ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA 31/07/2016
TÍTULO: “A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS”
TEXTO ÁUREO – Mt 11.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 2.1-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA 31/07/2016
TÍTULO: “A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS”
TEXTO ÁUREO – Mt 11.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 2.1-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
I - INTRODUÇÃO:
Jesus Cristo mandou
pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar
excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável.
II – PEQUENO HISTÓRICO DO BRASIL:
No Brasil, como em muitos
países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas
décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais.
Este é um grande desafio
para as igrejas cristãs.
As cidades têm grandes e
graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são
submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais,
problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc.
No que tange à
evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos
adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as
cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar
interiorano.
Neste estudo, apenas
damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto.
III – FENÔMENO DAS CIDADES:
No início de tudo, os
homens viviam em áreas agropastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens
os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve
uma tendência para os homens se concentrarem em torno de um núcleo
populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana,
não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a
Terra.
Damy FERREIRA (P. 139) vê
a evolução das cidades em várias etapas.
A primeira, de 5.000 a.C.
a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como
Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as
chamadas "polis".
A segunda, quando
encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença,
Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas
"neópolis".
A terceira, com a
Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como
Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as
"metrópoles", verdadeiras cidades-mães.
A última etapa, já na
época atual, surgem as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros
ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de Janeiro,
Tóquio, Londres, N. lorque, etc.
As cidades em geral são
tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população,
tamanho, influência, etc.
IV – AS CIDADES NA BÍBLIA:
Há quem pregue que as
cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira
cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não
uma Cidade (Gn 4.17).
Depois do Dilúvio, os
homens procuraram fazer cidades. Nessa visita, diz-se que há um plano diabólico
para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos,
centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações
urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos,
onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual
e humano.
Discordando da opinião
dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140)
diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo
surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros,
como Samaria, e Antioquia.
Por outro lado, Deus
mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de
Canaã por Jericó, de porte considerável para sua época.
(Linthicum, p. 27) diz
que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se
preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de
Deus centraliza-se em muito nas cidades (Is 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39),
lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade
redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22).
Deus permitiu que Israel
construísse cidades (Am 9.14). Em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus
determinou que houvesse "cidades de refúgio (Nm 35.11).
V – JESUS E AS CIDADE:
No seu ministério terreno,
Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades (Lc
8.1); (Lc 19.41); (Mt 10.11).
Seguindo o exemplo de
Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das
missões urbanas.
VI – DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS:
As cidades, com sua
complexidade social, cultural, econômica, emocional e espiritual, constituem-se
campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos
feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos.
A cidade em que vivemos é
campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao
inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos
céus ou do inimigo.
Segundo LINTHICUM (p.
23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais e outros, na
Cidade, estão sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É
preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as
estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande: o
que está conosco é maior do que ele.
VI – PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS:
HESSEL GRAVE (p. 71), diz
que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo,
por isso mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões:
1) Abertura às mudanças;
2) Concentração de
recursos;
3) Potencial para contato
relevante com as comunidades em redor.
VII – PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS:
(1) – Populações
concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são
quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.
2) Excesso de
entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de
médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão
tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo
pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro
para atingir as pessoas confinadas em suas casas.
3) A concentração de
igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à
população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias.
Parece que há um “supermercado da fé”. Há quem ofereça religião como mercadoria
mais barata, em “promoção”, com descontos (sem exigências, sem compromissos) e
há os que “cobram” caro demais, com exigências radicais.
4) O elevado grau de
materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se autossuficiente,
sem a necessidade de Deus.
5) Os movimentos filosófico-
religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades
para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades?
VIII – ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANA:
1) ORAÇÃO E JEJUM PELA
CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo
força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de
evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias,
fracassará, se não tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração.
Deus age. Fp 1.29; Ef
2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da
oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.
2) PREPARO DAS PESSOAS
PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra
de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus
adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que
evangelizam.
3) PLANEJAMENTO DA
EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele
convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos
fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte.
4) Definir áreas a serem
evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)
5) Definir os grupos de
evangelização
6) Distribuir as áreas
com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.
7) Estabelecer metas ou
alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)
8) Preparar os meios
necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.
9) Mobilizar todos os
setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes,
adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.
IX - MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS:
1 - EVANGELISMO PESSOAL.
E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres.
Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e
restaurantes; venda se livros; evangelizar em estações rodo e ferroviárias; na
entrada de estádios; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.);
em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);
2. EVANGELISMO EM GRUPO -
Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de
menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos
GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em
restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso);
evangelização com vídeo (reúne-se um grupo);
3. EVANGELISMO EM MASSA -
Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas;
cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação
séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar primeiro as pessoas para fazer o discipulado
antes de fazer a evangelização.
4. DISCIPULADO - É
indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de
discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem
esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das
decisões em pouco tempo.
X – MEIOS PARA EVANGELIZAÇÃO URBANA:
1) Programas de rádio e
de televisão;
2) Adesivos para
veículos;
3) Revistas, e jornais
para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de
corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em
repartições;
5) Distribuição de
Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos)
bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e
de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da
cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e
cartões-postais; e muitos outros.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima