ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13 - DATA: 30/12/2012
TÍTULO: “MALAQUIAS – A SACRALIDADE DA FAMÍLIA”
TEXTO ÁUREO – Gn 2.24
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ml 1.1; 2.10-16
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13 - DATA: 30/12/2012
TÍTULO: “MALAQUIAS – A SACRALIDADE DA FAMÍLIA”
TEXTO ÁUREO – Gn 2.24
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ml 1.1; 2.10-16
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
Malaquias testifica o
triste fato do fracasso de Israel. Ele apresenta o quadro de um povo religioso
externamente, mas interiormente indiferente e falso, um povo para o qual o
culto a Jeová se transformou em formalismo vazio, desempenhado por um
sacerdócio corrupto que não o respeitava.
II – PEQUENO ESBOÇO DO LIVRO DE MALAQUIAS:
Capítulo 1:
Ingratidão de Israel – Ml
1.1-5.
A negligência de Israel
para com as instituições de Deus – Ml 1.6-14.
Capítulo 2:
Os sacerdotes são
repreendidos por rejeitar o pacto –Ml 2.1-9.
O povo é reprovado por
seus maus costumes – Ml 2.10-17.
Capítulo 3:
A vinda de Cristo – Ml
3.1-6.
Os judeus são reprovados
por suas corrupções – Ml 3.13-18.
O cuidado de Deus por Seu
povo; a distinção entre o justo e o ímpio – Ml 3.13-18
Capítulo 4:
O juízo dos ímpios e a
felicidade dos justos – Ml 4.1-3.
Consideração devida à
lei; João Batista é prometido como o precursor do Messias – Ml 4.4-6.
III - POR QUE LER ESSE LIVRO?:
Malaquias
põe um espelho diante de nós, ajudando-nos a avaliar o nosso relacionamento com
o Deus vivo. Acreditamos que Ele nos ama? Ele recebe de nós amor e obediência sinceros?
Ou estamos apenas "cumprindo o nosso dever"? As perguntas que Deus
formulou a Israel penetram furtivamente por trás das nossas defesas e nos
forçam a sair da rotina, reacendendo em nós a afeição por Ele.
IV - QUEM ESCREVEU O LIVRO?:
O
nome Malaquias significa “Meu mensageiro”. Não se sabe ao certo se esse era de
fato o nome do autor, ou se ele o utilizava como título, pois os profetas em
geral eram chamados mensageiros do Senhor. Seja como for, esse profeta tinha
nítida consciência de que Deus estava falando por meio dele.
V - QUANDO FOI ESCRITO?:
Em
alguma data após 460 a.C., depois de Israel
ter voltado do cativeiro babilônico, depois da reconstrução do
templo de Jerusalém (516 a.C.) e depois de o culto ali ter-se reduzido a mera rotina.
VI - POR QUE FOI ESCRITO?:
Para
combater o espírito de comodismo e a indiferença que tão facilmente dominam o
povo de Deus.
Sob
o ministério de Ageu e Zacarias, o povo estava disposto a reconhecer suas
faltas e a corrigi-las, mas agora, endureceram-se tanto que negam
insolentemente as acusações de Jeová – Ml 1.1-2; 2.17; 3.7.
Pior
ainda: Muitos professam ceticismo quanto à existência de um Deus de juízo e
outros perguntam se valerá a pena servir ao Senhor – Ml 2.17; 3.14-15.
O
profeta Malaquias denunciou os mesmos males que existiam no tempo de Neemias –
(Ne 13.10-12 comparar com Ml 3.8-10); (Ne 13.29 comparar com Ml 2.4-8); (Ne
13.23-27 comparar com Ml 2.10-16).
Qual
raio de luz nesta cena escura, brilha a promessa da vinda do Messias, que
chegará para libertar o resto dos fiéis e julgar a nação.
VII - O QUE SE DEVE BUSCAR EM MALAQUIAS:
Malaquias apresenta uma palavra da parte de Deus
seguida por uma queixa do povo, a qual, por sua vez, é seguida por uma resposta
de Deus. Observemos o fervor de Deus nessa troca de palavras. Deus nos ama com
amor inexplicável e nos quer ver retribuindo esse amor mediante a fidelidade
nos relacionamentos humanos, a integridade, a pureza e a justiça a favor dos
debilitados da sociedade.
VIII
– MENSAGENS NO LIVRO DE MALAQUIAS:
Na época de Malaquias, o
povo estava vivendo um período de grande acomodação, pois já havia voltado do
exílio na Babilônia há alguns anos e não havia, naquele momento, ameaça de
outra invasão. Começou a surgir um declínio na vida espiritual da nação. A
religião era apenas uma prática fria e formal. Os líderes religiosos não davam
exemplo de santidade. A lei não estava sendo obedecida. Mas o Senhor Deus envia
Seu mensageiro com uma mensagem extremamente apropriada para aquele povo e para
nós também.
(1) – MENSAGENS AOS
REBELDES – Ml 1.1 – 3.15):
(1.1) – UMA MENSAGEM À
NAÇÃO INTEIRA – Ml 1.1-5) – O povo pergunta de uma maneira insolente acerca do
amor de Jeová para com eles, evidentemente pensando nas suas aflições
anteriores, mas esquecendo-se de que os castigos do Todo-Poderoso visavam
purificá-los.
Como prova de Seu amor
para com a nação, o Senhor refere-se à eleição gratuita de seu pai, Jacó, e à
rejeição de seu irmão, Esaú.
Edom foi rejeitado por
Deus, e será desolado para sempre. Mas Israel, escolhido perpetuamente, viverá
para ver a desolação de Edom e dar glória à graça e ao amor de Deus (Ml 1.4-5).
OBSERVAÇÃO:
Neste ponto, carecemos
tomar muito cuidado para não cairmos nas ciladas da doutrina da predestinação.
Esta doutrina, que a rigor é uma heresia muito fútil, tem causado enormes
prejuízos ao reino de Deus.
No caso que ora estudamos,
não podemos ser levados a pensar que o Senhor tenha predestinado Esaú ao ódio,
e Jacó a uma vida de bem-aventuranças.
Pelo contrário, Deus não
predestinara Esaú ao aborrecimento. Esaú, no entanto, por ser profano, foi
aborrecido pelo Senhor – Hb 12.16.
Foi por causa do seu
pecado que Esaú passou a ser aborrecido por Deus; e não em consequência de uma
cega e cruel predestinação.
Podemos notar que a
palavra “ABORRECER” não significa aborrecimento no sentido em que hoje a
entendemos, mas se usa aqui no sentido de “REJEITAR”. Comparemos Lucas 14.26 e
Mateus 10.37, onde a palavra “ABORRECER” significa “AMAR COM MENOR AFEIÇÃO”.
O mesmo podemos dizer
acerca de Jacó. Não fora predestinado à bem-aventurança. Mas sua atitude diante
das coisas de Deus, determinou-lhe a eleição.
Tomemos, pois, cuidado
para não cairmos nas malhas desta heresia porque, universalmente, todos fomos
predestinados à vida eterna. A eleição, entretanto, depende de aceitarmos ou
não o plano de salvação estabelecido por Deus.
Para compreendermos
devidamente esta verdade, basta-nos ler João 3.16. Nesta passagem bíblica, não
está escrito que Deus amou apenas aos predestinados. Está registrado que Deus
amou ao mundo e, de tal maneira o amou, que deu o Seu Filho Unigênito em nosso
resgate.
(1.2) – MENSAGENS AOS
SACERDOTES – Ml 1.6 – 2.9 – São os seguintes os pecados censurados:
(A) – FALTA DE REVERÊNCIA
PARA COM O SENHOR – Ml 1.6 – Notemos o espírito de insensibilidade diante do
pecado, revelado na resposta dos sacerdotes: - “EM QUE DESPREZAMOS NÓS O TEU
NOME?”. A atitude manifesta-se em todas as respostas do povo e dos sacerdotes às
repreensões de Jeová.
(B) – O OFERECIMENTO DE
SACRIFÍCIOS DEFEITUOSOS – Ml 1.7-12 – Dario e os seus sucessores forneciam vítimas
em abundância aos sacerdotes para os sacrifícios (Ed 6.8-10), mas ofereciam
somente as piores. Ofereciam ao Senhor aquilo que não se atreviam a oferecer ao
seu príncipe (Ml 1.8). Mas, embora sejam oferecidos sacrifícios imundos na
Palestina, entre os pagãos há e haverá aqueles que foram à presença do Senhor
com uma oferenda pura – Ml 1.11.
(C) – O DESEMPENHO DO
CULTO A DEUS COM O ESPÍRITO DE INDIFERENÇA E DESCONTENTAMENTO – Ml 1.11-12 –
Consideravam o culto a Deus enfadonho e o desonravam apresentando oferendas de
menor valor.
(D) – A VIOLAÇÃO DO PACTO
LEVÍTICO – Ml 2.1-9 – O Senhor menciona as qualidades que o pacto requeria do
sacerdote, a saber, andar muito perto de Jeová, zelo para deixar a iniquidade,
e habilidade para ensinar (Ml 2.5-7). De todas estas qualidades, o sacerdócio
no tempo de Malaquias carecia muito – Ml 2.8.
(1.3) – MENSAGENS AO POVO
– Ml 2.11 – 3.15 – São censurados os seguintes pecados:
(A) – PECADOS DE FAMÍLIA –
Ml 2.10-16 – Muitos tinham se divorciado de suas esposas israelitas para
casar-se com mulheres estrangeiras – comparemos Neemias 13.23-28.
O divórcio havia se
tornado tão comum que até mesmo os sacerdotes deixavam suas esposas e
apegavam-se às estrangeiras.
Depois, como se nenhuma
iniquidade havia sido cometida, estes ministros apresentavam-se diante do altar
para oferecer os sacrifícios prescritos no Levítico.
Seguindo este péssimo
exemplo dos sacerdotes, os israelitas passaram a despedir suas mulheres,
causando um grande clamor em Israel.
Infelizmente, vivemos
dias semelhantes. Quantos ministros do Senhor que estão a repudiar suas
esposas, alegando os mais bobos motivos. E, depois, como se tudo estivesse bem,
comparecem perante o altar para cobrir de exortações o rebanho do Senhor. Isto
não pode continuar a acontecer!
O Senhor não deixou
aqueles sacerdotes impunes – Ml 2.13-14.
(B) – CETICISMO – Ml 2.17
– Este versículo forma a transição para Malaquias 3.1.
Os céticos do dia insinuavam
que os malfeitores agradavam a Deus, visto que estes últimos pareciam
prosperar. Então, se era assim, por que se devia servir a Deus? – Ml 3.14-15. Onde
está o Deus do juízo?, perguntam.
A resposta está para
chegar – Ml 3.1-6. O Senhor que buscam (ao qual desafiam que apareça), virá
repentinamente, quando menos O esperam, ao Seu templo e julgará os sacerdotes e
o povo. Não porque Jeová tivesse mudado, mas sim porque Ele não tinha mudado
concernente às promessas de Seu pacto e por causa de Sua imutável misericórdia –
Ml 1.6.
(C) – RETENÇÃO DOS DÍZIMOS
– Ml 3.7-12 comparar com Neemias 13.10-14.
No tempo de Malaquias, vivia a sociedade
judaica uma das maiores recessões de sua história. A lavoura não vingava, a
pobreza aumentava sempre e a mendicância crescia de forma assustadora.
Tendo em vista estes
graves desajustes econômico-sociais, os judeus foram compelidos pela falta de fé
a negar o dízimo.
Era um momento de prova,
mas eles não souberam vencê-la. Consequentemente, a classe sacerdotal estava
ficando sem o seu sustento.
Como um abismo chama
outro abismo, os sacerdotes foram levados a procurar outros meios de subsistência,
desleixando-se completamente de seus misteres. E isto desagradou ao Senhor que,
juntamente com uma reprimenda, deixou também a Israel esta promessa – Ml 3.10.
Vivemos situações
semelhantes. Por causa das dificuldades econômicas, não são poucos os servos de
Deus que, com medo de um futuro incerto, deixam de contribuir com a obra de Deus.
E os resultados são os
mais lastimáveis: obreiros passando por necessidades, templos por reformar ou
construir.
Porém, era chegada a hora
de por Deus à prova. Afinal, Ele é o dono da prata e do ouro.
Contribuamos liberalmente
e, por certo, não haverá necessidades e necessitados na Casa de Deus.
(2) – PREDIÇÕES DE
PROMESSAS: MENSAGENS AOS FIÉIS – Ml 3.16 – 4.6
(2.1) – UMA MENSAGEM AOS
JUSTOS – Ml 3.16 – 4.3 – Nos dias mais negros da apostasia de Israel, sempre
havia um remanescente fiel a Deus.
Nos dias de Malaquias,
quando a chama religiosa estava quase apagada, estes fiéis congregavam-se para
conservar vivo o fogo santo. Assim como os reis da Pérsia conservavam um
registro daqueles que lhes tinham rendido serviços, para poderem recompensá-los
(Et 2.23; 6.1-2), assim também Deus guarda o Seu registro (Ml 3.16). Estes fiéis
são Suas jóias, o seu tesouro peculiar, que Ele poupará no dia da tribulação.
Neste dia, tanto os
justos como os ímpios serão recompensados, e então a zombaria dos céticos se
calará (Ml 3.18 comparar com Ml 2.17; 3.14-15).
(2.2) – A VINDA DO SOL DA
JUSTIÇA – Ml 4.1-3 – Para o Israel que fielmente servia ao Senhor, havia esta
promessa singular.
Esta era de bênçãos teve
início quando da vinda de João Batista, que é o Elias profetizado em Ml 4.5.
Teve sequência com o
nascimento de Cristo. Contudo, a profetizada era de bênçãos chegará ao clímax
com a volta de Cristo. E, graças ao sacrifício de Jesus, nós também teremos
parte neste Reino.
(2.3) – A ÚLTIMA EXORTAÇÃO
DO ANTIGO TESTAMENTO – Ml 4.4 – Até que viesse o Messias, a revelação ia cessar
temporariamente.
O povo devia lembrar-se da lei, porque, com a ausência dos
profetas vivos, estariam propensos a esquecer-se dela. A lei deve ser a sua
regra de vida e conduta durante quatrocentos anos de silencia que intervêm
entre o último profeta do A.T. e a vinda do Profeta dos profetas.
(2.4) – A ÚLTIMA PROFECIA
DO ANTIGO TESTAMENTO – Ml 4.5-6 – Antes da vinda do grande dia da ira, Deus
enviará o precursor do Messias, Elias, que preparará o povo para a sua vinda. Esta
profecia se cumpriu em João Batista (Lc 1.17; Mt 11.14; 17.11-12).
IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Na mensagem de Malaquias,
pudemos visualizar algumas ações de Deus:
(1) - O SENHOR FEZ
EXIGÊNCIA AO POVO:
(A) - Quanto ao culto (Ml
1:6-14);
(B) - Quanto aos
sacerdotes (Ml 2:1-2);
(C) - Quanto à vida
familiar (Ml 2:10-16);
(D) - Quanto à vida moral
(Ml 3:5); e) Quanto aos dízimos (Ml 3:8).
(2) - O SENHOR FEZ
AMEAÇAS AO POVO:
(A) - Ameaça aos
sacerdotes (Ml 2:1-3);
(B) - Ameaça aos impuros
(Ml 2:11-12).
(3) - O SENHOR FEZ
PROMESSAS AO POVO:
(A) - Promessa do envio
do precursor do Messias (Ml 3:1-4);
(B) - Promessa do envio
de bênçãos aos fiéis (Ml 3:10-12);
(C) - Promessa do envio
do sol da justiça (Ml 4:2-3).
FONTES DE CONSULTA:
Revista Educação Cristã –
Volume III – SOCEP – Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda
Bíblia de Estudo Vida
Lições Bíblicas CPAD – 2º
Trimestre de 1993 – Comentarista: Adilson Faria Soares
Através da Bíblia Livro
por Livro – Editora Vida – Myer Pearlman