ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04- DATA: 26/01/2014
TÍTULO: “A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA”
TEXTO ÁUREO – I Cor 5.7b
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 12.1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04- DATA: 26/01/2014
TÍTULO: “A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA”
TEXTO ÁUREO – I Cor 5.7b
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 12.1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
A Páscoa era uma oportunidade para
os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande
livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro
Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo
nos livrou da escravidão do pecado e da condenação eterna. Exaltemos ao Senhor
diariamente por tão grande salvação.
II – UMA NOVA ERA PARA ISRAEL:
Depois de tantos juízos derramados
sobre o Egito, o Senhor Deus colocou um ponto final na longa noite do
sofrimento do povo escolhido. Chamando Moisés e Arão, Deus lhes falou sobre a
instituição da Páscoa.
Ex 12.2 – UM NOVO CALENDÁRIO – De
acordo com o ano civil, Israel estaria no sétimo mês do ano, o mês de Tisri.
Entretanto, na saída do Egito, o Senhor determinou nova contagem dos tempos,
considerando o início dos meses do ano, a contar daquele dia em que haveriam de
serem libertos. O ano sagrado, decretado na Páscoa, passou a começar no mês de
Abibe (correspondente à parte de março e à parte de abril do nosso calendário).
Uma nova era raiou para Israel. Da mesma forma, quando, nos dias atuais, alguém
alcança a salvação em Cristo, começa uma nova vida – II Cor 5.17; Ez 11.19; Ef
4.24; Hb 10.20.
Mais tarde, o mês de Abibe passou a se chamar Nisã.
Mais tarde, o mês de Abibe passou a se chamar Nisã.
III – SIGNIFICADOS DA PÁSCOA:
A palavra portuguesa “PÁSCOA” é
usada para designar a festa dos judeus que, no hebraico é chamada “PASACH”, isto
é, “PASSAR POR CIMA”, “PASSAR POR SOBRE”. Esse nome surgiu em face da tradição
de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, “passou por sobre” as casas
assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos
dos egípcios (Ex 12.21 e ss). Essa foi a última das pragas que se tornaram
necessárias para convencer o Faraó de permitir que Israel saísse do Egito, após
séculos de escravidão naquele País. Portanto, a páscoa assumiu o sentido de
livramento e o próprio êxodo foi a concretização dessa libertação.
A páscoa tem, pelo menos, três
significados. Vejamos:
(1) – SACRIFÍCIO EM SUBSTITUIÇÃO AO
PRIMOGÊNITO – Deus mandou sacrificar um cordeiro ou um cabrito macho, de um
ano, sem defeito, sem manchas, e assá-lo para ser comido com pães ázimos e
ervas amargas pelas famílias. O sangue dele, entretanto, tinha que ser
aspergido nos umbrais e vergas das portas, e dessa forma serviria de sinal ao
anjo da destruição que, ao vê-lo, não mataria o primogênito, mas passaria por
cima. Em cada casa o cordeiro sacrificado tomou o lugar do primogênito,
resgatando sua vida.
Embora a palavra “páscoa” designe a
cerimônia por inteiro, aplica-se, especificamente, ao cordeiro do sacrifício,
que é o símbolo do sacrifício de Cristo, o Cordeiro de Deus (Apc 13.8; I Pe
1.18-19 cf I Cor 5.7). A páscoa foi, em todos os sentidos, um sacrifício, e não
meramente isso, mas um sacrifício de substituição. O cordeiro pascal haveria de
morrer, em cada casa, em lugar do primogênito, assim como Cristo foi
sacrificado por nós.
(2) – SANTIFICAÇÃO E CONSAGRAÇÃO DO
POVO DE DEUS – Ao instituir a páscoa, Deus lhe acrescentou logo a seguir a
festa dos pães ázimos. Junto com a páscoa, passaria ela a formar um todo, um
memorial a ser comemorado perpetuamente, como memorial da libertação do Egito
(Ex 12.14-20).
Pães ázimos são os pães sem
fermento, e eram usados nessa comemoração para simbolizar que o povo de Israel,
uma vez libertado do Egito, deveria viver sem o fermento, ou influência, das
impurezas do Egito, como a idolatria, a magia e os costumes depravados: teriam
de viver como povo separado e consagrado a Deus.
Em Ex 13.2 encontra-se a ordem de
Deus para que todo o primogênito do povo fosse consagrado a ele. O sentido é
claro: Deus “passa por cima”, ao ver o sangue do cordeiro, poupa, livra,
perdoa, salva os primogênitos da morte, para que eles fiquem pertencendo a Ele,
porque tem um propósito santo para o povo que estava formando: O advento do
Evangelho da redenção em Cristo, estabelecido simbólica e profeticamente na
páscoa.
(3) – INICIAÇÃO DO POVO DE ISRAEL
COMO NAÇÃO ORGANIZADA PARA OS PROPÓSITOS DE DEUS – Foi a páscoa que assinalou
esse início. Deus a colocou como marco memorial desse começo, ao ordenar que
fosse fixado o mês de abibe (que significa “espigas verdes”) como novo começo
de contagem do tempo. Antes, o povo marcava o início do ano com o mês de
“tizri”; agora, a partir da grande libertação, a contagem começaria com o mês
da libertação – Ex 12.2.
IV – ELEMENTOS DA PÁSCOA:
Os elementos que compunham a páscoa
são:
(1) – UM CORDEIRO OU UM CABRITO
PERFEITO – Ex 12.3-8 – Cada família deveria escolher um cordeiro ou um cabrito,
no dia 10 do mês de abibe, que fosse macho, sem mancha, sem defeito, de um ano
de idade. Ele ficaria guardado durante quatro dias e, no dia 14, seria
sacrificado, assado e comido pela família. Esse animal perfeito em tudo e de um
ano, é representativo de Jesus, em tudo perfeito, e jovem-adulto (nem criança,
nem velho), que Deus enviaria, na plenitude dos tempos para dar a vida em
resgate dos pecadores (Gl 4.4). O sangue do cordeiro, aspergido nos umbrais das
portas para remissão, era símbolo do sangue de Cristo, pelo qual fomos
redimidos para salvação eterna.
(2) – PÃES ÁZIMOS (SEM FERMENTO) –
Isso para simbolizar que o povo estava sendo libertado para viver sem o
fermento do pecado e do mundo, que o povo devia deixar para trás não somente o
Egito e a escravidão, mas também toda a influência de idolatria, de cultos e
magia, e de costumes condenáveis, para se santificar e consagrar ao Senhor - Sl 139.23-24.
Para nós, significa que para nos
apropriarmos de Cristo, precisamos estar despojados do fermento dos fariseus,
que é sua doutrina, bem como dos pecados da velha vida, sem o fermento da
malícia e da maldade – Mt 16.6; I Cor 5.7-8.
(3) – ERVAS AMARGAS – Segundo
estudiosos, tais ervas seriam alface, escarola, chicória, serpentária, hortelã
e dente-de-leão, entre outras. Ao comerem a páscoa, esses ingredientes
relembrariam a amargura sofrida no Egito. Serviam para chamar a atenção dos
participantes para o amargor da vida em cativeiro, de que o Senhor os estava
livrando, para que nunca mais quisessem voltar atrás.
Para nós, significa o arrependimento
dos pecados muitas vezes amargo para a natureza humana, mas indispensável para
servir a Cristo. Ele provou o cálice amargo por nós, e, por isso, temos de sofrer alguma amargura - Hb 12.11.
V – AS CARACTERÍSTICAS DO CORDEIRO PASCAL:
(1) – SEM MANCHA – Não era apenas um
capricho ou gosto estético. Deveria ser assim, pois aquele animal representava
Cristo, imaculado e incontaminado – I Pe 1.19.
Não era o fato de o cordeiro ser imaculado que selava o povo de Israel. Não é a vida sem pecado de Cristo que nos salva, mas a Sua morte na cruz - Hb 9.22, 28; Is 53.6; I Jo 1.7; Apc 1.5.
Não era o fato de o cordeiro ser imaculado que selava o povo de Israel. Não é a vida sem pecado de Cristo que nos salva, mas a Sua morte na cruz - Hb 9.22, 28; Is 53.6; I Jo 1.7; Apc 1.5.
(2) – UM MACHO DE UM ANO – Poderia
ser um cordeiro ou um cabrito. O fato de ser requerido que o animal fosse de um
ano estava em vista a sua inocência. Nesse aspecto, representava Cristo, que
foi entregue por nós, sendo totalmente inocente quanto à culpa pelos nossos
pecados – Mt 27.4a.
(3) – GUARDADO ATÉ O 14º DIA – Ex
12.3, 6 – O cordeiro deveria ser tomado no décimo dia do mês de abie e guardado
até o décimo quarto dia, em observação pela família que o iria sacrificar.
Jesus, como Cordeiro de Deus, também foi examinado pelos que o crucificaram, e
nele não se achou falta alguma – Lc 23.4.
Jesus, cumprindo rigorosamente esta
profecia tipológica, entrou em Jerusalém quatro dias antes da Páscoa.
(4) – A MORTE DO CORDEIRO – Ex 12.6
– O cordeiro era morto em todas as casas à tarde. O tempo em que o cordeiro era
sacrificado (segundo estudiosos do V.T.), ocorria entre 15 e 17 horas
(por-do-sol). Jesus, nosso Cordeiro, foi morto entre a hora nona (horário
judaico que corresponde às 15 horas do horário romano) e o por-do-sol – Mt 27.46,
57.
(5) – O SANGUE DO CORDEIRO – Ex 12.7
– Não era desperdiçado. Tinha grande valor e significado para os israelitas. O
sangue deveria ser posto sobre ambas as ombreiras (partes verticais da porta) e
na verga (parte horizontal, sobre as ombreiras). Nessas partes, o sangue seria
visto por todos. Não seria posto na soleira, evitando, assim, ser pisado. Por
esse sangue eles seriam salvos, quando da passagem do anjo da morte (Ex 12.23).
Da mesma forma, é pelo sangue de Cristo sobre nós que somos salvos da ira de
Deus – Rm 5.9.
Não é bastante que o cordeiro seja morto. O sangue era suficiente, mas não tinha valor, se não fosse aplicado - Ex 12.22 cf Jo 1.12.
Não é bastante que o cordeiro seja morto. O sangue era suficiente, mas não tinha valor, se não fosse aplicado - Ex 12.22 cf Jo 1.12.
Para aqueles que não se apropriam do
sangue de Jesus, de nada vale o sacrifício expiatória do Calvário. A salvação é
para todos, mas é necessário que cada um se aproprie dela através do sangue de
Jesus.
(6) – A CARNE ASSADA NO FOGO – Ex
12.8 – Em todo procedimento da celebração da páscoa, vemos um tipo de Cristo. A
carne assada no fogo, representa o fogo da ira de Deus que Jesus suportou em
nosso lugar, a ponto de ser abandonado na cruz – Mt 27.46.
Depois que o sangue era vertido e aspergido, vinha a orientação sobre o modo de comer o cordeiro. Assim acontece conosco: A salvação primeiro, depois o alimento, ou seja, comunhão, adoração, vida cristã e serviço.
O alimento não salvava os israelitas, mas o sangue; em seguida, vinha o alimento - Jo 6.54-58.
O cordeiro não devia ser comido cru, ou sem ser cozido, seria um cordeiro sofredor que passou pelo fogo. Nada devia ser deixado, mas comido às pressas, sem nada sobrar. Nenhum osso devia ser quebrado! O corpo de Cristo foi crucificado, porém os Seus ossos não foram quebrados - Sl 34.20; Jo 19.36.
Depois que o sangue era vertido e aspergido, vinha a orientação sobre o modo de comer o cordeiro. Assim acontece conosco: A salvação primeiro, depois o alimento, ou seja, comunhão, adoração, vida cristã e serviço.
O alimento não salvava os israelitas, mas o sangue; em seguida, vinha o alimento - Jo 6.54-58.
O cordeiro não devia ser comido cru, ou sem ser cozido, seria um cordeiro sofredor que passou pelo fogo. Nada devia ser deixado, mas comido às pressas, sem nada sobrar. Nenhum osso devia ser quebrado! O corpo de Cristo foi crucificado, porém os Seus ossos não foram quebrados - Sl 34.20; Jo 19.36.
VI - COMO REALIZAR A PÁSCOA:
(1) – CADA FAMÍLIA TERIA O SEU
PRÓPRIO CORDEIRO – Se, entretanto, fosse pequeno, se uniria a outra família,
calculada a proporção da comida. Nesse procedimento havia união,
confraternização, solidariedade e economia. Um povo que estava para entrar no
deserto, rumo à terra prometida, não podia desperdiçar comida.
(2) – A ceia devia ser comida estando
todos de pé, calçados e tendo seus cajados à mão, prontos para uma saída
repentina.
(3) – Deviam ter as roupas presas ao
corpo por cintos. As vastas e esvoaçantes roupas, conforme o costume, seriam um
estorvo para a caminhada apressada que teria de fazer. O crente em sua
caminhada cristã, não deve ser embaraçado por ideias soltas e esvoaçantes, mas estar
cingido pela verdade. É a verdade da Palavra de Deus que arruma, e prende suas
ideias, para que ande fielmente, e não seguindo ventos de doutrinas – Ef 6.14.
Na maneira de comer a páscoa havia
um sentido de alerta, prontidão, e de pressa, porque, à meia-noite daquele dia,
o anjo da destruição passaria para matar os primogênitos egípcios, e logo
depois, aturdidos pelo horror, viriam oferecendo-lhes dádivas valiosas, e
suplicando que novamente o Faraó se recompusesse, e de novo endurecesse o
coração. A dor imensurável foi uma porta aberta pela qual o povo escapou. Mas,
poderia logo fechar-se de novo.
Em resumo: Deviam comer a páscoa em pé: Tudo pronto para a viagem, para a saída, sem saber para onde iam.
Em resumo: Deviam comer a páscoa em pé: Tudo pronto para a viagem, para a saída, sem saber para onde iam.
VII – PERPETUAÇÃO DA PÁSCOA:
A ceia da páscoa devia instituir-se
como memorial, para lembrar a todas as gerações a libertação que Deus operou –
Ex 12.14. A partir da primeira ceia e da libertação, as famílias do povo de
Israel, anualmente, se reuniriam para repeti-la. E, após a ceia, durante sete
dias, ficariam comemorando a festa dos ázimos, como uma repetição a martelar na
lembrança que precisavam permanecer sem o fermento do mundo. Quando os filhos
perguntassem sobre o porque da festa, os pais lhe explicariam como Deus, com
mão poderosa, remiu o povo, tirando-o do Egito – Ex 12.26-27.
Deus estava preparando um povo
santo, para Seus propósitos. Para revelar Sua Palavra através dEle, e para na
plenitude dos tempos enviar o Seu Filho Unigênito. A páscoa e a festa dos
ázimos seriam os dois memoriais a lembrar ao povo, perpetuamente:
(A) – Que Deus os libertou da
escravidão com mão forte e com maravilhas; e
(B) – Que, uma vez libertados,
deviam viver como povo sem o fermento das maldades dos outros povos, consagrado
ao Senhor.
VIII – A PÁSCOA E A SANTA CEIA:
Ex 12.15 – No dia da libertação,
tudo foi feito apressadamente. Entretanto, para as gerações futuras, o Senhor
determinou que a festa tivesse a duração de sete dias. Evidentemente isso só
poderia ser feito posteriormente, após o êxodo do Egito.
Mt 26.17-18 - A Santa Ceia não dura
sete dias. Jesus só participou do primeiro dia da Páscoa ou da festa dos pães
asmos. Tudo foi preparado conforme o rito judaico. Jesus indicou aos discípulos
o local em que deveriam celebrar a páscoa, e eles fizeram tudo conforme o
Senhor ordenara. À tarde, conforme o mandamento, o Mestre comeu o cordeiro pascal
com os Seus discípulos, com todos os ingredientes previstos na Lei. No entanto,
Jesus instituiu nova ordenança. Observemos:
(1) – TOMOU O PÃO – Mt 26.26 –
Tomando o pão, enquanto comiam, o Senhor o abençoou, o partiu e o deu aos
discípulos. Na páscoa propriamente dita, o cordeiro estava ali sobre a mesa.
Era um tipo de Cristo.
Na santa ceia, quem estava presente
era o antítipo, o próprio Cristo. Ora, se o antítipo se apresentou, não mais
seria necessário o tipo. O símbolo foi substituído pela realidade. Cristo é a
nossa páscoa. O cordeiro, como animal, não precisa ser imolado, pois o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo, já se manifestou (I Cor 5.7 cf I Jo 3.8).
Jesus mandou que o pão fosse comido
em memória dEle (Lc 22.19), e não mais o cordeiro em memória da saída do Egito.
Agora, devemos celebrar a libertação do pecado, do mundo e de satanás. Para
tanto, todos os que O recebem como Salvador e Senhor, tem esse direito, quer
seja judeu ou gentio.
(2) – TOMOU O CÁLICE – Mt 26.27-29 cf
Lc 22.20 – De modo semelhante, Jesus tomou o cálice do fruto da vide e disse
que era o Sangue do Novo Testamento, ou seja, Nova Aliança, para a remissão dos
pecados, e que deveria ser tomado em Sua memória – I Cor 11.25.
A Santa Ceia aponta para o passado,
como um memorial da morte de Cristo e também para o futuro, anunciando a Sua
vinda – I Cor 11.26.
As Igrejas de Cristo não comemoram páscoa.
Não há por que fazê-lo. O Senhor Jesus, ao instituir a ceia para os Seus discípulos,
substituiu a páscoa por aquela (santa ceia). As verdades contidas na páscoa, simbólica
e provisoriamente, foram incorporadas definitivamente na ceia: O Cordeiro de Deus
foi sacrificado na cruz, e Seu sangue resgatou do pecado e, agora, somos Seu
povo. Na santa ceia, comemora-se o corpo de Cristo dado por nós e o Seu sangue
por nós derramado, no qual temos a redenção. Nada de páscoa. Nós comemoramos nossa
redenção pelo sangue do Cordeiro de Deus, na ceia do Senhor.
IX - A PÁSCOA E O EVANGELHO DE CRISTO:
Tudo o que Deus fez tinha um sentido
histórico imediato, mas também um sentido de simbologia profética do que, pela
Sua providência, estava preparando para a salvação dos pecadores e formação de
um novo povo, constituído somente por redimidos por Jesus. Em tudo está
presente, por antecipação, o Evangelho: Deus nos libertou do reino das trevas,
do pecado, da condenação, e fez de nós o Seu povo eterno; e nós, redimidos, nos
santificamos, separamo-nos do fermento do mundo, para vivermos em novidade de
vida, para glorificação do Seu nome – Cl 1.13.
Tanto os egípcios como os hebreus
eram pecadores. O que os distinguiu foi a fé, através da qual Deus redimiu Seu
povo. Pela fé, Moisés comemorou a páscoa; pela fé, as família confiaram no
sangue do cordeiro; pela fé, ninguém ousou sair de casa e expor-se, sem a
proteção dele; pela fé, fizeram tudo quanto lhes foi mandado, estando prontos
para saírem para a liberdade. Eis a essência do Evangelho. É pela fé que o
pecador é perdoado, justificado, regenerado, adotado como filho de Deus, e
recebe a vida eterna – Hb 11.28 cf Ef 2.8.
X – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A fé é o grande elemento espiritual
presente na páscoa e no Evangelho, este último simbolizado naquela. Agora,
comparemos a tradicional festa da páscoa com ovos de chocolate, coelhinhos, e não
se sabe mais o que, e vejamos se essas comemorações tem alguma coisa a ver com
a santa e poderosa Palavra de Deus, com a páscoa da redenção. E porque havemos
de imitar o mundo?
FONTES DE CONSULTA:
Enciclopédia de Bíblia, Teologia
e Filosofia – Candeia – R. N. Champlim e J. N. Bentes
A Bíblia Livro por Livro – JUERP
– Delcyr de Souza Lima
Lições Bíblicas – CPAD – 4º
Trimestre de 1991 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
O Tabernáculo e a Igreja – CPAD –
Abraão de Almeida
7 comentários:
Parabéns querido servo de Deus pelo
comentário, muito apropriado, explicativo, dinâmico
e esclarecedor. Deus continue te
abençoando.
Agradeço a DEUS pela inspiração ao seu servo, onde mais uma vez, seu comentário servirá para subsidiar minha aula deste domingo na EBD. Que DEUS continue lhe abençoando.
Parabéns! Deus é tremendo!
Pois tem lhe usado para fazer um comentário da lição, conciso e profundo.
Em Ex 12.12 diz: "E eu passarei pela terra do Egito...". Em Ex 12.23 "Porque o Senhor passará para ferir os egipcios...".
Pelo que entendi quem matou os primogenitos foi o proprio Senhor ?!
Prezados irmãos em Cristo Jesus. A paz do Senhor.
Mais uma vez, e de coração, agradeço as palavras aqui postadas, o que muito nos animam para continuarmos neste humilde trabalho de divulgação da Palavra de Deus.
Que o Senhor permaneça abençoando abundantemente a cada um dos irmãos.
Quanto ao questionamento do irmão "galego", repassamos abaixo o que já foi abordado na aula anterior, quanto à décima praga:
"A última praga se baseia na ação de Deus, sem depender de mediação de Moisés ou de Arão. Omitindo Moisés e Arão da narrativa, o escritor sugere que a situação havia alcançado um ponto tão extremo que o próprio Senhor interveio mais diretamente na praga. O próprio Senhor iria atravessar a terra do Egito, permitindo a ação do destruidor (Ex 11:4 cf 12:23, 27).
Ex 12.13 - Muitos tem entendido mal este versículo. As palavras aqui contidas não significa que Deus fosse o destruidor, e passasse pela casa espargida de sangue. Exatamente o contrário: Deus é o Salvador! Não é Ele que passa pela porta! A figura é a de um pássaro que voa sobre seu ninho para o defender - Ex 12.23 cf Is 31.5".
Espero ter contribuído para que a dúvida seja sanada.
Deus abençoe a todos, em nome de Jesus.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
obrigado pelo comentário mas não entendi o mes de abibe
Prezado irmão Izaac. A paz do Senhor.
Sem nos aprofundar, o mês de abibe (quanto ao período de tempo), corresponde à parte do nosso mês de março e parte do mês de abril.
Com a saída do povo de Israel do Egito, Deus determinou que aquele mês passasse a corresponder ao primeiro mês do povo de Israel. A grosso modo, podemos comparar e dizer que a partir de então, o mês de abibe passou a corresponder ao nosso mês de janeiro, ao primeiro mês. Enquanto comemoramos o início de um novo ano no mês de janeiro, os israelitas comemoram no mês de abibe. Isto porque, o Senhor disse que o povo de Israel passaria a ter um novo começo, uma nova vida, após a saída do Egito.
Espero ter contribuído para sanar a dúvida do prezado irmão.
Porém, continuamos à disposição.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
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