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3 de jul. de 2012

3º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 02 - 08/07/2012 - "A ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 02 - DATA: 08/07/2012
TÍTULO: “A ENFERMIDADE NA VIDA DO CRENTE”
TEXTO ÁUREO – Sl 41.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Is 38.1-8
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

- As doenças têm afligido o homem desde que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden. Apesar de podermos saber a origem de algumas delas, sabemos que nem sempre houve uma explicação simples para isso.


II - ORIGEM DAS ENFERMIDADES:

- Is 53:4 - A palavra “ENFERMIDADE” é a mesma usada para indicar “DOENÇAS FÍSICAS” - II Cr 16:12; 21:15-19; Is 38:9.

- A palavra “DORES” indica “DORES FÍSICAS” - Jó 33:19

- Em Mt 8.17 nos é fornecida uma tradução mais literal de Is 53:4 – “enfermidades” e “doenças”.

- Enfermidades, pois, inclui toda forma de doença: do corpo e da alma.

- Dito isto, leiamos: Dt 28:15, 20-22, 27-28, 35, 58-61 e meditemos:

- As traduções que possuímos desses trechos bíblicos nos levariam a acreditar que o próprio Deus coloca enfermidades e aflições no Seu povo, pois o texto diz “O SENHOR TE FERIRÁ”.

- No entanto, segundo nos informam os estudiosos do hebraico: No original, o verbo é usado no SENTIDO PERMISSIVO mais do que no SENTIDO CAUSATIVO.

- Assim, na realidade, a correta tradução seria: - “O Senhor PERMITIRÁ que venham estas maldições sobre ti...”

- Muitos outros verbos têm sido traduzidos no sentido causativo em nossas bíblias. Por exemplo: I Sm 16:14; Is 45:7; Am 3:6 - O hebraico original desses versículos foi escrito NO TEMPO PERMISSIVO.

- Mas, visto que nossa língua não tem um tempo permissivo correspondente, os verbos foram traduzidos no TEMPO CAUSATIVO.

- Logo, Deus não é e nem pode ser a origem ou o criador das enfermidades; ELE APENAS AS PERMITE.

- Vejamos, pois, de onde as enfermidades podem se originar:

1) - O PECADO - Rm 5:12 - Não havia enfermidades no mundo, antes que houvesse pecado. Uma das trágicas consequencias do pecado foi precisamente o aparecimento de dores e enfermidades. Não existe uma cidade no mundo que não disponha de cemitérios, hospitais, médicos, farmácias. Parte da maldição ocasionada pela queda foi a sujeição do corpo humano às enfermidades e à morte física. Até o término da ordem atual, faz parte da vida humana sofrer enfermidades e doenças que estão no mundo como penalidade por causa da queda. Tal problema somente cessará definitivamente quando o pecado for erradicado completamente deste planeta.

- Entretanto, devemos evitar supor que todas as enfermidades e morte sejam consequencia direta de um pecado imediato. A enfermidade está no mundo por causa do pecado, mas Jesus reconheceu que a maldição é geral e aflige as pessoas, independentemente de retidão pessoal ou de pecado (Lc 13:1-4)

- É claro que o pecado pode estar envolvido na causa primária da doença. Podemos ver o caso do homem a quem Jesus curara no poço de Betesda (Jo 5:14). Mas, por outro lado, Jesus deixou claro que nem o homem que nascera cego, nem seus pais tinham pecado (Jo 9:1-3; Mc 2:12)

2) - SATANÁS - Sendo o autor da entrada do pecado no mundo, através de Adão, temos que responsabilizá-lo também pelo problema geral das enfermidades. A bíblia menciona inúmeros casos em que os enfermos estavam assim por causa de espíritos malignos, espíritos de enfermidade, espírito de depressão, espírito de rebelião, espírito de desobediência.

- O N.T. reconhece que os demônios podem causar enfermidades às pessoas e atormentá-las cruelmente (Mt 9:32-33; 12:22; 17:4-16; Mc 9:20-22; Lc 13:11, 16)

- Mas Jesus não tratava as enfermidades como resultado de possessão ou atividade demoníaca. OS POSSUÍDOS POR DEMÔNIOS ERAM DISTINGUIDOS NUMA CLASSE EM SEPARADO, DIFERENTE DOS QUE PADECIAM ENFERMIDADES. Vejamos os seguintes casos: Mt 4:24 cf Lc 5:12-13 - Nenhum demônio estava envolvido na lepra.

- Lc 5:24-25 - O paralítico precisava ter os seus pecados perdoados. Mesmo assim, o perdão não trouxe cura automática. O homem só foi curado quando Jesus o mandou levantar-se. (NÃO HAVIA QUALQUER INDÍCIO DE PODER DEMONÍACO ENVOLVIDO EM SUA PARALISIA).

- Muitas passagens bíblicas estabelecem uma clara distinção entre as enfermidades não causadas por demônios e aquelas causadas por eles: Mt 4:24; 8:16; 9:32-33; 10:1; Mc 1:32; 3:15; Lc 6:17-18; 9:1 - EM NENHUMA DESSAS PASSAGENS HÁ A MENOR INDICAÇÃO DE QUE QUALQUER DESSAS ENFERMIDADES FOSSE CAUSADA POR DEMÔNIOS EM PESSOAS QUE ESTAVAM EM CORRETA RELAÇÃO COM DEUS.

3) - INGRATIDÃO - Lc 17:12-19 - Dez leprosos foram curados por Cristo, mas somente um voltou para agradecê-lo. Para recompensar-lhe a gratidão, Jesus não se limitou a curar-lhe a enfermidade física; concedeu-lhe também a saúde espiritual. Os outros nove, devido a sua ingratidão, receberam apenas a cura do corpo. A ingratidão é, sem dúvida, uma maneira de se atrair não somente moléstias físicas, como também enfermidades espirituais.

4) - PERMISSÃO DIVINA - Dois notáveis exemplos são Jó (Jó 1:8-12) e Paulo (Gl 4:13 cf Gl 4:15; 6:11; Rm 16:22) - Em raras e especiais ocasiões, Deus, em Sua soberania, permite a Satanás que nos toque o corpo com doenças e enfermidades. Devemos levar em conta, também, que através do sofrimento, o Senhor capacita-nos a consolar aqueles que se acham em dificuldades (II Cor 1:3-5). Alguém que tenha enfrentado longa enfermidade ou rigoroso pesar, e passa então a desfrutar do alívio proporcionado pelo toque de Cristo, torna-se mais perseverante no orar, mais compassivo no aconselhar e mais amoroso no ajudar o próximo.

5) - PARTICIPAR INDIGNAMENTE DA CEIA DO SENHOR - I Cor 11:27-30 – Participar indignamente é quando o crente não age por amor, em favor da comunhão da Igreja e também quando é insensível para com a presença de Cristo, ingrato para com o Seu amor sacrificial e irresponsável quanto ao significado de sua redenção. Quem age indignamente durante a Ceia do Senhor, ou seja, age indignamente em relação ao Filho de Deus crucificado, mostra-se indigno de Cristo. Na verdade, peca contra Cristo e demonstra que não se apropriou dEle por fé.

- Alguns comentaristas sugerem que profanar o corpo e o sangue é uma forma de ser culpado da crucificação de Cristo. Pela conduta na Ceia, a pessoa mostra se O confessa ou se O crucifica.

6) - HEREDITARIEDADE ou HEREDITÁRIAS - Quando os genes do pai e da mãe se juntam no momento da concepção, é possível que certas disfunções ou enfermidades, sejam transmitidas ao ser que acaba de ser gerado. À semelhança das características pessoais, essas transmissões variam desde a tendência à epilepsia, passando pelas doenças respiratórias, enxaquecas, indo até a síndrome de Down.

7) - CONGÊNITO - Certas doenças são transmitidas às crianças por seus pais. Uma criança em gestação sofrerá os efeitos da má nutrição ou herdará as doenças da mãe, se esta não receber os devidos cuidados pré-natais. Pesquisas científicas indicam que o consumo de álcool e de drogas, por parte das gestantes, pode afetar a criança. Entre os mais graves riscos, encontra-se a SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL.

8) - DESOBEDIÊNCIA ou QUEBRA DAS LEIS DA NATUREZA - a negligência nos deveres sanitários ou falta de higiene; descuido nos hábitos alimentares (dietas inadequadas ou desnutrição); sono insuficiente; abuso de medicamentos.

9) - TRABALHO EXCESSIVO - Fp 2:30 - Epafrodito havia se excedido a si mesmo no trabalho do Senhor e em seus préstimos ao apóstolo Paulo. Um exagero evidente em seu zelo pelo Reino de Deus. Em nossa movimentada sociedade, onde todos correm para lá e para cá, é necessário que tenhamos momentos de recreação e entretenimentos apropriados, que funcionem como válvula de escape, a fim de aliviarmos a pressão psicológica, com equilíbrio, pois vejamos o que diz a Palavra do Senhor em I Tm 4:8.

10) - ACIDENTES ou FERIMENTOS - Cujos danos não são detectados imediatamente, poderão, mais tarde, resultar em problemas físicos e mentais, com sérias complicações.

11) - PREOCUPAÇÃO, ANSIEDADE, MEDO ou COMPLEXO DE CULPA - Estas coisas causam, pouco a pouco, distúrbios emocionais que acabam por interferir no processo digestivo ou no próprio descanso, tão necessário ao bom funcionamento do corpo (I Jo 4:18; Fp 4:7).

12) - ENDEMIA – Enfermidade, geralmente infecciosa, habitualmente comum entre pessoas de uma região, cuja incidência se prende à ocorrência de determinados fatores locais. Caracteriza-se por não se atingir e nem se espalhar para outras comunidades.

13) - EPIDEMIA – É uma doença infecciosa que ocorre numa comunidade ou região, e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo e desconhecido agente.

- A “gripe aviária”, por exemplo, é uma doença “nova”, que se iniciou como surto epidêmico. Assim a ocorrência de um caso de uma doença transmissível (por exemplo: poliomielite) ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área (por exemplo: gripe do frango), requerem medidas de avaliação e uma investigação completa, pois representam um perigo de originarem uma epidemia.

- Com o tempo e um ambiente estável, a ocorrência de doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica.

14) - PANDEMIA – Uma epidemia de grandes proporções, que se espalha a vários países, a mais de um continente, ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. Exemplo tantas vezes citado é o da chamada “gripe espanhola”.

- Resumindo:

(A) – Quando uma doença existe apenas em uma determinada região, é considerada uma endemia (ou proporções pequenas da doença que não sobrevive em outras localidades).

(B) – Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou região, denominamos de epidemia.

(C) – Quando, porém, uma epidemia se alastra de forma desequilibrada, espalhando-se por outras regiões, pelos continentes ou pelo mundo, ela é considerada e denominada de pandemia.


III – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- A bíblia chama o nosso atual corpo de corpo mortal. Enquanto o possuirmos, estaremos sujeitos a enfermidades, até que recebamos um corpo glorioso, superior e não suscetível de qualquer sofrimento. Até lá, busquemos a cura na fonte real: O Senhor Jesus, pois, seja para as enfermidades do corpo, seja para as enfermidades da alma, o Médico Divino, o Médico dos médicos terá sempre o bálsamo restaurador para nos dar o alívio.


FONTES DE CONSULTA:

1) Lições Bíblicas - Ed. CPAD - 4º trimestre de 1982 - comentarista: Geziel Gomes

2) Idem - idem - 3º trimestre de 1988 - comentarista: Raimundo de Oliveira

3) Deus ainda cura enfermos atualmente? - Chamada da Meia Noite - Wim Malgo

4) Doutrinas Bíblicas, uma perspectiva Pentecostal - Ed CPAD - William W. Menzies e Stanley M. Horton

5) Como receber a cura divina - Ed CPAD - Bernhard Johnson

Um comentário:

Ta na Biblia disse...

Parabéns, saiba que o vosso trabalho não é vão, pois muitas pessoas aprendem e com isso o ide do senhor é atendido como ensina Biblia.