COMENTE

Caro Leitor,

Caso queira, na parte final de cada um dos Subsídios, você tem a liberdade de fazer seu comentário. É só clicar na palavra "comentários" e digitar o seu. Não é preciso se identificar. Para isto, após o comentário, click em "anônimo" e pronto. Que Deus continue abençoando sua vida, em nome de Jesus.







27 de jan. de 2014

1º TRIMESTRE DE 2014 - LIÇÃO Nº 05 - 02.02.2014 - "A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05- DATA: 02/02/2014
TÍTULO: “A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO”
TEXTO ÁUREO – Ex 15.2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 14.15, 19-26

PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/







I – INTRODUÇÃO:



A saída de Israel do Egito foi um fato histórico de repercussão extraordinária para todos os povos daquela época e de gerações futuras. O Império egípcio foi dobrado diante do Senhor Deus de Israel. Ele permitiu que Seu povo fosse oprimido por muito tempo, mas não para sempre. Caminhando sem bússula e sem mapa, o povo israelita jamais errou o caminho; Deus os guiava com Sua mão poderosa e perfeita direção. As ameaças do inimigo não foram suficientes para frustrar a marcha do povo liberto.




II – O CAMINHO MAIS LONGO:



Ex 13.17-18 – Segundo alguns estudiosos, Deus não levou o povo israelita diretamente a Canaã pelo caminho dos filisteus, porque naquela rota havia muitas fortificações de soldados egípcios. Seria o caminho mais curto. O percurso duraria questão de poucos dias. Entretanto, por ali o povo poderia arrepender-se da caminhada “vendo a guerra”, e tornar ao Egito. Isto porque, ao longo de tantos anos de vida pacata, na vida pastoril e depois como escravo, os israelitas não estavam preparados psicológica e fisicamente para a guerra. Então Deus, na Sua sabedoria, fez o povo rodear pelo “caminho do deserto, perto do mar Vermelho”. O caminho era o mais longo, mas era o escolhido por Deus.



Por que Deus conduziu o povo por um caminho diferente? Havia, pelo menos, duas razões:



A PRIMEIRA RAZÃO é que Deus queria dar uma lição final no Egito. Faraó ia ter o seu coração endurecido logo que se refizesse do choque da morte dos primogênitos e, ouvindo notícias de que o povo de Israel estava rodeando em sua caminhada, ficaria com a impressão de que o povo de Israel cairia num beco sem saída, encurralado entre o mar e o deserto, e partiria para atacá-lo e fazê-lo voltar derrotado para os trabalhos forçados no Egito. Deus, então, operaria um grande livramento – Ex 14.4.



A SEGUNDA RAZÃO é que Moisés não poderia levar o povo diretamente à Palestina, mesmo que não houvesse obstáculos a evitar, porquanto Deus ao lhe falar no Monte Horebe, ordenou-lhe que, depois de tirar o povo do Egito, o levasse àquele mesmo monte para adorá-Lo – Ex 3.12.


Muitas vezes, queremos que o Senhor nos conduza por caminhos mais curtos, quando enfrentamos lutas e dificuldades. Contudo, é melhor confiarmos no Senhor, aprendendo a conviver com as circunstâncias por Ele na Sua infinita misericórdia.




III – A PARTIDA DO EGITO:



Ex 12.37; 13.20 – O povo partiu de Ramessés para Sucote, inicialmente. A segunda fase da marcha começou em Sucote, indo até Etã, à entrada do deserto.



(1) – DEUS IA ADIANTE DE SEU POVO – Ex 13.21 – Deus não desamparou o Seu povo, nem deixou sem direção divina; indo à frente, Ele garantia a certeza de uma caminhada segura, sob Sua proteção. Durante o dia, havia a coluna de nuvem, que guiava e ao mesmo tempo protegia do excesso de calor e dos raios solares prejudiciais à saúde do povo. Durante à noite, havia uma coluna de fogo, que iluminava o caminho. Em todo o percurso naquele imenso deserto, o Senhor os guiou em segurança – Dt 8.2; 32.2; Is 53.14; Jr 2.6.



É muito importante que tenhamos a direção de Deus, ao iniciarmos qualquer empreitada. O Senhor nos ensina e nos guia; o Espírito Santo foi-nos enviado para nos consolar e ensinar todas as coisas – Is 48.17; Jo 14.26.



(2) – A PERSEGUIÇÃO DE FARAÓ – Ex 14.2, 9 – O povo já estava à entrada do deserto, quando Moisés recebeu a ordem de Deus para voltar e acampar. Essa foi uma manobra determinada pelo Senhor, a fim de manifestar mais uma vez o Seu poder diante dos egípcios. Com esse retorno, Faraó pensava que os israelitas estavam com medo de enfrentar o deserto e resolveu persegui-los. Não sabia ele, que não passava de um mortal manobrado pelo Senhor.



A exemplo de Faraó, o diabo procura perseguir aqueles que deixam o mundo, e resolvem caminhar para os céus com Jesus em suas vidas. Ameaças opressões, críticas, zombarias e até violência, são algumas das armas usadas pelo inimigo para intimidar o servo e Deus.



(3) – O DESÂNIMO DO POVO – Ex 14.10-12 – O povo, ao perceber a aproximação do exército de Faraó, com carros e cavalos, temeu e clamou ao Senhor. Essa foi uma atitude correta: Buscar o socorro dos céus. Contudo, após isso, o povo se desesperou e passou a murmurar contra Moisés, dizendo-lhe eu prefeririam ter ficado no Egito, servindo aos egípcios. Ao que parece, eles não passaram na primeira prova de fé.



O povo tendo finalmente obedecido à chamada de Deus para sair da escravidão e tão-somente servi-Lo, viu-se numa situação humanamente impossível, por ter seguido as instruções do servo de Deus. Então veio a hora de parar de debater, de se preocupar, e começar a possuir uma fé dinâmica que, embora pareça ser apenas ficar quieto, é na verdade o canal pelo qual a plenitude do poder intervém. É um exemplo de fé salvadora, que aceita a obra de Cristo e não se apoia na força humana.



A caminhada cristã assemelha-se à do povo de Israel. Uma das táticas do inimigo é a perseguição. Ela pode ocorrer no emprego, no lar, na vizinhança e, por incrível que pareça, até na Igreja. Diante disso, há uma tendência de desânimo, e muitos desejam voltar para o mundo, para a escravidão. Entretanto, Jesus pediu para perseverarmos até o fim – Mt 10.22.



(4) – A SERENIDADE E A CONFIANÇA DE MOISÉS – Ex 14.13-14 – Ante o temor e a murmuração do povo, o líder soube conduzir-se naquela ocasião difícil. Era uma multidão amedrontada, responsabilizando o homem de Deus pela situação crítica. Moisés estava passando por um teste da liderança eficaz. Vejamos sua reação:



(4.1) – MANTEVE A CALMA – Diante do desespero do povo, Moisés demonstrou tranquilidade. Essa é uma qualidade indispensável ao líder.



(4.2) – PRONUNCIOU PALAVRAS DE ENCORAJAMENTO – “Não temais, estai quietos...” – Cremos que essas palavras foram de grande valor para o ânimo do povo. Todos olhavam para Moisés, e ele, ao invés de se abalar, dava uma injeção de coragem a todos.



(4.3) – PRONUNCIOU PALAVRAS DE FÉ – “Vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará... o Senhor pelejará por vós e vos calareis” – De certo, Moisés refletiu perante o povo tanta convicção em suas palavras, que o povo ficou a esperar o resultado de tanta fé.



Ex 5.20-23 - Aquele homem que resistira a Deus quando o chamou para libertar seu povo; que questionara a Deus quando julgou ter fracassado, porque Faraó em vez de atender ao pedido em nome de Deus, sobrecarregara ainda mais o povo de trabalho forçado; e que quis desistir da missão, agora é o homem sereno e confiante, o homem de fé. Ele podia não saber que tipo de livramento Deus operaria, mas tinha certeza de que Ele ia destruir aquela força inimiga.



Que Deus nos ajude a termos líderes que inspirem confiança e fé nestes dias de tanto desânimo e descrença.




IV – A PASSAGEM PELO MAR VERMELHO:



O homem de Deus, que vira o Senhor operar tantas maravilhas no Egito, agora via diante de si e do povo o maior obstáculo natural à viagem para Canaã. Momentos antes, pela fé, ele afirmara que Deus daria o livramento necessário. Moisés não esperou para ver, mas creu antes de o fato acontecer, referindo-se, inclusive, à ruína do exército egípcio.



(1) – OBSTÁCULO NA CAMINHADA – A multidão de cerca de 600.000 homens de guerra, mais suas famílias, compunha um total de aproximadamente dois milhões de pessoas. Todos diante do mar Vermelho, tendo no seu encalço, o exército de Faraó. Era uma situação muito difícil.



Na vida cristã há momentos em que parece não haver solução para os problemas. Mas todas as coisas contribuem para o bem dos que são chamados por Deus – Rm 8.28.



(2) – DEUS MANDA IR EM FRENTE – Ex 14.15-17 – Diante da fé demonstrada por Moisés, o Senhor ordenou que o povo marchasse pelo mar, em seco. Moisés levantou a vara e o mar se abriu em duas partes, enquanto o povo caminhava a pé enxuto.



Certos críticos dizem que foi um fenômeno natural; que ali havia uma parte rasa com um palmo de água. Eles só não sabem explicar como o exército de Faraó afogou-se naquela pouquíssima quantidade de água.



(3) – O ANJO DE DEUS GUIA O POVO – Ex 14.9 – O anjo, que ia à frente, passou para a retaguarda, para defender o povo do ataque inimigo. A estratégia divina é desconcertante para o inimigo – Is 59.19 – A coluna de nuvem passou para a retaguarda, onde estava o perigo. Para Israel, a nuvem iluminava; para os egípcios, era escuridão – Ex 14.20 – As coisas de Deus sempre se tornam em confusão e escuridade para os ímpios, mas luz, alegria e vitória para os fiéis.



Durante toda a marcha, o chão estava seco, um muro de água à direita e à esquerda do povo. Isso nos fala da proteção total do nosso Deus. Seu anjo acampa-se e nos guarda – Sl 34.7.






V – O CÂNTICO DE MOISÉS:



Ex 15.1-21 - Moisés, instruído também na poesia egípcia, revelando forte sensibilidade poética e inspirado por Deus, compôs este cântico para comemoração do feito, onde Deus é exaltado de maneira reverente e arrebatada.



Era um momento de regozijo nacional, depois de verificar notavelmente a salvação de Deus. No Egito, somente gemido, lamentações e orações. Mas, naquele momento, chegou o tempo de vitória e cânticos de louvor a Deus.



O cântico é dividido em duas partes:



(1) – A primeira parte é RETROATIVA – Ex 15.1-12 – Celebra o recente livramento e subdivide-se em três estrofes:



(1.1) – NA PRIMEIRA ESTROFE – Ex 15.1-5 – Moisés canta a salvação de Jeová graciosamente concedida na travessia do Mar Vermelho.



(1.2) – NA SEGUNDA ESTROFE – Ex 15.6-10 – Moisés canta o poder de Jeová sobre a natureza.



(1.3) – NA TERCEIRA ESTROFE – Ex 15.11-12 – Moisés celebra as glórias e o poder de Jeová.



(2) – A segunda parte é PROSPECTIVA – Ex 15.13-18 – Descrevendo por antecipação os efeitos que tão grande milagre iria produzir em tempos futuros em vários povos, para divulgação do nome de Deus e de Seu poder, exaltando-o acima de todos os deuses.



Em resumo: Por meio do cântico de Moisés...:



(A) – Aprendemos que Deus é força no dia da batalha; cântico na vitória; salvação sempre. Ele é o Deus de nossos pais e o nosso próprio Deus; é o poderoso Defensor do Seu povo.



(B) – Descobrimos o que Deus é para os Seus inimigos: Foram submersos pelas águas da destruição. Assim como o espinheiro nunca conseguirá derrotar o fogo, assim o homem não conseguirá ganhar a sua luta contra Deus.



(C) – Aprendemos o que Deus faz com os Seus amigos: Com Seu poder conduz até o destino final àqueles que resgatou; Ele os faz sair; Ele os faz entrar; Ele os estabelece no lugar que lhes tem preparado. Peçamos-Lhe que faça isso por nós, pois somente Ele, que nos tirou do Egito, pode levar-nos à Canaã celestial.



O louvor é belo!



O cristão pode considerar todos os seus inimigos mortos quando ele não é mais assaltado pela tentação. Porém, se o conflito ainda continua, a vitória pode ser constante pela graça de Deus e pela salvação que há em Cristo Jesus.




VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:



A batalha foi renhida, mas a vitória já estava garantida. Após sentir quão pesada é a mão de Deus, resolveu Faraó permitir a saída dos filhos de Israel. A presença destes só iria piorar as precárias condições do poderoso império do Nilo. Por que deter por mais tempo os pequeninos de Jeová? Deus está no comando de todos os negócios humanos e, segundo os Seus sábios desígnios, vai o plano da salvação sendo esboçado de maneira mais do que maravilhosa. Portanto, podemos depositar toda a confiança no grande EU SOU. Amém.

FONTES DE CONSULTA:

Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre de 1991 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima.
A Bíblia Livro por Livro – JUERP – Delcyr de Souza Lima
A Bíblia Vida Nova
A Bíblia Explicada – CPAD – S. E. McNair
Estudo No Livro de Êxodo – JUERP – Antônio Neves de Mesquita
Comentário Bíblico Devocional do Velho Testamento – Editora Betânia – F. B. Meyer