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20 de jun. de 2013

2º TRIMESTRE DE 2013 - LIÇÃO Nº 12 - 26/06/2013 - "A FAMÍLIA E A IGREJA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ 
LIÇÃO Nº 12- DATA: 23/06/2013 
TÍTULO: “A FAMÍLIA E A IGREJA”
TEXTO ÁUREO – Sl 122.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm16:1-5, 7, 10, 11, 13, 15, 24
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

A Família e a Igreja são duas instituições profundamente interligadas; são dois projetos de Deus que continuam sob Sua proteção e que são objetos do Seu amor. Por mais que Satanás e seus agentes (humanos e espirituais) se empenhem em destruí-los, eles são indestrutíveis.

II – EM TODA A BÍBLIA HÁ UM VÍNCULO ENTRE DEUS E A FAMÍLIA:

Quando Deus quis formar a raça humana, formou, primeiro, uma Família – Gn 2:27-28 - Usando esta Família, cumpriu o Seu propósito de encher a terra.

Com o passar do tempo, Deus, por causa da corrupção da raça humana, tomou a decisão de destrui-la. Antes, porém, escolheu uma Família, liderada por um homem justo, para com ela repovoar a terra – Gn 9:1.

Deus estava reafirmando o Seu propósito de manter a Família devidamente constituída, como base da organização Social.

Para formar uma Nação, através da qual traria ao mundo o Seu Filho, Deus foi buscar em Ur dos caldeus uma Família já constituída – Gn 12:1-2.

Depois, “...vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher...”- Gálatas 4:4, mais uma vez Deus valorizou a Família.

Jesus, o Filho de Deus, nasceria de uma virgem, conforme estava predito pelo Profeta Isaías – Is 7:14.

Deus, contudo, providenciou e permitiu que essa virgem fosse, primeiro, comprometida para ser dada em Casamento. Desta forma, Seu Filho nasceu no seio de uma Família devidamente constituída – Lc 1:26-27.

Sendo que Jesus nasceria de uma virgem, sem qualquer concurso do homem, Deus poderia ter liberado José do compromisso de casar-se com Maria. Porém, não foi o que Deus fez! Deus queria que Jesus nascesse no seio de uma Família – Mt 1:20.

Deus não quis que Jesus crescesse e fosse educado no confinamento de um Mosteiro, num deserto, ou numa montanha. Ele teve uma Família, viveu até cerca de 30 anos no meio dela. Só deixou sua casa, em Nazaré, quando iniciou o Seu Ministério.

Aos olhos da sociedade Jesus tinha um pai, José, uma mãe, Maria, e, ainda, irmãos e irmãs, conforme declara a Palavra de Deus – Mt 13:55.

Assim, como menino e como jovem, Jesus morava numa casa, em Nazaré. Ali era seu Lar; ali vivia Sua Família.

III – A FAMÍLIA CONFIRMADA E PRESTIGIADA NO NOVO TESTAMENTO:

A Família, desde sua criação, exerceu um papel de destaque no Plano de Deus durante todo tempo do Antigo Testamento.

No Novo Testamento A Família não apenas foi confirmada; foi também altamente prestigiada por Deus.

Talvez, a maior prova do apreço de Deus pela Família foi o fato de Seu Filho, Jesus, ter nascido e crescido no aconchego de um lar, no seio de uma Família bem estruturada.

(1) – Jesus teve uma Família aqui na Terra - Nasceu como filho de um Casal que constituiu uma Família de acordo com a Lei e a Palavra de Deus – Lc 2:4-5; 51-52; Mt 13.54-56.

(2) – Jesus na função de “Pai de Família” - Embora a Bíblia nada fale sobre a morte de José, fica claro que ele morreu antes de Jesus iniciar o seu Ministério. Com a morte do pai (chefe da Família), o filho mais velho, ou primogênito, assumia o seu lugar, como “Pai de Família”. Cabia a ele as responsabilidades que eram do pai na condução de Sua Família.

Jesus era o primogênito do casal José e Maria, conforme a Palavra de Deus declara –  Mt 1:24-25.

Assim, morrendo seu “pai” (José), o Senhor Jesus assumiu o lugar de Chefe, ou “Pai de Família”, cabendo-Lhe a responsabilidade de cuidar, zelar, e prover o sustento de Sua Família.

A Bíblia afirma que Jesus foi “...homem de dores, e experimentado nos trabalhos...”- Is 53:3. Jesus ora era chamado de “...o filho do carpinteiro...”, ora de “...o carpinteiro...”- Mt 13:55 e Mc 6:3.

Para nós, Pais de Família, é confortante saber que o Senhor Jesus passou pela experiência que nós estamos passando – Ele também foi um “Pai”, ou Chefe de uma família numerosa. Ele conhece as nossas dificuldades em prover as necessidades de nossas Famílias.

Assim, o Senhor Jesus, antes de iniciar Seu Ministério, durante cerca de quase trinta anos, viveu no seio de uma Família. Foi um bom filho, um bom irmão, e experimentou a responsabilidade de ser “Pai de Família”, após a morte de José.

3 – Durante seu Ministério Jesus continuou honrando e prestigiando a Família:

3.1 – Seu primeiro milagre foi realizado numa festa de Casamento - Jo 2:1-2 - A presença de Jesus nesta festa é significativa: Ele atesta a confirmação da importância da Família; confirmou que o modelo para a formação de uma Família continuava sendo pelo casamento legítimo - Gn 1:28.

3.2 – Jesus entrava nos lares, ceava com as Famílias; hospedava-se nas casas - Agindo desta forma Ele valorizava as Famílias.

São muitos os exemplos que poderíamos citar, aqui. Porém, vamos mencionar apenas três:

(A) – Jesus na casa de “um crente” - Mc 1:29-31 - Naquela casa, em Cafarnaum, vivia a família do Apóstolo Pedro, que, embora a Igreja Católica Romana diga ter sido ele Papa, era, contudo, casado, pois Jesus curou sua sogra.

(B) – Jesus na casa de um Publicano (um homem desprezado pelos religiosos) - Lc 19.1-7 - Por cobrar impostos dos Judeus para os Romanos, os publicanos eram desprezados e marginalizados pelos religiosos da época. Porém, o Senhor Jesus prestigiou aquela, hospedando-se nela.

(C) – Jesus na casa de um Fariseu – um Mestre religioso - Lc 7:36-50 - Este fariseu, em cuja casa Jesus entrara, chamava-se Simão.

Certamente que, ao entrar nestas diferentes casas, onde viviam famílias constituídas segundo o modelo estabelecido por Deus, o Senhor Jesus estava prestigiando e confirmando seu apreço pela instituição familiar.

Assim, hoje, a relação entre A Família e a Igreja deve ser semelhante ao relacionamento que Jesus teve com as famílias, durante Seu Ministério: Tal como Jesus levou a bênção da cura à Casa de Pedro, a bênção da salvação à casa de Zaqueu, a bênção do amor e do perdão à casa de Simão, também a Igreja, na pessoa de seus Obreiros, ou de cada um de seus membros, deve ser um instrumento de bênçãos para todas as Famílias.

4 – Através de seu ensino Jesus confirmou o que Deus instituiu no principio – Mt 19.3-6 - O Senhor Jesus não mudou, em nada, o que Deus havia estabelecido em relação a formação da Família. Fundado nestas palavras de Jesus, vamos destacar três verdades sobre o relacionamento entre A Família e a Igreja:

4.1 – Primeira Verdade – nada mudou no que diz respeito à formação inicial de uma FAMÍLIA; ela continua sendo formada pela união de um homem e de uma mulher.

4.2 – Segunda Verdade – a Família continua sendo formada através de um Casamento Monogâmico, ou seja, o homem se unirá “à sua mulher”, e não às suas mulheres. No principio Deus fez para Adão, apenas UMA EVA.

4.3 – Terceira Verdade – a Família continua sendo formada através de um casamento indissolúvel – “... o que Deus ajuntou NÃO SEPARE o homem...”.

5 – O Senhor Jesus depois que retornou ao céu continuou prestigiando a Família – At 2.1-2 - Foi numa casa, em Jerusalém, onde vivia uma Família, que o Espírito Santo desceu no dia de Pentecoste, inaugurando a Igreja que havia sido fundada no Calvário.

Foi nesta Casa que vivia a Família de Marcos, que mais tarde escreveria um dos Evangelhos; foi nesta Casa que a Igreja não apenas foi inaugurada, mas que também continuou se reunindo, especialmente para os Cultos de Oração. Foi para lá que Pedro se dirigiu quando um Anjo o libertou da prisão – At 12:12-13.

IV – A IGREJA, NO PRINCIPIO, SE REUNIA NAS CASAS DE FAMÍLIA:

Segundo a História, Roma era tolerante com as muitas religiões existentes no Império.

Porém, para Roma, o Cristianismo não era reconhecido como uma religião. Daí, nos primeiros séculos, não foi permitida a construção de Templos Cristãos.

(1) – A Igreja se reunia nas Casas - Cada Família era uma Igreja, em miniatura; cada Lar Cristão era um Templo. Havia uma Igreja em cada casa onde vivia uma Família Cristã. A Igreja não sendo reconhecida no principio, e perseguida, num segundo momento, reunia-se, clandestinamente, nas casas.

Ainda na era apostólica, os cristãos já eram conhecidos como “...estes que têm alvoroçado o mundo...” – Atos 17:6.

(2) – Havia relacionamento entre a Igreja e a Família e vice-versa - Nos três primeiros séculos, e de forma especial, no primeiro século, quando o Novo Testamento estava sendo escrito, Família Cristã era como sinônimo de Igreja Cristã. Assim, não há muitos escritos doutrinários destinados, especificamente, à Família, embora esta instituição tenha um papel predominante na Igreja.

Acontece que todos os ensinos, todas as orientações doutrinárias dirigidas à Igreja se aplicavam também às Famílias, dado o entrelaçamento existente entre estas duas instituições.

(3) – “A Igreja que está em sua casa” - Esta expressão é encontrada muitas vezes no Novo Testamento. O uso das casas dos cristãos para divulgação do Evangelho e para o ensino da Palavra de Deus começou em JERUSALÉM.

Em At 5:42, temos outro registro do uso das Casas, pela Igreja.

Foi ainda numa Casa onde residia uma Família que as portas da Salvação e do Batismo com o Espírito Santo foram abertas aos Gentios. Aconteceu na Casa de Cornélio – Atos 10.

Era também nas Casas das Famílias Cristãs que os Obreiros itinerantes, inclusive Paulo, em suas Viagens Missionárias, eram acolhidos e hospedados:

(A) - Em Filipo, Paulo hospedou-se na Casa de Lídia – At 16:15.

(B) - Paulo fez referencia a outra irmã hospedeira – a irmã Febe – Rm 16:2.

Temos, ainda, algumas outras passagens bíblicas que fazem referencia à Igreja reunindo-se nas Casas, tais como estas – I Cor 16:19; Fm 1:2; Cl 4:15

Como se pode observar, havia no primeiro século laços muito fortes no relacionamento entre A Família e a Igreja.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A Igreja foi concebida no coração de Deus, antes da fundação do mundo; a Família foi a primeira organização social constituída. Existiu antes da Escola, antes do próprio Estado e pode subsistir independentemente de qualquer outra Instituição Social.

Do ponto de vista sociológico a Família é considerada como uma unidade básica e universal. Básica, porque dela depende a sociedade; universal, porque ela se encontra em todas as sociedades humanas, de uma forma ou de outra.

Hoje, conquanto existam grandes e até suntuosos Templos, o ideal seria que cada Família crente continuasse sendo uma Igreja, em miniatura; que cada Lar Cristão fosse um “braço”, ou uma extensão de sua Igreja.

FONTE DE CONSULTA:

Estudo Bíblico: - “A Família e a Igreja” – do Prof. Antônio Sebastião da Silva