ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 11/03/2012
TÍTULO: “COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE”
TEXTO ÁUREO – I Cr 29.12
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 29.10-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
Muitos são os livros de autoajuda que prometem revelar o segredo do sucesso financeiro e da felicidade. Tal “fórmula” deve funcionar somente para os autores! Na verdade, não há nenhum segredo, pois sabemos que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade está fundamentada na Sua providencia e graça. Se quisermos ter uma vida bem-sucedida, precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter a Sua santa e soberana vontade.
II – A FIDELIDADE E A SOBERANIA DE DEUS:
Deus é fiel. Ele é absolutamente digno de confiança; as Suas promessas não falharão. Porém, o Senhor conta Seus negócios àqueles que ama. Seus oferecimentos e promessas são tão grandes que rimos de incredulidade. Mas a pergunta de Gn 18:14 é respondida em Jr 32:17-27. Portanto, podemos descansar em Suas fiéis promessas (Dt 4:31; Is 25:1; Dn 9:4; Rm 3:3-4; II Tm 2:11-13; Hb 10:23; Apc 15:3). Contemos com a fidelidade de Deus; Ele não pode falhar para com os que nEle confiam.
Vejamos algumas características da fidelidade do Senhor:
1) Faz parte do Seu caráter - Is 49:7; I Cor 1:9; I Ts 5:24;
2) É grande - Lm 3:21-23;
3) É incomparável - Sl 89:8;
4) Infalível - Sl 89:33;
5) Infinita - Sl 36:5;
6) Eterna - Sl 119:90; 146:6
7) Não pode ser anulada por nossa infidelidade (II Tm 2:13)
8) Deus é fiel na preservação de seu povo para a salvação (I Co 1:8,9)
9) Deus é fiel em guardar o seu povo (II Tm 1:12)
10) Deus é fiel em suas promessas: Promessa de manutenção da vida (Gn 8:22); Promessa de vida eterna (Lm 3:21-23)
A soberania de Deus é a soma de alguns dos Seus atributos naturais, como: onipotência, onisciência e onipresença, apresentadas na Escritura com um tom muito enfático.
Deus sustém todas as coisas com a Sua onipotência, conhece todos os mistérios por Sua onisciência, enche todas as coisas com Sua onipresença, e determina a finalidade para cada coisa existente pela Sua soberania. Assim, a soberania de Deus submete a Ele todos os Seus exércitos dos céus e dos habitantes da terra.(Dt 10:14, 17; I Cr 29:11-12; II Cr 20:6; Is 33:22)
III – TRABALHAR É PRECISO:
Ansiedade e fé são duas coisas que se contrastam. A primeira, é desejo veemente e impaciente, é aflição, agonia, é falta de tranqüilidade, é receio. A segunda, “...é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”.
Antes do homem pecar, Deus já lhe tinha dado encargos de natureza trabalhista (Gn 2:8-9, 16-17 - Deus não entregou o homem à ociosidade! Não era só comer, e dormir!) – Jó 5:7
Deus impôs ao homem obrigações de trabalho – Gn 1:28; 2:15, 19-20; - Tudo isto, antes da queda, antes do pecado. É claro, no entanto, que o seu trabalho não seria desgastante, ou cansativo, pois, ele estava num corpo dotado de vida eterna, sendo, pois, incorruptível. Enganam-se, assim, aqueles que afirmam que o trabalho é uma consequencia do pecado.
Ao contrário: O TRABALHO TORNOU-SE PENOSO APÓS O PECADO - Gn 3:17-19 - Assim, por causa do pecado, o trabalho que já existia, tornou-se cansativo, difícil, motivo, muitas vezes, de ansiedade.
Desta forma, o trabalho foi instituído por Deus antes da queda do homem. O trabalho originou-se no próprio Deus. Ele é O Trabalhador Número Um, de todo o Universo.
IV – UM HOMEM NORMAL NÃO PODE VIVER SEM TRABALHO:
Deus não criou o homem para viver em ociosidade. Quem, decididamente, se entrega ao ócio e se deixa dominar pela preguiça, acaba doente. São estas pessoas as frequentadoras contumazes dos divãs dos psicanalistas e dos Consultórios dos Psicólogos.
Tendo nascido no campo, um trabalhador da área agro-pastoril dificilmente é acometido de determinadas doenças que são muito comuns entre aqueles que não se dedicam a uma atividade útil, com ou sem fins lucrativos.
Pv 14:23 - Aqui deve-se encaixar também aquele que, embora desempregado, só quer trabalhar quando encontrar o emprego do seu sonho. Quem necessita prover sua subsistencia não pode esperar pelo emprego ideal (Sl 128:1-2). O ideal é trabalhar fazendo aquilo que gosta, porém, nem sempre o ideal é o possível. Mesmo que, temporariamente, as vezes temos que contrariar a nossa vontade.
A BÍBLIA CONDENA A PREGUIÇA - Pv 6:6-11; 13:4; 19:15;; Ec 10:18 - Aquele que é participante da natureza de Deus não pode se deixar dominar pela preguiça. Trabalhar é preciso!
V – A NECESSIDADE DO TRABALHO FOI CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO
O Trabalho não foi imposto apenas ao primeiro homem. A Bíblia nos mostra a posteridade de Adão dedicaram-se ao trabalho – Gn 4:1-2; 20-22;
Esta necessidade de Trabalhar foi confirmada no Novo Testamento, sendo que o Senhor Jesus nos deixou o exemplo maior.
Como homem ele aprendeu uma Profissão e a exerceu como fonte de subsistencia de sua Família, antes e depois da morte de José.
Não foi sem razão que, enquanto José era vivo, ele foi conhecido como “o Filho do Carpinteiro”, e depois da morte de José então era chamado de “o Carpinteiro”- Mc 6:1-3
Talvez tenhamos motivos para envergonhar ao saber quantas horas Ele trabalhava nos seis dias da semana, mas que, no sétimo dia, como carpinteiro que era, e não como Rabino, passava o dia na Sinagoga, ouvindo a Palavra de Deus, enquanto que nós nem mesmo frequentamos com assiduidade nossa Escola Dominical.
Talvez, tenhamos motivos para nos envergonhar ao descobrirmos que começamos trabalhar muito mais velho do que Jesus, pois, Ele trabalhou desde pequeno. No entanto, já acumulamos, mais, mas muito mais do que Ele em bens materiais de todas as espécies.
Ele, Jesus, após trabalhar até os trinta anos como Carpinteiro, e, depois, mais três anos no exercício de Seu Ministério, em sua última semana de vida, aqui na terra, ao fazer o seu “inventário” para ver o que tinha para deixar aos seus fiéis discípulos, verificou que a única coisa que tinha de Seu - era a Paz.
Esta, portanto, foi a herança que Ele deixou aos Seus; nada mais – “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou...”- João 14:27.
Bens materiais, aos trinta e três anos, Jesus não tinha nenhum, nada!
VI - PAULO - EXEMPLO A SER SEGUIDO:
I Ts 2:9; At 20:34-35; II Cor 11:1, 27-29 - Paulo podia ensinar sobre a obrigatoriedade do Trabalho. Para Paulo não querer trabalhar, embora podendo, é claro, significava andar de forma desordenada, ou contrariando a ordem estabelecida por Deus (II Ts 3:10-11 cf Gn 3:18). Trabalhar é preciso!
Deus, na Pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, nunca cessou de trabalhar. Todo filho de Deus precisa trabalhar. VOCÊ É FILHO DE DEUS?
É certo que todos precisam trabalhar, mas, podendo realizar um trabalho que nos proporcione prazer – certamente que estaremos livres das ansiedades.
VII – O USO CONSCIENTE DO DINHEIRO:
JESUS ENSINOU A ECONOMIZAR: - Vivemos numa sociedade consumista em que somos pressionados a nos equipararmos a um padrão de vida que, na maioria das vezes, não temos condições de acompanharmos.
1) Jo 6:1-13 – Podemos ver o cuidado de Jesus com os que O seguem. O fato de Jesus se preocupar com a multidão faminta, revela o Seu cuidado para conosco quanto às necessidades materiais. Ao ensinar aos discípulos a orar, Jesus mencionou os cuidados da vida (Mt 6:11).
2) Filipe olhou o orçamento; achou que somente com duzentos denários poderia solucionar aquele problema.
3) André, por sua vez, olhou para a despensa, ridicularizando os pãezinhos e os peixinhos.
4) Mas Jesus olhou para cima e o milagre aconteceu!
5) Após o milagre da multiplicação Jesus mandou que se recolhessem as sobras para que nada fosse desperdiçado (Pv 21:20). Do que sobejou recolheram doze cestos, um para cada apóstolo, ensinando que economia não é sinônimo de mesquinhez, assim como estragar não é sinal de fartura. Jesus demonstrou aos discípulos que deviam dar continuidade ao programa divino de assistência às multidões (At 20:35; Gl 2:10).
LEIAMOS E REFLITAMOS:
1) Gn 22:1-3, 9-14 - Podemos não ter provisão nenhuma, mas ainda temos o Provedor: Pode ser que estejamos a ponto de perder nosso “ISAQUE”, mas quando nossas forças chegarem ao fim, as do céu começarão a operar e nos surpreenderemos com um milagre preso em um desses arbustos da santa ironia divina!!!
2) Gn 41:25-38, 46-49, 53-57 - Imaginemos se José não economizasse no tempo das vacas gordas: seus irmãos pereceriam e os judeus, deixando de existir, Jesus não teria vindo ao mundo. Como é bom economizar!
3) II Rs 4:1-7 - Quando a viúva estava para perder os filhos por causa de dívida, Eliseu a fez olhar para o que ela tinha e não a ficar se lamentando pelo que não tinha: “O que você tem em casa?”
4) Fp 4:11-13, 19 - Ao escrever, Paulo não estava em um gabinete pastoral com ar condicionado e uma equipe de redatores trabalhando por ele; estava em uma masmorra romana, a viver bem, quer seja na prosperidade, quer seja na adversidade.
5) Lc 12:27-30 cf Mt 25:14-30; Pv 6:6-11 – Poucas são as famílias que têm um orçamento familiar; que planejam como, onde e quando investir; que se preocupam em ter alguma reserva; que ao iniciar uma obra medem os recursos, verificam a extensão do serviço e a capacidade para enfrentá-lo. Por falta de planejamento, de um orçamento – simples que seja – muitos entram em financiamentos, cartões de crédito, nas mãos de agiotas, e, quando percebem, já afundaram tanto, que é quase impossível sair de tal situação. A Bíblia ensina que é muito importante o planejamento em qualquer situação da vida. Planejar as economias domésticas é algo muito necessário. Geralmente nossas receitas são fixas durante o mês. As despesas também são fixas, inadiáveis e imprevistas. Façamos, pois, um planejamento financeiro e evitemos, assim, sofrimentos sem fim. Na adversidade coloquemos nas mãos de DEUS o que temos, e na prosperidade administremos o que DEUS colocou em nossas mãos!!
VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Alguns princípios para se viver na adversidade ou na prosperidade:
(1) - Na ADVERSIDADE, OLHEMOS PARA AQUELE QUE TUDO TEM;
(1.1) - Na PROSPERIDADE, OLHEMOS PARA AQUELES QUE NADA TEM.
- Devemos saber que para cada necessidade na terra, há um milagre no céu!!!
(2) - Na ADVERSIDADE, NÃO DESPREZEMOS O QUE TEMOS;
(2.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO DESPERDICEMOS O QUE TEMOS.
- Há pessoas que quando estão com dinheiro, começam a confundir desejo com necessidade: compram coisas que nunca vão usar, tornam-se consumistas, jogam fora aquilo que está novo para comprar outro, vendem o carro que têm para comprarem um outro que só mudou a cor da maçaneta!!!
(3) - Na ADVERSIDADE, NÃO FIQUEMOS ANSIOSOS;
(3.1) - Na PROSPERIDADE, CUIDEMOS PARA NÃO FICARMOS AMBICIOSOS
- O ansioso é aquele que teme que nunca terá o suficiente; o ambicioso acha que o que tem não é suficiente. PORÉM, não confundamos preocupação com previsão; nem fé com irresponsabilidade. São coisas totalmente diferentes!
(4) - Na ADVERSIDADE, NÃO INVEJEMOS QUEM TEM O QUE NÃO TEMOS;
(4.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO NOS ORGULHEMOS PELO QUE TEMOS.
- Quando estamos indo mal, temos a tendência de olharmos para aqueles que estão indo bem, principalmente para os ímpios. Mas se estamos gozando de uma condição financeira privilegiada, tomemos cuidado com o orgulho, pois ele foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das trevas e transformar um rei em jumento.
(5) - Na ADVERSIDADE, TENHAMOS FÉ PARA ALCANÇARMOS TUDO O QUE NÃO TEMOS;
(5.1) - Na PROSPERIDADE, TENHAMOS FÉ PARA DEIXARMOS TUDO O QUE TEMOS.
– Lc 5:1-11 - Pedro estava decepcionado com uma noite cansativa e nada proveitosa em sua empresa de pesca, tentaram, trabalharam, se esforçaram e nada de peixe. No outro dia, o milagre aconteceu porque Jesus entrou no barco!!!
Devemos deixar Jesus entrar na nossa empresa para administrar as coisas lá: tudo vai começar a melhorar! Não façamos dEle apenas o sócio, mas o dono!!! Ao chegarem na praia e puxarem as redes repletas de peixes, Jesus os chama para o ministério. Logo agora que as coisas estavam indo tão bem!!! Mas eles demonstraram que a maior fé não é aquela capaz de realizar tudo, mas aquela capaz de deixar tudo!!!
Então, lancemos as redes: Mande seu currículo, seu cartão, suas ofertas etc para as mãos do nosso Provedor Jesus e Ele fará o milagre!!!
(6) - Na ADVERSIDADE, NÃO QUEIRAMOS VIVER COMO SE TIVÉSSEMOS MAIS DO QUE TEMOS;
(6.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO VIVAMOS COMO SE TIVÉSSEMOS MENOS DO QUE TEMOS.
- Aqui chegamos a crise da realidade. Muitos quando saem de uma situação confortável para uma condição de desconforto, não conseguem se ajustar: passam a querer viver como se ainda ganhassem a fortuna de antes e acabam por se atolar em dívidas; comprometem o Evangelho com um mau testemunho diante dos credores. Se estivermos ganhando R$ 300,00, vivamos com os trezentos e não como se ganhássemos R$3.000,00; encaremos nossa realidade! Se não dá para comprarmos um tênis da Nike, compremos uma conga; se não dá para pagarmos um colégio particular, coloquemos os filhos no colégio público!!!
Agora temos o avesso disso: é quando a pessoa ganha R$ 3.000,00 e vive como se ganhasse R$ 300,00! Isso é um absurdo: pode-se comprar um vestido bom para esposa, mas compra-se um trapo, um saco de farinha de trigo para fazer um vestido; pode-se andar com um carro zero, mas anda-se com uma máquina de poluição ambulante; pode-se viajar pelo país nas férias, mas prefere ficar na garagem da casa consertando o carro velho!!! Isso também é um absurdo!!
FONTES DE CONSULTA:
Estudo Bíblico: “Como viver bem em toda e qualquer situação” – Autor: Anderson Zem
Revista Educação Cristã – Vol. VII – SOCEP
Estudo Bíblico: “O Caráter de Deus Exige que nos Preparemos” – Autor: Marcos Emanoel P. de Almeida
As Grandes Doutrinas da Bíblia - CPAD - Raimundo de Oliveira
O Deus Vivo e Verdadeiro - CPAD - Geziel Gomes
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