ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 13/03/2016
TÍTULO: “O JUÍZO FINAL”
TEXTO ÁUREO – Apc 20.11
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 20.11-15
I - INTRODUÇÃO:
Que
ninguém se iluda! O Julgamento Final não é uma hipótese; é algo já determinado
por Deus, a fim de que a sua justiça seja plenamente notória, reconhecida e
exercida em todo o Universo.
II – O
QUE É O JUÍZO FINAL:
É a
sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que,
conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que esta tiver
cometido através do corpo durante a sua vida terrena.
A HORA
DO JULGAMENTO – É
claramente indicado que esse julgamento acontece após o fim do reino milenar de
Cristo (Apc 20:5, 12-13)
O LOCAL
DO JULGAMENTO – Esse
julgamento não acontece nem no céu, nem na terra (já que estes fugiram da
presença de Deus), mas em algum lugar entre as duas esferas (Apc 20:11).
BASE DE
JULGAMENTO – Esse
julgamento, ao contrário de uma concepção popular errada, não tem por
finalidade apurar se aqueles que o enfrentam serão salvos ou não. Todos os que
devem ser salvos já o foram e entraram no seu estado eterno. Os que serão
abençoados eternamente já entraram na sua bênção. Esse é antes um julgamento
das más obras dos incrédulos. A sentença da segunda morte é pronunciada contra
eles (Apc 20:12).
III – ALGUNS ACONTECIMENTOS ATÉ A INSTALAÇÃO DO JULGAMENTO FINAL:
(1) - A CONDENAÇÃO DA BESTA E
DO FALSO PROFETA - Apc 19:20; 20:10 - Uma
vez unidas em seu desafio a Deus, estas duas pessoas poderosas e perniciosas
agora são unidas em sua condenação.
Embora tenha sido o assassino
de multidões que se recusaram a adorar a imagem da Besta, esta e o próprio Falso
Profeta não receberão permissão para morrerem. Até mesmo o suposto poder
miraculoso do Falso Profeta não o pode livrar de ser lançado vivo no lago de
fogo.
A condenação da besta e do
falso profeta representa o fim de uma falsa astúcia estatal e de uma falsa
astúcia sacerdotal. Estes dois personagens sofrem juntos porque lutaram juntos
contra o Cordeiro.
(2) - A CONDENAÇÃO DO DIABO – Apc 20:1-3, 10 - Finalmente a cabeça da serpente é ferida para
sempre (Gn 3:15).
A vitória conseguida sobre o
diabo no Calvário agora recebe operação completa.
Lançado do céu em tempos
antigos por causa de sua rebelião, depois lançado do ar à terra (Apc 12:9), o
diabo agora é lançado no abismo por mil anos (Apc 20:3).
Sua liberdade de andar ao
redor, devorando almas (I Pe 5:8) agora é abolida à medida que um anjo do céu
prende Satanás com cadeias, amarra-o e o lança no abismo, selando sua prisão
por mil anos.
João diz que o dragão foi
aprisionado para que "não enganasse mais as nações até que os mil anos se
completassem".
Os mil anos de Satanás no
abismo não produzirão nenhuma mudança em seu caráter maligno. Uma vez que seja
liberto, provará ser o mesmo antigo diabo. Mas, enquanto estiver preso, a terra
respirará ar mais puro, e o reino milenar de Cristo fará com que a paz e a
justiça cubram a terra como as águas cobrem o mar.
Depois de sua obra final e
pós-milenar de engano, o diabo é "lançado no lago de fogo e de
enxofre", para juntar-se aos seus devotos iludidos que já suportaram as
chamas por mil anos. Com a Besta e o Falso Profeta, satanás entra para o
tormento eterno (Apc 20:10).
Finalmente a trindade do mal,
que imita a trindade de céu, colhe sua condenação sem alívio. O diabo, a besta
e o falso profeta, estão juntos para sempre no lago de fogo.
(3) - A CONDENAÇÃO DE GOGUE E
MAGOGUE - Apc 20:7-9 - A menção de
Gogue (príncipe) e Magogue (a terra) leva-nos de volta a Ezequiel 38, onde
Gogue representa todas as nações que formam a confederação do norte.
Agora chegamos à revolta final
das nações. Entretanto, o juízo é tão rápido quanto a rebelião das nações dos quatro
cantos da terra; fogo desce dos céus e devora as multidocn (Apc 20:9).
Neste conflito final não há
batalha nem luta. O Deus "Todo-poderoso”, que é "um fogo
consumidor", destrói imediatamente todas as nações enganadas e
brutalizadas. O último ataque do homem contra Deus e contra "o arraial dos
santos e a cidade querida" termina em completo fracasso, e o inferno
dilata a boca a fim de tragar as hordas da terra enganadas pelo diabo no
ajuntamento para a rebelião.
Não é de admirar que lemos
mais adiante de uma nova terra sem o diabo para sempre!
DAQUI EM DIANTE, INSTALA-SE O
JULGAMENTO FINAL:
(4) - A CONDENAÇÃO DOS
PERDIDOS - Apc 20:11-15 - Este
juízo será o mais solene e mais terrível jamais executado. Finalmente o Juiz
eterno acertará todas as contas. Tendo lidado com Satanás, Cristo agora se
prepara para lidar com os pecadores do mundo. Chega, afinal, o fim do mundo,
pois a criação foge da face do que está assentado sobre o trono.
A visão de João divide-se em
duas partes, indicadas pela frase repetida "E vi".
Apc 20:11— E vi o trono
e seu juiz.
Apc 20:12-15— E vi os
mortos e o seu julgamento.
(A)
- O TRONO DO JUÍZO - Entre os tronos da Escritura, o identificado como
"o grande trono branco" é o mais temível e sem esperança de todos.
Não é o trono de um soberano prestes a reinar e
governar, mas o de um juiz, prestes a pronunciar a condenação sobre os
culpados.
É um trono levantado para um propósito específico;
não é permanente, pois cessa de existir assim que seus julgamentos tenham sido
distribuídos aos condenados.
Neste trono a posição do dia de Pilatos será
invertida: então o Criador foi julgado pela criatura, mas agora a criatura
aparece perante o Criador a fim de receber a sentença.
Na sala de Pilatos Deus ficou mudo perante o homem,
mas aqui o homem está mudo na presença de Deus.
O que foi condenado perante o tribunal terreno
agora decidirá os destinos da raça humana e revelará os princípios do governo
divino.
Tendo rejeitado a grande salvação oferecida por
Cristo, os pecadores agora são forçados a comparecer à presença do grande trono
branco de Deus. Será grande por várias razões:
(A.1) - Por causa da dignidade do próprio
Juiz.
(A.2) - Por causa da grandeza e solenidade sem
paralelos da ocasião.
(A.3) - Por causa da vastidão da cena: aqui
jaz a aurora da eternidade.
(A.4) - Por causa das consequências eternas
envolvidas.
(A.5) - Por causa dos grandes destinos que ele
decidirá.
O trono branco corresponde ao caráter do seu
Ocupante – Sl 9.7-8.
Não haverá tratamento injusto nem desleal, pois
sendo “branco”, o trono simboliza a pureza e justiça dos juízos do Juiz.
É branco por causa de Sua pureza imaculada.
(B) – O
JUIZ – É o Senhor Deus, o
Salvador – Jo 5.27 - Uma vez que a salvação foi planejada por Deus, realizada
por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo, pode ser que as três Pessoas da
Divindade se encontrem presentes no juízo dos que desprezaram tal salvação.
Cristo, entretanto, deve pronunciar o juízo solene
dos perdidos – Jo 5.22; At 10:42; 17:31; 2 Tm 4:1.
Com os olhos semelhantes à chama do fogo, Cristo
esquadrinhará e queimará os que se encontram em sua presença (Apc 1:14; 19:12).
Todos e tudo secarão ao brilho do justo juízo desses olhos. Não brilharão com
misericórdia nesse dia, pois com majestade ilimitada o Dono desses olhos
penetrantes ganhou o direito de dispor dos destinos de suas criaturas
voluntariosas. E, por ser o Juiz "o Justo", seus juízos
corresponderão à sua natureza – Gn 18.25c; Apc 16:7; 19:11.
Os santos de Cristo devem ser honrados com a
participação neste juízo – Sl 149:9 comparar com I Cor 6:2-3.
(C) - O JUÍZO - Os tribunais de países democráticos tentam oferecer aos
criminosos julgamentos justos. O tribunal do Trono Branco, entretanto, não foi
erigido a fim de discutir os prós e os contras do caso de nenhum pecador, mas
dar a sentença já declarada.
Naquele dia futuro os mortos ressuscitarão e se
apresentarão na presença do Juiz, não para serem julgados quanto à sua culpa ou
sua inocência, mas a fim de receber a ratificação de uma sentença já
pronunciada - Jo 3:18, 36.
Este juízo é chamado "eterno" (Hb 6:2)
pois suas consequências são eternas. Age também com garantia de que o pecado
jamais terá permissão para invadir a nova criação de Deus.
(D) - OS JULGADOS - Vários objetos de juízo são enumerados no relato
espantoso do grande trono branco, e é importante notar estes respectivos
juízos.
(D.1) – A TERRA E OS CÉUS - Haverá o
desaparecimento rápido da antiga criação porque o que está assentado sobre o
trono foi seu Criador, e portanto ela imediatamente obedece à sua ordem.
Por que a terra há de desaparecer? Porque foi a
cena de pecado e rebeldia, e levou a mancha do sangue do Juiz. O homem se
apegou à terra por muitos séculos, mas agora ela foge.
Por que os céus também desaparecem? Os céus não
podem permanecer, pois foram poluídos por Satanás, o príncipe da potestade do
ar. Como podem os céus continuar se não são puros à vista de Deus?
Entre as novas criações há os novos céus e a nova
terra – Apc 21:1; Is 65.17; 66.22; II Pe 3.7, 10-13; Hb 1.10-12.
(D.2) – OS ANJOS CAÍDOS – Já que a sorte do chefe
rebelde foi determinada (Apc 20:10), agora Cristo prossegue lidando com os que
Satanás influenciou.
Embora não tenhamos prova direta da narrativa de
que a hoste de espíritos malignos de Satanás deva aparecer perante o trono, achamos
que eles serão julgados nesta época – Jd 6
Se, como Paulo afirma, devemos julgar os anjos
(isto é, os caídos), então os santos devem estar neste tribunal com a
capacidade judiciária.
(D.3) – OS MORTOS - Devemos compreender que este
grupo seja composto de todos os que morreram no pecado, quer estejam mortos
espiritual quer fisicamente.
Os ímpios na terra, na época em que se instala este
trono, são imediatamente transferidos para ele, ao mesmo tempo em que os mortos
no inferno são ressuscitados e forçados a comparecer com eles. Esperam, aqui, a
sentença de condenação, como prisioneiros num tribunal.
A ressurreição aqui mencionada não é "dos
mortos" (para crentes), mas sim, a ressurreição final de todos os ímpios
mortos para seu destino último.
Todos os ímpios mortos antes que Cristo viesse à
terra terão para julgá-los o livro da lei (Rm 2:12; 3:19).
Todos os ímpios mortos depois de Cristo serão
julgados pelo evangelho da graça (Rm 2:16; Jo 3:18-19; 12:48).
Os ímpios mortos depois da segunda vinda de Cristo
serão julgados pelo evangelho eterno.
Todos os tipos de pecadores devem comparecer à
presença deste trono espantoso, como o indica a frase "pequenos e
grandes", frase esta que ocorre cinco vezes no livro do Apocalipse.
Hoje temos várias classes e distinções sociais e
raciais. Mas tais distinções deverão desaparecer quando o Juiz tomar o seu
lugar, pois Ele não faz acepção de pessoas. Os orgulhosos e poderosos e também
os insignificantes devem entrar no lago de fogo – Apc 21.8 - Nenhuma
das pessoas aqui mencionadas poderá apelar do seu julgamento.
(D.4) – O MAR - Em sua descrição do novo mundo,
João declara que o mar já não existe. Isso significava muito para João, que, na
prisão da ilha de Patmos, sabia que o mar Egeu o separava daqueles a quem
ansiava servir. Mas qual é a implicação completa desta frase com referência ao
mar entregando os mortos que nele havia?
Deve-se tratar o "mar" como simbólico da
condição inquieta da humanidade e, portanto, descritivo da entrega das massas
irrequietas ao Juiz? Ou devemos aceitar a interpretação usual — que todos os
que morreram afogados no mar devem emergir de seu túmulo de água?
Parece-nos que a frase seguinte: "a morte... entregaram
os mortos que neles havia", abrange todos os que morreram e foram
sepultados na terra ou no mar.
Com o passar da terra e do céu, o mar também
desaparecerá e, portanto, todos os seres que estiverem em seu túmulo líquido
deverão comparecer à presença daquele que criou o mar.
(D.5) – A MORTE E O HADES - A morte, ou o
túmulo, continha os corpos dos perdidos e o hades, os seus espíritos. Agora
corpos e espíritos se unem, e com seus corpos eternos de vergonha e espíritos
eternos, os condenados vão para a morte da morte.
Mas finalmente esse monstro é destruído: "O
último inimigo a ser destruído é a morte."
Hades ou inferno é a habitação presente dos
perdidos. Esta residência temporária, contudo, dá lugar ao juízo do lago de
fogo, mais terrível e eterno. Tal ressurreição é mencionada como de vergonha
(Daniel 12:2); dos injustos (Atos 24:15); da condenação (João 5:29).
A morte e o hades rapidamente seguem seus ocupantes
para dentro do lago de fogo (Apc 20:14). Trazidos à existência por causa da
obra de Satanás, agora o seguem para a perdição eterna. E porque as chaves do
hades e da morte pendem do cinto de Cristo, Ele pode agir como desejar com tais
habitações – Apc 1.18.
Assim, o lago de fogo torna-se o depositário final
de todos os que se opuseram a Deus e a Jesus Cristo. Os condenados devem ser
atormentados de dia e de noite para todo o sempre (Apc 20:10).
(D.6) – OS LIVROS DO JUÍZO – Apc 20.12 – "Uns
livros" - Implica existir no céu mais de um conjunto de registros. Estes
livros representam o relato das obras das pessoas que vão ser julgadas. O
Senhor conserva um registro fiel dos pensamentos, das ações e das palavras dos
pecadores. Nada é por demais banal para ser registrado. Cristo tem o controle
deste registro – Apc 3.5; 13:8; 17:8; 21:17.
As Escrituras mencionam alguns livros;
(1) – O livro da consciência – Rm 2.15; 9.1;
(2) – O livro da natureza – Jó 12.7-9; Sl 19.1-4;
Rm 1.20;
(3) – O livro da Lei – Rm 2.12 cf Rm 3.20;
(4) – O livro do Evangelho – Jo 12.48; Rm 2.16;
(5) – O livro da nossa memória – Lc 16.25 – “Filho,
lembra-te...”; Mc 9.44-48; Jr 17.1 – O rico lembrou-se das oportunidades
passadas e perdidas. Lembrou-se do que Moisés e os profetas haviam dito.
Lembrou-se da mensagem da Palavra santa de Deus. Lembrou-se, mas era tarde
demais!
(6) – O livro dos atos dos homens – Ml 3.16; Mc 12.36;
Lc 12.7; Apc 20.12.
(7) – O livro da Vida – Sl 69.28; Dn 12.1; Lc
10.20; Fp 4.3; Apc 20.15 - O livro da vida do Cordeiro é o registro de ouro dos
que pertencem ao Senhor. Os nomes que estão neste livro foram escritos muito
antes dos acontecimentos do grande trono branco.
A presença do livro da vida nessa ocasião é,
certamente, para provar aos céticos que estão sendo julgados que os seus nomes
não se encontram arrolados nele.
Embora a pessoa possa ter um registro favorável,
evidentemente o que conta é a inserção de seu nome no "livro da vida"
por Cristo. Não é ausência de obra mas ausência do nome que
condena – Mt 7.22-2.
Podemos vislumbrar, em termos bem claros, que as
ações dos incrédulos são registradas no céu. Como isto é feito não alegamos
saber nem nos aventuramos a adivinhar. Está oculto em Deus, mas não devia haver
dificuldade em crer nisto quando o próprio homem pode gravar grandes sinfonias
e discursos na cera, e reduzir bibliotecas inteiras a microfilmes. Aí está o
fato. Deus o afirma. O incrédulo pode zombar dEle, mas será julgado por Ele.
IV
– CONSIDERAÇÕS FINAIS:
No Juízo Final não se admitirá advogado de defesa.
Quem não tiver o nome no Livro da Vida, será condenado à perdição eterna – Apc
20.15.
Temos nossos nomes escritos lá?
FONTES DE CONSULTA:
1) A Bíblia de Estudo
Pentecostal – CPAD
2) Lições Bíblicas – 4º
Trimestre de 2004 – Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
3) Manual de Escatologia –
Editora Vida – J. Dwight Pentecost
4) Lições Bíblicas – 3º
Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
5) Apocalipse: O Drama dos
Séculos – Editora Vida – Herbert Lockyer
Nenhum comentário:
Postar um comentário