ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 07 - DATA: 17/05/2015
TÍTULO: “PODER SOBRE DOENÇAS R MORTE"
TEXTO ÁUREO – Lc 7.16
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 4.38-39; 7.11-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I -
INTRODUÇÃO:
Jesus curou toda sorte de doenças e
enfermidades e foi além, fazendo o que nenhum médico seria capaz: Ressuscitar
os mortos.
II - JESUS E AS ENFERMIDADES
Leiamos Lc 5.17b - PODER
= POTÊNCIA; AUTORIDADE.
INCREDULIDADE = AUSÊNCIA
DE FÉ NAS PROVIDÊNCIAS E NA FORÇA DOS DECRETOS DE DEUS;
(Is 53:5) - A palavra ENFERMIDADE -
é a mesma palavra usada para indicar DOENÇAS FÍSICAS (II Cr 16:12; 21:15-19; Is
38:9).
A palavra DORES - é a palavra que
indica DORES FÍSICAS (Jó 33:9).
Mateus fornece-nos uma tradução mais
literal de Is 53:4 vejamos Mt 8:17 - Enfermidades, pois, inclui toda forma de
doença. Para Isaías, Ele curaria não somente enfermidades da alma, mas também
enfermidades do corpo.
Seja para o corpo, seja para a alma,
o Médico Divino tem o bálsamo restaurador.
Não existe doença que Deus não possa
curar. Faz parte de Sua natureza mover-se contra tudo que aflige ou atormenta
os que se chegam a Ele confiantes.
Jesus curou sem fazer qualquer exame
prévio. Não enviou os enfermos a qualquer laboratório. Nunca pediu prazo para
operar a cura. Nunca tomou muito tempo de qualquer doente. Nunca ordenou que
voltassem outro dia. Não lhe importava a gravidade da doença, ou o tempo que
atacava o doente. Curava com um toque, com um gesto, com uma palavra. Por isso,
merece sempre ser chamado "O Médico dos médicos".
III - A CURA DA MULHER HEMORRÁGICA:
Leiamos Lc 8:43-48 - A
mulher, que de acordo com a lei religiosa israelita, seria considerada imunda e
socialmente inaceitável por causa da sua condição patológica, é libertada de
seu estado de desamparo a que a própria lei a condenou. E, embora as exigências
rituais judaicas lhe proibissem tocar qualquer coisa sagrada, ela se liberta
precisamente pelo fato de tocar no Santo Jesus, o Filho de Deus!
A vida desta mulher
vazava-lhe gradualmente, porquanto a vida está no sangue. Achava-se fraca,
imunda cerimonialmente (Lv 15:19-27) e miserável. A legislação levítica proibia
esse toque em alguém que tivesse nas condições da mulher. mas nem mesmo a lei
pôde impedi-la de receber a cura de Jesus.
A mulher foi de um médico
a outro em busca de cura. Mas em lugar de ser curada, sofreu muito nas mãos
deles, gastou tudo o que tinha e ainda piorou
VEIO POR DETRÁS DELE -
Devido à vergonha e ao medo, pois sabia que uma mulher, nessas condições, se
tocasse em um homem, seria considerada criminosa pelos judeus, porquanto lhe
transmitiria sua imundícia, obrigando-o a lavar-se totalmente, como também suas
roupas e a ficar apartado do povo até o fim do dia. Naturalmente que o
propósito dela era tocar em Jesus sem que Ele o percebesse.
ELA DIZIA ou ELA
CONTINUOU DIZENDO, REPETINDO: SE TÃO SOMENTE TOCAR NAS SUAS VESTES - Os relatos
paralelos de Mt 9:20 e Lc 8:44 referem-se à ORLA DO MANTO (ou das vestes) de
Jesus, dando a entender talvez a fímbria ou a fita presa nos cantos do
vestuário, pelos antigos judeus como símbolos de sua dedicação a Deus.
ORLA DA VESTE - Os judeus
também tinham regras sobre o estilo das vestes: era mister que a roupa
masculina tivesse quatro orlas com quatro franjas (Nm 15:38-39). Essa lei também
requeria uma fita nas franjas. Jesus obedecia a esse lei cerimonial, mas não
como motivo de ostentação, como o faziam os fariseus e outros (Mt 23:5)
OBS: Nada havia de mágico
nas roupas de Jesus; Mas dEle emanava um poder autêntico, para quem tivesse
necessidade. A mulher não confiava nas vestes de Jesus, mas no próprio Cristo
envolvido por aquelas vestes. Aliás, ela ouviu falar de Jesus e não das vestes dEle.
Esta cura foi
excepcional, não simplesmente porque foi instantânea mas porque aconteceu sem
qualquer participação aparentemente cônscia de Cristo.
Entretanto, Jesus LOGO
tomou conhecimento do que aconteceu. Não devemos imaginar que o tocar nos
vestidos tivesse algum efeito mágico, mas que Jesus em sua onisciência
reconheceu o toque da fé e satisfez o desejo da mulher.
A MULHER TEVE CERTEZA DA
CURA (Lc 8:45-48) - Ao tocar na veste de Jesus a mulher foi curada e logo Jesus
perguntou: QUEM ME TOCOU?
Os discípulos objetaram
quanto a pergunta de Jesus, mas Ele bem sabia a diferença entre o toque da
multidão e o toque da fé daquela mulher.
Jesus perguntou, não por
necessitar de informação, pois sabia quem O tocara por fé (ver o pronome
feminino “A” em Mc 5:32 - "E Ele olhava em redor, para ver "a"
(aquela) que isto fizera"). É que os feitos de Jesus precisam ser
conhecidos.
Não fora o toque da
mulher que a curara, mas o próprio Jesus, mediante a fé: DE MIM SAIU PODER!
FILHA, A TUA FÉ TE SALVOU
(Lc 8:48) - O termo “filha” revela carinho, brandura e transmitiu conforto e
confiança àquela mulher tão sofredora. Isso dissipou seus temores perante a multidão.
Jesus tornou claro à
mulher que A FÉ, não a orla, foi a razão da cura.
A TUA FÉ TE SALVOU, FICA
LIVRE DO TEU MAL - A primeira expressão significa literalmente TE SALVOU,
referindo-se à salvação da aflição física.
A segunda expressão
significa TENHA SAÚDE, e é um imperativo presente, significando que ela devia
continuar tendo saúde.
A história desta pobre
mulher tem sido caracterizada como a de NINGUÉM, ALGUÉM e TODO MUNDO:
(1) NINGUÉM, porque ela
era doente, pobre e tímida;
(2) ALGUÉM, porque ela
mereceu a atenção de Cristo. Ele a curou e até mesmo atrasou Sua ida à casa de
Jairo, para conseguir sua franca confissão e proporcionar-lhe ainda uma palavra
de paz;
(3) TODO O MUNDO, porque
sua história não somente ajudou a Jairo, mas tem sido uma bênção para a
humanidade.
NÓS TAMBÉM JÁ ESTIVEMOS À
PROCURA DE MÉDICOS, MAS SÓ JESUS FOI CAPAZ DE ATENDER À NOSSA NECESSIDADE.
IV - A RESSURREIÇÃO DA FILHA DE
JAIRO:
Leiamos Lc 8.40-42, 49-56
- Uma menina de 12 anos foi ressuscitada por Jesus e uma mulher foi curada de
um fluxo de sangue de que sofria há doze anos. A menina se fortalecia à media
que crescia e a mulher enfraquecia à medida que o tempo passava. Ambas tiveram
um abençoado encontro com Jesus e então tudo mudou: A DOENÇA DEU LUGAR À SAÚDE
e A MORTE DEU LUGAR À VIDA.
Jairo era superintendente
da sinagoga de Cafarnaum. Presidia o conselho de anciãos e, aos sábados e dias
santos, dirigia os cultos. Não obstante, Jairo prostra-se humildemente aos pés
de Jesus. Feitos da mesma matéria, todos os homens são postos em pé de
igualdade diante de Deus. Esta atitude de Jairo mostra que há muitas pessoas
que, apesar do "status", tem consciência de sua necessidade e um
profundo desejo de vir a Cristo
O PEDIDO URGENTE DE JAIRO
(Lc 8:40-42) - Num momento de crise e desespero, Jairo buscou a ajuda de Jesus.
INSISTENTEMENTE LHE
SUPLICA - Jairo continuou implorando, talvez repetidas vezes e com desespero.
FILHINHA - Todos os
comentadores acham que o diminutivo indica um termo carinhoso.
ESTÁ À MORTE - Uma boa
paráfrase do texto grego, que indica que ela estava no último estágio de sua
doença. O grego de Marcos descreve com muita vida a angústia desse pobre pai a
rogar em frases entrecortadas: "Minha filhinha está às portas da morte..."
A vida da filha de Jairo
se esgotava rapidamente e Jairo correu ao encontro de Cristo. É no solo dos
problemas que a fé frutifica; no meio das tristezas, o Senhor Jesus faz-se-nos
mais real.
A menina está com sua
enfermidade nas últimas fases. Será que Jesus não pode ir e impor as mãos sobre
ela, roga Jairo, para que sare e viva?
Jairo estava acostumado a
ler e a recitar as orações nas sinagogas. Orações estas que não passavam de meros
rituais. Orar não é questão de palavras, mas de intensidade com que vibra o
coração. Este tipo de oração acaba por achar sua resposta nalgum lugar e nalgum
tempo.
Jairo era um dos
principais da sinagoga, e, com isso, tinha certa proeminência entre os judeus
da cidade. Era um homem respeitado. A atitude dele não deve ter sido fácil de
ser tomada: LOGO QUE VIU A JESUS, LANÇOU-SE-LHE AOS PÉS. Como pode um homem tão
importante, tão respeitado, ajoelhar-se aos pés de alguém, para lhe pedir
alguma coisa? TEM PASSOS QUE SÓ A FÉ PODE DAR. Aquele que confia NO SENHOR,
ALCANÇA O QUE DEUS PODE FAZER.
Quando Jairo contorcia-se
de ansiedade, Jesus interrompe a caminhada para curar uma mulher que, passando
pela turba, havia-O tocado. O grande Médico sabia muito bem o que estava
fazendo. Ele tem a cura para todos os males. A AJUDA QUE PRESTA A UM, NUNCA
CANCELA A QUE ESTÁ PARA FAZER A OUTRO.
JESUS
DEMOROU - Lc 8:43-48 - Houve demora, pois a multidão apertava Jesus no caminho.
Havia a distância a percorrer, de onde Ele estava (junto ao mar - Mc 5:12) até
a casa de Jairo e houve a interrupção na caminhada, com o atendimento à mulher
hemorrágica.
Mas
essa demora estava nos planos de Jesus, pois houve um milagre maior: NÃO APENAS
UMA CURA, MAS UMA RESSURREIÇÃO! Jesus demonstrou o Seu poder não apenas sobre a
doença, mas sobre a morte, e Jairo podia dar um testemunho bem maior.
Se pela
fé, deixamos um problema nas mãos de Jesus, o que parece demora dEle não é atraso.
Tudo é para o nosso bem e para Sua glória.
Antes
de Jesus terminar de falar com a mulher curada da hemorragia, alguém da casa de
Jairo irrompeu por dentre a multidão para contar ao pai angustiado que a sua
filha havia falecido. Visto obviamente, nada há que alguém possa fazer agora,
por que ainda incomodas o Mestre?
Mas o
poder de Deus em Jesus não se acomodava a este tipo de resignação. O governo de
Deus, que é mais poderoso do que as tempestades, hostes de demônios ou doenças
malignas, tem controle e poder sobre a morte também.
Como a
demora em chegar à casa de Jairo cooperava para o bem! O chefe recebeu um
testemunho maior: em vez de presenciar apenas a cura da doença da sua filha,
viu-a ressuscitada da morte!
A SUA
FILHA MORREU - Imagine-se o desespero de Jairo ao ouvir que, por causa dos
minutos na viagem, sua filha amada perecera.
Como no
caso de Lázaro, JESUS, QUE NUNCA SE APRESSOU, demorou-se no caminho, na
segurança da fé no resultado final.
Isto
foi mais uma prova que a fé de Jairo enfrentou e transpôs. Em Lc 8:50 diz que
JESUS OUVIU O RECADO SOBRE A MORTE DA MENINA. Ele ensinou como neutralizar tais
mensagens.
Jesus,
sem acudir tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: NÃO TEMAS! CRÊ SOMENTE.
Jesus interveio com prontidão, não deixando tempo algum para o desespero
daquele pai transformar-se em amarga descrença. Logo, A FÉ EM CRISTO TRANSFORMA
A MORTE EM VIDA.
O
ALVOROÇO - Entre os judeus, a lamentação pelos mortos era algo que nada tinha
de moderação a respeito. Pranteadoras profissionais eram alugadas para que
houvesse uma demonstração de tristeza - Mt 9:23.
A
impropriedade da demonstração levou Cristo a perguntar: POR QUE ESTAIS EM
ALVOROÇO? Ou mais literalmente, POR QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO TÃO GRANDE
GRITARIA?
A
MENINA DORME - A menina fora dada como morta (Lc 8:53). A utilização da idéia
de sono para indicar morte sugeria que sua condição era temporária e que ela
voltaria à vida. Os que pranteavam a menina consideravam sua morte uma situação
irreversível, mas Cristo a chamou do “sono” já que, embora ela tivesse
realmente morrido, a menina voltaria à vida. Essa palavra foi recebida com
zombaria: RIAM-SE DELE.
A
palavra “A MENINA NÃO ESTÁ MORTA, MAS DORME”
não quer dizer que ela não tinha realmente falecido, pois Lc 8:53 dá a
certeza disso. Mas para Jesus e também para o crente, a morte é parecida com um
sono, do qual a voz divina acorda o que dorme.
Compare
a semelhante declaração de Jesus em relação à Lázaro (Jo 11:11, 14). Deus vê a
morte como sono que espera o despertamento (I Ts 4:13-14).
O
Senhor não se agradou das lamentações ruidosas e insinceras que já tomavam
conta da casa de Jairo. Expulsou os zombadores. Aqueles que riem do que não
entendem, não são dignos de contemplarem as maravilhas de Cristo. O Senhor não
lança suas pérolas aos escarnecedores (Mt 7:6). Tal atmosfera dificulta a
realização da obra do Senhor (Mc 6:5-6)
A
RESSURREIÇÃO DA MENINA - (Lc 8:54-56) - Foi a recompensa da fé de seu pai. Um
médico comum poderá fazer alguma coisa antes da morte do enfermo, depois, não.
MAS JESUS PODE! JESUS TOMOU A MENINA PELA MÃO. O SUMO SACERDOTE DE ISRAEL NÃO
PODIA TOCAR EM UM MORTO PARA NÃO SE CONTAMINAR (Lv 21:10-11), MAS JESUS, O
NOSSO SUMO SACERDOTE, PODIA, PORQUE ELE É O PRÍNCIPE DA VIDA E O VENCEDOR DA
MORTE.
TALITA
CUMI - É expressão aramaica (língua de comunicação popular diária, na Palestina
nos tempos de Jesus) que significa literalmente LEVANTA-TE, OVELHINHA,
refletindo AFEIÇÃO E TERNURA. JESUS É MAIS PODEROSO DO QUE A MORTE.
Depois
de a palavra do Senhor Jesus ter dado vida à menina, era mister o cuidado dos
pais em alimentar essa vida. As palavras provam que a menina tinha agora saúde
perfeita, a ponto de ter apetite. Embora recebesse vida por um poder
extraordinário, devia ser alimentada por meios comuns. CRISTO FAZ O QUE O HOMEM
NÃO PODE FAZER E DEIXA QUE O HOMEM FAÇA A SUA PEQUENA PARTE: “DAI-LHES VÓS
MESMOS DE COMER”
IMEDIATAMENTE
A MENINA SE LEVANTOU (ação imediata) e andava (ação contínua).
IV -
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A
EXTREMIDADE DO HOMEM É A OPORTUNIDADE DE DEUS - Não raro, Deus retarda em
responder-nos para que nos acheguemos ao extremo da esperança. Jesus poderia
ter adiado a entrevista com a mulher que sofria do fluxo de sangue para depois
que voltasse da casa de Jairo. Mas, deliberadamente, esperou até que não
houvesse mais oportunidade de socorro humano àquele pai. O Senhor não age assim
com os Seus filhos apenas para deixá-los em suspense. Ele quer, antes de mais
nada, fortalecer-lhes a fé e deixá-los ver claramente que o socorro tem de vir
somente de Deus.
FONTES DE
PESQUISA E CONSULTA:
Revista Maturidade Cristã - CPAD - 2º
Trimestre de 1985 - Comentarista: Antônio Gilberto
A Bíblia Livro Por Livro - Marcos - JUERP
- Jonas Celestino Ribeiro
Comentário Bíblico Devocional do Novo
Testamento - Editora Betânia - F. B. Meyer
Espada Cortante Volume Um - CPAD - Orlando
Boyer
Marcos, o Evangelho do Servo de Jeová -
CPAD - Myer Pearlman
Novo Comentário Bíblico Contemporâneo -
Marcos - Editora Vida - Larry W. Hurtado
Comentário Bíblico Moody - Volume 4 -
Imprensa Batista Regular - Charles F. Pfeiffer e Everett F. Harrison
O Novo Comentário da Bíblia - Volume III -
Edições Vida Nova - F. Davidson
O Novo Testamento Interpretado Versículo
por Versículo - Volume 1 - Editora Candeia - R. N. Champlin
Tempo de Aflição, Tempo de Vitória - E. A.
de Souza Livraria - Pr Edson Alves de Sousa
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