ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA: 25/11/2012
TÍTULO: “NAUM – O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA”
TEXTO ÁUREO – Gn 18.32
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Na 1.1-3, 9-14
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
O Livro de Nau tem um
único tema: A DESTRUIÇÃO DE NÍVIVE. É a sequencia da mensagem do profeta Jonas,
por cujo ministério os ninivitas foram conduzidos ao arrependimento e salvos do
castigo iminente. É evidente que os ninivitas mudaram de opinião a respeito do
seu primeiro arrependimento e de tal maneira se entregaram à idolatria,
crueldade e opressão, que de 100 a 150 anos mais tarde, Naum pronunciou contra
eles o julgamento de Deus em forma de uma destruição completa.
II – PEQUENO ESBOÇO DO LIVRO DE NAUM:
Capítulo
1:
A justiça e o poder do Senhor – Na 1.1-8.
A derrota dos assírios – Na 1.9-15.
Capítulo
2:
Anúncio da destruição de Nívive – Na 2.1-10.
As verdadeiras causas da destruição de Nívive: seu
pecado contra Deus e as maldades contra as nações que derrotou – Na 2.11-13.
Capítulo
3:
Os pecados e os juízos de Nínive – Na 3.1-7.
A total destruição de Nínive – Na 3.8-9.
III - POR QUE LER ESSE LIVRO?:
Já
ficamos zangados, aborrecidos, ou furiosos? Talvez um amigo nosso tenha sido
vítima de alguma crueldade praticada por uma quadrilha. Talvez já trabalhamos
para um patrão que rebaixe as pessoas para se mostrar superior. Talvez tenhamos
sido vítimas de preconceitos raciais. Naum faz lembrar que Deus detém o
controle da história e que não permitirá que o mal prevaleça para sempre.
IV - QUEM ESCREVEU O LIVRO?:
Naum,
cujo nome significa “CONSOLO”. Praticamente nada se sabe a respeito deste
profeta. Crêem alguns que ele era nativo de El-Kosh, uma aldeia da Galiléia.
Ele profetizou durante o reinado de Ezequias e foi testemunha do sítio de
Jerusalém por Senaqueribe, acontecimento esse que pode ter sido a ocasião da
sua profecia. Naum não é mencionado em nenhuma outra parte da Bíblia.
V - PARA QUEM FOI ESCRITO?:
Embora
o livro pareça endereçado aos assírios, a mensagem de Naum é na verdade para o
povo de Deus, a nação de Judá.
VI - QUANDO FOI ESCRITO?:
Entre
663 a.C., quando a Assíria conquistou o Egito, e 609 a.C., quando a Assíria foi
conquistada pela Babilônia. Isso aconteceu uns 100 ou 150 anos depois de Jonas
entregar a mensagem de Deus a Nínive, capital da Assíria.
VII - O QUE ESTAVA OCORRENDO NO MUNDO NESSA ÉPOCA?:
Em
722 a.C. a Assíria conquistara Israel, o reino do norte. Agora, quase 100/150
anos depois, Judá, o reino do sul, era governado por Manassés, um rei-fantoche
dos assírios.
VIII - POR QUE FOI ESCRITO?:
Para
dar às pessoas a certeza de que o mal não perdura para sempre e Deus cumprirá
um dia Seu plano de restaurar o bem de modo permanente.
Deus
age e intervém na História. Ele é o Deus de amor e de justiça. A maioria sabe
disso, mas vive confiada em si e tentando dar um jeitinho de resolver os seus
próprios problemas. Assim viveram os ninivitas durante muito tempo. Mas, Naum é
a voz que surge em nome do Senhor anunciando que chegou o tempo da manifestação
da justiça de Deus.
IX - O QUE SE DEVE BUSCAR EM NAUM?:
A misericórdia e o juízo, que revelam o caráter de
Deus (Na 1.2, 7). Procuremos ver como essas tendências, que parecem opostas
entre si, realmente refletem a constante tomada de posição de Deus para com o Seu
povo.
X – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A LONGANIMIDADE DIVINA:
A longanimidade do Senhor é
ilustrada em Lc 13.6, 9.
(1) – Faz parte do caráter de
Deus – Ex 34.6; Nm 14.18; Sl 86.15.
(2) – Visa a salvação – II Pe
3.15
(3) – Alcançamos mediante a
intercessão de Cristo – Lc 13.8.
(4) – Deve nos conduzir ao
arrependimento – Rm 2.4; II Pe 3.9.
(5) – Encoraja o arrependimento
– Jl 2.13.
(6) – É exibida no perdão dos
pecados ( Rm 3.25).
(7) – Exercida para com o Seu
povo (Is 30.18; Ez 20.17).
(8) – Exercida para com os
ímpios (Rm 9.22; I Pe 3.20).
(9) – Devemos pleiteá-la em
oração (Jr 15.15).
(10) – Há certos limites (Gn
6.3; Jr 44.22)
(11) – Os ímpios abusam dela
(Ec 8.11; Mt 24.48-49)
(12) – Os ímpios desprezam-na
(Rm 2.4).
(13) – Os ímpios são castigados
por desprezá-la (Ne 9.30; Mt 24.48-51; Rm 2.5).
(14) – A longanimidade de Deus
foi exemplificada na vida de Manassés (II Cr 33.10-13); de Israel (Sl 78.38; Is
48.9); de Jerusalém (Mt 23.37); e de Paulo (I Tm 1.6).
XI – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A JUSTIÇA DIVINA:
Ela é ilustrada em Sl 36.6
(1) – Faz parte do caráter de
Deus – Dt 32.4; Sl 7.9; 116.5; 119.137; Is 45.21.
(2) – É abundante – Jó 37.23.
(3) – É altíssima – sl 48.10.
(4) – É incomparável – Jó 4.1
(5) – É incalculável – Sl 71.15
(6) – É incorruptível e
imparcial – Dt 10.17; II Cr 19.7; Jr 32.19
(7) – É eterna, permanece para
sempre – Sl 111.3; 119.142
(8) – É infalível – Sf 3.5
(9) – É sem desvios – Jó 8.3;
34.12
(10) – É sem respeito humano –
Rm 2.11; Cl 3.25; I Pe 1.17
(11) – É habitação do Seu trono
– Sl 89.14; 97.2
(12) – Não se deve pecar contra
ela – Jr 50.7
(13) – É negada pelos ímpios –
Ez 33.17, 20
(14) – É exibida no perdão dos
pecados – I Jo 1.9
(15) – É exibida na redenção –
Rm 3.26
(16) – É exibida no Seu governo
– Sl 9.4; 96.13; 98.9; Jr 9.24
(17) – É exibida nos Seus
julgamentos – Gn 18.25; Apc 19.2
(18) – É exibida em todos os
Seus caminhos – Sl 145.17; Ez 18.25, 29
(19) – É exibida em Seus
mandamentos – Dt 4.8; Sl 119.172
(20) – É exibida em Seus
testemunhos – Sl 119.138, 144
(21) – É exibida em Seus juízos
– Sl 19.9; 119.7, 62
(22) – É exibida em Sua palavra
– Sl 119.123
(23) - É exibida em Seus atos –
Jz 5.11; I Sm 12.7
(24) – É exibia no Evangelho –
Sl 85.10 cf Rm 3.25-26
(25) – É exibida em no castigo
dos ímpios – Rm 2.5; I Ts 1.6; Apc 16.7; 19.2
(26) – É reconhecida – Sl 51.4
cf Rm 3.4
(27) – É exaltada – Sl 98.9;
99.3-4
(28) – Cristo reconheceu-a – Jo
17.25
(29) – Cristo entregou Sua
causa à mesma – I Pe 2.23
(30) – Os anjos reconhecem-na –
Apc 16.5
(31) – Mostrada à posteridade
dos santos – Sl 103.17
(32) – Mostrada abertamente
perante os pagãos – Sl 98.2
(33) – Deus deliciou-se em seu
exercício – Jr 9.24
(34) – Os céus declaram-na – Sl
50.6; 97.6
(35) – Os santos atribuem-na a
Deus – Jó 36.3; Dn 9.7
(36) – Os santos reconhecem-na
em Seus tratos – Ed 9.15
(37) – Os santos reconhecem-na,
ainda que os ímpios prosperem – Jr 12.1 cf Sl 73.12-17
(38) – Os santos reconhecem-na
no cumprimento de Suas promessas – Ne 9.8
(39) – Os santos confiam que a
contemplarão – Mq 7.9
(40) – Os santos são sustentado
por ela – Is 41.10
(41) – Os santos não a ocultam
– Sl 40.10
(42) – Os santos mencionam-na –
Sl 22.31; 35.28; 71.15-16, 24
(43) – Os santos exaltam-na –
Sl 7.17; 51.14; 145.7
(44) – Os santos pleiteiam-na
em oração – Sl 143.11; Dn 9.16
(45) – O Senhor ama a justiça –
Sl 117
(46) – Devemos orar para ser
conduzidos por ela – Sl 5.8
(47) - Devemos orar para ser
vivificados nela – Sl 119.40
(48) - Devemos orar para ser
livrados por ela – Sl 31.1; 71.2
(49) - Devemos orar para termos
resposta nela – Sl 143.1
(50) – Devemos orar para sermos
julgados nela – Sl 35.24
(51) - Devemos orar pela sua
contínua manifestação – Sl 36.10
(52) – A justiça divina foi
designada para ensinar ao povo de Deus o Seu cuidado e defesa – Mq 6.4-5
(53) – Os ímpios não se
interessam pela justiça de Deus – Sl 69.27.
XII – ALGUNS ENSINOS NO LIVRO DE NAUM:
(1) - DEUS É SOBERANO SOBRE
TUDO E TODOS: (Na 1:15) – Naum anteviu a derrota dos
assírios e a libertação de Judá, provando que o Senhor está acima de todas as
coisas como único Senhor. Ninguém consegue atropelar os desígnios de Deus na
História.
Pessoas que se levantam até mesmo nas Igrejas
querendo ser senhores da Igreja do Senhor, usurpam direitos, pretendem se
declarar autossuficientes e são vistas como “deuses” ou “ídolos” devem aprender
esta lição: O PODER SOBERANO DE DEUS O COLOCA SENHOR DE TODAS AS COISAS (Sl
33:10).
(2) - DEUS FAZ JUSTIÇA NA TERRA:
A ação de Deus sobre os assírios, proporcionando a libertação de Judá, ocorre
no tempo certo, com métodos adequados, atingindo os alvos corretos e imprimindo
Sua soberania. Com a destruição de Nínive, o Senhor mostra que a maior defesa
humana não suporta o Seu terrível juízo, que conta, quando necessário, com os
instrumentos mais diversificados.
Os vestígios e ruínas de Nínive só foram encontrados
no século passado, pois Deus riscou esta cidade do mapa. Só o Senhor pode
empregar tais métodos, pois em Sua sabedoria aplicará o juízo de forma
adequada.
Aqueles que hoje estão se gloriando em si mesmos,
blasfemando das coisas de Deus e tentando destruir Seus propósitos, estão
procurando a sua própria ruína e destruição (Na 1:1-3).
(3) - DEUS SE COMPADECE
DAQUELES QUE CONFIAM NELE: A paciência de Deus tem um limite. Nínive não
teve um arrependimento duradouro e os pecados da cidade foram a causa de sua
queda (Na 3:1, 4).
Contrastando a este quadro pecaminoso, vejamos o que
ensina o profeta Naum (Na 1:7 cf Sl 125:1; II Tm 1:12).
Onde está depositada a nossa confiança?
XIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Naum descreveu
o excesso de confiança dos chefes militares da Assíria, que dormiam tranquilos
sem reconhecer o perigo. O povo da Assíria seria destruído e espalhado (Na 3.18).
Toda a humanidade que sofrera a sua crueldade impiedosa bateria palmas no dia
da sua derrota, pois reconheceria o triunfo da justiça sobre o militarismo
desumano (Na 3.19).
FONTES DE CONSULTA:
Revista Educação Cristã –
Volume III – SOCEP – Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda
Através da Bíblia Livro
por Livro – Editora Vida – Myer Pearlman
Bíblia de Estudo Vida
Bíblia de Estudo Vida
Nova
A Mensagem dos Profetas
Menores – ABU – Dionísio Pape
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