ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 21/09/2014
TÍTULO: “OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO”
TEXTO ÁUREO – Tg 4.17
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tg 5.1-6
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 21/09/2014
TÍTULO: “OS PECADOS DE OMISSÃO E DE OPRESSÃO”
TEXTO ÁUREO – Tg 4.17
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tg 5.1-6
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I - INTRODUÇÃO:
A Bíblia não condena a riqueza em
si, nem o rico que adquire bens de modo lícito e honesto. Em Tiago vemos a
condenação daqueles que, por serem ricos, tornam-se opressores e corruptos. Tal
condenação é mais severa, ainda, quando tais pessoas se dizem crentes em Jesus,
e agem de modo injusto para com seus empregados, assemelhados e outras pessoas
de status inferior.
II - A ORIGEM DAS RIQUEZAS:
(1) - Criadas por Deus - O planeta Terra, em sua situação
original, foi contemplado com riquezas imensas em todas as partes. Entretanto,
com a queda do homem, a Terra passou a ser maldita e a produzir cardos e
espinhos (Gn 3.17,18). Mesmo assim, a bondade de Deus foi tão grande, que
deixou para o homem pecador riquezas naturais enormes, capazes de assegurar a
sobrevivência condigna por períodos de tempo incalculáveis (Sl 33.5; 104.24).
Todas as riquezas naturais foram postas
à disposição para o bem de todos e não apenas de alguns. A Terra é de Deus (Lv
25.23; Sl 24.1) e Ele a deu "aos filhos dos homens" (Sl 115.16b).
(2) - Produzidas pelo homem - Vejamos:
(2.1) - Homens de Deus ricos - Na
Bíblia, há homens crentes ricos e exaltados por Deus.
Abraão possuía muita riqueza, fruto
da bênção de Deus sobre seu trabalho (Gn 13.6; 24.35).
Jó possuía muitos bens, e muita
gente a seu serviço, sendo o homem "maior do que todos os do Oriente"
(Jó 1.3).
Davi, rei de Israel, era rico. Seu
herdeiro, Salomão, era riquíssimo (l Rs 4.21-28; 7.1-12; 11.14-29).
Nos tempos modernos, há homens de
Deus que são muito ricos, contribuindo com seus dízimos e ofertas para a obra
do Senhor.
(2.2) - Descrentes ricos - Deus tem
permitido que incrédulos também produzam riquezas, utilizando dinheiro,
trabalho e tecnologia para o bem-estar dos povos.
Em todas as áreas da vida humana, há
riquezas que são benéficas ao homem. Essas não são condenadas por Deus, embora
nem todas resultem do trabalho de algum cristão.
III - O USO INÍQUO DAS RIQUEZAS:
(1) - Ricos miseráveis - A Bíblia brada alto contra os ricos
opressores, dizendo: "chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós
hão de vir" (v.l). O apóstolo emprega aqui uma linguagem profética, que vê
o futuro como seja fosse presente. Ao que tudo indica, tais ricos estavam entre
os judeus convertidos ao Cristianismo.
Hoje, há homens cristãos a quem Deus
concedeu riquezas. Entre estes, há os bons empresários, que cumprem seus
deveres legais e sociais. Há outros, no entanto, que procedem como os ímpios. A
Bíblia adverte os que querem ser ricos e também a respeito do amor ao dinheiro
(cf. l Tm 6.9,10).
(2) - Acumulação iníqua de riquezas - As riquezas humanas são
fruto da utilização do capital, que são as máquinas e os equipamentos, do uso
dos recursos financeiros, da terra, da mão-de-obra e da tecnologia. Entretanto,
há muita riqueza injusta.
Em nosso país, com mais de oito
milhões e quinhentos mil quilômetros quadrados de terras, a maior parte delas
está nas mãos de cerca de dez por cento de proprietários. "Há tanta gente
sem terra e tanta terra sem gente".
A exploração dos "boias-frias"
daquele tempo, foi objeto da epístola de Tiago, quando diz: "Eis que o
salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi
diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor
dos Exércitos" (v.4). Será que não há fazendeiro, proprietário, empregador
e empresário crente, hoje, que estão debaixo dessa condenação?
(3) - Sistemas econômicos injustos - O comunismo, graças a Deus,
fracassou (apesar de estar vivo). Através da luta de classes, jogou pobres
contra ricos e vice-versa. Acabou gerando a exploração de todos pelo
"todo-poderoso" Estado marxista-leninista, que se fez
"deus", oprimindo as mentes, a ponto de não permitir a pregação do
evangelho, matando milhões de pessoas.
O capitalismo, em sua ganância pelo
lucro, não fica atrás, na opressão e na iniquidade. Chegou a ponto de não só
apropriar-se da maior parte dos bens, mas até de pessoas. Inclui, também, a
exploração sexual de crianças para fins de turismo, o trabalho infantil
forçado, o comércio das drogas, as bebidas, o fumo, a prostituição, a fraude, a
extorsão, a sonegação, etc. São riquezas apodrecidas e enferrujadas. Tiago diz:
"As vossas riquezas estão apodrecidas... o vosso ouro e a vossa prata se
enferrujaram; e sua ferrugem dará testemunho contra vós... Entesourastes para
os últimos dias" (vv.2,3).
(4) - Uma opção que não tem dado certo - Um sistema que atenderia,
talvez, os princípios cristãos seria o cooperativista. Infelizmente, pelo
egoísmo, infidelidade, omissão e corrupção, não tem tido o êxito esperado na
maior parte das experiências.
(5) - A má distribuição de renda - A maior parte da riqueza gerada
na maioria dos países é apropriada por pequena parcela da população. Em nível
mundial, isso é bem patente. Mais da metade da população do mundo ainda passa
fome; muitos à beira da miséria absoluta, em que as pessoas só comem uma vez
por dia, não tendo roupa, calçados, saúde, saneamento, energia, habitação, ou o
mínimo para um viver condigno.
(6) - Quais as causas disso? - As injustiças sociais, incluindo-se
a exploração e opressão dos ricos sobre os pobres, têm causas diversas, de
ordem sociológica, econômica e histórica. Mas a causa-mãe de toda a opressão é
o pecado. Se o homem não tivesse dado lugar ao Diabo, não haveria pobres e
ricos. O homem viveria eternamente feliz.
Só há duas soluções para que não
haja exploração nem corrupção: a verdadeira conversão a Deus, na presente dispensação,
ou quando chegar o reino milenial de Cristo, época em que findarão os sistemas
iníquos.
IV - A IGREJA E AS RIQUEZAS:
(1) - O papel profético ante as injustiças - No sentido
espiritual, a Igreja, como a noiva do Cordeiro, é perfeita sem faltas ou
defeitos (Ef 5.27).
No humano, infelizmente, tem falhas
e defeitos, que são próprios da condição humana.
Ante as injustiças sociais, a Igreja
precisa tomar posição acerca da ação dos ricos opressores contra os pobres. É
uma posição bíblica e profética. A Palavra de Deus ordena que os servos de Deus
ajam assim. "Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o ímpio não
compreende isso" (Pv 29.7). Os patrões devem tratar com os servos como
quem trata a Cristo, "servindo de boa vontade como ao Senhor e não aos
homens" (Ef 6.7), e os empregados e subordinados devem cumprir o que toda
a Bíblia tão bem preceitua, principalmente nas epístolas do Novo Testamento.
(2) - Com base no Antigo Testamento - Nesta parte da Bíblia lemos
sobre o dever de ajudar o irmão pobre (cf. Dt 15.7,8).
Mais enfático é o que o Senhor diz a
Jerusalém e Judá: "Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o
oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas" (Is 1.17).
No Salmo 82.3,4 está escrito:
"Defendei o pobre e o órfão; fazei justiça ao aflito e necessitado. Livrai
o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios".
Outros textos sobre o tema: Is
3.13-15; 58.6-8; Jr. 22.3-6; Mq 6.8; Ez 16.49,50; Zc 7.9.
(3) - Com base no Novo Testamento - Jesus cuidava do homem integral.
Prova disso é que multiplicou o pão duas vezes (Mt 14.13-21; 15.29-38).
Em Atos, vemos homens sendo
escolhidos para cuidar dos carentes (At 6.1-6); entre os primeiros crentes, não
havia opressão nem exploração (At 2.44,45; 4.34).
Quando disserta sobre os dons de
Deus, a Bíblia fala sobre "o que reparte" (Rm 12.8);
Em Tiago está escrito que a
verdadeira religião é "visitar os órfãos e viúvas" (ação social) e
"guardar-se da corrupção do mundo" (Tg l .27), repreendendo
severamente os que se deleitam (v.5), condenando e matando o justo (v.6).
(4) - A visão cristã - A Igreja, mesmo no sentido humano, não pode
agir como o fazem os partidos e os sindicatos, deixando-se levar por um
ativismo somente político, empunhando bandeiras, e fazendo atos de protestos. Mas
deve pregar e agir, pelos meios legais, lícitos, oportunos, convenientes e com
fundamento bíblico, contra a opressão e a corrupção. Para tanto, precisa
administrar corretamente os recursos financeiros de que dispõe, aplicando
inteligente e honestamente os dízimos e ofertas, investindo em missões locais,
nacionais e transculturais, cuidando dos necessitados, dos órfãos e das viúvas,
defendendo-os dos ímpios ou dos crentes opressores.
Não devemos ter "visão de
avestruz", que enterra o pescoço na areia para não ver o mal. Não adianta
combater usos e costumes, quando se fecha os olhos e fica em silêncio quanto às
injustiças e à opressão dos ricos sobre os pobres. Que Deus nos faça pregoeiros
da justiça.
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Ainda que seja difícil um rico
entrar no céu (Mt 19.23), Deus não condena a riqueza adquirida lícita e
honestamente.
Entretanto, a Palavra de Deus é
firme e veemente contra os bens adquiridos através da opressão e da corrupção.
Crentes que procedem assim, já colheram ou estão a colher os amargos frutos do
seu iníquo procedimento. Na lição já estudada, vemos que tais bens são chamados
de riquezas apodrecidas e enferrujadas.
Os servos de Deus devem dar o
exemplo, tanto no trato com os bens materiais quanto no relacionamento com as
pessoas e, em especial, com os mais pobres, que estão a seu serviço.
FONTE DE PESQUISA E CONSULTA:
Lição Bíblica CPAD - 1º Trimestre de
1999 - Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima.
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