ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05- DATA: 02/02/2014
TÍTULO: “A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO”
TEXTO ÁUREO – Ex 15.2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 14.15, 19-26
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05- DATA: 02/02/2014
TÍTULO: “A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO”
TEXTO ÁUREO – Ex 15.2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 14.15, 19-26
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
A saída de Israel do Egito foi um
fato histórico de repercussão extraordinária para todos os povos daquela época
e de gerações futuras. O Império egípcio foi dobrado diante do Senhor Deus de
Israel. Ele permitiu que Seu povo fosse oprimido por muito tempo, mas não para
sempre. Caminhando sem bússula e sem mapa, o povo israelita jamais errou o
caminho; Deus os guiava com Sua mão poderosa e perfeita direção. As ameaças do
inimigo não foram suficientes para frustrar a marcha do povo liberto.
II – O CAMINHO MAIS LONGO:
Ex 13.17-18 – Segundo alguns
estudiosos, Deus não levou o povo israelita diretamente a Canaã pelo caminho
dos filisteus, porque naquela rota havia muitas fortificações de soldados
egípcios. Seria o caminho mais curto. O percurso duraria questão de poucos
dias. Entretanto, por ali o povo poderia arrepender-se da caminhada “vendo a
guerra”, e tornar ao Egito. Isto porque, ao longo de tantos anos de vida
pacata, na vida pastoril e depois como escravo, os israelitas não estavam
preparados psicológica e fisicamente para a guerra. Então Deus, na Sua
sabedoria, fez o povo rodear pelo “caminho do deserto, perto do mar Vermelho”.
O caminho era o mais longo, mas era o escolhido por Deus.
Por que Deus conduziu o povo por um
caminho diferente? Havia, pelo menos, duas razões:
A PRIMEIRA RAZÃO é que Deus queria
dar uma lição final no Egito. Faraó ia ter o seu coração endurecido logo que se
refizesse do choque da morte dos primogênitos e, ouvindo notícias de que o povo
de Israel estava rodeando em sua caminhada, ficaria com a impressão de que o
povo de Israel cairia num beco sem saída, encurralado entre o mar e o deserto,
e partiria para atacá-lo e fazê-lo voltar derrotado para os trabalhos forçados
no Egito. Deus, então, operaria um grande livramento – Ex 14.4.
A SEGUNDA RAZÃO é que Moisés não
poderia levar o povo diretamente à Palestina, mesmo que não houvesse obstáculos
a evitar, porquanto Deus ao lhe falar no Monte Horebe, ordenou-lhe que, depois
de tirar o povo do Egito, o levasse àquele mesmo monte para adorá-Lo – Ex 3.12.
Muitas vezes, queremos que o Senhor nos
conduza por caminhos mais curtos, quando enfrentamos lutas e dificuldades. Contudo,
é melhor confiarmos no Senhor, aprendendo a conviver com as circunstâncias por
Ele na Sua infinita misericórdia.
III – A PARTIDA DO EGITO:
Ex 12.37; 13.20 – O povo partiu de
Ramessés para Sucote, inicialmente. A segunda fase da marcha começou em Sucote,
indo até Etã, à entrada do deserto.
(1) – DEUS IA ADIANTE DE SEU POVO – Ex
13.21 – Deus não desamparou o Seu povo, nem deixou sem direção divina; indo à
frente, Ele garantia a certeza de uma caminhada segura, sob Sua proteção.
Durante o dia, havia a coluna de nuvem, que guiava e ao mesmo tempo protegia do
excesso de calor e dos raios solares prejudiciais à saúde do povo. Durante à
noite, havia uma coluna de fogo, que iluminava o caminho. Em todo o percurso
naquele imenso deserto, o Senhor os guiou em segurança – Dt 8.2; 32.2; Is
53.14; Jr 2.6.
É muito importante que tenhamos a
direção de Deus, ao iniciarmos qualquer empreitada. O Senhor nos ensina e nos
guia; o Espírito Santo foi-nos enviado para nos consolar e ensinar todas as
coisas – Is 48.17; Jo 14.26.
(2) – A PERSEGUIÇÃO DE FARAÓ – Ex 14.2,
9 – O povo já estava à entrada do deserto, quando Moisés recebeu a ordem de
Deus para voltar e acampar. Essa foi uma manobra determinada pelo Senhor, a fim
de manifestar mais uma vez o Seu poder diante dos egípcios. Com esse retorno,
Faraó pensava que os israelitas estavam com medo de enfrentar o deserto e
resolveu persegui-los. Não sabia ele, que não passava de um mortal manobrado
pelo Senhor.
A exemplo de Faraó, o diabo procura
perseguir aqueles que deixam o mundo, e resolvem caminhar para os céus com
Jesus em suas vidas. Ameaças opressões, críticas, zombarias e até violência, são
algumas das armas usadas pelo inimigo para intimidar o servo e Deus.
(3) – O DESÂNIMO DO POVO – Ex 14.10-12
– O povo, ao perceber a aproximação do exército de Faraó, com carros e cavalos,
temeu e clamou ao Senhor. Essa foi uma atitude correta: Buscar o socorro dos céus.
Contudo, após isso, o povo se desesperou e passou a murmurar contra Moisés,
dizendo-lhe eu prefeririam ter ficado no Egito, servindo aos egípcios. Ao que
parece, eles não passaram na primeira prova de fé.
O povo tendo finalmente obedecido à
chamada de Deus para sair da escravidão e tão-somente servi-Lo, viu-se numa
situação humanamente impossível, por ter seguido as instruções do servo de
Deus. Então veio a hora de parar de debater, de se preocupar, e começar a
possuir uma fé dinâmica que, embora pareça ser apenas ficar quieto, é na
verdade o canal pelo qual a plenitude do poder intervém. É um exemplo de fé
salvadora, que aceita a obra de Cristo e não se apoia na força humana.
A caminhada cristã assemelha-se à do
povo de Israel. Uma das táticas do inimigo é a perseguição. Ela pode ocorrer no
emprego, no lar, na vizinhança e, por incrível que pareça, até na Igreja.
Diante disso, há uma tendência de desânimo, e muitos desejam voltar para o
mundo, para a escravidão. Entretanto, Jesus pediu para perseverarmos até o fim –
Mt 10.22.
(4) – A SERENIDADE E A CONFIANÇA DE
MOISÉS – Ex 14.13-14 – Ante o temor e a murmuração do povo, o líder soube
conduzir-se naquela ocasião difícil. Era uma multidão amedrontada,
responsabilizando o homem de Deus pela situação crítica. Moisés estava passando
por um teste da liderança eficaz. Vejamos sua reação:
(4.1) – MANTEVE A CALMA – Diante do
desespero do povo, Moisés demonstrou tranquilidade. Essa é uma qualidade
indispensável ao líder.
(4.2) – PRONUNCIOU PALAVRAS DE
ENCORAJAMENTO – “Não temais, estai quietos...” – Cremos que essas palavras
foram de grande valor para o ânimo do povo. Todos olhavam para Moisés, e ele,
ao invés de se abalar, dava uma injeção de coragem a todos.
(4.3) – PRONUNCIOU PALAVRAS DE FÉ – “Vede
o livramento do Senhor, que hoje vos fará... o Senhor pelejará por vós e vos
calareis” – De certo, Moisés refletiu perante o povo tanta convicção em suas
palavras, que o povo ficou a esperar o resultado de tanta fé.
Ex 5.20-23 - Aquele homem que
resistira a Deus quando o chamou para libertar seu povo; que questionara a Deus
quando julgou ter fracassado, porque Faraó em vez de atender ao pedido em nome
de Deus, sobrecarregara ainda mais o povo de trabalho forçado; e que quis
desistir da missão, agora é o homem sereno e confiante, o homem de fé. Ele podia
não saber que tipo de livramento Deus operaria, mas tinha certeza de que Ele ia
destruir aquela força inimiga.
Que Deus nos ajude a termos líderes
que inspirem confiança e fé nestes dias de tanto desânimo e descrença.
IV – A PASSAGEM PELO MAR VERMELHO:
O homem de Deus, que vira o Senhor
operar tantas maravilhas no Egito, agora via diante de si e do povo o maior
obstáculo natural à viagem para Canaã. Momentos antes, pela fé, ele afirmara
que Deus daria o livramento necessário. Moisés não esperou para ver, mas creu
antes de o fato acontecer, referindo-se, inclusive, à ruína do exército egípcio.
(1) – OBSTÁCULO NA CAMINHADA – A multidão
de cerca de 600.000 homens de guerra, mais suas famílias, compunha um total de
aproximadamente dois milhões de pessoas. Todos diante do mar Vermelho, tendo no
seu encalço, o exército de Faraó. Era uma situação muito difícil.
Na vida cristã há momentos em que
parece não haver solução para os problemas. Mas todas as coisas contribuem para
o bem dos que são chamados por Deus – Rm 8.28.
(2) – DEUS MANDA IR EM FRENTE – Ex 14.15-17
– Diante da fé demonstrada por Moisés, o Senhor ordenou que o povo marchasse
pelo mar, em seco. Moisés levantou a vara e o mar se abriu em duas partes, enquanto
o povo caminhava a pé enxuto.
Certos críticos dizem que foi um fenômeno
natural; que ali havia uma parte rasa com um palmo de água. Eles só não sabem
explicar como o exército de Faraó afogou-se naquela pouquíssima quantidade de água.
(3) – O ANJO DE DEUS GUIA O POVO –
Ex 14.9 – O anjo, que ia à frente, passou para a retaguarda, para defender o povo
do ataque inimigo. A estratégia divina é desconcertante para o inimigo – Is 59.19
– A coluna de nuvem passou para a retaguarda, onde estava o perigo. Para
Israel, a nuvem iluminava; para os egípcios, era escuridão – Ex 14.20 – As coisas
de Deus sempre se tornam em confusão e escuridade para os ímpios, mas luz,
alegria e vitória para os fiéis.
Durante toda a marcha, o chão estava
seco, um muro de água à direita e à esquerda do povo. Isso nos fala da proteção
total do nosso Deus. Seu anjo acampa-se e nos guarda – Sl 34.7.
V – O CÂNTICO DE MOISÉS:
Ex 15.1-21 - Moisés, instruído
também na poesia egípcia, revelando forte sensibilidade poética e inspirado por
Deus, compôs este cântico para comemoração do feito, onde Deus é exaltado de
maneira reverente e arrebatada.
Era um momento de regozijo nacional,
depois de verificar notavelmente a salvação de Deus. No Egito, somente gemido,
lamentações e orações. Mas, naquele momento, chegou o tempo de vitória e
cânticos de louvor a Deus.
O cântico é dividido em duas partes:
(1) – A primeira parte é RETROATIVA
– Ex 15.1-12 – Celebra o recente livramento e subdivide-se em três estrofes:
(1.1) – NA PRIMEIRA ESTROFE – Ex
15.1-5 – Moisés canta a salvação de Jeová graciosamente concedida na travessia
do Mar Vermelho.
(1.2) – NA SEGUNDA ESTROFE – Ex
15.6-10 – Moisés canta o poder de Jeová sobre a natureza.
(1.3) – NA TERCEIRA ESTROFE – Ex
15.11-12 – Moisés celebra as glórias e o poder de Jeová.
(2) – A segunda parte é PROSPECTIVA
– Ex 15.13-18 – Descrevendo por antecipação os efeitos que tão grande milagre
iria produzir em tempos futuros em vários povos, para divulgação do nome de
Deus e de Seu poder, exaltando-o acima de todos os deuses.
Em resumo: Por meio do cântico de
Moisés...:
(A) – Aprendemos que Deus é força no
dia da batalha; cântico na vitória; salvação sempre. Ele é o Deus de nossos
pais e o nosso próprio Deus; é o poderoso Defensor do Seu povo.
(B) – Descobrimos o que Deus é para
os Seus inimigos: Foram submersos pelas águas da destruição. Assim como o
espinheiro nunca conseguirá derrotar o fogo, assim o homem não conseguirá
ganhar a sua luta contra Deus.
(C) – Aprendemos o que Deus faz com
os Seus amigos: Com Seu poder conduz até o destino final àqueles que resgatou;
Ele os faz sair; Ele os faz entrar; Ele os estabelece no lugar que lhes tem
preparado. Peçamos-Lhe que faça isso por nós, pois somente Ele, que nos tirou
do Egito, pode levar-nos à Canaã celestial.
O louvor é belo!
O cristão pode considerar todos os
seus inimigos mortos quando ele não é mais assaltado pela tentação. Porém, se o
conflito ainda continua, a vitória pode ser constante pela graça de Deus e pela
salvação que há em Cristo Jesus.
VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A batalha foi renhida, mas a vitória
já estava garantida. Após sentir quão pesada é a mão de Deus, resolveu Faraó
permitir a saída dos filhos de Israel. A presença destes só iria piorar as
precárias condições do poderoso império do Nilo. Por que deter por mais tempo
os pequeninos de Jeová? Deus está no comando de todos os negócios humanos e,
segundo os Seus sábios desígnios, vai o plano da salvação sendo esboçado de
maneira mais do que maravilhosa. Portanto, podemos depositar toda a confiança
no grande EU SOU. Amém.
FONTES DE
CONSULTA:
Lições
Bíblicas CPAD – 4º Trimestre de 1991 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima.
A
Bíblia Livro por Livro – JUERP – Delcyr de Souza Lima
A
Bíblia Vida Nova
A
Bíblia Explicada – CPAD – S. E. McNair
Estudo
No Livro de Êxodo – JUERP – Antônio Neves de Mesquita
Comentário
Bíblico Devocional do Velho Testamento – Editora Betânia – F. B. Meyer
Um comentário:
A Paz do Senhor Pastor
Muito bom o estudo, de onde tirei alguns pontos para lecionar amanhã.
Que Deus continue te abençoando e usando muitíssimo.
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