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31 de dez. de 2013

1º TRIMESTRE DE 2014 - LIÇÃO Nº 01 - 05.01.2014 - "O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01- DATA: 05/01/2014
TÍTULO: “O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO NO EGITO”
TEXTO ÁUREO – Gn 50.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ex 1.1-14
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/





I – INTRODUÇÃO:



Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como “Pentateuco”. Seus títulos primitivos em hebraico são as primeiras palavras de cada um deles. No caso de Êxodo, é Ve-êleh-shemóth, ou seja, “E estes são os nomes”. O autor, antes de iniciar o relato, registra a relação dos nomes dos filhos de Israel que haviam migrado com suas famílias, para o Egito. 



O título atual, “Êxodo”, foi dado pelos tradutores do V. T. do hebraico para o grego, no século III a.C., dando origem à versão conhecida como nome da “Septuaginta”. 



Desta forma, o título “Êxodo” vem do grego, significando “sair”, e foi assim chamado porque registra a saída do povo de Israel das terras do Egito.




II – MULTIPLICAÇÃO E FORTALECIMENTO DOS ISRAELITAS:



Ex 1.7 cf Ex 12.37-38, 40-41 – Registra-se aqui que os filhos de Israel cresceram tanto lá no Egito, que encheram a terra. Referido crescimento se deu entre a imigração (mais ou menos no ano 1650 a.C.) e a saída com Moisés (em 1220 a.C.). Portanto, a permanência dos israelitas no Egito durou 430 anos, número que o próprio texto bíblico registra.



Considerando que a contagem registrada na Palavra de Deus é apenas dos homens maiores (Ex 12.37), estima-se que, somando-se àqueles o número de mulheres, crianças e servos das famílias, a multidão total no momento da saída alcançaria cerca de dois milhões de pessoas.



O registro bíblico do crescimento do povo de Israel é feito com três verbos: frutificar, aumentar e multiplicando, dando-nos a ideia de ênfase para assinalar um crescimento considerado incomum, resultante da providência de Deus, conforme Ele mesmo prometera a Abraão – Gn 15.12-16.




III - A ESCRAVIZAÇÃO:



Ex 1.8-14 - O crescimento e fortalecimento dos israelitas despertou o temor do governo egípcio. O Faraó que não conhecera José considerava-os mais numerosos e mais fortes que os próprios egípcios, e consistiam um perigo para a segurança do país, visto que poderiam levantar-se ou associarem-se a invasores. Esse temor levou o Faraó a escravizar os israelitas. O novo rei não se interessava em levar em conta nem o nome de José, nem os feitos dele.



A política estabelecida por este novo Faraó visava o enfraquecimento pelo trabalho forçado. Colocou o povo a construir as “cidades de tesouro”. Eram cidades-armazéns, depósitos de víveres e de armas construídas nas fronteiras do norte. Pela providência de Deus, o objetivo desse rei não foi alcançado, porque o povo, em vez de diminuir, cresceu ainda mais. O rei, então, mandou que redobrassem a servidão nas construções como no campo.




IV – AFLIÇÃO PELA MATANÇA DOS FILHOS:



A política do Faraó atendia ao seu interesse de diminuir o número e a força dos israelitas até o ponto de extingui-los. E, visto como os trabalhos forçados não surtiam esse efeito, resolveu ordenar a matança dos meninos hebreus. Leiamos Ex 1.15-22 e analisemos:



(1) – A ORDEM DA MATANÇA DADA ÀS PARTEIRAS – Ex 1.16 - As parteira deveriam preservar a vida somente das meninas. Os meninos deveriam ser mortos logo que verificado o sexo.



O texto registra os nomes das parteiras:



(A) - “SIFRÁ”, que quer dizer “BELEZA”; e



(B) – “PUÁ”, que significa “ESPLENDOR”.



Entretanto, as parteiras, por temor a Deus, desobedeceram à ordem real e, inquiridas, alegaram que a grande vitalidade das hebreias fazia com que dessem à luz sem necessidade da presença delas para darem assistência aos partos.



As alegações das parteiras Sifrá e Puá, em parte, eram verdadeiras. Porém, elas generalizaram para ocultarem a desobediência à ordem de Faraó. Por isso, foram abençoadas por Deus. Não por mentirem, mas pela fé que as levou a desobedecerem à ordem iníqua em virtude de temerem a Deus.



O Senhor, então, lhes estabeleceu casas. Quer dizer: Deus lhes deu famílias estáveis, com posse de patrimônio e perpetuação de seus nomes.



(2) – A ORDEM PARA LANÇAR OS MENINOS NO RIO NILO – Ex 1.22 – Essa segunda ordem foi dirigida aos egípcios. Assim, de forma individual, cada egípcio tinha o direito de invadir casas, arrancar dos braços das mães seus filhos pequeninos para jogá-los ao rio Nilo. O ambiente tornou-se de indescritível terror, e um sofrimento dantesco apossou-se do povo de Deus, indefeso nas mãos da violência e da crueldade sem limites.



Essa tragédia que se abateu sobre o povo de Israel no Egito tem seu paralelo no episódio da matança dos meninos de até dois anos, decretada pelo rei Herodes, quando tentava eliminar o Senhor Jesus ainda criança – Mt 2.16-18.



Faraó, ao decretar a morte dos meninos hebreus, tinha como objetivo destruir completamente o povo de Israel. Com a mortandade dos meninos, o número de homens iria diminuindo, à medida que fossem envelhecendo e morrendo os jovens e adultos daquela geração.  Acontecendo isso, as mulheres hebreias seriam tomadas como esposas-escravas, ou como concubinas pelos egípcios. Logo, o povo acabaria perdendo sua identidade, seria extinto e cessaria a ameaça que o rei temia ao vê-lo crescer em número e tornar-se cada vez mais poderoso.



Tendo como fundo esse quadro de terror a que todo povo de Israel foi submetido, é que nasceu e foi preservado, pela fé, o menino Moisés, que se tornaria o homem usado por Deus para libertar Seu povo.




V – UMA TEOLOGIA DO PERÍODO DE TERROR:



Nas tentativas que Faraó fez de destruir o povo de Israel, duas forças atuaram:



(A) – Uma visível, temporal, dirigida especificamente a um povo, com motivos políticos, e aplicada pelo Faraó, revestido de poderes despóticos, impulsionado pela arrogância e crueldade. Era uma força terrena.



(B) – A outra força era invisível, não exercida por homem, e que visava mais que um povo em particular: visava de modo amplo todo o plano de Deus e procurava bloquear sua realização. Essa segunda força era exercida pela mente de satanás, que sempre lutou contra os planos e propósitos de Deus.



Deus estava dirigindo a História: Ele estava criando o povo que receberia Sua Lei, que O cultuaria, conforme suas próprias instruções, e que seria colocado na terra prometida, na época da plenitude dos tempos – Gl 4.4 -, para implantar o reino de Deus, para divulgar a Sua Palavra, e ser o povo por meio do qual o Filho de Deus viria ao mundo para realizar a obra de redenção da humanidade. Era tudo isso que satanás queria impedir, quando usou seu instrumento humano adequado à maldade, que era o Faraó.



Porém, há engrenagens históricas e as metafísicas (aquelas que estão fora do âmbito da natureza do tempo e espaço, ou natureza terrena e física). São as engrenagens da eternidade, ou seja, aquelas que estão fora da História, fora da terra, fora dos interesses políticos e militares. São as engrenagens de natureza espiritual, onde entra em atuação o poder de Deus.



Há ocasiões quando as engrenagens humanas são impedidas pelas engrenagens divinas. E nós, na nossa limitação, só vemos os aspectos temporais e materiais, donde às vezes questionamos Deus e até reclamamos, quando estamos submetidos à determinadas circunstâncias.



Este foi o caso de Jó: Ele não podia saber que sua derrocada total era do conhecimento e permissão de Deus, e que havia nos lugares celestiais a luta de satanás desafiando o Senhor Deus. O apóstolo Paulo nos ensinou sobre essa luta – Ef 6.12.



Embora separados um do outro por um espaço de mil e trezentos anos, Faraó quis destruir o povo de Deus no Egito e o rei Herodes quis destruir o Messias de Deus, ainda menino. No entanto, ambos fracassaram porque estavam lutando contra o Deus que está no comando da História. Em ambos os casos o Senhor derrotou satanás; em ambos os casos o agente escolhido de Deus é protegido; nem Faraó, nem Herodes puderam se opor ao plano divino.




VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:



Apc 12.9 – Ao longo da História, satanás tem se incorporado em sistemas político-religioso-militares para interceptar o andamento do reino de Deus, em obstinada luta para impedir a vitória do Cordeiro de Deus, porém sem resultados – Mt 16.8.



Ainda haverá muitas arremetidas de satanás contra o povo de Deus, à semelhança da fúria de Faraó. No entanto, nenhum sofrimento, nenhuma perseguição, nada poderá deter o povo de Deus.



Seja qual for a provação que se abata sobre nós, permaneçamos confiantes na providência de Deus, porquanto a Palavra do Senhor nos assegura a vitória por Cristo Jesus – Rm 8.28, 31.

FONTE DE CONSULTA:

A Bíblia Livro por Livro – JUERP – Delcyr de Souza Lima