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3 de jul. de 2013

3º TRIMESTRE DE 2013 - LIÇÃO Nº 01 - 07/07/2013 - "PAULO E A IGREJA EM FILIPOS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01- DATA: 07/07/2013
TÍTULO: “PAULO E A IGREJA EM FILIPOS”
TEXTO ÁUREO – Fp 1.9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Fp 1.1-11
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/





I – INTRODUÇÃO:

A igreja de Filipos parece ter sido uma das mais puras da era apostólica, e recebeu mais agradecimentos e elogios do apóstolo Paulo que qualquer outra.

A ocasião da epístola parece ter sido a volta de Epafrodito, que trouxera a Paulo um donativo dos seus amigos de Filipos, mas que caíra gravemente enfermo.

Paulo era prisioneiro na própria casa que alugara, em Roma, e estava na expectativa de seu julgamento perante o imperador.

Nessa carta não há nada de caráter polêmico. A paz de Deus guarda a mente e o coração do apóstolo e do seu coração flui uma torrente de profundo e terno amor. A esperança de estar vivo na vida de Cristo ainda é sua estrela guia. Sua cidadania é no céu e tudo de que foi privado em relação a riquezas e alegria terrenas, é mais do que compensado pelo que ele obteve em Cristo.

II – A CIDADE DE FILIPOS:

A primeira menção que o Novo Testamento faz de Filipos se encontra em At 16.12. Nesse texto, lemos que se tratava de uma importante “cidade da Macedônia, primeira do distrito e colônia”, evidentemente romana. O seu nome primitivo havia sido Krênides, que significa “lugar das fontes”, mas, quando em 360 a.C., o pai de Alexandre Magno, o rei Filipe II da Macedônia, conquistou a cidade, trocou aquele antigo nome pelo seu próprio.

Filipos estava situada sobre a célebre “Via Egnatia”, que ligava Roma com a Ásia Menor. Elevava-se a uns 12 km da costa norte do mar Egeu, junto ao limite da região macedônica com a da Trácia.

Submetida a Roma desde o ano 167 a.C., a partir de 31 a.C., com a categoria de colônia e por regulamentação do césar Otávio Augusto, gozou dos privilégios e direitos que as leis do império outorgavam às cidades romanas.


III – A IGREJA DE FILIPOS:

A Epístola aos Filipenses (Fp), junto com a dirigida a Filemom, é a mais pessoal das que possuímos do apóstolo Paulo. É também o testemunho de um sentimento de alegria e de mútua gratidão: de Paulo para com os filipenses, que o haviam socorrido em momentos muito difíceis para ele; e dos filipenses para com Paulo, agradecidos pelo trabalho que havia realizado entre eles.

Desde os primeiros contatos até a redação desta carta haviam-se passado vários anos. Aqueles encontros iniciais, que deram origem a um estreito relacionamento fraternal (Fp 1.3-8; 4.1), ocorreram durante a segunda viagem missionária de Paulo, depois de ele ter percorrido o interior da Ásia Menor, desde a Cilícia, situada a sudeste da península, até Trôade, situada a noroeste.

Em Trôade, acompanhado de Silas, Timóteo e seguramente também de Lucas, Paulo embarcou rumo a Neápolis, porto do Norte da Grécia. Dali, dirigiu-se a Filipos, onde não se deteve muito tempo, ainda que o suficiente para fundar uma igreja, a primeira nascida em solo europeu.

Essa comunidade cristã era formada na sua maior parte por pessoas que haviam passado do paganismo ao Judaísmo (ver, p. ex., o caso de Lídia, de Tiatira, At 16.14-15), as quais se reuniam para o culto fora da cidade, junto ao rio, onde estava o seu “lugar de oração” (At 16.13).


IV - AUTOR, DATA E LUGAR DA COMPOSIÇÃO:

A igreja primitiva era unânime no testemunho de que Filipenses fora escrita pelo apóstolo Paulo (Fp 1.1). Internamente, a carta revela sinais de autenticidade.

As muitas referências pessoais ao autor harmonizam-se com o que conhecemos a respeito de Paulo por meio dos demais livros do N.T..

Fica evidente que Paulo escreveu a carta na prisão (Fp 1.13-14). Alguns sustentam que esse encarceramento ocorreu em Éfeso, talvez cerca de 53-55 d.C..

Outros, o situam em Cesaréia, cerca de 57-59 d.C..

A melhor evidência, no entanto, apoia Roma como lugar de origem e entre os anos 60 a 63 d.C. como data.

Esses dados encaixam-se bem com o relato da prisão domiciliar de Paulo registrada em At 28.14-31.

Por outro lado, se a menção da “guarda pretoriana” (Fp 1.13) for interpretada como uma referência ao palácio imperial, poderemos ter maior apoio a hipótese que localiza a prisão em Roma (At 28.16-31).

Quando escreveu Filipenses, Paulo estava numa casa alugada, onde, por dois anos, esteve livre para compartilhar o evangelho como todos os que chegassem até ele.


V – PROPÓSITO DA CARTA:

O propósito primordial de Paulo ao escrever essa carta era agradecer aos filipenses a oferta que lhe tinham mandado após saberem da sua detenção em Roma (Fp 1.5; 4.10-19).

No entanto, faz uso da ocasião para cumprir vários outros desejos:

(1) - Dar um relato das suas circunstâncias (Fp 1.12-26; 4.10-19);

(2) - Encorajar os filipenses a se manterem firmes diante da perseguição e a se regozijar a despeito das circunstâncias (Fp 1.27-30; 4.4);

(3) - Exortá-los à humildade e à unidade (Fp 2.1-11; 4.2-5);

(4) - Recomendar Timóteo e Epafrodito à greja de Filipos (Fp 2.19-30); e

(5) - Advertir os filipenses contra os judaizantes (legalistas) e os antinomistas (libertinos) entre eles (Fp cap 3).


VI – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA CARTA:

(1) - Filipenses não contém nenhuma citação do A.T..

(2) - É uma carta missionária de agradecimentos, na qual o missionário presta um relatório do progresso da sua obra.

(3) - Manifesta um tipo notavelmente vigoroso de viver cristão:

(A) - Humildade (Fp 2.1-4);

(B) - Prosseguimento para o alvo (Fp 3.13,14);

(C) - Falta de ansiedade (Fp 4.6);

(D) - Capacidade de fazer todas as coisas (Fp 4.13).

(4) - Destaca-se como carta da alegria do N.T.; a palavra “alegria” ocorre umas dezesseis vezes nas suas várias formas.

(5) - Contém um dos trechos cristológicos mais profundos do NT (Fp 2.5-11). Mas, por mais profundo que seja, Paulo o incluiu principalmente com fins ilustrativos.

VII – ESBOÇO:

Prólogo (Fp 1.1-11)

(1) - O evangelho de Cristo também cresce na prisão (Fp 1.12-26).

(2) - Exortação à unidade (Fp 1.27—2.18).

(3) - Os valorosos colaboradores do apóstolo (Fp 2.19-30).

(4) - Advertências contra falsos mestres (Fp 3.1—4.1).

(5) - Exortações (Fp 4.2-9).

(6) - Agradecimento pela ajuda dos filipenses (Fp 4.10-20).

Epílogo (Fp 4.21-23).



VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Paulo escreveu esta carta aos Filipenses, não tanto como o apóstolo fundador da Igreja em Filipo, mas como seu pai em Cristo.

Observemos a diferença na saudação: Não diz aqui, “... Paulo, apóstolo...”, que era sua introdução costumeira; antes, diz: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”.

A nota dominante de humildade e solicitude pelos outros também são muito evidentes. Em vista do que Cristo realizou, não há lugar para a soberba no coração do filho de Deus. Em virtude do profundo exemplo lançado por Cristo, Seus seguidores jamais devem adotar conduta egoísta. 




FONTES DE CONSULTA: 

A Bíblia de Estudo NVI
Comentário Bíblico Devocional – Editora Betânia – F. B. Meyer 
Bíblia Vida