ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 03 - DATA: 19/04/2015
TÍTULO: “A INFÂNCIA DE JESUS"
TEXTO ÁUREO – Lc 2.52
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 46-49; 3.21-22
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
O N.T. relata a vida de Jesus e
conta-nos os acontecimentos que marcaram Seu nascimento e Seu ministério. Com
exceção de um episódio aos doze anos de idade, nada é dito sobre Sua infância
ou o que aconteceu até os trinta anos.
II – O
CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO NATURAIS DE JESUS:
Lc 2:40, 46, 52 – A humanidade de
Jesus passou pelos diversos estágios de desenvolvimento, como qualquer outro
membro da raça. Da infância à juventude e da juventude à idade adulta, houve
crescimento constante, tanto em Seu vigor físico como em Suas faculdades
mentais. Até que ponto Sua natureza impecável influiu em Seu crescimento, não
somos capazes de afirmar.
Parece claro, entretanto, pelas
Escrituras, que devemos atribuir o crescimento e o desenvolvimento de Jesus à
observância das leis da natureza, à educação que Ele recebeu em um lar piedoso.
Pode-se atribuir Seu desenvolvimento, também, às instruções recebidas no
templo, por Seu próprio estudo pessoal das Escrituras e por Sua comunhão com o
Seu Pai.
Tanto o elemento humano como o
divino participaram de Sua criação e Seu desenvolvimento, que foram tão reais
na experiência de Jesus como na de qualquer outro ser humano.
Mt 3:17 – Sem dúvida alguma, Jesus
passou o tempo de Sua infância e juventude fazendo o que precisava fazer, com a
mesma dedicação que mais tarde caracterizaria Seu ministério. Sua fidelidade
foi reconhecida no momento do Seu batismo, quando se ouviu a voz de Deus-Pai.
Nenhum milagre, nenhum discurso, nada havia sido feito em grande escala até
então, mas sabemos que o Pai se agradava do Filho.
Seja lá o que for que Jesus tenha
feito durante os anos de silêncio, foi bem feito, agradou ao Pai celestial e,
embora desejemos conhecer mais, devemos contentar-nos em saber que Jesus
permaneceu fiel a Seu chamado durante a juventude.
III – A PRIMEIRA INFÂNCIA DE JESUS:
(1) - JESUS EM BELÉM – (Lc 2:22-39) – Lucas relata o nascimento de
Cristo, festejado pelos anjos e pastores. Nada mais informa, até a Sua
apresentação no Templo, quarenta dias após o Seu nascimento, conforme a lei e o
retorno de Seus pais para a Galiléia.
(2) - JESUS NO TEMPLO – Simeão e Ana tomaram a Jesus nos braços e
profetizaram a respeito dEle, no momento de Sua apresentação, para o
cumprimento das ordenanças divinas. Jesus era o Unigênito de Deus Pai e o
primogênito de Maria. Conforme a Lei, aos quarenta dias, era levado ao templo
para ser consagrado ao Senhor. Por isso, Jesus também foi apresentado a Deus
(Ex 22:29 cf Lc 2:23) - (Lv 12:1-6).
A lei exigia um cordeiro e um
pombinho. Os pobres, porém, poderiam oferecer duas rolinhas ou dois pombinhos
em vez do cordeiro. Maria e José eram pobres. Jesus foi criado por homem e
mulher pobres; passou 30 anos na casa de pobres; comia comida de pobres; vestia
roupa de pobres; exercia ofício de pobres; conheceu os problemas e os
sofrimento dos pobres.
(3) - O RESGATE DO PRIMOGÊNITO – Nm 18:15 – De acordo com a lei, o
primogênito era consagrado a Deus. A Bíblia porém, não faz menção sobre o
resgate de Jesus.
(4) - A VISITA DOS MAGOS – Os pastores adoraram o menino Jesus na
estrebaria em Belém, os magos não. A visita destes aconteceu, provavelmente,
alguns meses depois do nascimento de Jesus. Alguns estudiosos acham que seis
meses ou mais (Mt 2:11); a fuga para o Egito aconteceu depois (Mt 2:13).
IV – A SEGUNDA INFÂNCIA DE JESUS:
(1) - O CUIDADO PATERNO E O DESENVOLVIMENTO DE
JESUS – Em Sua infância Jesus dependeu dos cuidados dos pais, como
qualquer outra criança.
(2) - O DESENVOLVIMENTO DISTINTO DE JESUS
- Lc 2:40 – Jesus evidenciou um desenvolvimento distinto dos demais meninos.
Quando outras crianças eram fracas no entendimento e inaptas para certas
resoluções, Jesus se mostrou forte no espírito e tomou decisões corretas.
Pelo Espírito Santo, Seu
ser revestia-se de extraordinário vigor. Enquanto outros meninos sofriam a influência
da natureza pecaminosa, Ele se colocava acima de tais influências. Era o alvo
do favor divino. São estes, apenas, os dados históricos que registramos da
infância do nosso Salvador, antes do Seu aparecimento no Templo, aos doze anos.
Vejamos o desenvolvimento que o Senhor quer ver em Seus filhos (cf I Pe 2:1; II
Pe 1:5-8; 3:18; Hb 5:11-6:3).
V – A ADOLESCÊNCIA DE
JESUS:
O que chamamos de adolescência de
Jesus é a Sua idade de doze anos, quando foi com Seus pais a Jerusalém.
(1) - O EXEMPLO DOS PAIS E A VOCAÇÃO DE JESUS – (Lc 2:41-42) – O
comparecimento ao culto de Deus faz parte dos preceitos divinos e tem relação
com o bem estar espiritual dos seus filhos, desde os longos anos antes de
Cristo. Os pais de Jesus subiam, anualmente, a Jerusalém, para a Páscoa. Jesus,
aos doze anos, foi com eles e marcou esta etapa de Sua vida com um belo exemplo
de dedicação a Deus. Nazaré distava de Jerusalém 120 km e José e Maria eram
pobres. Jesus escolheu para o ambiente de Sua mocidade um lar modelo: José era
justo (Mt 1:14) e Maria andava com Deus (Lc 1:48).
(2) - JESUS OBEDECEU AOS PRECEITOS JUDAICOS – Os mestres
preceituavam que, a partir dos doze anos, os adolescentes começariam a jejuar
de vez em quando e, a partir daí, seriam considerados filhos da sagrada
aliança. Os que dessem provas de obediência e consagração, fariam parte da vida
religiosa de Israel. Jesus satisfez a essas exigências, por força da vocação
divina.
(3) - OS PAIS DE JESUS EM JERUSALÉM – Lc 2:44-45 - Os pais
permaneceram em Jerusalém durante os dias da Páscoa. Ao voltarem, verificaram
que o menino não os acompanhara. Procuraram-no durante três dias entre os
companheiros de viagem e os parentes e não o encontraram. Jesus estava no
templo, com os doutores da Lei. Em sentido figurado, isto nos ensina que é mais
fácil encontrá-lo na Igreja do que entre amigos e parentes (Sl 26:8). Jesus
permaneceu em Jerusalém, mesmo depois da festa. Toda a vida de Jesus, desde a
infância, é um livro aberto que nos ensina verdades profundas e eternas (I Pe 2:21b).
(4) - A PERSISTENTE PROCURA DOS PAIS – Jesus estava no Templo, mas
Seus pais não o sabiam. Preocupados com a Sua ausência, procuraram-No até
encontrá-Lo em Jerusalém. Este exemplo orienta os que se separam de Cristo: O
certo é voltarem ao lugar onde Jesus pode ser encontrado, onde já estiveram: NA
CASA DO SENHOR!
VI – EXEMPLOS DO
DESENVOLVIMENTO DE JESUS:
(1) - EXEMPLO DE DEDICAÇÃO ESPIRITUAL – Lc 2:46 – No terceiro dia,
os pais de Jesus O encontraram no Templo entre os doutores. Eles discutiam as
questões fundamentais das Escrituras. Isto não era somente uma instância da
divina sabedoria na vida de Jesus, mas, também, revelava o Seu desejo de
crescer, tanto no conhecimento como de comunicar aos Seus ouvintes a sabedoria
de Deus. Desse modo, tornava-se o grande exemplo para os garotos de sua idade,
que aprendem com Cristo a se deleitar na companhia dos que lhes proporcionam
instrução e dignificam suas vidas no vigor dos dias.
(2) - JESUS OS OUVIA – Os que desejam aprender as coisas
espirituais, devem estar prontos para ouvir, reverentes para aceitar e dóceis
para obedecer.
(3) - JESUS LHES PERGUNTAVA – Conquanto já tivesse autoridade
divina para ensinar, Jesus perguntava, pois desejava aprender (Lc 2:47).
(4) - A PREOCUPAÇÃO DE MARIA – Lc 2:48 - Ao vê-lo no Templo, Maria
tranqüilizou-se e maravilhou-se aos ver como era admirado e respeitado pelos
doutores da Lei. Os pais de Jesus o buscaram com preocupação, mas o encontraram
com alegria e grande júbilo.
(5) - JESUS NA CASA DO PAI – Lc 2:49 – O desenvolvimento
espiritual de Jesus concedeu-eu, aos doze anos, consciência da importância de
Deus em Sua vida. Cuidar dos negócios do Pai, fazer a Sua vontade e realizar a
Sua obra eram os principais objetivos da vida terrena de Jesus. Para Ele, era
mais importante do que comer, beber e o aconchego do lar paterno.
(6) - JESUS, EXEMPLO DE SUBMISSÃO – Lc 2:51 - Submissão é hoje uma
palavra fatídica para muita gente, especialmente para adolescentes e jovens que
aspiram a liberdade que, não raro, os leva a fins trágicos. Submissão significa
sujeição aos superiores. O sentido da submissão de Jesus tem relação com Sua
atividade de carpinteiro, sob a orientação de José (Mt 13:55: Mc 6:3).
VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
II Pe
3.18 - O alvo do crente é o crescimento. Porém, este crescimento não acontece
de qualquer forma; antes ocorre nas esferas da graça e do conhecimento do
Senhor.
Crescimento
sem conhecimento é uma deformação, assim como o é também, o crescimento sem a
graça.
O cristão
deve atentar para o fato de que onde se privilegia apenas o conhecimento
intelectual, sem a adição da graça, o levará a una vida árida.
Da mesma
forma, esse mesmo crescimento, onde se privilegia apenas a revelação e
menospreza a razão, conduzirá ao fanatismo.
O
crente deve, a exemplo do seu Senhor, crescer de forma integral.
FONTES DE
CONSULTA:
1.
Teologia Elementar – Imprensa
Batista Regular – E. H. Bancroft
2.
101 Perguntas que as Pessoas Mais
Fazem Sobre Jesus – JUERP – Don Stewart
3.
Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1994 –
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
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