IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 01 - DIA 05/04/2009
TÍTULO: “CORINTO – UMA IGREJA FERVOROSA, MAS NÃO ESPIRITUAL”
TEXTO ÁUREO – I Cor 3:1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 3:1-9
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
- I – INTRODUÇÃO:
- 1ª Coríntios não é apenas uma carta onde o apóstolo Paulo apresenta conselhos e instruções sobre questões importantes da fé e da conduta cristãs, mas igualmente projeta luz reveladora sobre problemas sérios enfrentados por uma Igreja jovem. Paulo escreveu buscando recuperar o equilíbrio da Igreja.
- II – A CIDADE DE CORINTO:
- Estima-se que nos dias de Paulo, Corinto teria uma população de cerca de 250 mil cidadãos livres e não mais de uns 400 mil escravos. Sob vários aspectos, era a cidade principal da Grécia.
- CULTURA – Seus habitantes interessavam-se pela filosofia grega e tinham a sabedoria na mais alta estima.
- RELIGIÃO – Corinto possuía pelo menos 12 templos. Um dos mais infames era dedicado a Afrodite, a deusa do amor, cujos adoradores praticavam a prostituição religiosa. Havia o templo de Asclépio, o deus cura, e no meio da cidade estava localizado o templo de Apolo (o deus grego da beleza, da juventude e da luz).
- A IMORALIDADE – Essa cidade além de ser um dos principais centros comerciais cosmopolitas do mundo antigo, era também famoso por sua devassidão e licenciosidade. A adoração a Afrodite promovia a prostituição em nome da religião. Em certo período, mil prostitutas sagradas serviam no seu templo. Corinto era notória por tudo que era pecaminoso.
- III – A IGREJA DE CORINTO:
- Paulo havia levado a mensagem de Cristo a Corinto no decurso de sua segunda viagem missionária.
- Inicialmente, os membros da Igreja de Corinto estavam enriquecidos com grande variedade de dons espirituais, confirmando para eles e para o mundo de que Deus estava presente e agia no meio daquela congregação. No mais, a mensagem da cruz teve o poder de atingir e transformar as vidas de homens e mulheres de tal ambiente, demonstrando que realmente era poderosa.
- Entretanto, não se passou muito tempo (dois ou três anos depois da sua fundação), até que na Igreja de Corinto se levantassem erros sérios quanto à doutrina e prática, que ameaçavam o bem estar, a sobrevivência da comunidade cristã ali existente, e que infestavam até as próprias fileiras de crentes. Crenças e práticas aberrantes e de espantosa variedade caracterizavam a Igreja de Corinto.
- IV – ERROS ENCONTRADOS NA IGREJA DE CORINTO:
- 1. Deploráveis divisões haviam separado a Igreja em facções hostis, despedaçando a unidade em torno da qual todos os que professaram ser irmãos em Cristo deviam estar reunidos;
- 2. Dentre seus próprios membros, um deles se tornara culpado de grosseira imoralidade e de gravidade tal que nem mesmo a devassa sociedade daquela cidade pagã teria tolerado. Entretanto, a congregação não impusera disciplina ao ofensor, expelindo-o de sua comunhão;
- 3. Membros da Igreja viviam arrastando uns aos outros perante os tribunais seculares dos pagãos para solução de disputas que surgiram entre eles, em lugar de resolverem suas querelas no espírito do amor cristão, dentro da própria comunidade;
- 4. Alguns membros vinham cometendo fornicação com prostitutas, procurando justificar tal conduta com o argumento de que apenas o corpo era envolvido e que os feitos do corpo são inconseqüentes para a alma;
- 5. A Ceia do Senhor, que deveria ser uma expressão de amorosa harmonia, havia degenerado em irreverência, glutonaria e comportamento desatencioso;
- 6. Havia cenas de desordem que nada edificavam quando os membros se reuniam para a adoração pública, especialmente no exercício dos dons espirituais com os quais haviam sido dotados. O apóstolo Paulo sentiu ser necessários relembrá-los que o mais excelente de todos os dons, e que é o que mais deve ser cobiçado, é o dom do amor, à parte do qual, os demais dons são inúteis; e
- 7. Um ensino herético que, por negar o fato da ressurreição de Cristo e por realmente negar a possibilidade de qualquer ressurreição dentre os mortos, feria a própria Pedra de Esquina da fé Cristã, e que lamentavelmente conseguira muitos adeptos na Igreja de Corinto
- VII – OUTRAS QUESTÕES LEVANTADAS PELOS MEMBROS DA IGREJA DE CORINTO:
- O apóstolo Paulo igualmente apresentou instrução sobre certas outras questões que os membros da Igreja de Corinto levantaram numa carta que lhe haviam endereçado. Essas perguntas podem ser sumariadas como segue:
- 1. Era aconselhável aos crentes se casarem?
- 2. Marido ou mulher, uma vez convertidos, deveriam continuar vivendo com o cônjuge impenitente?
- 3. Qual deve ser a atitude do crente para com a ingestão de alimentos anteriormente oferecidos em sacrifício aos ídolos?
- 4. As mulheres devem cobrir a cabeça ao freqüentarem a adoração pública?
- 5. Qual é o significado real da variedade de dons espirituais?
- 6. Que arranjos deveriam ser feitos no tocante à coleta para o alívio dos crentes empobrecidos de Jerusalém?
- VIII - UMA DISTINÇÃO ENTRE OS CRENTES:
- Embora o crente nascido de novo receba a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações, que não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo (Gl 5.16-21; Rm 8.13).
- O crente obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente (Mt 16.24; Rm 8.13; Tt 2.11,12), deixando todo impedimento ou pecado (Hb 12.1), e resistindo a todas as inclinações pecaminosas (Rm 13.14; Gl 5.16; l Pe 2. 11).
- Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica (Gl 5.16-18, 24; Rm 8.13, 14) e a mortifica (Cl 3.5). Pela abnegação e submissão à obra santificadora do Espírito Santo em sua vida, o crente em Cristo experimenta a libertação do poder da sua natureza pecaminosa e vive como um crente espiritual (Rm 6.13; Gl 5.16).
- (1) A figura do crente carnal. Embora os crentes de Corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniquidade, que os separaria do reino de Deus (ver 6.9-11; cf. Gl 5.21; Ef 5.5), estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo (3.1,2). A carnalidade deles era vista na "inveja e contendas" (3.3).
- Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja (5.1-13; 6.13-20).
- Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor (4.18,19).
- Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais (6.6-8).
- Observe-se que aos crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual ou pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo (5.1,9-11; 6.9,10).
- (2) Perigos para os cristãos carnais. Os cristãos carnais de Corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo (2 Co 11.3) e de se conformarem cada vez mais com o mundo (cf. 2 Co 6.14-18). Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus (6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso (l Jo 3.15; 5.17; cf. Rm8.13; l Co 5.5; 2 Co 12.21; 13.5).
- (3) Advertências aos cristãos carnais:
- (a) Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus, ele corre o risco de abandonar a fé (Rm 6.14-16; l Co 6.9,10; 2 Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg 1.12-16);
- (b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados (10.5-12).
- (c) Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao mesmo tempo (Mt 6.24; l Co 10.21).
- (d) Devem separar-se completamente do mundo (2 Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor (2 Co 7.1).
- IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- Seria um engano imaginar que o conteúdo dessa epístola é relevante apenas para a situação particular da Igreja de Corinto no primeiro século, pois, embora quanto às circunstâncias e à forma externa, os problemas da Igreja variem de época para época, quanto à sua essência, todavia, permanecem os mesmos, e os princípios que o apóstolo Paulo apresentou são aplicáveis aos nossos próprios dias e situações, não menos que aos seus dias e suas circunstâncias. FONTES DE CONSULTA: 1. Bíblia Vida Nova 2. Bíblia de Estudo Vida 3. Bíblia de Estudo NVI 4. A Bíblia Anotada – Editora Mundo Cristão 5. A Bíblia de Estudo Pentecostal
Um comentário:
caro pastor e com prazer que comento a aula ; gostei muito sou professor da EBD e enriqueci o conteudo de minha aula com oque aprendi aqui faço uma sujestão os estudos deveriam traser um paralelo entre oque isso nos ensina nos dias de hoje ex:a imoralidade nas grandes cidades e como isso tem entrado em nossas igrejas no mais continui uma benção imail requintedolar@bol.com.br
Postar um comentário