ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 03/05/2015
TÍTULO: “JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS"
TEXTO ÁUREO – Lc 14.27
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 14.15-35
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I - INTRODUÇÃO:
Quando Cristo iniciou seu ministério,
escolheu doze discípulos que aprenderiam com Ele, para depois pregarem,
ensinarem e continuarem a grande obra a realizar-se até a consumação dos
séculos (Mt28.20).
II - OS DOZE APÓSTOLOS:
(1) - A procedência dos primeiros
discípulos. Eram galileus. No conceito judaico, Cristo não nasceria na Galiléia
e nem de lá surgiriam profetas (Jo 7.41-52).
Jesus não chamou seus discípulos da
corte herodiana - 1 Co 1.26.
Não os escolheu de Jerusalém, dentre
os principais sacerdotes e anciãos, mas da Galiléia, exceto Judas Iscariotes,
que era judeu.
(2) - As qualidades dos primeiros apóstolos.
Jesus chamou, primeiro, dois pares de irmãos: Pedro e André, Tiago e João (Mc
1.16-20).
Eles eram discípulos de João
Batista. Submeteram-se ao batismo do arrependimento. Os mais dispostos a seguir
a Cristo, aceitaram de bom grado as regras da nova vida de fé.
Além disso, compunham duas famílias estruturadas,
que trabalhavam juntas (Lc 5.9-11).
(3) - Exerciam uma profissão modesta.
Eram pescadores. Cristo não despreza o homem, por exercer
uma profissão humilde. Quem estiver
pronto a trabalhar e a aprender, será útil à causa do Mestre.
III - A ESSÊNCIA DA CHAMADA:
Todas as palavras de Jesus eram
plenas de objetividade.
(1) - O teor da chamada - Mc 1.17 - Três
fatos importantes compõem o chamado de Cristo:
(A) - "Vinde a mim " - Vir
a Jesus é condição essencial para que alguém seja enviado a pregar o Evangelho
de Cristo.
(B) - "Eu vos farei" -
Nenhum homem, por si mesmo, pode elevar-se à categoria de ministro de Cristo,
pois Ele mesmo disse:
"Sem mim nada podeis
fazer" (Jo 15.5);
"O homem nada pode receber, sem
que do céu lhe seja dado" (Jo
3.27). Leia também Zacarias 4.6 e Tiago 1.17.
(C) - "Pescadores
de Homens" - Jesus não os chamou
apenas para proferirem belos discursos. Escolheu-os para participarem de seu
plano de salvação.
Pescadores de homens significa ganhadores de almas para o reino de Deus.
Pescadores de homens significa ganhadores de almas para o reino de Deus.
(2) - Jesus chamou-os
para o trabalho - Não os escolheu para uma
vida cômoda, cheia de regalias.
Chamou pescadores, experientes no trabalho árduo,
e de riscos constantes, que exigia coragem para enfrentar os perigos, e
vigilância para evitar possíveis tragédias.
Estas condições determinam o perfil de homem chamado
por Cristo, nos dias atuais. Tem que ter disposição para trabalhar e libertar
os escravos de Satanás, e vigiar, para não ser enlaçado nos seus ardis (l Pe
5.8).
(3) - A prontidão dos
discípulos - Sem pensar em honrarias
e sem temer dificuldades, eles deixaram suas redes de pescar, e prontamente se
dedicaram ao labor de pregar o Evangelho, que "é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16).
Aliás, a Igreja nasceu, quando ninguém tinha de que
se orgulhar. O ministério não é motivo de orgulho e não serve para honrar
comodistas, atraídos por interesses próprios.
III - A NATUREZA DA CHAMADA:
A chamada de Cristo para o
trabalho é de natureza comum e específica.
(1)
- A chamada de natureza comum - A Igreja é o corpo de Cristo, composto de muitos membros, e
todos devem contribuir para o seu desenvolvimento e edificação, mediante o
testemunho, o conselho e a oração. "Para cada crente, o Mestre preparou um
trabalho certo, quando o resgatou".
(2) - A chamada de natureza específica
- Além
da participação de todos, existem ministérios distintos, para os quais há
homens chamados por Deus.
À luz das Escrituras, essas
chamadas sempre foram precedidas de marcantes experiências espirituais, pelas
quais as pessoas foram capacitadas a colocar em plano inferior todos os demais
interesses.
Moisés, apesar de sua posição
elevada c da instrução "em toda a ciência dos egípcios", tornou-se
"poderoso em suas palavras e obras" (At 7.22). Os quarenta anos como
pastor de ovelhas, no deserto, contribuíram para torná-lo manso (Nm 12.3).
Entretanto, só após a
experiência da sarça ardente, foi capacitado para a grande missão de libertar o
povo israelita, escravizado no Egito (Êx 3.2-10).
Temos também os exemplos de Isaías
(Is 6.l -8) e de Saulo, no caminho de Damasco (At 9.1-22).
(3)
- A chamada para um trabalho divino - Ele sempre comove o homem a sentir
profundo amor pelas almas, sem pensarem recompensas materiais. Aliás, esta é
uma condição imposta por Jesus: capacidade de vencer todos os obstáculos e de
suportar os sacrifícios, por esta causa gloriosa.
(4)
- Chamada divina, um desafio irresistível - A chamada divina manifesta-se
na vida do candidato ao ministério, antes de sua consolidação. Constitui-se,
na pessoa, um desafio irresistível, a ponto de ela nada temer, mesmo
consciente das inúmeras adversidades que enfrentará em favor do reino de Deus.
A chamada divina o inflama. A paixão pelas almas o domina. O executar a sua
missão, em qualquer circunstância, proporciona-lhe a maior felicidade, por tudo
o que sofrerá.
(5)
- A chamada e o preparo intelectual - A instrução, o preparo intelectual
e o treinamento em um educandário cristão não constituem uma chamada divina
para o santo ministério. Estes fatores, indubitavelmente, tomam mais amplas as
oportunidades do servo de Deus c são úteis ao seu ministério.
Ninguém pode ensinar o que não
aprendeu. Os que se aventuram, envolvem-se em confusão, e caem no descrédito
das pessoas entendidas no assunto.
(6)
- O mérito das escolas
de preparação - Quanto
aos seminários e institutos, a formação e o nível espiritual deles
determinarão, em grande parte, a condição espiritual do ministro.
Por outro lado, nenhum preparo
intelectual substitui a meditação na Palavra de Deus e a oração. A isto, temos
denominado de "velho método", pois o encontramos na Bíblia, desde
tempos remotos: "Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos..." (Nm
14.5-7).
Diante dos problemas da primeira
comunidade cristã, os apóstolos buscaram soluções que lhes permitissem
dedicar-se à oração e ao ministério da palavra (At 6.4).
IV
- CHAMADA
E HABILITAÇÃO:
Conhecimento profundo das Sagradas
Escrituras, aliado à poderosa unção do Espírito Santo, completa a habilitação
daquele que é chamado por Deus para o seu serviço.
(1)
- A divina condição para o trabalho - O ganhador de almas, com a
mente esclarecida pela Palavra de Deus, e a alma inflamada pelo zelo e santo
amor, c o coração abrasado pelo Espírito Santo, tem condição de entender c
expor com segurança a razão de sua fé e esperança (l Pe 3.15).
(2)
- Homem capaz, para uma obra excelente - l Tm 3.1 - É lógico: para uma excelente obra é
necessário um homem capaz. Em adição a isto, aplicamos a pergunta de Paulo:
"E para estas coisas quem é idôneo?" (2 Co 2.16).
(3)
- A responsabilidade do ganhador de almas - Certa ocasião, ouvimos de um
obreiro improdutivo esta desculpa: "Cada um tem seus diferentes
dons". Isto é verdade, mas não se aplica aos descuidados e indolentes, que
agem como se não fossem responsáveis pelos seus insucessos.
Se, de fato, possuímos
diferentes dons espirituais, estes resultarão em notável êxito no nosso
ministério. Buscamos zelosamente os dons espirituais, para a edificação da
Igreja (l Co 14.12).
Os ministérios (Ef 4.11,12)
também exercem suas funções na edificação do corpo de Cristo, e visam um fim
proveitoso (l Co 12.7).
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Somos continuadores da obra
que Jesus confiou aos 12 apóstolos. E Cristo não mudou. Portanto, temos a mesma
capacidade outorgada pelo Espírito à Igreja Primitiva. Então, mãos ao arado!
FONTE DE CONSULTA E PESQUISA:
Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre de 1994 - Comentarista: Estevam Ângelo
de Souza
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