IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE
DEUS EM ENGENHOCA
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
AULA DO DIA 19/05/2013
TÍTULO: “O DIVÓRCIO”
TEXTO ÁUREO: Mt 19:9
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mt 19.3-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
Email: geluew@yahoo.com.br
Ao apresentarmos o conteúdo do presente subsídio, o fazemos com muita humildade, respeitando os entendimentos e interpretações contrários (em especial acerca do assunto "Novo Casamento", após o divórcio), apresentados pelos demais servos de Deus, bem como a todos os leitores que tiverem acesso a este material. A todos, minhas considerações e respeito. Permaneçamos na paz de Cristo Jesus, nosso Senhor.
I - INTRODUÇÃO:
O assunto do divórcio e de um novo casamento é problemático, para dizer o mínimo. Algumas pessoas que se casaram na presença de um juiz de paz, parecem que se casaram na presença de um ministro de guerra. A Igreja, que vive de acordo com a Palavra de Deus, não pode negligenciar, passar por cima, fugir ou ignorar o problema. O próprio Deus falou sobre casamento e divórcio e, apesar de não ser assunto fácil de se tratar, temos de nos preocupar com ele.
II – DUAS DEFINIÇÕES DE CASAMENTO:
- (1) - O casamento é o ato solene pelo qual duas pessoas de sexo diferente se unem PARA SEMPRE, SOB A PROMESSA RECÍPROCA DE FIDELIDADE NO AMOR E DA MAIS ESTREITA COMUNHÃO DE VIDA.
- (2) - O casamento é um contrato bilateral e solene, pelo qual um homem e uma mulher se unem INDISSOLUVELMENTE, legalizando por ele suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreita comunhão de vida e de interesses e comprometendo-se a criar e a educar a prole que de ambos nascer.
III – UMA DEFINIÇÃO DE DIVÓRCIO:
Modo de dissolução do vínculo matrimonial, pondo termo à sociedade conjugal, com a conseqüente habilitação dos cônjuges para contrair novas núpcias.
Nosso direito não admitia a dissolução do casamento, A NÃO SER PELA MORTE DE UM DOS CÔNJUGES OU PELA ANULAÇÃO DO CASAMENTO, até que a Emenda Constitucional nº 9, de 28 de junho de 1977, instituiu o divórcio no nosso sistema legal, tendo sido regulamentada pela Lei nº 6515 de 26 de dezembro de 1977, cujo art. 24 dispôs: -"O DIVÓRCIO PÕE TERMO AO CASAMENTO E AOS EFEITOS CIVIS DO MATRIMÔNIO RELIGIOSO".
Uma pesquisa recente indica que, hoje, as chances de rompimento de um matrimônio são de cerca de 60%.
IV – DEFINIÇÃO DA ADULTÉRIO:
Relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o seu cônjuge.
V – DEFINIÇÃO DA PALAVRA PACTO (ALIANÇA ou CONCERTO):
Leiamos Ml 2:13-14 - Segundo a Bíblia, É UM CONTRATO DIVINAMENTE ORDENADO, QUE DETERMINA UM TIPO DE RELACIONAMENTO.
Deus sempre inicia um pacto com sangue:
(1) - No Antigo Testamento, matava-se um animal e espargia o sangue para selar o pacto;
(2) - Quando iniciou o novo pacto, Deus enviou Cristo à terra, onde Ele foi morto e Seu sangue derramado; e
(3) – Há derramamento de sangue até mesmo na inauguração do pacto matrimonial, quando se rompe o hímen da noiva virgem.
A presença de sangue mostra a seriedade de um pacto. Ele deve ser selado com sangue para legitimá-lo.
Assim, o MATRIMÔNIO É MUITO SÉRIO AOS OLHOS DE DEUS, POIS SEGUNDO MALAQUIAS, ELE É UM PACTO.
VI - CINCO VERDADES SOBRE PACTO:
- (1) - TODOS OS LEGÍTIMOS PACTOS NAS ESCRITURAS FORAM ESTABELECIDOS POR DEUS - O matrimônio é pacto de Deus; apenas fazemos parte dele.
Devemos observar em Ml 2:14 que “O SENHOR FOI TESTEMUNHA ENTRE TI E A MULHER DA TUA MOCIDADE”, ou seja, a palavra TESTEMUNHA significa PROMOTOR, isto é, TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO. Assim sendo, Deus é testemunha contra aqueles que violam o pacto matrimonial!
É por isso que quando há o casamento, o ministro pergunta: VOCÊ PROMETE FAZER ISSO OU AQUILO ATÉ QUE A MORTE VOS SEPARE?
Logo, se um PACTO ou ALIANÇA ou CONCERTO É ESTABELECIDO POR DEUS, SÓ PODE SER DESFEITO PELO SENHOR! E isso não se aplica somente aos crentes. DEUS RECONHECE TODOS OS CASAMENTOS, MESMO QUANDO OS DOIS NÃO SÃO EVANGÉLICOS (Mt 14:1-4).
Devemos observar em Ml 2:14 que “O SENHOR FOI TESTEMUNHA ENTRE TI E A MULHER DA TUA MOCIDADE”, ou seja, a palavra TESTEMUNHA significa PROMOTOR, isto é, TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO. Assim sendo, Deus é testemunha contra aqueles que violam o pacto matrimonial!
É por isso que quando há o casamento, o ministro pergunta: VOCÊ PROMETE FAZER ISSO OU AQUILO ATÉ QUE A MORTE VOS SEPARE?
Logo, se um PACTO ou ALIANÇA ou CONCERTO É ESTABELECIDO POR DEUS, SÓ PODE SER DESFEITO PELO SENHOR! E isso não se aplica somente aos crentes. DEUS RECONHECE TODOS OS CASAMENTOS, MESMO QUANDO OS DOIS NÃO SÃO EVANGÉLICOS (Mt 14:1-4).
- (2) - TODOS OS PACTOS FUNCIONAM SOB AUTORIDADE DIVINA - I Cor 11:3; Ef 6:1 - Visto que os pactos são estabelecidos por Deus, eles devem funcionar com uma cadeia determinada de comandos.
Em Malaquias 2, Deus diz que condenou os israelitas porque estavam abandonando suas legítimas esposas.
Se o casal funcionar sob a orientação de Deus, será abençoado, porque a bênção brota em manter a ordem dessa corrente.
Em Malaquias 2, Deus diz que condenou os israelitas porque estavam abandonando suas legítimas esposas.
Se o casal funcionar sob a orientação de Deus, será abençoado, porque a bênção brota em manter a ordem dessa corrente.
- (3) - TODOS OS PACTOS TÊM REGRAS, ISTO É, ORIENTAÇÕES QUE DETERMINAM COMO ELES OPERAM - Não podemos entrar na Aliança de Deus e estabelecermos nossas próprias regras! Deus prescreveu claramente a função que cada parte envolvida no matrimônio deve exercer:
Ef 5:22-33 - SOMENTE QUANDO MARIDOS E MULHERES CUMPRIREM AS REGRAS ESTABELECIDAS POR DEUS, PODEM ESPERAR A BÊNÇÃO DO SENHOR E SEU PODER NO PACTO MATRIMONIAL.
Ef 5:22-33 - SOMENTE QUANDO MARIDOS E MULHERES CUMPRIREM AS REGRAS ESTABELECIDAS POR DEUS, PODEM ESPERAR A BÊNÇÃO DO SENHOR E SEU PODER NO PACTO MATRIMONIAL.
- (4) - OS PACTOS TRAZEM EM SI SANÇÕES - Ml 2:13 cf I Pe 3:7- Se os maridos e esposas não estão fazendo o que Deus quer, então a bênção do Senhor não se faz presente no lar. Em outras palavras, se uma das partes quebra o pacto, as sanções daquele pacto poderão ser invocadas pelo Senhor, que é o JUIZ e ao mesmo tempo, TESTEMUNHA.
(5) - OS PACTOS TÊM CONSEQÜÊNCIAS - Uma decisão sobre romper o pacto matrimonial não afeta apenas os cônjuges, mas os descendentes. O impacto do divórcio ou do rompimento do pacto passa para a próxima geração.
Portanto, o divórcio não apenas termina um casamento, mas envolve a quebra de um pacto que foi feito com juramento de amar, cuidar, e honrar o cônjuge ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE.
A ÚNICA COISA QUE PODE TERMINAR COM ESTE PACTO É A MORTE. Com tal compreensão do casamento, não é de se estranhar que Deus odeie o divórcio - Ml 2.16.
VII - ENSINO DE JESUS SOBRE O CASAMENTO E O DIVÓRCIO:
Leiamos Mt 19.1-12:
Mt 19.3 - Os fariseus estavam "TESTANDO" Jesus, o que significa que não eram sinceros em sua pergunta. Eles queriam apenas apanhar Jesus em contradição.
Na linguagem de hoje, os fariseus perguntaram a Jesus: - "Pode-se conseguir um divórcio por qualquer motivo que desejar?"
Na época em que Jesus viveu, havia muita confusão em relação ao divórcio. As pessoas, orientadas pelos rabinos da época, quando tomavam uma decisão sobre o divorciar-se de alguém, seguiam duas opiniões diferentes, uma liderada pelo rabino Shammai e a outra liderada pelo rabino Hillel.
Tanto o rabino Shammai quanto Hillel baseavam seus argumentos no texto de Dt 24.1, mas com diferenças na interpretação da palavra "INDECENTE" ou "VERGONHOSO".
Para Shammai, o divórcio só era permitido quando havia caso comprovado de adultério; ele advogava a tese de que a palavra "INDECENTE" se referia, exclusivamente, à ofensa de ordem sexual, tendo em vista que a raiz da palavra está ligada à idéia de "NUDEZ".
Já para o rabino Hillel, a palavra "INDECENTE" podia incluir coisas banais. Com isso, um marido podia dar carta de divórcio, se a sua esposa, por distração, salgasse a sopa de lentilhas, ou deixasse queimar o biscoito da refeição matinal, por exemplo.
Segundo ainda Hillel, o marido podia dar carta de divórcio se o relacionamento se tornasse monótono, tendo em vista a palavra "DESPREZAR" em Dt 24.3.
Concluindo: O rabino Shammai era mais severo; Hillel era mais liberal.
Foi nesse contexto que Jesus emitiu Seu posicionamento em relação ao divórcio.
Ele começou fazendo uma pergunta aos fariseus: - "NÃO LESTES?" - Mt 19.4 - Em outras palavras: - "Vocês não tem uma bíblia?"
O que Jesus estava dizendo é que o assunto divórcio NÃO ESTÁ ABERTO A DISCUSSÃO, DEBATE ou PONTOS DE VISTAS.
Quando se trata de divórcio, todo mundo tem uma opinião. Se nos encontrarmos em dificuldades conjugais, encontraremos sempre alguém que vai nos fazer com que nos sintamos bem acerca da sua posição.
Mas Jesus não estava interessado na opinião popular. Ele não molhou os dedos e os colocou no ar a fim de ver para onde o vento estava soprando. Ele conduziu os fariseus de volta às Escrituras, ao início de tudo, ou seja, Gênesis capítulos 1 e 2.
A grande tragédia sobre o matrimônio e o divórcio é que ouvimos a opinião de todo mundo, mas não lemos o que Deus disse sobre o assunto. Devemos ler a Sua Palavra sobre este assunto, porque o casamento é idéia e projeto de Deus. Estamos falando de um relacionamento divino, uma instituição autorizada e ordenada por Deus.
Portanto, o problema não é saber o que o povo diz, mas o que Deus fala. Quando Deus criou Adão e Eva e realizou o primeiro casamento, o divórcio não fazia parte da fórmula. Se Adão quisesse se separar de Eva ou vice versa, não teriam com quem se ajuntar. Nunca foi intenção de Deus que houvesse um divórcio. Estava e está fora de Suas intenções e Seus ideais - Ml 2.16.
Foi por isso que Jesus censurou os fariseus por não procurarem nas Escrituras o que Deus havia dito sobre o casamento e, particularmente, sobre o divórcio.
Em Mt 19.4-5 Jesus recordou aquela primeira cerimônia de casamento para os fariseus e então acrescentou uma palavra pessoal em Mt 19:6 - "Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem".
Dessa forma Jesus faz a mesma coisa que fizemos quando defrontamos o problema do divórcio. Ele diz que antes de falarmos sobre o divórcio, devemos falar sobre o plano e o propósito de Deus para o matrimônio. Quando Deus fala do casamento Ele quer que o mesmo seja algo que dure para sempre.
Leiamos Mt 19.7-8 - Devemos observar que Jesus e os fariseus utilizaram palavras diferentes para descreverem o divórcio: Os fariseus chamaram de "MANDAMENTO", significando que era algo que deveriam fazer, algo que Moisés ordenara.
Mas Jesus os corrige dizendo-lhes que, por causa do pecado, foi uma "PERMISSÃO" ou "CONCESSÃO" e não um "MANDAMENTO".
Mas Jesus os corrige dizendo-lhes que, por causa do pecado, foi uma "PERMISSÃO" ou "CONCESSÃO" e não um "MANDAMENTO".
Logo, DEUS NUNCA ORDENOU O DIVÓRCIO. Mas, por causa do pecado, há a permissão para divorciar-se. Esta é a diferença fundamental. Deus nunca diz que devemos obter o divórcio. Mas há certas situações (por causa do pecado) em que há a permissão para optar-se pelo divórcio.
Os fariseus tentaram enganar Jesus usando um pequeno jogo de palavras, mas, evidentemente, não conseguiram. Jesus lhes fez ver que há apenas PERMISSÃO PARA O DIVÓRCIO; DEUS NÃO O ORDENOU A MOISÉS, E NÃO O ORDENA HOJE, POIS O SENHOR É MESMO, ELE NÃO MUDOU. Portanto, a questão é saber em que circunstâncias há a PERMISSÃO para o divórcio.
Jesus tratou do assunto em Mt 19.9. Ou seja, a infidelidade de um dos cônjuges é o elemento que permite o divórcio.
A palavra "INFIDELIDADE" (PORNÉIA), pode ser aplicada a qualquer prática sexual ilícita, incluindo não somente infidelidade ou adultério (Lv 18.20); homossexualismo (Lv 18.22; Rm 1.25-27); bestialidade (Lv 18.23) e incesto (Lv 18.6-18).
Observemos que Jesus diz que se o divórcio for por qualquer motivo que não seja a infidelidade conjugal e se casar com outra pessoa, comete adultério. Ou seja, no que se refere a Deus, a pessoa que se divorcia sem o único fundamento bíblico legítimo, ainda estará casada com o primeiro cônjuge.
Mt 19:9 cf Mt 5:31-32 cf I Cor 6:15-16 - A infidelidade (relação sexual ilícita) de um dos cônjuges é o elemento que PERMITE O DIVÓRCIO.
As pessoas estão desfazendo seus pactos matrimoniais levando-se em conta a PERMISSÃO que Moisés deu ao povo de Israel. Jesus diz que a pessoa NÃO PODE SE DIVORCIAR POR QUALQUER MOTIVO.
As pessoas estão desfazendo seus pactos matrimoniais levando-se em conta a PERMISSÃO que Moisés deu ao povo de Israel. Jesus diz que a pessoa NÃO PODE SE DIVORCIAR POR QUALQUER MOTIVO.
VIII - O ENSINAMENTO DA BÍBLIA A RESPEITO DO CASAMENTO, DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO:
Este assunto pode ser reumido em três afirmações:
- (1) - O Casamento é Permanente - Rm 7.2; I Cor 7.39 - A intenção de Deus é que um esposo e uma esposa permaneçam casados até que a morte os separe.
Deus une esposo e esposa num só ser, e esta união é para ser permanente.
Deus, certamente, não liga pessoas em casamentos que ele chama de adultério.
Deus une esposo e esposa num só ser, e esta união é para ser permanente.
Deus, certamente, não liga pessoas em casamentos que ele chama de adultério.
- (2) - O Divórcio é Pecaminoso - Mc 10.9; Mt 5.32 - É pecaminoso por causa do que o homem faz à sua companheira, quando ele se divorcia dela. Jesus disse que ele a expõe cometer adultério. Fazer com que outro tropece e se perca é um pecado tremendamente horrível (Mt 18:6).
O divórcio também é pecaminoso, porque eu prometi ficar com minha esposa até que a morte nos separe. Deus detesta a mentira e a quebra da promessa (Apc 21:8; Rm 1:31).
- (3) - Casamento de Divorciado é Adultério: A pessoa divorciada não tem a opção de se casar novamente. Em I Cor 7:10-11, Paulo deu duas escolhas àqueles que haviam se divorciado: permanecerem descasados ou então se reconciliarem com o seu par.
Novo casamento de divorciados é adultério. É adultério para aquele que se divorcia de seu par (Mc 10:11-12), para aquele que está divorciado (Mt 5:32) e para aqueles que se casam com pessoas divorciadas (Lc 16:18).
De acordo com Rm 7:2-3 o adultério continua enquanto se está casado com um segundo par e o primeiro ainda vive.
IX – PESSOAS DIVORCIADAS QUE DESEJAM SER MEMBRAS DA IGREJA:
Os crentes divorciados caem em duas categorias distintas: Os que se divorciaram antes de ser tornarem crentes e os que se divorciaram depois de se tornarem crentes.
Há uma vasta diferença entre estas duas situações, e devemos distinguir entre elas cuidadosamente.
Aqueles que se divorciaram ANTES DE ACEITAR A CRISTO, não retêm o pecado do divórcio após a sua conversão.
Desta forma, há uma diferença entre aquele que se divorciou já sendo crente e aquele que passou pelo mesmo processo antes da conversão; o pecado não é o mesmo: O crente já tinha conhecimento e já possuía a graça em Cristo para fazer o seu casamento funcionar, ao passo que o recém-convertido não tinha o poder de Cristo em seu coração, na época em que se divorciou.
O crente novo perdeu o seu velho eu em Jesus e, assim, todos os seus pecados anteriores tornaram-se ineficazes - II Cor 5.17; Rm 6.6-7, 10 - Ou seja, as coisas antigas não apenas passaram, mas se tornaram inexistentes, e portanto não tem poder para condenar. A paz, a misericórdia e a glória de Deus cumpriram a dívida da lei através de Jesus Cristo, desarraigando, assim, o passado do novo convertido.
II Cor 5.17b-18 - Aqui também Paulo nos dá um outro motivo pelo qual o novo crente pode ser considerado livre de todos os velhos pecados. Paulo está dizendo que Deus reconcilia totalmente os crentes consigo, quando estes aceitam Jesus, e então lhe dá o ministério de reconciliar os outros.
Laconicamente, isso mostra como a Igreja (composta de pecadores já perdoados) deve aceitar a pessoa divorciada que se converteu após o seu divórcio e deseja se tornar um membro da Igreja.
Laconicamente, isso mostra como a Igreja (composta de pecadores já perdoados) deve aceitar a pessoa divorciada que se converteu após o seu divórcio e deseja se tornar um membro da Igreja.
Certamente, alguém pode estar perguntando: - "O perdão que Deus dá ao incrédulo que se divorciou é diferente do perdão que Ele oferece ao crente que se divorciou?" A RESPOSTA É NÃO!
Em ambos os casos o perdão é completamente o mesmo, MAS OS RECEPTORES SÃO DIFERENTES.
O crente que se divorciou estando "casado" com Jesus Cristo, teve que negar o senhorio do Senhor, visto que era um com Cristo, não separado dEle, como era o incrédulo. O crente foi incluído na cidadania dos crentes, ele não era um estrangeiro para as promessas e alianças. O crente possuía esperança em Deus, ao passo que o incrédulo estava sem esperança. Finamente, o crente tinha o meio, o caminho para fazer o casamento funcionar.
Podemos apenas concluir que para o crente um divórcio é um pecado maior visto que representou também um reendurecimento do coração redimido. Isto é muito ofensivo a Deus porque Jesus já tinha destruído a barreira do pecado entre o crente e Deus, dando, assim, acesso ao Pai através de Cristo e tornando o crente um com Cristo. O crente colocou tudo isso de lado quando se divorciou desobedientemente.
X - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A natureza da fé cristã não permite que Deus rebaixe Seus padrões para acomodá-los aos nossos, e, sim, que elevemos nossos padrões para ajustá-los aos de Deus. Nós é que devemos nos ajustar, e não Deus. Isto significa que temos que encarar o problema do divórcio e do novo casamento do ponto de vista de Deus e não do ponto de vista de nossas emoções.
Leiamos I Cor 7:10-17 cf Rm 7:1-3 cf I Cor 7:39 - Enquanto um dos cônjuges estiver vivo, o máximo que pode ser permitido ou tolerado (nunca será mandamento, ou recomendação), é o divórcio por causa de relação sexual ilícita. Mesmo neste caso, não haverá base para um novo casamento.
FONTES DE CONSULTA:
1) Divórcio e Novo Casamento - Editora vida - Tony Evans
2) Estudo Bíblico: "Divórcio e Novo Casamento é adultério continuado" - Gary Fisher
3) Divórcio - Contra ou a Favor? A Bíblia Responde - Série Proposta - Paulo Florêncio e Silva
4) Divórcio à Luz da Bíblia - Edições Vida Nova - Robert J. Plekker
10 comentários:
Pastor Geraldo,
Gostei muito de sua abordagem acerca desse assunto. Creio que procurou e, de certa forma, conseguiu ser fiel à palavra de Deus sobre o tema.
Contudo, quanto à diferença colocada entre o divorciado ANTES ou DEPOIS de ser crente é um tanto quanto polêmico. O senhor mesmo afirmara antes que Deus aprova o casamento mesmo daqueles considerados inféis, ou seja, dos descrentes. Como, então, dá-lhes agora, um tratamento diferente?
Outro ponto: Que culpa o cônjuge que não deu causa ao divórcio, ou seja, aquele ou aquela que foi abandonado(a)seja por traição ou simplesmente porque seu(sua) companheiro(a) não o(a) quer mais tem para que viva o resto da vida condenado(a) a viver sozinho(a)?
Enfim, estes questionamentos precisam ser melhor discutidos, pois Deus é um ser justo, não é isto?
Ary
Prezado irmão Ary.
Muito obrigado, de coração, pela sua participação (muito lúcida e equilibrada) por meio de seu comentário.
O Senhor continue abençoando grandemente a sua vida.
Quanto ao primeiro questionamento, o fato é que o descrente não tinha o conhecimento da graça de Deus ou mesmo da verdade (diferentemente do crente), sendo que, quando o incrédulo se converte, o mesmo já vem para a Igreja na situação de divorciado e até mesmo sob um novo casamento.
Procuro ilustrar isso com a passagem da mulher samaritana (Jo 4.1-30). Repare que Jesus em nenhum momento pediu para que aquela mulher retornasse ao seu primeiro marido. Ainda mais: mesmo naquela condição (de cinco vezes divorciada, já estando no sexto casamento) nada a impediu de ir e testemunhar acerca do Mestre.
Uma outra passagem bíblica interessante, é a mulher que foi apanhada em adultério (Jo 8.1-11). Ela fora apanhada no ato adulterando, mas os homens só levaram a mulher até à presença de Jesus. Ora, se ela fora apanhada NO ATO, onde estava o homem que estava praticando o ato com aquela mulher? Pela Lei, os dois deveriam ser mortos a pedradas. Porém, Jesus disse: - “Aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra”. A que pecado Jesus estava se referindo para aqueles acusadores?
Segundos os melhores intérpretes das Escrituras, Jesus estava questionando que quem não tivesse praticado o mesmo pecado que aquela mulher tinha praticado, que atirasse a primeira pedra. A Bíblia diz que foi saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Sabe por quê? Porque nesta dispensação da graça de Deus, até mesmo se tivermos um pensamento impuro em relação ao sexo oposto, disse Jesus: “... em seu coração já adulterou com ela”. Quem seria o cônjuge inocente? Será que o marido daquela mulher era inocente?
Quando, então, Jesus ficou sozinho com aquela mulher, ele lhe indaga: - “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores. Ninguém te condenou?” No que aquela mulher respondeu: - “Ninguém, SENHOR”. Repare que ela chama Jesus de “Senhor”. E este mesmo Senhor (o Criador da família e do casamento) diz: - “Eu também não te condeno. Vai e deixa esta vida de pecado. Vai e não peques mais”.
Veja o irmão que Jesus não chamou a atenção daquela mulher, no sentido de que, a partir daquele momento ou do ato por ela praticado, o marido dela poderia pedir o divórcio. Jesus nem tocou neste assunto! Sabe por quê? Porque Ele odeia o divórcio, e, no plano original dEle, lá no princípio (Gênesis capítulos 1 e 2) não estava, e nem está previsto o divórcio. Ele procura restaurar a família.
Logo, quanto à questão do cônjuge inocente, quem julgará quem foi o culpado ou o inocente? Quanto um dos cônjuges chega ao adultério, é porque vindo lá detrás, já está havendo algum problema na vida conjugal. Às vezes o marido ou a esposa pode ser considerado inocente quanto ao ato praticado, porém, quanto destes “inocentes” não foram os culpados e jogaram o outro cônjuge a cometer o adultério?
Por isso (e finalizando): tanto um caso (o do descrente) quanto o outro (o do cônjuge inocente), eu fico com a passagem bíblica no Livro de Hebreus, capítulo 13, versículo 4, que abaixo transcrevo:
- “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, DEUS OS JULGARÁ”.
E como o prezado irmão terminou o seu honesto e sincero comentário:
“... Deus é um ser justo, não é isto?”.
Que o nosso Deus continue abençoando grandemente o prezado irmão, e que o prezado continue desta forma, sempre procurando sanar as dúvidas de forma sincera e equilibrada, procurando ouvir o que diz a Palavra de Deus.
Um abraço e permaneçamos na paz do Senhor.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
A Paz do Senhor!
Visitei o seu blog e gostei, já sou participante gostaria q vc fizesse uma visita no meu e deixasse uma sugestão. para melhor servir a Deus grata. q Deus lhe abençoe sempre.
http://ebdcandeiasba.blogspot.com.br/
A Paz, Pastor!
Com todo respeito à sua tese, gostaria de expressar em poucas palavras a minha análise no SEUentendimento: 1º faço minhas as palvras do irmão que comentou 'Deus não é injusto...' e, 2º não me considero uma adúltera, estando casada com um divorciado; porque se lermos o CONTEXTO do texto que está em Mateus 19: 9, concluimos que Jesus não só DEU RESPALDO à parte inocente [quem sofreu a traição, ou seja, relação sexual ilícita, no caso aqui, uso o meu esposo], para divorciar-se, como para casar-se novamente! Só comete adultério, quem casa com o [a] divorciado [a], por motivos FÚTEIS! O tema por ser MUITO polêmico requer extrema cautela nas considerações pessoais com base na exegese. Deus o abençoe!
Prezada irmã em Cristo. A paz do Senhor.
Realmente o tema é polêmico, mas, também, com todo respeito e consideração, discordo da exegese da irmã. Pois Jesus não deu nenhum respaldo para o novo casamento. Se a irmã reparar, veja o que os discípulos falaram em Mt 19.10 e a resposta de Jesus a seguir, falando que nem todos estavam preparados para receberem esta palavra. Por que será que os discípulos achavam que a palavra era dura e preferiam não casar? Ainda mais: Em seguida, Jesus falou exatamente sobre aqueles que são eunucos (terão uma vida celibatária).
Ainda mais a considerar: Nas passagens paralelas nos livros de Marcos e Lucas, não está registrada a cláusula excetiva (a não ser por causa de relações sexuais ilícitas).
Por isso, mantenho a minha tese (com todo respeito e consideração, repito), sempre respaldado em Hb 13.4, no que se refere à justiça de Deus.
Também é de se ressaltar que o tema não está esgotado, haja vista que em todos os meus esboços, não coloco no último tópico a expressão: "CONCLUSÃO"; utilizo "CONSIDERAÇÕES FINAIS", exatamente para que os demais entendimentos sejam considerados, analisados e respeitados, o que faço com a interpretação da prezada irmã em Cristo.
Permaneçamos na paz do Senhor.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
Reservo ao Digníssimo o direito às suas últimas considerações finais aos que estão em adultério, dentro de um casamento! A Paz permanecerá em mim.
Amém.
Deixo registrado que não temos a intenção de tirarmos a paz de Deus da vida de ninguém. Se isto aconteceu, desde já peço perdão a todos, em nome de Jesus.
Que todos nós permaneçamos na paz do Senhor e deixemos por conta dEle a análise e o julgamento dos diferentes casos em que se encontram servos fiéis no assunto divórcio, pois Ele é o único que conhece os nossos corações.
A paz do Senhor.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
Amado Pastor, a Paz!
Fico feliz em ter a certeza de que és um autêntico homem de Deus COMPROMISSADO com a Palavra; e junto à esta certeza pelas suas postagens [ora tão abençoadas e esmeradas em ricas pequisas], pude comprovar que o Amado tem sensibilidade ao Espírito e chegou por si só, onde minha alma estava anelando abordar: há diferentes casos e, casos diversos! Louvo a Deus por [no Espírito e movido por Ele], 'entrares' em meu âmago e discernir que existem sim, autênticas servas de Deus que [face ao dilema exposto] primam por manter a Comunhão, Unção e Intimidade com o Pai; trabalhando em sua Obra com afinco e total dedicação a tal ponto que este pequeno 'senão' não as impedem de serem usadas por Ele! Não abrirei mão de [fervorosa e estudiosa da Palavra que sou], continuar usando itens de seu valioso Ensino em minha Classe Feminina todos os domingos [quase me inclinei a isto]! Como tem complementado nossas prazerosas palestras e conhecimento [cá entre nós, mulheres...]!!! Deus o abençoe intensamente de coração...
Glórias sejam dadas ao nosso Deus! O Senhor é digno de honra e louvor!
Deixo para meditação de todos algumas palavras escritas pelo Pastor Billy Graham, direcionadas a todas as pessoas que se encontram face a face com o assunto divórcio:
"... É inútil continuar a escavar o passado e tentar aliviá-lo. Perguntas que torturam a pessoa não conseguirão alterar o passado. É perfeitamente possível que ela não pudesse ter feito nada diferente para salvar o casamento. A possibilidade saudável que a Bíblia nos apresenta é deixar o passado para trás e prosseguir, e crescer no presente... A pessoa divorciada deve considerar a experiência como uma transição, um período para fazer ajustes, para expandir a personalidade por meio da leitura e da reflexão, e construir ou reconstruir amizades que a ajudarão a crescer".
Prezada irmã em Cristo, que o nosso Deus permaneça dando-lhe a sabedoria dos altos céus, a unção e a graça, principalmente quando a irmã estiver ministrando a santa e poderosa Palavra de Deus, seja onde for. Tenho fé em Deus que, naquele momento, os céus se abrirão e muitos serão tocados e salvos pelo poder da Palavra do Senhor que sairá da sua boca, com a unção de Deus.
É o meu sincero desejo, vindo do fundo da minha alma e do meu coração, em nome de Jesus.
Continuemos na paz de Deus, que excede todo entendimento. Amém.
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
Amém, Pastor!
Este é e será o meu 1º e ÚNICO casamento... [foram longos quase 14 anos de espera no Senhor]. E como ele [meu amado] sempre me diz "filha, nossa separação só será POR MORTE"; assim determinamos, afinal, o que é concordado na terra, no céu é confirmado[Mt 18: 19]!
Outrossim, descobri seu 'blog', quando procurava o site de outro estudioso das Lições/EBD [por sugestão do meu Pastor], para implementar melhor minhas Aulas; e nesta procura, IDENTIFIQUEI-ME mais com o conteúdo que o Digníssimo 'me' ofereceu [sem egoísmo] rrssrs. Mediante a isto, preferi permanecer somente com os teus subsídios. Fiquemos e permaneçamos na Paz que excede a todo o entendimento e que, sem ela junto à santificação, não realizaremos o lindo sonho de vermos a Deus e o seu Reino! Até à próxima...
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