ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12- DATA: 23/06/2013
TÍTULO: “A FAMÍLIA E A IGREJA”
TEXTO ÁUREO – Sl 122.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm16:1-5, 7, 10, 11, 13, 15, 24
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
A
Família e a Igreja são duas instituições profundamente interligadas; são dois
projetos de Deus que continuam sob Sua proteção e que são objetos do Seu amor. Por
mais que Satanás e seus agentes (humanos e espirituais) se empenhem em
destruí-los, eles são indestrutíveis.
II – EM TODA A BÍBLIA HÁ
UM VÍNCULO ENTRE DEUS E A FAMÍLIA:
Quando
Deus quis formar a raça humana, formou, primeiro, uma Família – Gn 2:27-28 - Usando
esta Família, cumpriu o Seu propósito de encher a terra.
Com o
passar do tempo, Deus, por causa da corrupção da raça humana, tomou a decisão
de destrui-la. Antes, porém, escolheu uma Família, liderada por um homem justo,
para com ela repovoar a terra – Gn 9:1.
Deus
estava reafirmando o Seu propósito de manter a Família devidamente constituída,
como base da organização Social.
Para
formar uma Nação, através da qual traria ao mundo o Seu Filho, Deus foi buscar
em Ur dos caldeus uma Família já constituída – Gn 12:1-2.
Depois,
“...vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher...”-
Gálatas 4:4, mais uma vez Deus valorizou a Família.
Jesus,
o Filho de Deus, nasceria de uma virgem, conforme estava predito pelo Profeta
Isaías – Is 7:14.
Deus,
contudo, providenciou e permitiu que essa virgem fosse, primeiro, comprometida
para ser dada em Casamento. Desta forma, Seu Filho nasceu no seio de uma
Família devidamente constituída – Lc 1:26-27.
Sendo
que Jesus nasceria de uma virgem, sem qualquer concurso do homem, Deus poderia
ter liberado José do compromisso de casar-se com Maria. Porém, não foi o que
Deus fez! Deus queria que Jesus nascesse no seio de uma Família – Mt 1:20.
Deus
não quis que Jesus crescesse e fosse educado no confinamento de um Mosteiro,
num deserto, ou numa montanha. Ele teve uma Família, viveu até cerca de 30 anos
no meio dela. Só deixou sua casa, em Nazaré, quando iniciou o Seu Ministério.
Aos
olhos da sociedade Jesus tinha um pai, José, uma mãe, Maria, e, ainda, irmãos e
irmãs, conforme declara a Palavra de Deus – Mt 13:55.
Assim,
como menino e como jovem, Jesus morava numa casa, em Nazaré. Ali era seu Lar; ali
vivia Sua Família.
III – A FAMÍLIA
CONFIRMADA E PRESTIGIADA NO NOVO TESTAMENTO:
A
Família, desde sua criação, exerceu um papel de destaque no Plano de Deus
durante todo tempo do Antigo Testamento.
No Novo
Testamento A Família não apenas foi confirmada; foi também altamente
prestigiada por Deus.
Talvez,
a maior prova do apreço de Deus pela Família foi o fato de Seu Filho, Jesus,
ter nascido e crescido no aconchego de um lar, no seio de uma Família bem
estruturada.
(1) –
Jesus teve uma Família aqui na Terra - Nasceu como filho de um Casal que
constituiu uma Família de acordo com a Lei e a Palavra de Deus – Lc 2:4-5;
51-52; Mt 13.54-56.
(2) –
Jesus na função de “Pai de Família” - Embora a Bíblia nada fale sobre a morte
de José, fica claro que ele morreu antes de Jesus iniciar o seu Ministério. Com
a morte do pai (chefe da Família), o filho mais velho, ou primogênito, assumia
o seu lugar, como “Pai de Família”. Cabia a ele as responsabilidades que eram
do pai na condução de Sua Família.
Jesus
era o primogênito do casal José e Maria, conforme a Palavra de Deus declara – Mt 1:24-25.
Assim,
morrendo seu “pai” (José), o Senhor Jesus assumiu o lugar de Chefe, ou “Pai de
Família”, cabendo-Lhe a responsabilidade de cuidar, zelar, e prover o sustento
de Sua Família.
A
Bíblia afirma que Jesus foi “...homem de dores, e experimentado nos
trabalhos...”- Is 53:3. Jesus ora era chamado de “...o filho do
carpinteiro...”, ora de “...o carpinteiro...”- Mt 13:55 e Mc 6:3.
Para
nós, Pais de Família, é confortante saber que o Senhor Jesus passou pela
experiência que nós estamos passando – Ele também foi um “Pai”, ou Chefe de uma
família numerosa. Ele conhece as nossas dificuldades em prover as necessidades
de nossas Famílias.
Assim,
o Senhor Jesus, antes de iniciar Seu Ministério, durante cerca de quase trinta
anos, viveu no seio de uma Família. Foi um bom filho, um bom irmão, e
experimentou a responsabilidade de ser “Pai de Família”, após a morte de José.
3 –
Durante seu Ministério Jesus continuou honrando e prestigiando a Família:
3.1 – Seu
primeiro milagre foi realizado numa festa de Casamento - Jo 2:1-2 - A presença
de Jesus nesta festa é significativa: Ele atesta a confirmação da importância
da Família; confirmou que o modelo para a formação de uma Família continuava
sendo pelo casamento legítimo - Gn 1:28.
3.2 –
Jesus entrava nos lares, ceava com as Famílias; hospedava-se nas casas - Agindo
desta forma Ele valorizava as Famílias.
São
muitos os exemplos que poderíamos citar, aqui. Porém, vamos mencionar apenas
três:
(A) –
Jesus na casa de “um crente” - Mc 1:29-31 - Naquela casa, em Cafarnaum, vivia a
família do Apóstolo Pedro, que, embora a Igreja Católica Romana diga ter sido
ele Papa, era, contudo, casado, pois Jesus curou sua sogra.
(B) –
Jesus na casa de um Publicano (um homem desprezado pelos religiosos) - Lc
19.1-7 - Por cobrar impostos dos Judeus para os Romanos, os publicanos eram
desprezados e marginalizados pelos religiosos da época. Porém, o Senhor Jesus
prestigiou aquela, hospedando-se nela.
(C) –
Jesus na casa de um Fariseu – um Mestre religioso - Lc 7:36-50 - Este fariseu,
em cuja casa Jesus entrara, chamava-se Simão.
Certamente
que, ao entrar nestas diferentes casas, onde viviam famílias constituídas
segundo o modelo estabelecido por Deus, o Senhor Jesus estava prestigiando e
confirmando seu apreço pela instituição familiar.
Assim,
hoje, a relação entre A Família e a Igreja deve ser semelhante ao
relacionamento que Jesus teve com as famílias, durante Seu Ministério: Tal como
Jesus levou a bênção da cura à Casa de Pedro, a bênção da salvação à casa de
Zaqueu, a bênção do amor e do perdão à casa de Simão, também a Igreja, na
pessoa de seus Obreiros, ou de cada um de seus membros, deve ser um instrumento
de bênçãos para todas as Famílias.
4 –
Através de seu ensino Jesus confirmou o que Deus instituiu no principio – Mt 19.3-6
- O Senhor Jesus não mudou, em nada, o que Deus havia estabelecido em relação a
formação da Família. Fundado nestas palavras de Jesus, vamos destacar três
verdades sobre o relacionamento entre A Família e a Igreja:
4.1 –
Primeira Verdade – nada mudou no que diz respeito à formação inicial de uma
FAMÍLIA; ela continua sendo formada pela união de um homem e de uma mulher.
4.2 –
Segunda Verdade – a Família continua sendo formada através de um Casamento
Monogâmico, ou seja, o homem se unirá “à sua mulher”, e não às suas mulheres.
No principio Deus fez para Adão, apenas UMA EVA.
4.3 –
Terceira Verdade – a Família continua sendo formada através de um casamento
indissolúvel – “... o que Deus ajuntou NÃO SEPARE o homem...”.
5 – O
Senhor Jesus depois que retornou ao céu continuou prestigiando a Família – At 2.1-2
- Foi numa casa, em Jerusalém, onde vivia uma Família, que o Espírito Santo
desceu no dia de Pentecoste, inaugurando a Igreja que havia sido fundada no
Calvário.
Foi nesta
Casa que vivia a Família de Marcos, que mais tarde escreveria um dos
Evangelhos; foi nesta Casa que a Igreja não apenas foi inaugurada, mas que
também continuou se reunindo, especialmente para os Cultos de Oração. Foi para
lá que Pedro se dirigiu quando um Anjo o libertou da prisão – At 12:12-13.
IV – A IGREJA, NO PRINCIPIO,
SE REUNIA NAS CASAS DE FAMÍLIA:
Segundo
a História, Roma era tolerante com as muitas religiões existentes no Império.
Porém,
para Roma, o Cristianismo não era reconhecido como uma religião. Daí, nos primeiros
séculos, não foi permitida a construção de Templos Cristãos.
(1) – A
Igreja se reunia nas Casas - Cada Família era uma Igreja, em miniatura; cada
Lar Cristão era um Templo. Havia uma Igreja em cada casa onde vivia uma Família
Cristã. A Igreja não sendo reconhecida no principio, e perseguida, num segundo momento,
reunia-se, clandestinamente, nas casas.
Ainda
na era apostólica, os cristãos já eram conhecidos como “...estes que têm
alvoroçado o mundo...” – Atos 17:6.
(2) –
Havia relacionamento entre a Igreja e a Família e vice-versa - Nos três
primeiros séculos, e de forma especial, no primeiro século, quando o Novo
Testamento estava sendo escrito, Família Cristã era como sinônimo de Igreja
Cristã. Assim, não há muitos escritos doutrinários destinados, especificamente,
à Família, embora esta instituição tenha um papel predominante na Igreja.
Acontece
que todos os ensinos, todas as orientações doutrinárias dirigidas à Igreja se
aplicavam também às Famílias, dado o entrelaçamento existente entre estas duas
instituições.
(3) –
“A Igreja que está em sua casa” - Esta expressão é encontrada muitas vezes no
Novo Testamento. O uso das casas dos cristãos para divulgação do Evangelho e para
o ensino da Palavra de Deus começou em JERUSALÉM.
Em At
5:42, temos outro registro do uso das Casas, pela Igreja.
Foi
ainda numa Casa onde residia uma Família que as portas da Salvação e do Batismo
com o Espírito Santo foram abertas aos Gentios. Aconteceu na Casa de Cornélio –
Atos 10.
Era
também nas Casas das Famílias Cristãs que os Obreiros itinerantes, inclusive
Paulo, em suas Viagens Missionárias, eram acolhidos e hospedados:
(A) - Em
Filipo, Paulo hospedou-se na Casa de Lídia – At 16:15.
(B) - Paulo
fez referencia a outra irmã hospedeira – a irmã Febe – Rm 16:2.
Temos,
ainda, algumas outras passagens bíblicas que fazem referencia à Igreja
reunindo-se nas Casas, tais como estas – I Cor 16:19; Fm 1:2; Cl 4:15
Como se
pode observar, havia no primeiro século laços muito fortes no relacionamento
entre A Família e a Igreja.
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Igreja
foi concebida no coração de Deus, antes da fundação do mundo; a Família foi a
primeira organização social constituída. Existiu antes da Escola, antes do
próprio Estado e pode subsistir independentemente de qualquer outra Instituição
Social.
Do
ponto de vista sociológico a Família é considerada como uma unidade básica e
universal. Básica, porque dela depende a sociedade; universal, porque ela se
encontra em todas as sociedades humanas, de uma forma ou de outra.
Hoje,
conquanto existam grandes e até suntuosos Templos, o ideal seria que cada
Família crente continuasse sendo uma Igreja, em miniatura; que cada Lar Cristão
fosse um “braço”, ou uma extensão de sua Igreja.
FONTE DE CONSULTA:
Estudo Bíblico: - “A Família e a Igreja” – do Prof. Antônio Sebastião da
Silva
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