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7 de mai. de 2012

2º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 07 - 13/05/2012 - "SARDES, A IGREJA MORTA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 07 - DATA: 13/05/2012
TÍTULO: “SARDES, A IGREJA MORTA”
TEXTO ÁUREO – Ef 5.14
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 3.1-6
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Chama a atenção que a igreja de Sardes, em contraste com outras, é deixada em paz pelo diabo. Satanás nem é citado aqui! Não há falsas doutrinas, não há entusiastas, não há falsos profetas, não há sofrimentos, nem tribulações. Por quê? Justamente: porque a igreja está morta! "...

Mas, como uma Igreja pode estar morta se a vida de Deus pulsa através de seu corpo? 

Tragicamente, no entanto, muitas estão! Semelhante ao corpo de Lázaro em decomposição, tais igrejas têm o cheiro da morte: Seu santuário é uma câmara mortuária cheia de cadáveres; possuem agentes funerários como mestres; embalsamadores como ministros; seu pastor é graduado no cemitério; o regente do coro é o médico-legista e os coristas cantam mumificados. Desta forma, O Divino Médico atestou e o Justo Juiz expediu o atestado de óbito: - “ESTA IGREJA ESTÁ MORTA!”.

Ao dirigir-se à igreja de Sardes Jesus deixa um recado muito áspero para as igrejas de nossos dias.


II - A CIDADE DE SARDES:

Fundada em 700 a.C., era capital do reino de Lídia. 

Sinônimo de opulência, prosperidade, sucesso e conhecida pela confecção de lã. 

Sua padroeira era a deusa Ártemis, um culto natural fundado na reencarnação. Ou seja, o culto prestado a esta divindade girava em torno da morte e do renascimento. Ela era servida por uma liturgia lasciva e concupiscente.


III - O REMETENTE:

Apc 3.1 – Mais uma vez Jesus revela-se de maneira adequada à Sua igreja:

(A) – O QUE TEM OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS - Isto não significa que haja sete Espíritos Santos. Há apenas um Espírito de Deus. Sete é o número da perfeição e da plenitude.

Leiamos Apc 1:4;  4:5;   5:6;  Zc  4:10 - Apesar   do Espírito Santo ser o Único, ainda é indicado como Sete, para salientar a todos os pastores e a todas as igrejas, que o único Espírito opera tudo em todos.

Ainda mais: O Senhor revelou por boca do profeta Isaías essa plenitude do Seu Espírito, pois em Isaías 11.2 está escrito que repousará sobre ele:

1. O Espírito do Senhor

2. O Espírito de sabedoria

3. O Espírito de entendimento

4. O Espírito de conselho

5. O Espírito de fortaleza

6. O Espírito de conhecimento

7. O Espírito de temor do Senhor

Nosso Senhor Jesus tem tudo isso! Ele tem os sete espíritos de Deus, pois nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade (Cl 2.9).

Assim, a chave para o reavivamento em todas as igrejas mortas está com Cristo. Apenas Ele pode derramar o Espírito sobre uma congregação. E apenas o Espírito Santo pode reavivar a igreja perfeita e plenamente.

(B) – POSSUIDOR DAS SETE ESTRELAS NA SUA MÃO DIREITA – As estrelas são os pastores (Apc 1.20). Cristo detém os pastores em sua destra - lugar de grande honra e extrema responsabilidade. 

O Senhor está preocupado com estes pastores e com as igrejas que presidem. Ele enviará o reavivamento à congregação primeiramente através de seus pastores cheios do Espírito, que ministram a Palavra de Deus.

Cristo tem nas mãos tanto a igreja necessitada (representada pelos seus líderes), como o espírito vivificador. Logo, a chave para reavivar os membros de uma igreja está com a direção do Espírito na vida de seus pastores. O reavivamento precisa começar no topo e espalhar-se pela base. Se os membros necessitam pegar fogo, os pastores têm de incendi­ar primeiro. Para bem ou mal, toda igreja assimila a pulsação de seu líder. É muito importante que o pastor esteja sintonizado com Deus, porquanto: tal pastor, assim será a igreja.


IV - A FALHA DE SARDES:

Às quatro igrejas anteriores, Jesus dirigira-se com um elogio. Mas a esta, com uma palavra de crítica. Por estar tão indignado com a igreja morta, vai direto ao assunto:

Apc 3.1 - A morte em Sardes significa que a vitalidade espiritual já não existia. Apenas representação. Eles achavam-se em meio a um deserto espiritual. Haviam caído em sono profundo. Orgulhosos da reputação passada, perderam todo o poder espiritual no presente.


V- A APARÊNCIA DE UMA IGREJA MORTA:

(1) – HÁ UM PREGADOR MORTO - No púlpito, um homem su­perficial fala a pessoas superficiais, encorajando-as a serem mais superficiais.

(1.1) - Suas mensagens acham-se cheias de poemas, literatura, opiniões pessoais, sociologia e histórias interessantes.

(1.2) - É eloquente, mas não ungido.

(1.3) - Tem dicção apropriada, mas não dinâmica.

(1.4) - É como um aquecedor quebrado: o vento, para ativar a combustão, continua sendo produzido, continua traba­lhando, mas o calor se foi, não existe mais.

(2) – POSSUI ADORAÇÃO MORTA - É como andar em museu de cera: Não há vida.

(2.1) - Adoram como se Jesus Cristo ainda estivesse morto e enterrado.

(2.2) - Não há améns, apenas bocejos.

(2.3) - Os cantos congregacionais são desanimadores.

(2.4) - Faz tanto frio nestas igrejas que até se pode esquiar em seus corredores.

(3) – TEM MINISTÉRIO MORTO - Não há evangelismo ou missões.

(3.1) - Há teias de aranha no tanque batismal.

(4) – POSSUI ESPERANÇA MORTA - Tudo o que fazem é reviver o passado.

(4.1) - Adoram no santuário da tradição.

(4.2) - Vivem dos bons velhos dias.

(4.3) - Não têm avivamento, apenas reuniões.


VI - A SOLUÇÃO PARA UMA IGREJA MORTA:

Apc 3.2-3 - Jesus ensina cinco passos que levam ao reavivamento.

(1º) – ACORDE! - Quando estamos espiritualmente mortos, precisamos do alarme divino para sairmos de nossa dormência. Jesus está dizendo: "Saia da hibernação espiritual! Mortos-vivos, Acordem!"

De uma pessoa que dorme não se pode esperar que pense e discirna claramente, pois é incapaz de ver as realidades. Mas tão logo está acordada, ela tem a capacidade de pensar de maneira espiritualmente normal.

(2º) – TOME A DIANTEIRA - Jesus exorta a igreja de Sardes a confirmar os restantes, que estavam para morrer. Acordar não é o suficiente. Temos de nos voltar às bases da vida espiritual: estudos bíblicos, oração, adoração e comunhão. Jesus está dizendo: “Volte à Palavra, à oração, à comunhão! Volte à origem!”.

(3º) – OLHE PARA TRÁS - A urgência de Cristo não deixa dúvidas: "Lembra-te, pois do que tens recebido e ouvido". O que você recebeu e ouviu no princípio? O Evangelho. As verdades básicas da vida cristã. Este não é um chamado para viver do passado. É uma ordem para relembrar a herança espiritual.

Lembremo-nos de como fomos salvos! De que não éramos nada antes de sermos encontrados por Deus. Lembremo-nos de como a graça nos alcançou e redimiu! 

Por consequencia, se fôssemos nos lembrar quem éramos e quem somos; que nada merecíamos e temos alcançado tudo do Senhor; que vivíamos sem Deus, sem luz e sem salvação e agora temos tudo em Cristo, viveríamos em um eterno espírito de gratidão e talvez nossa consagração fosse completa - Hb 2.1; Cl 2.13-15; I Pe 1.12; 2.9-10.

(4º) – PARE E GUARDA-O! - É um apelo para que a Palavra de Deus seja obedecida. Devemos guardar os mandamentos em todas as áreas da vida. Desobediência e mornidão espiritual são irmãs siamesas: Onde estiver uma, aí estará a outra. Volte a obedecer a Palavra de Deus.

(5º) – ABANDONE SEUS IMPULSOS ou ARREPENDE-TE - Este alerta significa uma volta imediata a Cristo de todo coração. Arrependimento requer rápida e decisiva mudança de pensamento, devoção e comportamento. Jesus insiste: "Mude sua vida!"

(6º) – VIGILÂNCIA – Interessante é que Jesus não diz "se não te arrependeres", como fez com as outras igrejas, mas: "... SE NÃO VIGIARES!”: Ele sabe: se houver despertamento, haverá também arrependimento.

E se a igreja de Sardes não se arrependesse? 

Jesus, então, alerta que virá como ladrão!

Temos aqui a possibilidade de duas interpretações: 

(1ª) - Isto não se refere à segunda vinda Cristo. Mas a uma vinda súbita para julgar a igreja e remover desta o castiçal. É a disciplina administrada pelo Cristo!

(2ª) - Este ultimato de Jesus tem caráter escatológico. Sardes vivia como se este mundo fosse a sua eterna morada. Por conseguinte, se o Senhor voltasse naqueles dias, ela não teria percebido.

Não podemos brincar. Se não houver arrependimento, Ele virá como ladrão, inesperadamente, sem avisar. 

Por que Jesus é tão áspero com esta igreja? 

Porque o maior empecilho para o Evangelho é uma igreja morta. A perseguição faz a igreja crescer. Mas a morte espiritual é como câncer maligno: espalha-se por todo o corpo, tornando a igreja impotente e inativa.


VII - A PROMESSA PARA A IGREJA MORTA:

Apc 3.4-5 – Sardes significa REMANESCENTE ou PEDRA PRECIOSA ou COISAS RESTANTES. Podiam encontrar-se na igreja em Sardes alguns crentes que tinham escapado à poluição que os cercava - que tinham fama de terem vivido corajosamente por Cristo, crentes espiritualmente vibrantes.

Permaneciam vivos e acordados na fé. Abstinham-se da impureza, não estavam compromissados com o mundo, nem se sentiam à vontade com a cultura do presente século. Recusa­vam manchar-se com a sujeira do mundo. Esses "poucos" vivem completa e totalmente na santificação.

Isso significa que na igreja em Sardes há uma separação radical entre morte e vida, entre luz e trevas, entre sagrado e profano. Não é dito que as vestes desses poucos estavam um pouquinho sujas, mas - e isso foi um louvor de Deus - que não contaminaram suas vestes.

Por isso, aqui está o que aguarda os que O servirem:

(A) – VESTES BRANCAS - O branco resplandecente dessas vestes aponta para a nossa integridade nos céus. Seremos purificados e aperfeiçoados pelo sangue de Cristo. Todo vestígio de pecado será extirpado para sempre. Teremos vestes novas e limpas; perfeita integridade. Esta promessa deve ter sido mui significativa para o povo de Sardes que sabia manufaturar roupas de lã.

Esta expressão também é usada para roupas feitas de fino linho. Em linguagem espiritual, são vestidos branqueados no sangue do Cordeiro (Ap 7.14), e hão de permanecer brancos por causa da justiça de Cristo (Ap 19.8).

O texto mostra que estes crentes já estavam andando com o Senhor, seguindo-o bem de perto, pois ainda não haviam contaminado suas vestes. Os que andarem com o Senhor nesta vida, serão dignos de continuar a andar com Ele no reino que está por vir.

As vestes não serão, talvez, de branco sem brilho, mas de branco resplandescente e como a luz (Lc 24:4; Mt 17:2).

(B) – SEGURANÇA ETERNA - O Senhor Jesus garante: "E de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida". Nos dias de João, os reis possuíam um registro oficial com os nomes de todos os cidadãos. Mas, caso o cidadão cometesse um crime contra o Estado, mudasse de país ou morresse, teria o nome riscado do livro.

Que promessa maravilhosa! Se permanecermos fiéis, nossos nomes estarão para sempre no livro do Rei.

O nome de nenhum morto permanecerá escrito no livro dos vivos. Note como é possível um salvo ter o nome apagado do livro da vida; pode um crente salvo cair para a destruição.

(C) – CONFISSÃO DIVINA - Como nosso Advogado, Jesus promete confessar nossos nomes diante do Pai. Na sala do tribunal, diante dos santos anjos, reivindicará a salvação para os redimidos de Deus - Mt 10.32-33.

Isso, porque eles tinham confessado o Seu nome diante dos homens e não se envergonharam, nem dEle, nem de Suas palavras no meio de uma geração adultera e perversa — não se envergonharam de ser crentes verdadeiros no meio de membros da igreja sem convicção - Mc 8:38.


VIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Apc 3.6 - A expressão igrejas - no plural - lembra-nos que a mensagem é para todas as igrejas em todos os tempos. Cada uma delas e cada crente em particular tira grande proveito desta carta. Ela é endereçada para alertar quanto ao perigo da morte espiritual. Sardes parecia vibrante, mas estava morta. Sua devoção a Cristo achava-se estagnada.

Jesus oferece a essa igreja uma nova vitalidade e a restauração de sua paixão a Deus. Mas os crentes precisam fazer sua parte. Precisam acordar, tomar a dianteira em possuir a Deus, olhar para trás e rever os dias de fervor espiritual. Eles teriam de prestar atenção aos mandamentos, abandonar seus impulsos pecaminosos e manter a vigilância na disciplina de Cristo. O Espírito está dizendo: "Acorde e saia da apatia e compla­cência". 

Talvez seja isto o que precisamos fazer para que não sejamos denominados de IGREJA MORTA. 


FONTES DE CONSULTA:

Alerta Final - CPAD - Steven J. Lawson

A Mensagem do Apocalipse – ABU Editora – Michael Wilcock e John R. W. Stott

A Vitória Final – CPAD – Stanley M. Horton

Apocalipse de Jesus Cristo – Chamada da Meia-Noite – Wim Malgo

A Espada Cortante – Volume 1 – CPAD – Orlando Boyer

Apocalipse: O Drama dos Séculos – Editora Vida – Herbert Lockyer

Estudo Sobre o Apocalipse – CPAD – Armando Chaves Cohen

Daniel e Apocalipse – CPAD – Antônio Gilberto

3 comentários:

Anônimo disse...

pastor geraldo que estudo tremendo adorei,parabens que Deus continui dando a direção de mais estudos como esses ,se por civiel gostaria de receber estes estudos no meu email arimateiacrente@yahoo.com.br

CANTOR DOUGLAS disse...

paz e graça pastor meu nome e imail cantordouglasjanuario@Gmail.com , o que tem me deichado meio confuso nesta lição é o ultimo tópico referente a Palavra SE VIGILANTE E CONFIRMA O RESTANTE QUE ESTA PARA MORRER, para mim me parece muito obviou de mais que é uma cobrança de Deus a igreja de sardes no sentido de que provavelmente está em nova perseguição se recuou espiritualmente e fisicamente [em obras dignas de um cristianismo puro}e por causa disto não se completou nela o numero dos que aviam de morrer por causa da perseguição ou seja estavam recuando com medo da morte e então Deus DIS se vigilante e confirma o restante que esta para morrer um ex: disto é o capitulo 6.vs 10,11 que nos fás entender que Deus em sua onisciência sabia quantos aviam de morrer, mas que por causa do recuo espiritual e militante de sardes ainda estavam vivos.

GERALDO CARNEIRO FILHO disse...

Prezados irmãos em Cristo,

A Paz do Senhor.

Agradecemos os comentários aqui publicados, rogando a ajuda de todos na oração em meu favor, a fim de que possamos continuar honrando e glorificando o nome de Deus por meio deste trabalho.

Ao irmão José de Arimateia, já enviamos por e-mail o estudo solicitado.

Quanto ao irmão Douglas, podemos dizer (de forma bem resumida) que não houve perseguição à Igreja de Sardes. Apc 6.10-11 não se refere às cartas dirigidas às Sete Igrejas da Ásia, mas sim à visão dos mártires, de todos os tempos, que haviam sido mortos "por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram" - Apc 6.9. Assim, não houve martírio na Igreja de Sardes. Ela já estava morta, espiritualmente, diante de Deus, apesar de, diante dos homens, tinha nome de que estava viva.

Que Deus continue abençoando a todos, em nome de Jesus.

Permaneçamos todos na paz do Senhor.