mulher deva ficar em silêncio - Tt 2:3-5; Cl 3:15-17 - Um dos principais fatores de um casamento feliz é uma boa comunicação entre marido e esposa.

(2) - SER AUXILIADORA NOS SENTIDOS AFETIVO, SOCIAL, PROFISSIONAL e ESPIRITUAL - (Gn 2:18) - AUXILIADORA ou AJUDADORA = Alguém que está ao lado para completar, ajudar, complementar e apoiar.

- O papel da mulher é ampliado pela palavra IDÔNEA = SEMELHANTE A ELE, isto é, alguém que concorda mental, física e espiritualmente.

- (Pv 12:4; 14:1; 18:22). A esposa auxiliadora é...

- laboriosa (Pv 31:13, 19, 24);

- ajuizada (Pv 31:16, 18)

- forte fisicamente (Pv 31:17)

- boa dona de casa (Pv 31:15, 21, 27)

- sábia e boa mãe (Pv 31:26)

- caridosa (Pv 31:20)

- boa esposa (Pv 31:11-12, 23, 28)

- temente a Deus (Pv 31:30)


V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- Atualmente, a família não está recebendo o devido respeito por parte de alguns segmentos da sociedade. O casamento é, por muitos, desprezado, e a família, como instituição divina, sofre mais do que nunca forte oposição por parte de satanás. Mas, se a família cristã quiser continuar unida e vitoriosa, deverá manter-se dentro dos parâmetros estabelecidos por Deus; precisará ter larga visão dos propósitos divinos e revestir-se de otimismo. Não devemos deixar satanás triunfar nesta batalha.

- Que o Espírito Santo nos acompanhe e nos dê sabedoria dos altos céus para assimilarmos os propósitos de Deus para com a família e o lar (cristãos ou não), nesta hora de crise!



FONTES DE CONSULTA:

1) Retratos de Família - Editora Sepal - Jaime Kemp

2) A Bíblia de Estudo Pentecostal - Edições CPAD

3) A Bíblia Shedd - Edições Vida Nova

4) A Bíblia de Estudo Vida - Editora Vida

5) Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1987 – Comentarista: Estêvam Ângelo de Souza

1 de ago. de 2012

3º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 06 - 05/08/2012 - "A DESPENSA VAZIA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 06 - DATA: 05/08/2012
TÍTULO: “A DESPENSA VAZIA”
TEXTO ÁUREO – Sl 37.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Rs 4.1-7
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Ao nos ensinar a pedir o pão de cada dia, Jesus nos ensinou a vivermos confiando. Não temos necessidade de enormes reservas nem de elaborados sistemas de suporte, pois temos um Pai celeste que cuida de nós. Quando o povo de Israel ajuntava maná no deserto, somente lhe era permitido o suficiente para um dia. Tudo o que passasse disso, apodreceria. Eles estavam aprendendo a viver pela confiança, dia a dia, em Jeová.


II - EXEMPLOS DE SUPRIMENTOS ABUNDANTES FORNECIDOS EM TEMPOS DE NECESSIDADE NO A.T.:

(1) - As águas amargas tornam-se doces (Ex 15:23-27) - Deus usa a natureza sempre que ela pode ajudar a incredulidade dos homens nalguma operação divina.

(2) – O pão do céu (maná) e as codornizes (carnes) - Ex 16 - De onde poderia vir pão para essa enorme multidão senão do céu? Nesse deserto, todos morreriam, se não fosse a graça do seu Deus, que veio ao encontro das necessidades físicas do povo e lhe deu pão.

Jeová, então, fala e diz que não somente vai dar pão, mas também carne. Por meio de um forte vento oriental, fez Deus vir ao arraial as codornizes para que o povo faminto fosse alimentado. Estes pássaros são numerosíssimos no Oriente e andam sempre em bandos. Deus usou aqui outro elementos natural para operar o milagre.

(3) - Água para Israel no deserto - Ex 17:1-7 - A respeito deste milagre, diversas versões correm entre os comentadores rabínicos e europeus, especialmente por causa das palavras do apóstolo Paulo (I Cor 10:4) de que a rocha era Cristo. Assim, dizem uns: 

A ROCHA DEU ÁGUA E CONTINUOU A SEGUIR OS ISRAELITAS. TODA VEZ QUE PRECISAVAM BEBER, ERA SÓ TOCÁ-LA.

Outros dizem: UM RIBEIRO SE FORMOU E SEGUIA O POVO POR ONDE QUER QUE ELE FOSSE.

Logo, Cristo, a nossa Rocha, continua nos seguindo no deserto da vida, suprindo as nossas necessidades de sempre. Portanto, seguia os israelitas não a rocha de Horebe, MAS CRISTO, QUE SIGNIFICAVA PARA O POVO UMA ROCHA DE QUE ELES BEBIAM E COMIAM (Dt 32:4, 13. 15, 18, 30-31, 37)


III - EXEMPLOS DE SUPRIMENTOS ABUNDANTES FORNECIDOS EM TEMPOS DE NECESSIDADE NO N.T.:

(1) - A PESCA MILAGROSA (Lc 5:1-11) - Este milagre aconteceu depois de uma noite de pesca infrutífera. Acabada a lição, Jesus sugeriu a Pedro que fossem pescar. Respondendo, Pedro diz: HAVENDO TRABALHADO TODA NOITE, NADA APANHAMOS!

Há, talvez, uma repreensão subtendida. A noite era considerado o melhor período para a pesca, e Pedro, talvez, tenha sugerido que, quando peritos, pescando na hora certa, nada apanharam, era inútil tentar mediante o pedido de um Carpinteiro. Se for assim, a disposição de Pedro de agir conforme a sugestão de Jesus revela o reconhecimento que a Sua palavra não deveria ser desconsiderada em qualquer assunto que fosse. Pedro talvez não concordasse, mas poderia obedecer.

E, FAZENDO ASSIM, COLHERAM UMA GRANDE QUANTIDADE DE PEIXES - Tinham costume de pescar à noite. Se Pedro não tivesse abandonado seu costume, não teria apanhado a grande quantidade de peixes. Se não deixarmos nossas formalidades para fazermos a vontade de Cristo, não devemos esperar o êxito que Ele promete.

E FORAM, E ENCHERAM AMBOS OS BARCOS - Os pescadores, no alto mar, fizeram sinal aos do outro barco, para que os fossem ajudar. E se não o tivessem feito, sem vacilar, teriam perdido grande quantidade de peixes.

E ENCHERAM AMBOS OS BARCOS DE MODO QUE QUASE IAM A PIQUE - Os peixes quase escaparam da rede e os barcos quase naufragaram. As dificuldades provam grandemente nossa fé, mas a nossa pesca é certa.

A obediência traz resultados! Pedro e seus amigos lançaram as redes e apanharam grande quantidade de peixes. Havia demais para as redes segurarem. Até mesmo quando os pescadores fizeram sinal para seus companheiros no outro barco, e eles também vieram, ainda não havia a capacidade necessária. Encheram ambos os barcos ao ponto de quase irem a pique. O número dos peixes não é citado, mas claramente a pesca era anormal. Não poderia ser explicada dentro dos conceitos usuais das técnicas da pesca.

PEDRO PROSTROU-SE AOS PÉS DO SENHOR - A benignidade do Senhor levou Pedro a prostrar-se a Seus pés para adorar e confessar sua pecaminosidade (Rm 2:4).

Este foi um milagre dentro da área de perícia do próprio Pedro. Conhecia a pesca; e, portanto, sabia o que significava aquela grande quantidade de peixes.

(2) - JESUS SE MANIFESTA NA PESCA (Jo 21:1-11) - Foi um milagre realizado depois de uma noite de pesca infrutífera

NAQUELA NOITE NADA APANHARAM - É provável que o Senhor não quisesse que apanhassem algum peixe; passando necessidade, tinham resolvido voltar ao ofício que tinham deixado, quando seguiam a Jesus; porém, Jesus tinha os olhos fitos naquele barco, e quis que desanimassem na pesca, para que seguissem rumo mais importante.

SENDO JÁ MANHÃ, JESUS SE APRESENTOU NA PRAIA - Sl 30:5.

OS DISCÍPULOS NÃO CONHECERAM - A incredulidade, o pecado, a falta do Espírito, as perturbações e o desânimo impedem a nossa vista até de não reconhecermos a presença do Mestre quem para nos auxiliar (Lc 2:25-28)

RESPONDERAM-LHE: NÃO - Devemos lembrar que o barco estava longe da terra e que não era fácil responder com palavras. Mas vê-se em tudo isso que Deus quer de nós confissão honesta de nossos fracassos.

LANÇAI A REDE PARA A BANDA DA DIREITA - O apóstolo João não começou a notar que o estranho que ordenara não era um homem qualquer? E ele e Pedro não se lembravam da outra ocasião quando havendo trabalhado toda a noite, nada apanharam? CRISTO APARECE DEPOIS DE FALHARMOS, NÃO PARA NOS CENSURAR, MAS, SIM, PARA NOS DIRIGIR. A rede que jogaram ficou imediatamente tão cheia de peixes que eles não conseguiram puxá-la para dentro do barco; tiveram de arrastá-la atrás de si.

É O SENHOR - O primeiro a reconhecer a Jesus foi João, o primeiro a crer na Sua ressurreição (Jo 20:8). Parece que não foi somente no poder milagroso, mas também na maravilhosa liberalidade e na grande generosidade da pesca que João percebia primeiro a mão do Mestre.

VIRAM ALI BRASAS, E UM PEIXE POSTO EM CIMA, E PÃO - O amado Criador prepara para Seus discípulos, famintos e cansados, uma mesa no deserto (Sl 78:19). O mesmo Senhor que lhes lavara os pés, preparou-lhes esta refeição. Devemos nos lembrar que a comida, que comemos hoje, foi preparada também por estas mesmas mãos com os sinais dos cravos e devemos dar graças. Jesus ressuscitado é prático e não nos deixa sentir falta alguma, se andarmos com Ele. Ele é Salvador e Sustentador tanto do corpo como da alma. A piedade tem tanta promessa da vida atual como da vida vindoura.

VINDE JANTAI - Os discípulos estavam ansiosos pelo alimento. Abundante e gloriosa é a provisão que Ele tem para nós! Os discípulos viram, na praia, brasas, um saboroso peixe em cima delas e pão. E era seu amado Senhor que os chamava, famintos e cansados, dizendo: VINDE, COMEI.


IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Dt 2:7 – ELE SABE QUE ANDAS – O verbo SABER tem um sentido muito íntimo e muito ativo. É o conhecimento de perto, é acompanhar com amor a um assunto ou a uma pessoa, adentrando-se, pessoalmente, na matéria. A expressão aqui transcrita quer dizer que Deus acompanhou ou andou, a viagem dos israelitas, com a revelação dos Seus cuidados, guiando-os, suprindo suas necessidades e também os disciplinando. Enfim, foi um verdadeiro Pai para o Seu povo (Dt 1:30-31). O nosso Deus não mudou.


FONTES DE CONSULTA:

1) Marcos - O Novo comentário Contemporâneo - Editora Vida - Autor: Larry W. Furtado

2) Mateus, O Evangelho do Grande Rei - CPAD - Autor: Myer Pearlman

3) Comentário Bíblico Devocional do Novo Testamento - Editora Betânia - Autor: F. B. Meyer

4) Lucas Introdução e Comentário - Editora Mundo Cristão - Autor: Leon L. Morris

5) Mateus Introdução e Comentário - Editora Mundo Cristão - Autor: R. V. G. Tasker

6) Comentário Bíblico Broadman - Volume 8 - JUERP - Autor: Clifton J. Allen

7) A Bíblia Explicada - CPAD - Autor: S. E. McNair

8) A Espada Cortante - Volumes 1 e 2 - CPAD - Autor: Orlando S. Boyer

9) João Introdução e Comentário - Editora Mundo Cristão - Autor: F. F. Bruce