ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 06 - DATA 08/05/2016
TÍTULO: “A LEI, A CARNE E O ESPÍRITO”
TEXTO ÁUREO – Rm 7.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm 7.1-15
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 06 - DATA 08/05/2016
TÍTULO: “A LEI, A CARNE E O ESPÍRITO”
TEXTO ÁUREO – Rm 7.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Rm 7.1-15
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
I –
INTRODUÇÃO:
O
conflito que hoje estudaremos constitui uma batalha real, cruel e sustentada na
experiência de todo cristão; nossa mente se deleita na lei de Deus, desejosa de
cumpri-la, porém nossa carne se opõe obstinadamente a ela e se nega a toda
possibilidade de submissão.
II -
CARACTERÍSTICAS DA LEI:
1 - Origem divina - Êx 20.1 - Embora muitas vezes a Lei do Senhor
dada através de Moisés seja chamada de Lei de Moisés (Js 8.31; I Rs 2.3; Ed
7.6; Lc 2.22;24.44; I Co 9.9), o registro do capítulo 20 do livro do Êxodo nos
mostra que Deus é a origem da Lei.
Durante todas as negociações entre
israelitas e egípcios, quando os primeiros eram escravos dos últimos, o papel
de Moisés era o de mediador. Deus não falou com Faraó, mas mandou Moisés lhe
falar.
Moisés continuou no papel de
mediador durante a Páscoa (Ex 12.3) e o êxodo (Ex 14.2).
No Sinai, sua função continuava
sendo a de transmitir a palavra de Deus ao povo (Êx 19.6).
Por outro lado, na revelação do
Decálogo esse aspecto foi omitido. Moisés ouviu juntamente com o povo, ao qual
Deus falou de modo direto (Êx 20.1). Essa é uma forma de a Bíblia nos dizer
que, quando lemos o Decálogo, estamos frente a frente com a excelência da
vontade de Deus para seus seguidores, no que diz respeito a estilo de vida e
compromisso moral. Observe a sequência aos Dez Mandamentos: - (Ex 20.22), não
do Sinai.
2 - Princípios imutáveis (Êx 24.12).
A Lei foi escrita em
tábuas de pedra pelo próprio Deus.
Nos países orientais, a pedra
simbolizava a perpetuidade da lei, ali contida. As tábuas de pedra estavam
escritas em ambas as faces, indicando quão completa era aquela legislação.
Subsequentemente, as tábuas de pedra foram guardadas no lugar sagrado do tabernáculo,
salientando o ato e a importância da revelação divina.
3 - Objetivos definidos. Todo o povo precisa ter leis, e até
as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal ou informal. Com o
povo de Israel não podia ser diferente. Deus revelou sua Lei para os israelitas
no Sinai (Êx 20.1,2). A Lei era necessária por pelos menos três motivos:
3.1 - Proporcionar uma norma moral
para os redimidos. A
Lei revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo (Êx 19.4-6;
20.1-17) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus
pecados (Lv 1.5; 16.33).
A Lei não foi dada como um meio de
salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um
relacionamento de salvação com Deus (Êx 19.4; 20.2) a fim de instruí-lo na
vontade do Senhor, para que pudesse realizar o propósito de Deus (Êx 19.6).
Logo, a revelação foi dada “não para dar, mas para orientar
a vida” (Lv 20.22,23).
3.2 - Demonstrar a natureza e o
caráter de Deus. A
Lei expressava a natureza e o caráter de Deus, isto é, seu amor, bondade,
justiça e repúdio ao mal, sobretudo que o Deus de Israel é Santo (Lv 11.44,45;
19.2; 20.7,26; 21.8).
A Bíblia denomina Deus de “santo”
(Sl 99.3). Ele é chamado de o “Santo de Israel” no (Sl 89.18);
e, no livro do profeta Isaías, aproximadamente trinta vezes (Is 1.4; 57.15).
A santidade é uma característica da
própria natureza de Deus, e não somente expressão de um procedimento santo. Ele
mesmo diz: “Eu sou santo” (Lv 19.2; Sl 99.6,9; I Pe 1.16).
3.3 - Mostrar
à humanidade seu estado pecaminoso e revelar que só pela graça podemos ser
salvos - Rm 3.20.
A Lei não fora dada como um meio de se alcançar a salvação, mas “nos
serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos
justificados” (Gl 3.24).
A
palavra grega traduzida por “aio” é “paidagõgos” que significa
“instrutor”, “professor” e indica um escravo, cuja tarefa era cuidar de uma
criança até que ela chegasse à idade adulta.
A Lei
serviu de aio para mostrar os nossos pecados e nos conduzir a Cristo (Gl 3.25).
III
- A NATUREZA DA CARNE:
AS MARCAS DA
CARNE – Caracterizam-se pela sutileza e hipocrisia. Todos temos uma tremenda
dificuldade de enxergar nossa carnalidade. Vejamos:
(1) - A
AUTO-JUSTIFICAÇÃO E A FUGA DA CULPA – Nós cobrimos o mau cheio dos nossos
pecados com o desodorante das desculpas. A natureza pecaminosa não vê com bons
olhos as próprias falhas. A carne sempre quer se defender das suas falhas e
fugir da culpa; quer sempre transferir a culpa para outro culpado qualquer (Gn
3:11-14 cf Mt 5:23-24; Hb 12:14; Sl 32:2-3; I Jo 1:9)
(2) - PRAZER
NAS FALHAS DOS IRMÃOS – Sentir o gosto perverso de receber notícias das falhas
e pecados dos irmãos. Parece-nos que os tropeços dos irmãos nos agradam porque
sutilmente achamos que a nossa luz brilha mais forte enquanto a luz dos nossos
irmãos ao nosso redor se apagam, pois a inveja orgulha-se em saber que nós
éramos melhores do que eles (Lc 18:9-14; Jo 7:45-53)
(3) - INDEPENDÊNCIA,
INDIVIDUALISMO E PRESUNÇÃO – Testemunhos e outras coisas que se destacam a
espiritualidade e o poder do servo de Deus; aceita-se exaltação (Rm 15:18); conduzem
ao caos, quando os sucessos na vida cristã criam o sentimento de maturidade e
firmeza (Gl 5:7-8). Os que correm bem concluem que o poder para vencer nunca
lhes abandonará (Jz 16:18-20; Mt 26:33-35 cf Rm 12:3; Jr 17:5-7; I Cor 1:25).
Não podemos excluir Deus do centro, deixando de fazê-Lo o alvo e a meta da
existência.
(4) - REBELIÃO
CONTRA DEUS – Cria desgosto humano por culto, oração e comunhão prolongada na
presença do Senhor (Rm 8:7; 7:21-23; Gl 5:17; I Pe 2:11). Para vencermos o
pecado que se aproveita dos desejos da carne... (Rm 1:11-14; Cl 3:5-17 cf Mc
7:1-19).
(5) - SINAIS E
MANIFESTAÇÕES DE MUNDANISMO - Irmãos que não querem saber das necessidades um
dos outros; tratam delicada e atenciosamente uma pessoa influente e poderosa e
trata com desprezo e falta de preocupação com um pobre; agem como se fossem
donos da Igreja, sob o argumento de que se esforçou muito mais para iniciá-la e
sustentá-la; só sua palavra e sua vontade que devem prevalecer, sendo tudo
centralizado nele.
O humanismo
impera: “O que é bom para mim?”; “Que proveito há para mim nisto?”. Se
quisermos vencer o mundo, temos que largar a orgulhosa centralidade de nós
mesmos e nos humilharmos de acordo com as perspectivas da Bíblia: SER OVELHAS
DO BOM PASTOR E SERVO DE TODOS (Rm 8:23-27; Mc 8:35 e ss)
IV- O
CAMINHO DA VITÓRIA CRISTÃ:
- Gl
5:24-25 - O que devemos fazer para controlar a concupiscência da carne e
produzir o fruto do Esprito? Nas palavras do apóstolo, devemos crucificar a
carne e andar no Espírito.
CRUCIFICAR A CARNE = É
feita por nós e não a nós. É diferente de Gl 2:20 e Rm 6:6 - Não se trata de
morrer, o que já experimentamos através de nossa união com Cristo: é antes um
deliberado MATAR A CARNE. O que significa isso? Vejamos:
Mc 8:34 = Todo discípulo de Cristo deve comportar-se como
um criminoso condenado e carregar a sua cruz até o lugar da execução. Temos que
tomar a nossa carne e pregá-la (crucificá-la) na cruz.
A rejeição que o cristão faz da sua velha natureza tem de
ser impiedosa.
A crucificação não era uma forma agradável de execução,
nem era administrada a pessoas simpáticas e finas; era reservada para os piores
criminosos. Se temos que crucificar a carne, está claro que ela não é algo respeitável,
que deva ser tratado com cortesia e deferência, mas uma coisa tão maligna que
nada mais merece a não ser a crucificação.
A nossa rejeição da velha natureza será dolorosa. A crucificação
era uma forma de execução acompanhada de intensas dores. A rejeição da nossa
velha natureza tem de ser decisiva. A morte pela crucificação, embora fosse
lenta, era uma morte certa. Os criminosos que eram pregados na cruz não
sobreviviam. A crucificação produzia morte não súbita, mas gradual.
Os verdadeiros cristãos não conseguem destruir a carne
completamente enquanto se encontram aqui embaixo; mas eles a fixaram na cruz e
estão determinados mantê-la ali até que expire.
V - ANDAR EM ESPÍRITO:
Gl 5.16, 18, 25 - Há diferença clara entre “ser guiado
pelo Espírito" e "andar no Espírito", pois a primeira expressão
está na voz passiva e a segunda na voz ativa.
É o Espírito quem guia, mas quem anda somos nós, guiados
pelo Espírito.
O verbo se usa para com o fazendeiro que pastoreia o
gado; o pastor que conduz as ovelhas; os soldados que acompanham um prisioneiro
ao tribunal ou à prisão e para o vento que impele um navio. É usado
referindo-se tanto aos maus quanto aos bons Espíritos (I Cor 12:2; Ef 2:2; Lc
4:1-2: Rm 8:14).
Portanto, assim como devemos crucificar a carne,
repudiando o que sabemos ser errado, também devemos andar no Espírito,
dispondo-nos a seguir o que sabemos ser p que é certo. E se é importante que
sejamos cruéis no abandono das coisas da carne, também é de suma importância
sermos disciplinados quando abraçamos as coisas do Espírito (Rm 8:5-6; Cl
3:1-2; Fp 4:8).
VI –
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Enquanto
fazemos morrer as obras do corpo, viveremos (Rm 8:13);
Enquanto
pormos nossos olhos nas coisas do Espírito, encontramos vida e paz (Rm 8:6).
O Espírito
Santo domina nossa carne à medida que a mortificamos e à medida que pormos
nossa mente nas coisas do Espírito.
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