ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 10 - DATA: 07/06/2015
TÍTULO: “JESUS E O DINHEIROS"
TEXTO ÁUREO – Lc 18.24
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 18.18-24
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I - INTRODUÇÃO:
DISSE MARTINHO LUTERO: - “Jesus fez das aves nossos
professores e mestres. É uma grande e permanente vergonha para nós o fato de,
no Evangelho, um frágil pássaro se tornar teólogo e pregador para o mais sábio
dentre os homens. Portanto, sempre que ouvirmos o cantar de um pássaro,
estaremos ouvindo um excelente pregador. É como se ele estivesse falando: EU
ESTOU NA COZINHA DO SENHOR. ELE FEZ O CÉU E A TERRA, ELE MESMO É O COZINHEIRO E
O ANFITRIÃO. TODOS OS DIAS ELE ALIMENTA E NUTRE INÚMEROS PÁSSAROS COMO EU EM
SUA MÃO”.
II - O DINHEIRO NA BÍBLIA:
O dinheiro, no Antigo
Testamento, era resultando da fundição de metais; o principal deles a prata (Gn. 42.25).
O siclo
de prata, de acordo com a legislação mosaica, era o valor para resgate de um
israelita do sexo masculino (Ex. 30.13), também para compensações e multas (Ex.
21.23; Lv. 5.15; Dt. 22.19,20).
Nos
tempos do Novo Testamento circulavam quatro tipos de dinheiro: em forma de
moedas (romanas), moedas antigas (gregas), moedas judaicas (de Cesaréia) e
moedas de bronze.
Essa
diversidade de moedas fazia com que houvesse necessidade de cambistas, alguns
deles se instalavam no templo em Jerusalém. Essa prática favorecia a
desonestidade e, por esse motivo, Jesus
expulsou os cambistas do templo (Jo. 2.15; Mt. 21.12; Mc. 11.15; Lc. 19.45).
O tratamento dado ao
dinheiro, e as riquezas em geral, no Antigo e Novo Testamento, é diferenciado.
No
Antigo Testamento, ter dinheiro, riqueza e/ou propriedade, era sinônimo de
benção divina. A prosperidade era compreendida como benção de Deus, mas sua
utilização tinha uma dimensão ética. Por isso Ezequiel questiona o príncipe de
Tiro quando esse se vangloria ao dizer “eu me enriqueci” (Ez. 29.3).
Mesmo
no Antigo Testamento não é correto desejar as riquezas, considerando que o
Senhor destacou que Salomão foi distinto ao não pedir “uma vida longa nem
riquezas” (I Rs. 3.11). Não é certo requerer riqueza de Deus, por isso, destaca
o sábio: “Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento
necessário” (Pv. 30.8).
No Novo
Testamento, Jesus é crítico em relação ao acumula das riquezas (Mt. 6.19-21).
Por isso, quando se encontrou com o jovem rico, orientou para que esse
entregasse seus bens materiais aos pobres (Mt. 19.16-22).
Em uma
de suas epístolas a Timóteo, Paulo o orienta em relação ao perigo de amar as
riquezas: (I Tm. 6.9,10).
III - AS FINANÇAS SÃO UM DOS MAIORES CAUSADORES DE
“STRESS” NA VIDA FAMILIAR:
Esta é uma área que exige muita
conversa, sinceridade, equilíbrio e compreensão recíproca.
(1) - NÃO NOS DEIXEMOS ENGANAR PELA
MENTIRA DE QUE O DINHEIRO TRAZ FELICIDADE - Correria, lutas, competições
desenfreadas para obter “status” e posses, causam “stress”, conflitos e, não
poucas vezes, sentimentos de culpa, pois, no caminho para o sucesso ficam para
trás pessoas machucadas e prejudicadas pela sede de alguém que nada vê à frente
a não ser o ideal de vencer. (Lc 12:15).
(2) - NÃO ESTABELEÇAMOS NOSSO
PRÓPRIO PADRÃO TOMANDO POR BASE O DE TERCEIROS - Cuidado em queremos adquirir
algum bem semelhante ou melhor do que o do meu vizinho, do meu próximo. (Pv
28:22)
(3) - DEVEMOS TER MUITO CUIDADO COM
O CARTÃO DE CRÉDITO - Nos cartões NÃO EXISTE ESCRITA A PALAVRA “CRÉDITO”. Isso
porque, quando compramos algo com o cartão, SIGNIFICA QUE FIZEMOS UMA DÍVIDA
QUE PODE CAUSAR PREJUÍZOS E SÉRIOS ESTRAGOS EM MUITOS LARES.
Apesar de evitar a utilização de
dinheiro vivo e o consequente risco de assalto, o cartão de crédito é uma opção
ardilosa, pois facilita a compra desordenada. O cartão de crédito produz, na
verdade, riquezas para o distribuidor do cartão, empobrecendo o bolso do
consumidor que não percebe que está se tornando escravo do “pequeno retângulo
de plástico” - (Pv 22:7)
(4) - DEVEMOS PLANEJAR ELABORANDO UM
ORÇAMENTO PARA CONTROLAR OS GASTOS - É preciso estar sempre de olho no
orçamento, prestar atenção a quanto estamos gastando e decidir manter os gastos
dentro dos limites do orçamento. Se alguém não se esforçar para controlar os
gastos, nunca conseguirá eliminar as dívidas! (Pv 21:20).
Ao elaborar o orçamento, o casal
deve comprometer-se a agir conforme o planejado. Caso haja necessidade de
alterações, deverão conversar abertamente sobre as razões de tais mudanças.
IV - UM SÉRIO
PROBLEMA ECONÔMICO-FINANCEIRO:
Leiamos Jo 6:5-12:
“ONDE COMPRAREMOS PÃES PARA LHES DAR
DE COMER?” - Esta pergunta de Jesus pode ser contextualizada para: “ONDE HAVERÁ
RECURSOS PARA OS MEUS PROBLEMAS?”
Dentre outras coisas, esta passagem
bíblica nos ensina que:
(1) - OS PROBLEMAS DEVEM SER
ENCARADOS E RESOLVIDOS, POIS ELES PODEM GERAR BENEFÍCIOS (Jo 6:6) - Jesus
colocou diante dos Seus discípulos problemas para serem resolvidos. PROBLEMAS
SÃO DESAFIOS NECESSÁRIOS!
Jesus queria experimentar a fé de
Felipe (Rm 5:1-3)
(2) - POR QUE DEUS NOS COLOCA DIANTE
DE PROBLEMAS QUE PARECEM INSOLÚVEIS?:
(2.1) - Para revelar que nossos problemas, antes de serem nossos, são
dEle. JESUS FOI O PRIMEIRO A VER O PROBLEMA (Jo 6:5);
(2.2) - Para ter a chance de interferir com um milagre - No texto, vemos
um milagre financeiro. A receita era 5 pães e 2 peixinhos; a despesa era
constituída de 5000 homens famintos!;
(2.3) - Para nos posicionar diante dos problemas, tentando achar as
soluções (Jo 6:7);
(2.4) - Para manifestar que tipo de fé é a nossa (Jo 6:9)
QUAL A SOLUÇÃO QUE JESUS DEU PARA O PROBLEMA?;
(A) - Organização e avaliação (Jo
6:10);
(B) - Usou os recursos presentes.
Jesus usou o que tinha (Jo 6:11);
(C) - Jesus agradeceu ao Pai pelo
que tinha. Ele não agradeceu pelo milagre; agradeceu pelo que tinha e só então
o milagre aconteceu (Jo 6:11);
(D) - Jesus investiu o pouco que
tinha para suprir grandes necessidades - Devemos começar a pagar as dívidas,
não esperando ter muito para saldar os compromissos.
(E) - Jesus não desperdiçou (Jo
6:12) - Muitas vezes o orçamento não dá, porque se gasta onde não deve ou onde
não pode. ECONOMIA NÃO É SINAL DE MESQUINHEZ ASSIM COMO FARTURA NÃO É SINAL
PARA ESBANJAMENTO (Pv 15:16-17; Pv 21.20).
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
No uso do dinheiro, há três hábitos prejudiciais à economia e que podem
resultar em grandes prejuízos:
(1) – Gastar o dinheiro antes de ganhá-lo.
(2) – Carregar o dinheiro trocado e nunca se lembrar onde e em que gastou.
(3) – Em decorrência da falta de orçamento e controle das finanças, uma
pessoa poderá prender-se a um terceiro hábito: Fazer despesas que ultrapassam a
renda familiar.
De fato, há pessoas que não sabem economizar; desnecessariamente gastam
até o último centavo, evidenciando falta de precaução e de eficiência – Pv
1.32; 13.7
Cada situação deve ser resolvida conforme as possibilidades da família,
sempre lembrando que Deus é o grande provedor dos que O servem e nEle confiam.
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