ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13- DATA: 30/03/2014
TÍTULO: “O LEGADO DE MOISÉS”
TEXTO ÁUREO – Dt 34.7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Dt 34.10-12; Hb 11.23-29
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
Hb 11.23-29 – O livro de Êxodo
apresenta-nos a história de Moisés, o grande heroi de Deus. D. L. Moody disse
que Moisés gastou...
(A) – 40 anos no Egito pensando que
era alguém;
(B) – 40 anos em Midiã aprendendo
que não era ninguém; e
(C) – 40 anos no deserto descobrindo
o que Deus pode fazer por meio de um ninguém.
II – MOISÉS NO EGITO: 40
ANOS PENSANDO QUE ERA ALGUÉM:
Os
planos de Deus acerca de Moisés incluíam sua passagem pelo palácio de Faraó,
onde teve a oportunidade de se tornar um eloquente participante da vida real
daquele país, que era o centro político, econômico e cultural do mundo, àquela
época.
(1) - Ex
2.10; At 7.22 – Moisés foi viver no palácio de Faraó como “menino grande”. A
Bíblia não revela a sua idade, quando de sua adoção definitiva pela filha do
rei. Contudo, houve uma mudança radical no estilo de vida de Moisés. Ali, ele
foi educado para ser ninguém menos que o herdeiro do trono egípcio: Tomou
contato com a ciência e a literatura do País; conheceu a vida na corte de Faraó
(suas festas e reuniões importantes); conheceu os cultos egípcios com seus
rituais; familiarizou-se com as artes egípcias, que excediam a de muitos povos;
e, para ser poderoso em palavras e obras, certamente foi preparado na oratória
e na administração.
(2) –
Ex 2.11 – Quando tinha cerca de 40 anos, após assumir importantes funções no
palácio de Faraó (como era de se esperar de um membro da família real), Moisés
passou a conhecer o seu povo. Observemos:
(2.1) –
IDENTIFICAOU-SE COM SEUS IRMÃOS – Ao deixar o palácio, Moisés procurou
verificar como eram tratados seus irmãos de raça. Ele viu como sofriam debaixo
da servidão dura dos egípcios, enquanto ele, Moisés, que era também hebreu,
regalava-se com as mordomias palacianas.
(2.2) –
MOISÉS DEFENDEU UM HEBREU – Ex 2.11-12 – Ao atentar para o trabalho de seus
irmãos, Moisés “viu que um varão egípcio feria um varão hebreu”. Certamente de
um temperamento do tipo sanguíneo, olhou para um lado e para o outro, e, não
vendo ninguém, investiu contra o agressor e o matou.
Ali
estava o homem escolhido por Deus para ser o grande líder de Seu povo,
cometendo um assassinato e ocultando o cadáver! Moisés pensava que usando sua
própria força estaria agindo de modo correto. Entretanto, não era assim que
Deus queria usá-lo; não seria por força nem por violência, mas pelo Espírito do
Senhor – Zc 4.6.
Essa
atitude de Moisés mostra que o seu preparo intelectual, cultural, social e
emocional adquiridos no Egito não lhe davam condições de equilíbrio e
serenidade, tão necessárias a um líder do povo de Deus.
O
descontrole emocional não aconteceu apenas com Moisés. Hoje, é comum ver-se
líderes totalmente despreparados em termos emocionais para o exercício da
função. Isso tem “matado” muita gente, pelo tratamento grosseiro e sem amor de
certos líderes evangélicos. Tal comportamento é contrário à Palavra de Deus,
que nos orienta da seguinte forma:
(A) –
Considerar os outros superiores a nós mesmos – Fp 2.3;
(B) –
Só fazer aos outros o que desejamos para nós – Mt 7.12; e
(C) –
Não agir como por força, nem como tendo domínio – I Pe 5.2-3.
(3) –
NADA FICA ENCOBERTO – Ex 2.12 – Após matar o egípcio, Moisés o ocultou na
areia. No dia seguinte, pensando que tudo estava bem, percebeu que dois hebreus
contendiam. Com o ânimo de apaziguar a desavença, Moisés dirigiu-se ao
agressor, repreendendo-o. Foi nessa ocasião que ele constatou que seu crime não
estava oculto. O hebreu, de certo com arrogância, perguntou a Moisés se estava
pensando em fazer o mesmo que fizera com o egípcio no dia anterior.
Tal
fato nos serve de lição, demonstrando que se nossas atitudes podem ser
observadas por pessoas em nosso redor, quanto mais pelo Deus onisciente, que a
tudo observa:
(A) –
Deus conhece o assentar e o levantar – Sl 139.2;
(B) –
Deus entende o pensamento de longe – Sl 139.3; e
(C) –
Ninguém pode fugir do Espírito de Deus – Sl 139.7-10.
(4) –
PERDEU A CONDIÇÃO DE FILHO DA FILHA DE FARAÓ - Ex 2.15 – Diante da descoberta
do crime, Moisés foi perseguido por Faraó, que, com ira, queria mata-lo. Em
face daquela circunstância, e tendo em vista a conscientização que ele tivera
acerca de seu povo, de seus irmãos, do seu sofrimento e opressão, Moisés
decidiu uma vez por todas abandonar o Egito.
Quanta
riqueza e importância foram deixadas de lado de forma consciente. Na verdade,
ser filho de Deus é mais importante do que qualquer outra condição social deste
mundo. Temos uma herança muito mais importante – Sl 37.29; Is 65.9; Mt 5.5; Gl
4.7.
(5) –
ESCOLHEU SER MALTRATADO COM O POVO DE DEUS – Ex 2.16; Hb 11.25 – Fugindo do
Egito, Moisés passou a ser um homem procurado pela justiça do rei. Mesmo
distante de seus irmãos e indo habitar na terra de Midiã, Moisés passou para o
lado dos de sua raça, preferindo estar assim, a por pouco tempo ter o gozo do
pecado.
III – MOISÉS EM MIDIÃ: 40
ANOS DESCOBRINDO QUE NÃO ERA NINGUÉM:
A vida
trepidante do palácio fez de Moisés um temperamental. Toda cultura, as ciências
e letras do Egito não foram suficientes para credenciar Moisés como um homem
chamado por Deus.
Moisés
precisava de outro aprendizado; então, Deus o levou Moisés para a Sua “UNIVERSIDADE
DA SOLIDÃO”, localizada em Midiã. Lá Moisés teve o seu preparo completado.
(1) –
CASOU-SE COM UMA CAMPONESA, E NÃO COM UMA PRINCESA – Ex 2.21 – O jovem Moisés
estava sendo preparado para ter um casamento real, na corte egípcia, visto que
fora criado pela filha de Faraó. Esse era o plano humano. Entretanto, Deus
tinha outro plano para a vida de Moisés. Ao chegar em Midiã, foi acolhido pelo
sacerdote da terra, de nome Jetro, que lhe deu sua filha Zípora por esposa. Sem
dúvida alguma foi a esposa que o Senhor preparou para o futuro líder de Israel,
que haveria de passar quarenta anos caminhando pelo deserto.
(2) –
FOI PEREGRINO, E NÃO ENTRONIZADO – Ex 2.22;
(3) – COMO
PASTOR, APRENDEU COM AS OVELHAS A TER PACIÊNCIA, HUMILDADE E SIMPLICIDADE – Ex
3.1 – No deserto, apascentando o rebanho de seu sogro, Moisés foi sendo talhado
para o cumprimento da missão extremamente difícil que lhe seria confiada dentro
de mais algum tempo.
Talvez
Moisés pensasse que Deus o havia esquecido. Porém, quem pode sondar os passos
da providência? Eis que aos oitenta anos de idade Moisés é convocado a uma
sublime missão: libertar os hebreus da servidão. Após as relutâncias iniciais,
dirige-se ao Egito. Lá mostra ao povo as credenciais que lhe entregara Jeová.
Apresenta-se em seguida ao estulto Faraó e entrega-lhe o sucinto recado de
Deus: “Deixa o meu povo ir”.
IV – MOISÉS NO DESERTO:
40 ANOS DESCOBRINDO O QUE DEUS PODE FAZER POR MEIO DE UM NINGUÉM:
Deus
não chama ninguém sem que lhe dê as devidas credenciais. Estas se constituem
sinais evidentes de que a pessoa chamada tem autoridade do Senhor para cumprir
uma determinada missão. Isso é fator fundamental para o sucesso da ação. Sem os
sinais de Deus na vida, o obreiro se torna frágil, inseguro, duvidoso,
derrotado.
Deus
chamou um homem que se tornara simples pastor de rebanho de seu sogro, durante
décadas, para ser enviado à presença do maior governante do seu tempo, com o
objetivo de lhe dizer que Jeová, o Deus Todo-Poderoso, lhe dava ordens. Mais
que isso: Como Deus chamou um homem, preparando-o para liderar cerca de três
milhões de pessoas, em sua saída do Império Egípcio em demanda da Terra
Prometida.
(1) –
CONDIÇÕES DE MOISÉS – Depois de 40 anos na “UNIVERSIDADE DA SOLIDÃO”, na
calmaria do deserto de Midiã, Moisés completou o seu curso de preparação de
liderança segundo a vontade de Deus.
No
Egito, os animais que mais conhecera de perto foram os cavalos de Faraó. Em
Midiã, conheceu muito bem as ovelhas de seu sogro e, com elas, aprendeu,
certamente, muitas coisas, inclusive a paciência, a submissão, a humildade e a
dependência do pastor. Outras qualificações ele já houvera adquirido no Egito,
tais como comando, controle, organização, direção, etc.
A
cultura egípcia já ficava um tanto para o passado. Agora, Moisés, sem o apoio
político da filha de Faraó, era um homem pobre, humilde, que nem era dono
sequer do rebanho que cuidava. Era um peregrino em terra estranha.
Isso
mostra que Deus, quando chama alguém, procura dar-lhe preparo indispensável
para o cumprimento da missão. Em nossos dias, tem ocorrido grandes decepções no
ministério e, principalmente, na obra missionária, porque homens tem sido
enviados sem terem o preparo exigido por Deus.
(2) – A
CHAMADA PROPRIAMENTE DITA – Ex 3.10 – Temos aqui uma chamada específica para
uma missão definida. Para tanto, Deus deu credenciais a Moisés.
Ex 3.11
– Ante à indagação de Moisés, o Senhor ofereceu as indicações insofismáveis de
Sua chamada e autoridade dadas a Seu servo. Vejamos:
(A) – O
SENHOR ERA COM ELE – Ex 3.12a – Essa foi a primeira credencial. Consciente da
presença de Deus em sua vida, Moisés poderia estar seguro de que contaria com
direção divina, com a orientação necessária para o êxito da missão e com o
poder de Deus par agir em Seu Nome.
É por
demais importante e até indispensável que aqueles que desejam trabalhar na obra
do Senhor tenham certeza de que Deus está com eles. Grandes decepções e
fracassos tem havido em muitas Igrejas, porque enviam pessoas para o trabalho
sem que essas demonstrem ter a presença de Deus em suas vidas.
Se o
Senhor não for com o obreiro, virão lutas sem vitórias, as tentações
avassaladoras, a insegurança, a falta de poder, e a derrota no ministério não
legitimado pelos sinais da presença de Deus.
(B) –
UM SINAL PARA O FUTURO – Ex 3.12c – Deus prometeu a Moisés que, como prova de
sua chamada, um dia ele haveria de retornar àquele lugar, ao monte, para servir
a Deus com o povo que haveria de libertar. Sem dúvida alguma, esse é um apelo à
fé do homem chamado por Deus. Não era um sinal imediato, visível a olhos
humanos. Moisés não questionou esse sinal, numa prova que creu no Senhor. A razão
quer ver para crer; a fé crê para ver; ela é a prova daquilo que não se vê – Hb
11.1.
V – O LEGADO DE MOISÉS:
(1) - Suportou
murmurações (Ex 15:24);
(2) - Alimentou
uma multidão (Ex 16:15-16);
(3) - Teve
seu rosto iluminado (Ex 34:35);
(4) - Os
irmãos estiveram contra ele (Nm 12:1);
(5) - Intercedeu
pelo povo (Ex 32:32);
(6) - Escolheu
70 auxiliares (Nm 11:16);
(7) - Esteve
a sós com Deus 40 dias em jejum (Ex 24:18);
(8) - É
chamado de Servo do Senhor (Ex 14:31);
(9) – Foi
fiel em toda sua casa (Nm 12:7; Hb 3:5)
(10) –
Foi chamado de homem de Deus (Dt 33:1)
(11) - Profeta
que não teve igual (Dt 34:10-11)
(12)
Foi chamado de o escolhido de Deus (Sl 106:23)
(13) - Foi
difamado e invejado pelos próprios irmãos; era humilde; tinha uma comunhão
extraordinária com Deus; tinha um relacionamento íntimo com Deus; tinha um amor
fraternal ao orar pelos seus difamadores e Deus atendia as suas súplicas (Nm
12:2-3, 6, 8, 13, 14)
(14)
– Pronunciou palavras de encorajamento para o seu sucessor - Dt 31:1-3, 7-8, 23.
(15) – Mesmo sabendo que
ia morrer, preocupou-se com o futuro do seu povo - Nm 27:12-17;
(16) - Nm 27:18-23 - Deus
atendeu à oração de Moisés. O melhor tipo de líder é aquele que é escolhido por
Deus.
VI - CONSIDERAÇÕES
FINAIS:
Nesta última lição, vimos que Moisés
teve que se submeter às mais diversas aprendizagens, antes de iniciar a
libertação dos hebreus. Em primeiro lugar, passou quarenta anos na corte
faraônica, onde entrou em contato com a ciência do Egito. No seu entender, a
cultura do Nilo era mais do que necessária para ajuda-lo no desempenho de sua
tarefa. Todavia, haveria ainda de assimilar outras lições, pois os obreiros do
Senhor não podem orbitar apenas em torno de teorias. Há de ter também suas
próprias experiências. Por esse motivo, levou-o a divina providência a Midiã.
Na companhia de Jetro, aprendeu a apreciar as agruras da vida campesina e a
rudeza da gente comum. Foram mais quarenta anos de aprendizado. E, só então,
foi convocado por Jeová a realizar a grande obra de libertação dos hebreus.
Como obreiros de Cristo, precisamos
trilhar o mesmo caminho. Além das teorias (que são necessárias), necessitamos
ingressar, de igual modo, na escola das experiências e das lágrimas. Só assim
estaremos aptos a entender a dor e a agonia de nossos semelhantes. Diz o
profeta Isaías que Cristo foi um Homem de dores. E, como Seus discípulos, não
estamos imunes aos cardos e espinhos que juncam o ministério cristão. Portanto,
soframos com Cristo para que com Ele também sejamos glorificados e, assim,
deixemos um legado para as futuras gerações. Amém.
FONTES DE CONSULTA:
Estudo Panorâmico da Bíblia –
Editora Vida – Henrietta C.Mears
Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre
de 1991 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia –
Editora e Distribuidora Candeia – R. N. Camplin e J. M. Bentes
5 comentários:
louvado seja o nome do Senhor Jesus eu louvo a Deus pela sua vida pastor amado pelo carinho com essa escola bíblica on line todos os domingos eu aprendo com esse estudo abençoado que as Benção do pai celeste cubram vc e sua casa todos os dias paz
nesse estudo de hoje tive uma revelação de que para se chegar com o rebanho em cana tem que primeiro apascenta lo no deserto e na total dependência
de Deus
Amado se o senhor quiser colocar o player de nossa web rádio em seu blog me fale que fazemos uma parceria meu site http://www.vasoescolhido.com/
Deus sempre cuidou dos seus,e ele continua a fazer o mesmo sou prova nisto sou um milagre do meu DEUS que é grande e ELE quer fazer mais você crer então espere e virar você aprendeu com Moises.Eu sim então vamos ser fiel.
Prezados irmãos em Cristo.
Muito obrigado pelas palavras postadas em seus comentários.
Permaneça o nosso Deus abençoando grandemente a vida de cada dos Seus servos. Amém.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
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