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23 de abr. de 2012

2º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 05 - 29/04/2012 - "PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA
ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 29/04/2012
TÍTULO: “PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO”
TEXTO ÁUREO – I Jo 2.15-16
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 2.12-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:


Mais que nunca, precisamos ouvir o que Jesus disse à pequena Igreja de Pérgamo, que também vivia no quartel-general do inferno. Ela servia a Deus sob a sombra do trono de Satanás. Pérgamo não era um local fácil para se viver. Mesmo assim foi lá que Deus plantou Sua igreja. Nesta carta, Cristo alerta-os a permanecerem fiéis neste ambiente infernal.



II – A CIDADE DE PÉRGAMO:


Éfeso era a principal cidade da Ásia, mas Pérgamo era a capital, posto que lá era a sede do governo imperial.



É nesta cidade que satanás aparece como o “príncipe do mundo” (Jo 14.30 cf I Jo 2.15 e ss). O que o apóstolo João chama de mundo em sua Primeira Carta é, de fato, o grande inimigo da igreja de Pérgamo.



Em 29 a. C., os líderes de Pérgamo construíram o primeiro templo dedicado a César, na Ásia. O louvor ao imperador tinha força aqui. Se noutras proclamava-se uma vez por ano a deidade de César, em Pérgamo a idolatria imperial era cotidiana. Incenso era queimado diariamente ao imperador. Aqui servir a outros deuses não era problema, desde que o nome de César fosse glorificado. Quando alguém dizia: “Zeus é Senhor!”, César tinha de ser imediatamente aclamado.



A dificuldade para os crentes residia no fato de eles não poderem servir a dois deuses. Se proclamassem: “César é Senhor!”, trairiam ao seu Deus. Caso contrário, seriam mortos por amor a Cristo.



A montanha, que se elevava a 1000 metros acima da cidade, estava recoberta de templos pagãos, santuários e altares a Zeus, Atenas, Dionísio e Asclépio ou Esculápio. Cada um possuía seu templo.



Um gigantesco altar a Zeus, a maior das deidades gregas, foi construído ali em forma de trono. Muitos acreditam que este era o trono de Satanás citado na carta. De qualquer forma, era o altar pagão mais famoso daquela época.



A cidade estava tão profundamente envolvida com a idolatria que possuía seu próprio deus: Asclépio, o deus da cura. Adoradores vinham a este templo para encontrarem o alívio de suas enfermidades. Cobras arrastavam-se pelo templo. Os adoradores eram encorajados a deitar-se ao chão para que as serpentes subissem-lhes pelos corpos. Criam que o toque das víboras tinha poder curador. De fato, o símbolo da medicina - uma serpente enrolada - representa o deus Asclépio.



Era neste local que a Igreja se encontrava. Vivia ela no quartel-general do inferno. Servia a Deus nas raias do trono de Satanás.



III – O REMETENTE DA CARTA:


Apc 2:12 cf Rm 13.1-4 - Na cultura romana, a espada era símbolo do poder e autoridade; significava a punição capital: vida ou morte. César tinha a palavra final; sua determinação tornava-se lei.



Eis por que Jesus é descrito portando uma espada de dois fios. Aqui está a Sua autoridade judicial. Com a espada desembainhada, é o Guerreiro Divino. Vence os inimigos; pronuncia julgamento sobre eles. Ele é o único Senhor da Igreja. Tem poder sobre a morte e a vida; Sua palavra é final; Sua lei, patente; Seu reinado, absoluto.



Por que uma espada de dois fios? Porque corta de ambos os lados. Cristo tem poder sobre a vida e a morte. Possui autoridade para abençoar, salvar e condenar à eterna perdição.



Por que Jesus revela-se à Igreja desta forma? Há duas razões:



(A) - Pérgamo achava-se sob a espada de Roma. Intimidação e medo alastravam-se nos corações daqueles crentes. Por isto, não podiam esquecer que havia uma autoridade mais forte que a romana. A despeito das táticas amedrontadoras de Roma, Cristo controlava todo poder.



(B) – Como esta Igreja tolerava falsos ensinadores, não podiam esquecer de que há um padrão imutável: A PALAVRA DE DEUS. O Senhor zela para a cumprir! Por isso, os crentes de Pérgamo precisavam defender claramente a doutrina. Caso contrário, enfrentariam a disciplina severa das mãos do próprio Cristo.



IV - A ORDEM DO REMETENTE PARA A PERSEVERANÇA:


Apc 2:13 - Esta é uma palavra de encorajamento. Jesus Cristo sabia o que significava viver no quartel-general do inferno. Desde o Seu nascimento, já enfrentava Ele as investidas de Satanás (Mt 2.13; 4.1-11; Mt 27).



Os crentes em Pérgamo viviam onde se achava o trono de Satanás. Aqui estava o seu quartel-general. Satanás visitava outras cidades, mas morava em Pérgamo.



Satanás não é onipresente, pois ele não é Deus; só pode estar num lugar de cada vez. Assim, passava a noite em Laodicéia, Sardo ou Éfeso, mas depois retornava ao seu domicílio, em Pérgamo. Habitar significa ocupar uma casa e viver nela permanentemente.



Mas por que Pérgamo era o trono do adversário?



A cidade, como já vimos, era o centro de adoração a Asclépio, o deus-serpente. Neste templo, os adoradores misturavam-se às cobras. Satanás, a antiga serpente, sentia-se muito bem em Pérgamo. Além disso, ficava aqui o centro regional de adoração ao imperador. Foi a primeira cidade na Ásia a ter um templo devotado a César. Havia, inclusive, um sacerdócio especial devotado a este culto. A adoração a César era mais intensa aqui.



Jesus parabeniza-os por haverem eles retido o Seu nome e não negado a fé. Eles permaneciam fortes em sua lealdade a Cristo como Senhor. Recusavam-se a adorar a César. Não obstante as pressões, permaneciam fervorosos. Mantinham-se fortes nos padrões divinos, apesar do declínio moral daqueles dias.



Entre estes crentes, Antipas destaca-se por sua coragem e fé. Seu nome significa “CONTRA TODOS”. Para defender sua fé, colocava-se de fato contra todos. Provavelmente pastor da Igreja, recusava-se a aceitar o status político daqueles dias; opunha-se ele ao governo, pois apenas Roma tinha o poder de aplicar a pena capital.



Mas se Roma o queria morto, Jesus refere-se ele como “MINHA FIEL TESTEMUNHA”. Pode haver maior tributo que este? O nosso testemunho tem de ser fiel. O que a fidelidade custou a Antipas? Ele foi morto onde Satanás habita.



Assim sendo, a fé que Antipas ostentava haveria de ser proclamada aos séculos vindouros. O mundo vê a morte dos mártires e lamenta: “Que perda!”. Deus, porém, regozija-se e diz: “Que ganho!” – Sl 116.15



V - A FALHA DA IGREJA DE PÉRGAMO:


Apc 2:14-15 – Mais uma vez, podemos observar que não existe igreja perfeita; a perfeição só será alcançada no céu.



Apesar de sua constância, o pecado introduziu-se nela imperceptivelmente. O maior perigo não era a perseguição, e sim a perversão.



Se Satanás não pode derrotar a Igreja, tenta ingressar nela. A ameaça mortal vinha de dentro.



Em Pérgamo havia um pequeno grupo que instigava os crentes a se comprometerem com o mundo. Sua carnalidade prejudicava aos fiéis. Este grupo achava-se envolvido com a doutrina de Balaão.



A QUEIXA DE JESUS NÃO É DIRIGIDA AO GRUPO QUE ENSINAVA TAL HERESIA, MAS À IGREJA POR TOLERAR A DOUTRINA DE BALAÃO!



Mas que doutrina era essa?



Balaão era um profeta gentio do A.T.. Chamado para ser porta-voz de Deus, sempre falou pelo diabo. Durante a peregrinação de Israel pelo deserto, Balaque, rei de Moabe, ouviu dizer que o povo de Deus avançava. E ele sabia que não havia maneira de se defender dos israelitas. Desesperado, pediu ajuda a Balaão.



Vulnerável à tentação e ao lucro, o profeta estrangeiro buscou, em três momentos distintos, amaldiçoar o povo de Deus. Mas em lugar da maldição, a bênção. Ele não podia amaldiçoar a Israel. Tentando servir a Deus e ao dinheiro, arquitetou um plano engenhoso.



O profeta do lucro instruiu, pois, a Balaque a colocar tropeços diante dos israelitas. Instigou a Balaque a por meretrizes no arraial hebreu para que seduzissem o povo de Deus. Infelizmente, os filhos de Israel não eram páreo a tal tentação. Caíram; divertiram-se com pagãs. Com elas, adoraram os ídolos e comeram os alimentos oferecidos a estes. Adoraram-nos em templos pagãos de Moabe. Nestes templos, as prostitutas cultuais induziram os israelitas a cometerem todo o tipo de torpezas. O resultado foi devastador. Entretanto em guerra contra o Seu povo, Deus matou 24 mil israelitas. O que Balaão não pôde fazer, o pecado o fez. O tropeço foi grande e o resultado foi devastador!



PEDRA DE TROPEÇO É UMA ARMADILHA FEITA COM UM CHAMARIZ. Quando este é tocado, bum! A armadilha dispara e prende a vítima. Assim é o pecado. Parece atraente, mas tocado, captura a presa.



A doutrina de Balaão é o compromisso com o mundo. É a mistura das coisas santas com as profanas. É ter um pé na Igreja e outro no mundo. Com semelhante ensino, esse grupo de Pérgamo ameaçava destruir a Igreja. Afinal, quebra-se um elo e toda a corrente é inutilizada. Se apenas uma célula torna-se cancerosa, todo o corpo logo sofre.



Assim é a Igreja. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Um pequeno foco de pecado prejudica todo o corpo. O mal, pois, precisa ser eliminado.



JESUS APONTA OUTRO PECADO OCULTO. Havia um segundo grupo ensinando falsas doutrinas - os nicolaítas. Pregavam uma doutrina destrutiva muito similar à doutrina de Balaão. Os frascos eram diferentes, o veneno, porém, o mesmo.



Devemos observar que: AQUILO QUE ERA “OBRA DOS NICOLAÍTAS” NA IGREJA DE ÉFESO, PASSOU A SER “DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS” NA IGREJA DE PÉRGAMO! (Apc 2.6, 15)



A tradição conta que Nicolau foi um dos primeiros líderes da Igreja. Mas apostatando, começou a ensinar que o crente pode viver como quiser. Seu objetivo: achar um meio termo entre a vida cristã e os costumes da sociedade greco-romana.



Na realidade, os nicolaítas combinavam os ideais cristãos com a imoralidade e a idolatria. O resultado era uma heresia devastadora que ameaçava a existência da Igreja. Eles pervertiam a graça de Deus. Com o seu antinomianismo, ensinavam que nenhuma lei moral de Jesus está vinculada ao cristão atual. Reafirmando a idolatria de Balaão, encorajavam os crentes a envolverem-se com todo tipo de perversão.



O que é idolatria? Qualquer coisa ou pessoa mais importante do que Deus em sua vida. Amar, temer, servir ou desejar alguma coisa mais que a Deus é idolatria. É o que se acha entre nós e o Senhor. Um ídolo pode ser uma estátua entalhada em mármore, um talão de cheques, um carro, um barco, uma casa. Pode ser o diploma na moldura, uma causa, um talento dominador, ou um físico bem desenvolvido e bronzeado. Enfim, é qualquer coisa ou pessoa que ocupe o primeiro plano em sua vida ao invés de Jesus Cristo. (Tg 4:4; I Jo 2:15; 5:21)



Você acha que temos tais ensinamentos em nossas Igrejas hoje? Sim! Nunca a doutrina de Balaão esteve tão em voga. Estes mestres tentam minar-nos a carne com suas concupiscências. Eles ensinam o seguinte: - “BUSCAI PRIMEIRO O REINO DESTE MUNDO, E AS COISAS ESPIRITUAIS VOS SERÃO ACRESCENTADAS”.



Tal heresia alimenta a ganância, desperta o materialismo, estimula o mundanismo e a cobiça. Em resumo: Tudo contrário ao que diz a Palavra de Deus: Mt 6:33; Cl 3:2.



Ainda mais: Da mesma forma que em Pérgamo, há ensinadores e mestres hoje rebaixando o padrão de pureza. Muitas Igrejas e denominações já consentem na ordenação de homossexuais. Aliás, até fundam igrejas para estes. Outras aprovam o divórcio e outras uniões sem o devido respaldo bíblico. Outras ainda reintegram imorais ao santo ministério, toleram pessoas amigadas, aprovam o aborto como forma de controlar a natalidade. Enfim, falham na disciplina. Esta é a doutrina imoral de Balaão.



Um outro detalhe: A palavra prostituição ou imoralidade (porneia) é abrangente; inclui todas as formas de perversão sexual: adultério, sexo pré-nupcial, homossexualidade, pornografia, travestismo. A igreja não pode tolerar tais práticas. Precisamos desembainhar a espada de dois fios e removê-las do meio dos santos. A Bíblia não mudou e Deus também não (Ex 20:14; I Cor 6:16; I Ts 4:3; Hb 13:4; Ef 5:3)



VI – A SOLUÇÃO PARA A IGREJA DE PÉRGAMO:


Apc 2:16 - Após o diagnóstico, o grande Médico prescreve a cura - uma cirurgia cardíaca.



O arrependimento exige mudança de opinião sobre o pecado. Mudança de coração e de vontade. Ou seja, uma mudança radical. Isto é arrependimento.



São palavras fortes. Pois sérios perigos aguardam os que continuam na idolatria e na imoralidade. Sérios perigos requerem medidas urgentes e radicais. Jesus não diz: “ESTÁ CERTO. TENHO GRAÇA ILIMITADA E PERDÃO SEM FIM. ENTÃO, VIVA COMO QUISER”.



Pelo contrário, Sua palavra é incisiva. Não há acordo. É um aviso a considerar. Trata-se de uma visita especial para julgar a Igreja.



Semelhante julgamento caíra sobre Balaão (Nm 22:23, 31; 25:5; 31:8); Os balaamitas e nicolaítas de Pérgamo não ficariam impunes. A Igreja precisa expulsar o pecado, para que Jesus não a expulse de Sua presença. Se ela não disciplinar a seus membros, o Senhor far-lhe-á guerra com a espada de dois gumes. Jesus lutará contra qualquer Igreja que tolerar o pecado. Lutará contra a imoralidade e a idolatria.



Ser tolerantes com tais doutrinas faz da Igreja cúmplice de Balaão e Nicolau. Mas a mensagem contida na carta é bem clara: IDOLATRIA E IMORALIDADE NÃO SERÃO TOLERADAS! A IGREJA DE CRISTO É SANTA!



VII – O SOFRIMENTO DA IGREJA DE PÉRGAMO:


Apc 2:17a - Jesus, o Maravilhoso Conselheiro, conclui com uma palavra de conforto. Novamente Jesus admoesta: O QUE ELE DIZ TEM DE SER OUVIDO. A Igreja precisa guardar o alerta. Ouvir e tornar a pecar não é ouvir corretamente (Lc 6:46). Precisamos ouvir o que o Espírito diz, e seguir-Lhe o conselho.



VIII – A PROMESSA PARA A IGREJA DE PÉRGAMO:


Apc 2:17b - E se a Igreja se arrepender? Se desfizer o compromisso com o pecado? Se banir a idolatria e a imoralidade? Qual a promessa?



Novamente, Jesus fornece um antegozo do céu com a finalidade de motivar-nos a obedecer-Lhe a Palavra. Fala da glória futura como incentivo para um compromisso presente.



Grandes bênçãos são prometidas ao que vencer tais pecados. O que importa é como reagimos ao receber a mensagem do Senhor. Àqueles que se arrependem, Jesus promete o maná escondido, a pedra branca e um novo nome.



O MANÁ ESCONDIDO - No A.T., era a comida do céu com que Deus alimentava o Seu povo no deserto. Quando de seu encontro com Balaão, Israel ainda alimentava-se do maná. Que contraste com o alimento oferecido aos ídolos! O maná era comida santa.



Cristo é o verdadeiro maná. É o pão vivo que desceu do céu (Jo 6:35). Isto fala de nossa comunhão com Ele. Cristo convidou Laodicéia a cear Consigo (Apc 3:20). A ceia demonstra comunhão íntima. Somente os crentes recebem a promessa da doce e eterna comunhão com Cristo.



Por que o maná escondido? Por ser a doce comunhão que o mundo não conhece. Só pode ser conhecido através da fé. Jesus oferece o pão espiritual que não pode ser visto pelos olhos naturais.



PEDRA BRANCA - A pedra branca pode significar a prática judicial da absolvição (At 26:10).



Nos tempos antigos, o juiz dava o veredicto colocando um seixo preto ou branco numa urna. O primeiro era condenação; o segundo, absolvição.



Se confessarmos os nossos pecados e nos arrependermos, Cristo registrará a absolvição. A confissão traz o perdão. Somente o arrependimento pode reverter a decisão do tribunal.



As pedras brancas eram também oferecidas como símbolos de aceitação ou admissão num evento especial. É o que Cristo promete aos verdadeiros crentes.



UM NOVO NOME - Os vencedores recebem um novo nome, indicando nova identidade, novo estado e novo começo. É a nova condição em Cristo. Este novo nome acha-se oculto aos outros. Ninguém sabe o que Cristo significa para mim. O relacionamento entre Cristo e o crente é tão íntimo e pessoal; é uma experiência particular e mui reservada.



Como essas três promessas se encaixam?



(1) - Chegará o dia em que seremos aceitos na presença do Senhor: PEDRA BRANCA;



(2) – Desfrutaremos da doce comunhão: MANÁ ESCONDIDO;



(3) – Tudo de acordo com a nossa nova condição em Cristo: NOVO NOME.



O que essas imagens nos lembram? Sem dúvida, o casamento. Um jovem casal frente ao altar. O brilho na face da noiva reflete profunda antecipação. Ela vai ao altar com a pedra branca no dedo. Recebe novo nome e adentra num relacionamento mais rico e profundo com aquele a quem sua alma tanto ama.



Deus usa a imagem do casamento para demonstrar nossa glória futura. Um banquete nos espera (Apc 19:1-10). No momento em que formos totalmente aceitos num relacionamento mais íntimo com Ele, receberemos novo nome. Como a noiva no altar, nossos corações serão cheios de gloriosa consumação. Esta antecipação motiva-nos a permanecer espiritualmente puros e fiéis.



IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Já ouvimos os especialistas políticos, sociólogos, psicólogos e até mesmo os teólogos. Agora, porém, é chegado o momento de ouvirmos O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS.



FONTES DE CONSULTA:

1) A Vitória Final - Uma Investigação Exegética do Apocalipse - CPAD - Stanley M. Horton

2) Alerta Final - CPAD - Steven J. Lawson

18 de abr. de 2012

2º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 04 - 22/04/2012 - "ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR""

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04 - DATA: 22/04/2012
TÍTULO: “ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR”
TEXTO ÁUREO – Apc 2.10c
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 2.8-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Não há uma só passagem no N.T. que prometa uma vida isenta de sofrimentos. Aliás, como é notório, sem cruz não há coroa. No entanto, o que Deus garante à Igreja de Esmirna é que, mesmo que venha morrer no sentido físico, jamais sofrerá o dano da segunda morte. Portanto, a mensagem é que os crentes de Esmirna não devem ser medrosos, mas fiéis. Não devem olhar para o sofrimento, mas para Deus, que tudo tem sob controle - Rm 8.18.


II – ESMIRNA – A IGREJA PERSEGUIDA:

• Mt 24:9; Jo 15:18-19; II Tm 3:1, 12 – A Palavra de Deus já avisava sobre perseguições. Esmirna, a segunda Igreja a receber a carta de Cristo, sabia disto. Ela representa os cristãos perseguidos em todos os tempos e cenários culturais - Apc 2:8-11:

• (1) O CENÁRIO - Nos dias desta Igreja, César era como um Deus para o povo. À sua imagem eram queimados incensos. Anualmente, todos eram convocados a jurar fidelidade ao Imperador. O que se recusasse a fazê-lo, era preso e executado ao fio da espada.

• Vejamos os deuses que eram abertamente adorados em Esmirna:


(A) - CIBELE (conhecida como "Grande Mãe", era a deusa da fertilidade);


(B) - APOLO (deus das profecias, da medicina e da música; também associado ao pastoreio e ao sol. Na época clássica, o sol era, por vezes, chamado de "carro de Apolo" e, talvez, por isso, ele tenha sido considerado também o deus da luz e da juventude); 


(C) - ASCLÉPIO (deus solar e da saúde que, com o nome latinizado de Eusculápio, era o deus romano da medicina e da cura); 


(D) - AFRODITE ou VÊNUS (deusa do amor sexual e da beleza, na mitologia greco-romana); e 


(E) - ZEUS ou JÚPITER (deus do céu, controlador dos corpos celestes).

• Em Esmirna não era fácil ser cristão. Muitos eram perseguidos e mortos por sua fé. Ser chamado cristão era sobremodo perigoso. 

• Mas, nesta perversa cidade, havia um pequeno rebanho de Cristo. Arrancados a esse sistema diabólico, fizeram-se Igreja de Deus.


• (2) - O SOFRIMENTO DA IGREJA DE ESMIRNA - Jesus conforta Sua Igreja, que, perseguida e pura, não necessita de correção, mas de encorajamento. Diz-lhe o Senhor:

• (2.1) – “EU SEI AS TUAS... E TRIBULAÇÃO...” - A palavra TRIBULAÇÃO é muito radical. Literalmente significa: 


• (A) - ESMAGAR UM OBJETO, COMPRIMINDO-O; 


• (B) - DESCREVE A VÍTIMA SENDO ESMAGADA E SEU SANGUE EXTRAÍDO; 


• (C) - DESCREVE PESSOAS ESMAGADAS ATÉ A MORTE POR UMA ENORME PEDRA; 


• (D) - TAMBÉM DESCREVE A DOR DE UMA MULHER AO DAR FILHOS À LUZ.


• Jesus sabe exatamente o que está se passando. É como se Ele estivesse dizendo: 


• - “Já passei por isto: Fui falsamente acusado, fui molestado, cuspido, açoitado, escarnecido... sei o que é morrer de maneira injusta”.


• (3) - Então, Jesus fala sobre CINCO DIFERENTES NÍVEIS DE PERSEGUIÇÕES SOFRIDAS PELA IGREJA DE ESMIRNA: GOVERNAMENTAL;ECONÔMICA;RELIGIOSA;• FÍSICA; e SATÂNICA. Vejamos cada uma delas, separadamente:

• (3.1) - PERSEGUIÇÃO GOVERNAMENTAL - Esmirna sofria sob a tirania de Roma. Os crentes eram dolorosamente esmagados sob as rígidas cláusulas da Lei Romana: Eram arrancados de suas casas, capturados nas feiras livres e levados cativos. César jogava toda a força de seu poderoso império sobre esta pequena Igreja. E muitos desses santos já haviam selado seus testemunhos com o próprio sangue.

• Cada cidadão romano era obrigado a prestar, uma vez por ano, pública lealdade diante do busto de César. Para a grande maioria dos cidadãos romanos, isto não era problema. Afinal, já adoravam a vários deuses. O que era mais um?

• Mas para os cristãos, adorar a César era uma traição ao Rei dos reis. Não podiam assentir nesta idolatria. Ao invés de declarar: “CÉSAR É O SENHOR”, os primeiros cristãos bravamente confessavam: “CRISTO É O SENHOR”. Como resultado, a Igreja passou a sofrer dolorosamente.

• Tornar-se cristão significava grande renúncia. Aquele que seguisse a Cristo tinha de contabilizar o custo e estar preparado para pagá-lo até com a própria vida. A declaração do nome de Cristo já era um crime. O nome significava tortura e ser lançado às feras. No caso das donzelas, a infâmia era pior que a morte.

• A perseguição governamental ainda não cessou. Estamos perdendo a liberdade religiosa. Nossa liberdade espiritual vem sendo diariamente defraudada.


• (3.2) - PERSEGUIÇÃO ECONÔMICA - Foi Jesus quem revelou: EU SEI A TUA TRIBULAÇÃO E POBREZA.

• A palavra POBREZA denota alguém tão desprovido de bens, que nada chega a possuir. Ele não está apto a ganhar nem mesmo ninharias; acha-se à mercê de caridade humana.

• Esmirna era uma das mais prósperas cidades daqueles dias. Não havia baixas no mercado, nem recessão. Os negócios cresciam. Lá, qualquer pessoa podia prosperar. 

Mas os homens de negócios cristãos eram despedidos de seus empregos. Suas lojas, violadas e saqueadas; seus pertences, roubados. Tudo porque confessavam que Jesus Cristo é Senhor, e não César.

• Assim, a Igreja de Esmirna: Tão pobre que não podia fazer o mínimo orçamento. Não tinham nada. O motivo?

• Os teólogos da prosperidade responderiam: - “ESMIRNA ESTÁ FORA DA VONTADE DE DEUS. TUDO O QUE TÊM A FAZER É DECRETAR A BÊNÇÃO. ELES ESTÃO VIVENDO INDIGNAMENTE. DEUS OS QUER TORNAR RICOS”!


• Enfrentemos o fato: não manejamos bem a prosperidade: Basta ligarmos rádios e tvs e ouvirmos pregadores da teologia da prosperidade despejando sua descontrolada luxúria. Dizem eles: - “DEUS FARÁ DE VOCÊ UM MILIONÁRIO, SE TIVER FÉ E CONFIAR NELE!” 

• Mas, deveriam os crentes de Esmirna serem repreendidos por sua pobreza? Não! AQUELES SERVOS DO SENHOR ERAM POBRES PORQUE ESTAVAM NA VONTADE DE DEUS!

• Sabemos que "properidade" é um assunto bíblico. Porém, PROSPERIDADE FINANCEIRA NÃO É VONTADE DE DEUS PARA TODOS. Por isto, é difícil ser cristão! Ser um crente fiel pode custar até mesmo a perda da prosperidade financeira.


• (3.3) – PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA - Apc 2:9 - Em Esmirna havia uma grande comunidade judaica que hostilizava fanaticamente o Cristianismo. Tal fúria já fora demonstrada no apedrejamento de Estêvão, em Jerusalém. Cheios de ódio, os judeus tramavam agora contra os nascidos de novo. Não satisfeitos, também blasfemavam contra os crentes.

• Eles acusavam os cristãos de comerem carne humana, numa referência à Santa Ceia. 

Acusavam-nos ainda de perversões sexuais por causa do ósculo santo e da ênfase que estes davam ao amor fraternal. Consequentemente, eram acusados de incesto e orgias sexuais.

• A Igreja, segundo eles, era ateísta por não adorar a César. Era politicamente infiel. E por requerer absoluta fidelidade a Cristo, era acusada de separar as famílias.

• Mas estes acusadores eram da sinagoga de Satanás, instrumentos do demônio. Usados pelo inferno, faziam oposição ao povo e ao plano de Deus.

• Da mesma forma, a Igreja hoje pode esperar semelhante perseguição, não somente governamental, mas também dos cristãos apóstatas que não passam de sinagoga de satanás.

• Isto porque o diabo também vai à Igreja. Ele diz: - “TENHO ALGUNS PREGADORES, QUERO OUVI-LOS FALAR; TENHO ALGUNS CORAIS, QUERO OUVI-LOS CANTAR; TENHO ALGUNS DISCÍPULOS COM OS QUAIS QUERO COMPARTILHAR MEUS PLANOS”.

• Há Igrejas que não passam de redutos de Satanás: Não pregam o verdadeiro Evangelho. Negam as Escrituras. Menosprezam a ressurreição de Cristo. Promovem a licenciosidade. Abandonam a Palavra de Deus. Permitem todo tipo de perversão. Estas sinagogas de Satanás tem perseguido a verdadeira Igreja de Deus.


• (3.4) – PERSEGUIÇÃO FÍSICA - Apc 2:10 - Jesus garantiu que mais sofrimento estava por vir. ELE NÃO OFERECEU LIVRAMENTO, mas avisa que o diabo lançaria alguns na prisão.

• As prisões romanas eram lugares horríveis. Ninguém queria ser lançado nelas. Os presos ou eram mortos pelas autoridades penitenciárias, ou torturados e arremessados às ruas. Ninguém durava muito tempo numa prisão romana.

• O governo era muito ocupado para pajear criminosos; nada queria gastar com a sua alimentação. Caso o prisioneiro fosse cristão, a situação piorava: Era surrado, morto e atirado às ruas.

• Esmirna sofreu fisicamente! Os oficiais romanos invadiam as casas e prendiam os crentes diante do olhar aflito de seus familiares. Arrastavam-nos às prisões, fazendo deles público exemplo.

• Não dissera Jesus que teriam tribulação de dez dias? Tratam-se de dez dias literais. Afinal, ninguém conseguia permanecer por muito tempo nas celas romanas. Dez dias pareciam dez anos!

• Misericordiosamente, o Senhor estabelece limites para nosso sofrimento. A prova não vai além do que podemos suportar. Se o Senhor diz dez dias, não há força na terra ou no inferno capaz de prolongar-nos o sofrimento.

• Para os cristãos de Esmirna, Jesus recomenda: - “SÊ FIEL ATÉ À MORTE”. Alguns deles pagariam com a vida o preço de seguir a Cristo. Mesmo em face ao martírio, Jesus foi taxativo: - “SÊ FIEL ATÉ À MORTE”.

• Se os oficiais romanos viessem até nós, e nos intimassem: - "CÉSAR OU CRISTO?". Nós ficaríamos com Jesus? A resposta tem de ser "SIM". Deus nos dará graça para fazer tal confissão. Enquanto isto, permaneçamos fiéis a Ele.


• (3.5) - PERSEGUIÇÃO SATÂNICA - Finalmente, Jesus dissera que Esmirna enfrentaria perseguição do próprio diabo.

• Como aqueles cristãos viviam para Cristo, seriam atacados pela sinagoga de Satanás. Estariam em guerra contra o próprio inferno. Decididamente, não lutavam contra a carne, e sim contra os principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef 6:11-12)

• Por trás de toda perseguição, acha-se o próprio Satanás. Por trás do imperador romano, o demônio, que despejava sua fúria contra os crentes. Muitos cristãos foram presos, e outros condenados à morte.

• Não nos enganemos! Custa muito caro ser cristão. Nalguns lugares, mais que outros. Com as pressões do final dos tempos, a perseguição contra a Igreja crescerá ainda mais. Por todo o mundo, Igreja e indivíduos serão convocados a sofrer mais que nunca.

• Não há repreensão para Esmirna. A lição é muito clara: A PERSEGUIÇÃO PURIFICA A IGREJA!

• Se o mundo nos perseguisse, jamais amaríamos as coisas que ele oferece. 

• Se fôssemos trancafiados numa masmorra romana, não deixaríamos o primeiro amor, não negligenciaríamos na oração.

• Disse alguém certa vez: 


“O PROBLEMA DOS CRENTES DE HOJE É QUE NINGUÉM MAIS QUER MATÁ-LOS! TAL PERSEGUIÇÃO LEVAR-NOS-IA ÀS BASES ESSENCIAIS DO QUE SIGNIFICA SER UM GENUÍNO SEGUIDOR DE CRISTO”


• A maior bênção que poderia acontecer à causa de Cristo, atualmente, seria a perseguição.

• Que conselho Jesus tem para a Igreja sofredora? Apenas dois lembretes: NADA TEMAS e SÊ FIEL ATÉ À MORTE. É que alguns daqueles cristãos achavam-se amedrontados e perigosamente enfraquecidos.

• A fórmula para não se temer ao homem é temer a Deus: TEMAMOS A DEUS E NÃO PRECISAREMOS TEMER O HOMEM!

• O temor a Deus começa com a visão de Deus, cultuada com o entendimento de Sua impressionante santidade. Submetamo-nos a Sua soberania. Dobremos os joelhos diante de Sua justiça. Sejamos consumidos pela grandeza de Deus.

• Mais a frente Jesus diz: SÊ FIEL ATÉ À MORTE E DAR-TE-EI A COROA DA VIDA - Ao enfrentar a morte, os crentes eram encorajados a serem fiéis. Não podiam voltar atrás e negar o nome de Cristo. Nem todos são chamados a ser um mártir. Mas todo discípulo precisa estar pronto a fazer tal sacrifício.

• Nossa voluntariedade em morrer por Cristo é a última prova de nossa lealdade a Ele. Crentes que morrem por sua fé em Cristo são recompensados. A coroa da vida os espera. Esta coroa é o galardão da vitória que recebiam os atletas vencedores. Sua lealdade até a morte trar-lhe-á esta coroa. Eis aqui forte motivação para se permanecer fiel a Cristo: Uma coroa especial está a espera de todo aquele que pagar o último preço por seguir a Cristo.

• É isto que Deus pede que façamos: - "NÃO TEMAS" e "SÊ FIEL".


III - UM ALERTA E UMA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA PERSEGUIDA:

• O ALERTA: - “QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS” - Apc 2:11a - Apesar da violenta perseguição, os vencedores obterão grande vitória sobre o mundo. Jesus concluiu com um alerta para se ouvir e considerar esta mensagem.

• Todo ouvido precisa estar alerta ao que Jesus diz. São palavras fortes que precisam ser obedecidas. Precisamos ser obedientes ao que o Espírito manda que façamos. Sirvamos a Deus onde Ele nos colocou.


• A PROMESSA: “O QUE VENCER NÃO RECEBERÁ O DANO DA SEGUNDA MORTE” - Apc 2:11b - Para o que ouve e obedece ao que o Espírito diz, Jesus faz esta promessa estarrecedora. Todos os verdadeiros cristãos são vencedores (I Jo 5:5). E estes não serão danificados pela segunda morte.

• A primeira morte é física; é a separação da alma do corpo. A segunda, é espiritual; é a separação da alma da vida eterna. A morte espiritual resulta em eterno tormento no lago de fogo. É a punição eterna (Apc 20:10). Os verdadeiros cristãos jamais experimentarão a segunda morte. 


Dizem que, ou nascemos uma vez e morremos duas; ou nascemos duas vezes e morremos uma. Mas os cristãos enfrentam a primeira morte sem medo. A segunda não tem poder sobre nós. Podemos visualizar a morte física sem nada temer - mesmo enquanto somos torturados por amor a Cristo - sabendo que ela levar-nos-á mais rapidamente à presença de Deus.

• A mensagem à Esmirna é um alerta para que sejamos completamente dedicados a Jesus Cristo, mesmo enfrentando perseguição e luta. Enquanto o mundo torna-se escuro, a igreja há de brilhar. Agora é tempo de se levantar por Jesus! Custe o que custar! Quando a perseguição atingir-nos, não temamos o mundo, mas a Deus e somente a Ele. Custe o que custar!


IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Disse Tertuliano, grande defensor da fé cristã, do 2º século: 


• - “O SANGUE DOS MÁRTIRES É A SEMENTE DA IGREJA”.

• Talvez não conheçamos a verdadeira História do Cristianismo ou ela ainda não foi contada sob a ótica dos mártires.

• Precisamos ter consciência de que somos herdeiros de uma história de homens e mulheres que deram suas vidas para que o Evangelho pudesse chegar até nós. Precisamos aprender a honrar essa História. Meditemos:

• (A) - ESTÊVÃO - foi apedrejado;

• (B) – PEDRO - morreu crucificado de cabeça para baixo, por dizer não merecer morrer como seu Mestre;

• (C) – TIAGO (filho de Zebedeu e irmão de João, o discípulo amado) - foi decapitado por Herodes Agripa, cerca de dez anos após a morte de Jesus;

• (D) – ANDRÉ - foi crucificado numa cruz transversalmente, daí o termo "Cruz de Santo André", porque sua cruz era em forma de um "X";

• (E) – FILIPE - sofreu martírio em Hierápolis: Foi açoitado, trancado em uma prisão e posteriormente crucificado em 54 d.C.;

• (F) – BARTOLOMEU - serviu como missionário na Armênia e em vários países. Traduziu o Evangelho de Mateus para a língua da Índia e o propagou naquele país. Na Armênia foi golpeado até a morte.

• (G) – TIAGO (filho de Alfeu e um dos doze apóstolos) - pregou na Palestina e no Egito e aos 94 anos foi surrado e apedrejado pelos judeus; finalmente teve seu cérebro despedaçado;

• (H) – PAULO - pregou diligentemente o Evangelho a muitas nações, chegou a ponto de evangelizar um continente inteiro. Foi muito perseguido, até ser pego por Nero e decapitado em Roma;

• (I) – JOÃO, o discípulo amado - foi colocado dentro de uma caldeira de óleo quente e não morreu! Ele escapou por milagre. Depois de obter liberdade morreu por causas naturais. João foi o único discípulo a escapar de uma morte violenta.

• Talvez digamos que os tempos eram outros e que isso não acontece mais. Engano nosso!

• Recebemos diariamente notícias sobre a Igreja perseguida ao redor do mundo e, pasmem, muitas pessoas morrem por demonstrar amor e compromisso com o Mestre.

• Que o exemplo da Igreja de Esmirna e de todos os mártires possam impactar nossas vidas!

• O Senhor Jesus nos convida a sermos uma Igreja conhecedora da Palavra, cheia do poder do Espírito Santo e a sermos uma Igreja cheia de esperança e amor.

• Se vivermos a plenitude dessas características, com certeza o nosso testemunho fará diferença e outras pessoas poderão também conhecer a esse Jesus Salvador!

•  Para encerrarmos, ouçamos e meditemos na letra do belo hino interpretado pela cantora Andrea Fontes: "O PREGADOR FIEL".





• Que o Espírito Santo de Deus continue falando poderosamente a cada um dos corações. Amém.
 

FONTES DE CONSULTA:

A Mensagem do Apocalipse - ABU Editora - Michel Wilcock e John R. S. Stott


Steven J. Lawson - Alerta Final - CPAD

10 de abr. de 2012

2º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 03 - 15/02/2012 - "ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 03 - DATA: 15/04/2012
TÍTULO: “ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO”
TEXTO ÁUREO – Apc 2.5
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 2.1-7
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Por meio das cartas do Apocalipse, enviadas às sete igrejas da Ásia, podemos vislumbrar que não há igreja perfeita; que a perfeição só será alcançada no céu. No entanto, podemos também observar que Jesus não faz lisonjas: Ele menciona com franqueza tanto os pontos favoráveis, como os pontos fracos de cada igreja, oferecendo, ao mesmo tempo, o caminho a ser percorrido, bem como os meios necessários para que a igreja procure sempre melhorar, no Senhor.


II – CARTA À IGREJA DE ÉFESO:

Éfeso era o centro do paganismo. Uma das sete maravilhas do velho mundo estava ali - O Templo de Diana. Nele floresciam a prostituição, as bebedeiras e as orgias; os criminosos achavam asilo. Era um “céu” para o perverso. Com suas prostitutas, eunucos, dançarinas e cantores, era o esgoto da iniquidade. Mas, no meio dessa cidade, Deus plantou uma próspera Igreja. Deus sempre constrói Sua Igreja onde as circunstâncias parecem menos favoráveis. Esta é a graça de Deus.

(1) - O REMETENTE (Apc 2:1) - Obviamente, trata-se de Jesus Cristo. É o próprio Senhor ditando e elaborando a carta.

Jesus dirige a carta ao anjo (mensageiro) da Igreja. Refere-se ao que tem como ministério primordial levar a mensagem à congregação: O Pastor. Como Jesus se revela a este rebanho?

(A) - SEGURANDO SETE ESTRELAS - João declinou a identidade das sete estrelas: são os anjos das sete Igrejas (Apc 1:20).

Jesus segura-os em Sua mão direita - lugar de rigorosa responsabilidade, proteção fortíssima e utilidade estratégica. Em Sua destra, os líderes espirituais (pastor, ancião, missionário, professor da escola bíblica dominical) são cercados pelo cuidado de Cristo. São completamente controlados por Ele. Jesus os escolheu e usa-os como quer.

(B) - INSPECIONANDO AS IGREJAS - Jesus anda no meio dos sete castiçais. Como Senhor da Igreja, encontra-se entre os candeeiros. Esta inspeção o mantém intimamente envolvido com a vida de cada congregação: Anda pelos corredores, pelas salas de aula, senta-se no ministerio. Não há segredos para Ele. Jesus inspeciona, mede, avalia e observa a condição espiritual de cada rebanho.

Em Éfeso, Cristo mostra-se como Aquele que possui autoridade e controle absolutos sobre a Igreja e sua liderança; Ele mantém olhar vigilante sobre toda congregação.

(2) - AS FORÇAS - Éfeso era uma Igreja extraordinária! Não nos surpreende que Jesus iniciasse a carta elogiando-lhe os membros. Ao andar no meio dos Seus castiçais, o Senhor viu muitas qualidades pelas quais parabeniza-a (Apc 2:2-3).

No centro de suas virtudes, estava o ministério dinâmico. Era o trabalho pesado, constantemente servindo a Cristo. Não um museu para santos passivos, mas uma infantaria para trabalho ativo.

Cristandade não era um esporte para aqueles crentes. Eles não iam à Igreja para se entreterem. Estavam envolvidos ativamente no trabalho do ministério, com sacrifício, desinteressadamente, vindo, fazendo, dando, indo, labutando.

(3) - TRABALHO E PACIÊNCIA - Jesus disse: - “EU SEI AS TUAS OBRAS, E O TEU TRABALHO E A TUA PACIÊNCIA”.

TRABALHO significa que serviam a Cristo até a exaustão. Um suor santo corria de suas testas enquanto ministravam.

PACIÊNCIA ou PERSEVERANÇA significa que ministravam sob grande stress e pressão. Ao receber uma tarefa, levavam-na até o fim.

Eles eram motivados e ativos. Ensinavam a Bíblia. Ganhavam as almas. Ajudavam uns aos outros. Alimentavam aos pobres. Executavam o ministério por todos os lados, sem preguiça ou letargia. Esta qualidade é muito própria de Cristo (Mc 10:45).

(4) - RIGOROSO E ESTÁVEL - Esta Igreja não suportava o mal. Tinha alto padrão moral; não tolerava o pecado. Com zelo santo, banira a iniquidade violentamente. Moralidade era preto no branco, sem nenhuma área cinzenta.

Se algum de seus membros caía em pecado, confortava-o com amor, chamando-o ao arrependimento. Se não se arrependesse, a Igreja não permitia que o fermento se espalhasse. Como que operando um câncer mortal, eliminava o pecado onde quer que o encontrassem.

Éfeso não era um clube de campo. Não pareciam santos no domingo, agindo como ímpios na segunda-feira. Eram santos sempre.

Jesus parabenizou-os. Quando os itinerantes vinham a Éfeso, sua doutrina era colocada à prova antes que subissem ao púlpito. Os efésios tinham conhecimentos sólidos da doutrina; eram teologicamente notáveis. Erros doutrinários não eram tolerados. Para eles, as coisas tinham de ser: sim, sim; não, não. Podiam sentir a heresia à milhas de distância. Tão logo divisavam as heresias, os alarmes eram soados.

Com quarenta anos de experiência, a Igreja em Éfeso dispunha de excelentes ensinadores. Fundada pelo apóstolo Paulo (At 18:19-21), os crentes foram disciplinados por Áquila (At 18:26), doutrinados por Apolo (At 18:24-25), pastoreados por Timóteo (I Tm 1:3) e instruídos por João.

Direta ou indiretamente, tinham sido os beneficiários de oito livros do Novo Testamento: João, Efésios, I e II Timóteo, I, II e III João e Apocalipse.

Paulo estava em Éfeso quando escreveu I Coríntios.

Era a cidadela da ortodoxia. O baluarte da verdade. A fortaleza da fé. Tudo isso é importante. O vigor de um ministério encontra-se em sua pureza doutrinária. Como os alicerces de uma casa, a correção teológica proporciona estabilidade, força e longevidade.

Vivemos dias onde as Igrejas são construídas sobre desinformações teológicas. Temos nos divorciado da rainha das ciências - a Teologia - por termos um caso com as ciências comportamentais: psicologia e sociologia. Sacrificamos a pureza doutrinária no altar de tolerância teológica. Que Deus tenha misericórdia de nós.

(5) - FIRME E FORTE - Apc 2:3 - Não obstante a oposição constante a Cristo, esta Igreja permaneceu como sólida rocha. Seus crentes não recuaram em sua missão. Enquanto vivessem no esgoto do paganismo, cuidaram com tenacidade de seu testemunho cristão. Mesmo atacados por suas convicções, não recuaram. Suportavam tudo em nome de Jesus. Serviam pela glória do Senhor, não por sua própria reputação. Esta é uma Igreja dinâmica.

Precisamos de congregações como esta. Rigorosa. Perseverante. Precisa. Sadia. Estável. E forte. Tinha substância. Eles tinham suprimento para todos. Seus ministros eram copiosos. O local era farto! O que poderia estar errado numa Igreja como esta? Muita coisa. ELES TINHAM TUDO, EXCETO O PRINCIPAL.


III - O PECADO DA IGREJA DE ÉFESO:

Apc 2.4 - Abruptamente, Jesus muda de tom. O Mestre coloca Seu dedo na ferida da Igreja. Ele aponta a falha fatal, tão sério que colocava em perigo a existência da própria Igreja.

Esta repreensão: “TENHO, PORÉM, CONTRA TI”, causa calafrios. Dói quando alguém tem algo contra nós. E quando se trata de Jesus?

Éfeso havia deixado o primeiro amor. Entre os seus muitos ministros, todos tenazes e fiéis, o amor por Cristo tinha se esfriado. Quanto mais ocupados, mais se afastavam da devoção a Cristo.

O gotejamento foi a causa do declínio de Éfeso. Seu amor devotado por Cristo esfriara. Seu ministério fizera-se mecânico. O relacionamento, rotineiro. Eles ainda vinham à Igreja. Ainda serviam. Sua fé era ainda verdadeira. Mas seus corações não iam além disto. Tinham muitas atividades por Cristo, mas pouca intimidade com Ele. Suas cabeças estavam cheias, os pés, ocupados; mas seus corações já estavam vazios.

Os que têm deixado o primeiro amor são:

(A) – Os que servem a Deus só exteriormente – Jo 4.20-24;

(B) – Os que não mais sentem temor de pecar, considerando as coisas insignificantes, sempre com um “não faz mal” – Ml 1.8-9;

(C) – Os que nada sentem, ao se ausentarem dos cultos – Hb 10.25;

(D) – Os que voltam para companhia dos “amigos” de outrora – I Cor 15.33-34;

(E) – Os que não oram em secreto e se descuidam dos cultos domésticos – Js 24.15; Is 55.6;

(F) – Os que não se esforçam por levar o próximo a Cristo – I Cor 9.16-17; II Tm 5.2;

(G) – Os que não se sacrificam em prol da causa de Cristo – Rm 12.1;

(H) – Os que rejeitam o Senhor, por serem semelhantes aos companheiros do mundo – I Sm 8.7


Precisamos amar Jesus com todo o nosso coração, alma e força. O amor por Cristo precisa preencher todas as lacunas de nosso ser. Sem amor por Ele, somos apenas um metal que soa, um sino que tine (I Cor 13:1). Nossos corações precisam pulsar com um estonteante e vibrante amor por Cristo. Caso contrário, nada seremos.


IV - A SOLUÇÃO PARA A IGREJA DE ÉFESO:

Apc 2.5-6 - Agora, o amoroso Jesus pleiteia com a Igreja de Éfeso. De braços abertos, prescreve os passos que levam de volta à lua-de-mel. Eis como poderemos nos achegar a Ele novamente. Como reconquistar nossa paixão por Cristo:

(A) - PRIMEIRO PASSO: LEMBRAR - Noutras palavras: lembre-se de quando aceitou a Jesus. Reviva aquele sentimento inicial, quando você realmente amava a Jesus. Sempre que abria a Palavra, Deus lhe dizia algo. Ao orar, o céu se abria. Por onde quer que fosse, sentia necessidade de falar às pessoas sobre Ele. Onde houvesse necessidade, você ministrava em nome de Jesus. Cristo lhe havia feito tanto, que não lhe restava outra alternativa senão servi-Lo. É assim que o reavivamento começa: lembranças!

(B) - SEGUNDO PASSO: ARREPENDER-SE - Arrependimento significa mudar a direção da vida. É uma mudança de coração, mente e vontade. Significa voltar às coisas como eram antes. É uma volta a Cristo.

Qualquer coisa que amemos mais do que a Cristo, é nosso novo primeiro amor. Pode ser nosso trabalho, um relacionamento, curso, casa ou família. Seja o que for, é qualquer coisa, ou pessoa, que tem nos estimulado mais do que Cristo.

Arrependamo-nos! Mudemos nossa vida! Tomemos nova direção. Ajoelhemo-nos e confessemos nossa apatia espiritual. Voltemos o coração a Jesus - Tg 4:8

(C) - TERCEIRO PASSO: REPETIR - Os efésios são instruídos a repetir as primeiras atividades espirituais. Noutras palavras: VOLTEM ÀS BASES. O que são estas primeiras obras, Jesus não as especifica. Mas podemos descobri-las através de outras escrituras do Novo Testamento.

As primeiras obras eram aquelas praticadas quando da aceitação da fé. Após a pregação de Pedro, no Pentecostes, três mil almas foram convertidas e batizadas, tornando-se membros da Igreja. E já perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2:42). Estas são as primeiras obras: o ensino, o companheirismo, o louvor e a oração.

Sua base diária eram as verdades doutrinárias ensinadas pelos apóstolos. A verdade bíblica é essencial à saúde espiritual. É a palavra de Deus que estimula nossos corações a amar a Cristo. A Palavra inflama a paixão por Cristo (Lc 24:32)

Eles mantinham a comunhão. Estavam continuamente encorajando uns aos outros. Suportavam-se e confortavam-se mutuamente. Juntos partiam o pão. A Igreja primitiva adorava a Cristo regularmente, participando da Santa Ceia do Senhor. A comunhão com o Cristo vivo mantinha acesa a lâmpada de seus corações. A mesa do Senhor cultiva a reverência, pureza, gratidão e antecipa a volta de Cristo.

A Igreja primitiva passava muito tempo sobre os joelhos. Ajoelhar na presença de Deus era tão necessário quanto respirar. Gozavam de íntima comunhão com Ele. Sete dias sem orar enfraquece o crente. A oração personaliza o estudo bíblico, transforma a verdade de Deus em devoção pessoal a Cristo. Ela mantém-nos fervorosos em nosso primeiro amor.

Se os efésios não dessem estes passos em direção a Cristo, este seria o veredicto: A TI VIREI E TIRAREI DO SEU LUGAR O TEU CASTIÇAL, SE NÃO TE ARREPENDERES. Ou seja, SE VOCÊS PERDEREM O PRIMEIRO AMOR POR MIM, CONSEQÜENTEMENTE, PERDERÃO O CASTIÇAL. Isto é sério! Ficariam sem amor, sem luz. Esta ainda não é a segunda vinda de Cristo. É uma visitação especial para juízo e disciplina. Se não voltassem ao primeiro amor, Jesus lhes tiraria a luz. Isto inclui a perda do testemunho.

(D) - QUARTO PASSO: PERMANECER - Apc 2:6 - Jesus conclui, instruindo-os a continuar a batalha contra o pecado. Que a verdade prevaleça, que haja resistência aos falsos doutrinadores.

Quão sensível é o coração de Jesus em relação a Sua Igreja! Ele não a diminui. Conclui a carta com a frase ABORRECEIS AS OBRAS DOS NICOLAÍTAS, AS QUAIS EU TAMBÉM ABORREÇO. Essencialmente, Jesus está dizendo: ESTAMOS NO MESMO BATALHÃO. NÃO SOMOS DIFERENTES. AMBOS DETESTAMOS AS OBRAS DOS NICOLAÍTAS. PERMANEÇAM ASSIM!

O que são as obras dos nicolaítas? Eram mestres itinerantes que ensinavam a antinomia - uma perigosa heresia que encorajava à libertinagem. Ensinavam que o cristão podia viver da maneira que bem entendesse, pois a graça cobre todas as coisas. Não há consequencia para o pecado.


V - O ALERTA À IGREJA DE ÉFESO:

Apc 2:7a - Aqui, Jesus faz um alerta a todas as Igrejas - note o plural. Este alerta é para todas as Igrejas em todos os tempos. É para todos os crentes de todas as Igrejas e em todos os tempos.

O alerta é para que seja dada atenção especial ao que Jesus acaba de dizer pelo Espírito Santo. Convida-nos a ouvir cuidadosamente e a considerar decisivamente a mensagem. Estas verdades são de grande importância.

Há muitas Igrejas como a de Éfeso. São conhecidas pelo zelo doutrinário, cultos fervorosos, pureza e segurança quanto à verdade. Mas tal fervor é frequentemente acompanhado pela perda do primeiro amor. Tão frequente que resulta em aumento de atividades e diminuição do amor a Cristo.


VI - A PROMESSA PARA A IGREJA DE ÉFESO:

Apc 2:7b - Especificamente, esta promessa é endereçada ao vencedor. Todo verdadeiro cristão é vencedor (I Jo 5:5). Todos que receberam a Cristo compartilham de Sua vitória sobre o pecado, Satanás e a morte.

Todos os verdadeiros crentes vencerão em virtude do ministério perseverante do Espírito Santo (Fp 1:6)

O que reconquistar o primeiro amor, comerá da árvore da vida.

Quando Adão pecou, foi expulso do Éden. Sob julgamento de Deus, ficou proibido de comer da árvore da vida. Na verdade, foi um ato de misericórdia da parte de Deus. Se Adão tomasse da árvore da vida, viveria eternamente em pecado (Gn 3:22). Mas quando o pecado for totalmente removido, readquiriremos tal direito.

Em Cristo, o acesso à árvore da vida é recobrado. Em Gênesis, o Paraíso é perdido. No Apocalipse, recuperado. Assim sendo, a árvore da vida torna-se o suporte para a história da redenção revelada nas Escrituras. Satisfação, força e salvação pertencem ao vencedor.


VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O Senhor nunca rogou a um povo, como roga às Igrejas a que dêem ouvidos às palavras de cada carta. Nenhum mandamento das Escrituras é repetido mais vezes do que: - “QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS”.


FONTES DE CONSULTA:

Alerta Final - CPAD - Steven J. Lawson

O Futuro Glorioso do Planeta Terra – Editora Betânia – Arthur E. Bloomfield

Estudos Sobre o Apocalipse – CPAD – Armando Chaves Cohen

4 de abr. de 2012

2º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 02 - 08/04/2012 - "A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 02 - DATA: 08/04/2012
TÍTULO: “A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO”
TEXTO ÁUREO – Apc 1.17-18
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 9.1-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

A identidade de Jesus Cristo é de extrema importancia. É fundamental fazer-se uma análise e verificar se Ele é quem disse ser. Se Jesus é o Deus eterno que se transformou em homem, então o juízo que fizermos dEle determinará nosso destino na eternidade. Não há questão mais importante. - Leiamos Jo 14:11


II – A ENCARNAÇÃO DE JESUS:

Jo 1.12 – Encarnação é revestir-se de carne. Deu-se a encarnação quando a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substancia para executar o plano redentivo de Deus. O processo que se constitui no maior mistério das Sagradas Escrituras em nada Lhe alterou a divindade: JESUS É O VERDADEIRO HOMEM E O VERDADEIRO DEUS, ou seja, SUAS DUAS NATUREZAS NÃO SE MISTURAVAM - Jesus não ficou com a sua natureza humana DIVINIZADA, nem tampouco com a sua natureza divina HUMANIZADA.

Quando Ele transformou a água em vinho, a água deixou de ser água e passou a ser vinho. TODAVIA, QUANDO ELE SE FEZ HOMEM, CONTINUOU SENDO DEUS VERDADEIRO, MESMO ESTANDO EM FORMA DE HOMEM VERDADEIRO.

Desta forma, AS DUAS NATUREZAS OPERAVAM SIMULTANEAMENTE E SEPARADAMENTE. Analisemos:

(1) - Jesus nasceu em toda humildade (Lc 2:12; II Cor 8:9 - NATUREZA HUMANA).


(1.1) - Mas o Seu nascimento foi honrado por uma multidão de anjos que O exaltaram como o Messias (Lc 2:9-14 - NATUREZA DIVINA)

(2) - No jardim do Getsêmani, Jesus foi preso por homens ímpios (Jo 18:1-3, 12-13 - NATUREZA HUMANA) 


(2.1) - Porém, quando Ele disse EU SOU, todos os soldados caíram por terra e ainda curou a orelha do servo do sumo sacerdote, a qual Pedro havia cortado (Jo 18:6; Lc 22:51 - NATUREZA DIVINA)

(3) - Na morte e ressurreição de Lázaro, podemos ver:

(3.1) – “... Onde o puseste?...” – Jo 11.34 - NATUREZA HUMANA, pois se estivesse na divina, Jesus saberia onde e qual era o sepulcro.

(3.2) – “Jesus chorou” – Jo 11.35 – NATUREZA HUMANA, posto que na natureza divina, Ele enxuga nossas lágrimas.

(3.3) – “... Tirai a pedra...” – Jo 11.39 – NATUREZA HUMANA, porquanto, se estivesse na divina, Ele mesmo teria removido a pedra.

(3.4) – “... Pai, graças de dou...” – Jo 11.41-42 – NATUREZA HUMANA, uma vez que Jesus dependia da oração e da unção do Espírito Santo para ter e exercer poder (Mc 1:35; Lc 22:41-45; Jo 6:15; Hb 5:7 - At 10:38).

(3.5) – “... clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora...” – Jo 11.43 – NATUREZA DIVINA – Foi a voz do Criador de todas as coisas em ação (Gn 1).

(3.6) - Reparemos que Jesus citou o nome de “Lázaro”, pois se Ele dissesse: “MORTO, vem para fora”, muitos mortos sairiam dos túmulos: O nosso Senhor Jesus Cristo manda no céu, manda na terra, manda na morte e manda no inferno.

(3.7) - É como se Ele dissesse: - “Morte, eu quero que apenas Lázaro, somente ele, retorne à vida!”

(3.8) - E clamou com grande voz: “... LÁZARO, VEM PARA FORA...”

(3.9) - A morte teve que obedecer! Por isso, meditemos na poderosa Palavra de Deus que diz...

- “Pelo que hoje saberás e refletirás no teu coração que só o Senhor é Deus em cima no céu e embaixo na terra; nenhum outro há” – Dt 4.39

- “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” – Fp 2.10-11.


III - A HUMILHAÇÃO DE JESUS:

A humilhação de Cristo é o mesmo que dizermos sobre Seu abatimento e Sua sujeição.

Foi um período em que Ele, ao esvaziar-se de Sua glória, submeteu-se à condição humana para exercer o Seu ministério terreno.

Foi uma limitação imposta ao Filho de Deus pelo mistério da encarnação. Para tomar a nossa forma, deixou, temporariamente, a Sua glória. Submeteu-se a todas as nossas agruras, fazendo-se em tudo (exceto no pecado) semelhante a nós.

O ápice do estado de humilhação de Cristo deu-se ao ser pregado no madeiro, tornando-se Ele maldito por nossa causa – Fp 2.1-6.

Assim, dentre outras coisas, Jesus, em Sua humilhação, foi...

(1) – Açoitado – Mt 27.26

(2) – Amaldiçoado – Gl 3.3

(3) – Blasfemado – Mc 15.29

(4) – Castigado – Lc 23.16; Is 53.4

(5) – Condenado – Lc 24.20

(6) – Contado com os transgressores – Is 53.12

(7) – Cuspido – Mc 14.65

(8) – Escarnecido – Lc 23.11

(9) – Coroado de espinhos – Mt 27.29

(10) – Crucificado – Mt 27.35

É bom que se diga que, durante a Sua humilhação, Cristo não se esvaziou de Sua divindade, mas, apenas, de Sua glória. Em todo o Seu ministério terreno, permaneceu verdadeiro homem e verdadeiro Deus.


IV - A EXALTAÇÃO DE CRISTO:

Ato pelo qual Deus-Pai reconduziu o Seu Único Filho, Jesus Cristo, à glória que Este desfrutava junto à divindade, antes do mistério da encarnação.

A exaltação do Senhor Jesus selou, de forma definitiva, Seu ministério, paixão, morte e ressurreição.

No ato da exaltação, dentre outras coisas, Jesus...

(1) – Ressuscitou – Lc 24.34

(2) - Foi elevado às alturas – At 1.2

(3) - Foi REVESTIDO de majestade – Sl 93.1; II Pe 1.16

(4) – Assentou-se à destra – Hb 1.3; 8.1

(5) – Deus O exaltou – Fp 2.9

(6) – Todas as coisas estão sujeitas a Ele – Hb 2.8

(7) – Foi coroado de glória e de honra – Hb 2.9

(8) – É o Sustentador de todas as coisas – Hb 1.1-3

(9) – Está vivo – Apc 1.18; 2.8

(10) – Venceu – Apc 3.21

(11) – Voltará – Jo 14.1-3; At 1.11

No estado de exaltação, Cristo não recuperou Sua divindade, pois jamais a perdera. Recuperou, sim, a glória que, por um pouco de tempo, havia abandonado por amor à pobre humanidade, por amor a todos nós.


V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Para encerrarmos, fazemos uma sinopse desta lição levando-nos a observar “A TRAJETÓRIA DO CORDEIRO”:

(A) - O CORDEIRO ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO - Jo 17:5, 24 cf I Pe 1:18-20

(B) - O CORDEIRO NO CÉU - (Apc 13:8) - Isto fala da eternidade de Cristo e das providências eternas tomadas pela Divindade com respeito a salvação da raça humana. Em Seu eternal conselho foi assim determinado que Jesus deveria morrer e Seu sacrifício compraria por bom preço as almas dos homens (I Cor 6:20)

(C) - O CORDEIRO DIANTE DE ABRAÃO - (Gn 22:8) - Do maravilhoso incidente do Monte Moriá aprendemos a grande lição de provisão divina do Cordeiro. Ali Deus se revela como o grande Provedor. Isaque não foi sacrificado. Um cordeiro morreu em seu lugar. Tal é a doutrina bíblica da substituição. Somos salvos porque Alguém morreu em nosso lugar. E esse Alguém é o Cordeiro de Deus.

(D) - O CORDEIRO NA PROFECIA - (Is 53:7) - Até esta época a presença do cordeiro no cânon sagrado era sempre a de um animal. Isaías foi o primeiro a apresentá-lo como uma Pessoa. Em Isaías descobrimos que Ele foi ferido por nossas transgressões e por Suas pisaduras fomos sarados. Deste modo, Ele provê salvação integral, isto é, para os pecados da alma e também para os sofrimentos do corpo.

(E) - O CORDEIRO APRESENTADO AOS HOMENS (Jo 1:29) - Conquanto fosse esta uma linguagem razoavelmente familiar aos ouvintes de João Batista, não sabemos até que ponto eles assimilaram a profundidade desta assertiva. Graças a Deus, no entanto, porque o Espírito Santo no-la tornou muitíssimo clara e experimental.

(F) - O CORDEIRO NA CEIA (Mt 26:26-29) – Há mais de dois mil anos, a Igreja tem recordado o sacrifício do Cordeiro, cada vez que se reúne à mesa do Senhor, e há de fazê-lo até que Ele venha (I Cor 11:26)

(G) - O CORDEIRO NA CRUZ (I Pe 1:18-19) - Pedro menciona que o sangue de Cristo é um sangue precioso e esta palavra significa que é de um valor e um custo altíssimo, um valor tão alto que não se pode comparar com ouro ou prata. O universo inteiro não conhece qualquer artigo mais valioso do que o sangue do Cordeiro de Deus. A cruz representa o degrau máximo de humilhação para Jesus (Fp 2:6-8), mas Ele a suportou, tendo em vista trazer muitos filhos à glória (Hb 2:9-10)

(H) - O CORDEIRO NA GLÓRIA - O melhor de tudo quando se estuda a respeito de Cristo é que Sua vida e Sua história não findam no túmulo. Ele ressuscitou. O Cordeiro está vivo e vive para sempre (Apc 1:18). Ele é nosso Sumo Sacerdote, está assentado nos céus à destra do trono da Majestade (Hb 8:1; Apc 5:6) e muito em breve voltará para buscar a Sua Igreja.


FONTES DE CONSULTA:

1) Lições Bíblicas - CPAD - 2º Trimestre de 1990 - Comentarista: Geziel N. Gomes

2) Dicionário Teológico – CPAD – Claudionor Corrêa de Andrade

3) Pequena Enciclopédia Bíblia – Editora Vida – Orlando Boyer